Screening do cancro do pulmão em fumadores.
Publicado recentemente na NEJM, o estudo National Lung Screening Trial (NLST) teve como objectivo “to determine whether screening with low-dose CT could reduce mortality from lung cancer”.
O estudo envolveu um total de 53.454 pessoas, consideradas de alto risco para cancro do pulmão. Os participantes foram divididos em dois grupos, de forma aleatória: um grupo de 26.722 pessoas, com tomografia computorizada (CT) anual, durante 3 anos; um segundo grupo de 26.732 pessoas, com radiografia torácica, igualmente durante 3 anos.
As pessoas estudadas preenchiam as seguintes condições: idade compreendida entre os 55 e os 74 anos; tabagismo com pelo menos 30 maços/ano. A duração do follow-up foi de 6,5 anos (mediana; máximo de 7,4 anos).
As pessoas estudadas por CT tiveram mais resultados positivos, dos quais grande parte eram falsos positivos (nas pessoas estudadas por radiografia também se registaram muitos falsos positivos). A incidência de cancro de pulmão foi de 1060 casos no grupo “CT”, contra 941 casos no grupo “radiografia”.
A mortalidade por cancro do pulmão foi de 356 casos no grupo “CT”, contra 443 no grupo “radiografia”, correspondendo a uma redução relativa, significativa, de 20%. A mortalidade global foi inferior no grupo “CT” (6,7% inferior).
Os autores concluem que “Screening with the use of low-dose CT reduces mortality from lung cancer.” Na discussão do artigo, os autores mencionam a questão do “overdiagnosis”, e no que respeita a eventuais recomendações, declaram que “the current NLST data alone are, in our opinion, insufficient to fully inform such important decisions”.

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