Perdemos 26 anos… and still counting
“Uma política orçamental de redução drástica das despesas e consumos públicos, em especial da despesa corrente do Estado, através, nomeadamente, da extinção de serviços, corte de subsídios e redução do número de efectivos (embora com compensações adequadas), de modo a conseguir uma efectiva e rápida redução do défice orçamental e a contenção e redução da inflação”; “uma política salarial que faça depender os aumentos salariais dos aumentos de produtividade e permita a sua adaptação e negociação às condições de cada empresa em concreto”; “elaboração do Orçamento por objectivos e prioridades políticas e, não como até aqui, como mera previsão de custos”; “Redução da progressividade dos impostos directos que os torna confiscatórios a níveis de rendimento que noutros países estão ainda abaixo da norma de pobreza”; “basear o desenvolvimento na iniciativa privada, na afectação de recursos pelos mecanismos de mercado e na força inovadora e disciplinadora da concorrência, – sempre em conjugação com uma política financeira e fiscal de reconstrução dos grandes equilíbrios macroeconómicos”; “Abandonar as políticas de redistribuição com base nos preços”; “desenvolver a liberdade de ensinar e aprender através, nomeadamente, de liberdade de escolha do estabelecimento de ensino, assegurando assim um maior equilíbrio e igualdade entre ensino público e privado, apoiando financeiramente nessa opção os mais carenciados”; “estabelecer padrões mínimos de qualidade através de valorização dos exames, nomeadamente como via de admissão às diferentes instituições escolares e condição de atribuição de títulos académicos da fiscalização das instituições de ensino e a qualificação dos professores”; etc., etc., etc..
Estas frases constavam do programa eleitoral do CDS em 1985 e resultavam dos trabalhos do grupo de reflexão política que Francisco Lucas Pires congregara em Ofir. Como seria diferente o país se tivesse seguido por este caminho…

Mais food for thought:
http://lishbuna.blogspot.com/2011/07/berlusconi-esse-priapo-comunista-italia.html
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Pois é JMF, seguiu por caminho errado…e segue!
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PPC e o Governo de liberais que rapidamente se descobriram social-democratas, já deu sinais de que disse uma coisa e vai fazer outra. Já nem é preciso esperar para ver.
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A medida do imposto extraordinário tem uma motivação claramente falsa, já estava pensada na generalidade antes da divulgação dos números do INE sobre o défice e aquela treta da universalidade rapidamente se demonstrará impossível de aplicar. O que quer dizer que os lixados são os mesmos.
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Depois o argumento de que 80% dos reformados e pensionistas não serão abrangidos como atenuante da asneira é mesmo para desancar o ministro que o apresentou.
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Todos nos lembramos da indignação pelos anunciados cortes nas pensões acima de 1500 Euros, incluida no PEC4.
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Não há hipótese de solução no interior do regime com estes partidos e esta gente.
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São todos iguais!
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Este post é uma moçäo de censura ao actual governo? No primeiro dia?
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26 anos? Você não sabe contar ou não sabe fazer contas?
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Muito diferente! Tivémos anos e anos de desgoverno, de distribuição fácil e gratuita de dinheiros que não eram nossos, porque se governava sempre para próximas eleições. Tivemos Vitor Constâncio num cargo em que não fez o que devia. Tivemos, tivemos, tivemos… Enfim, nós todos sabemos o que tivemos! Por sorte, chegou à Assembleia uma nova maneira de fazer política. Gente com muito nível, gostei dos debates e da correcção. Há que ter esperança!
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Infelizmente, em 1985, o país optou pelo comunismo cavaquista.
Deu no que deu!
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Convém lembrar que já antes, o PPD tinha aprovado uma Constituição que decretava haver dinheiro para o que se passou a designar por direitos adquiridos, a mesma estupidez que fazer uma lei a dizer que o valor de PI é este ou aquele. Apesar disso, Cavaco não tem desculpas.
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O Sr. Francisco Lucas Pires, era um Senhor.
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