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Ideias para salvar os países periféricos

14 Julho, 2011

1. Colectiviza-se as dívidas. Lança-se eurobonds e a Alemanha a assume a responsabilidade pelas dívidas.

2. Para haver moeda única tem que haver governo único. Reforça-se o orçamento comunitário e a Alemanha paga.

3. A União Europeia (leia-se a Alemanha) paga à Grécia para esta pagar aos credores.

4. O BCE emite moeda para comprar dívida. Tradução: cria-se um imposto inflacionário sobre a Alemanha para pagar a dívida grega.

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Todas estas ideias têm um pequeno problema: são ideias dos intelectuais do Sul da Europa e dos burocratas de Bruxelas. Em momento algum a Alemanha se mostrou entusiasmada.

70 comentários leave one →
  1. António Sobral Cid's avatar
    14 Julho, 2011 08:54

    Nem mais. Und Ich spreche, lese und vieleicht compreendo deutsch, sehr viel. Also… 😦

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  2. António Sobral Cid's avatar
    14 Julho, 2011 08:55

    Ich hatte in meine meinung: »Oder ?» 😉

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  3. Lima's avatar
    Lima permalink
    14 Julho, 2011 09:07

    “3. A União Europeia (leia-se a Alemanha) paga à Grécia para esta pagar aos credores.”

    Correcção:
    A Alemanha paga à Grécia para que esta compre massivamente material bélico alemão, tipo 6 submarinos, como o nosso, tão espectacular que tem buracos no casco e pelos vistos nem é adequado às nossas águas, e outras preciosidades, de que os gregos neste momento tanto precisam para, COMER. Sinceramente, eu neste momento gostaria muito que de desmembrasse a UE e que se voltassem a fechar fronteiras, tipo, cada um por si.

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  4. Kilo's avatar
    Kilo permalink
    14 Julho, 2011 09:20

    Opiniao de alguns jornais alemaes:
    http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,773893,00.html

    The Financial Times Deutschland writes:

    “The case of Italy will show whether Europe is truly prepared to defend the euro. It’s not enough to call for a few austerity packages or an increase in the rescue fund to €1.5 trillion. If the pressure on the country increases, Europe will have to break what has until now been a taboo: to pool the organization of borrowing and debt — in a fiscal union with euro bonds. Alternatively, the EU must solve the problem on its periphery so fast, sustainably and decisively that the attacks on its core will cease.”

    Business daily Handelsblatt writes:

    “The EU is going to have to decide whether to abandon its monetary union or whether to assume common liability for the lion’s share of the government debt. All interim solutions appear to be disintegrating and the strategy of postponing decisions is also reaching its limits. Plans to waive part of the debts will probably only work if the strong euro states give watertight guarantees for the rest.”

    Mass circulation Bild writes:

    “Italy’s weaknesses have become a focus for all the doubts that in truth are directed at the euro overall: Will the euro states get to grips with the debt and currency crisis? Or won’t they?

    “The euro will only truly be saved if a convincing solution is found for Greece. That is lacking at present. Who still believes that constantly lending billions upon billions can do any more than postpone Greece’s insolvency and debt restructuring?

    “As long as the euro states just play for time and keep on shouldering new aid packages, the mistrust of the markets will remain — and will in the end possibly focus on Germany.”

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  5. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 10:09

    Mas se a Alemanha não quer uma moeda única então que saia.
    .
    Uma moeda única exige divida única em parte. É assim em todo o lado , excepto nas cabecinhas ignorantes de quem inventou este Euro.
    .
    São os investidores que compram a divida única, não é o estado Alemão.
    .
    O BCE não é alemão, é de toda a zona EURO, e a compra de titulos pelo BCE pode ser para todos os países proporcionalmente.

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  6. Pine Tree's avatar
    Pine Tree permalink
    14 Julho, 2011 10:15

    “Und Ich spreche, lese und vieleicht compreendo deutsch, sehr viel. Also… :-(”
    VÁ VOCÊ !

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  7. nunomts's avatar
    14 Julho, 2011 10:25

    Há sempre a alternativa sugerida no tão censurado quanto celebrado filme «Dividocracia»: nomeamos uma comissão (da qual fará parte o inefável doutor Louçã) que irá avaliar a dívida e dizer qual é a parte legítima e a não legítima. Concluirá, certamente, pela ilegitimidade de toda a dívida e, assim, viveremos felizes para sempre.

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  8. cf's avatar
    14 Julho, 2011 10:39

    Pois.

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  9. António Sobral Cid's avatar
    14 Julho, 2011 10:46

    Se a Alemanha saísse, a França seguia-a e só ficávamos aki com… imaginem.
    Isto não é assim.
    Não é assim que se faz.
    Pode levar tempo, mas faz-se.
    Os Estados Unidos não se fizeram a olhar para o Kansas ou o Arkansas, mas os ditos fazem parte.
    Entendidos ??

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  10. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    14 Julho, 2011 10:49

    ««Mas se a Alemanha não quer uma moeda única então que saia.»»
    .
    PMP,

    A Alemanha não se está a queixar. Quem se queixa e quer um outro euro são os periféricos.
    .
    ««Uma moeda única exige divida única em parte. É assim em todo o lado , excepto nas cabecinhas ignorantes de quem inventou este Euro.»»
    .
    Nem sequer percebo porque é que uma moeda única haveria de exigir dívida. Nos EUA a dívida federal poderia perfeitamente ser zero que as coisas funcionariam bem melhor do que funcionam. Aliás, aquilo que dá força ao dólar não é a dívida federal (a dívida federal prejudica o dólar) mas sim o baixo endividamento dos estados americanos.
    .
    ««São os investidores que compram a divida única, não é o estado Alemão.»»
    .
    Os investidores só comprariam dívida federal europeia se ela fosse garantida pelo estado alemão. Aliás, a diferença entre a dívida grega e os eurobonds é que os eurobonds são garantidos pela Alemanha.
    .

    ««O BCE não é alemão, é de toda a zona EURO, e a compra de titulos pelo BCE pode ser para todos os países proporcionalmente.»
    .
    Se a compra de títulos pelo BCE só resolve a crise grega se houver transferência de responsabilidades pelas dívidas dos gregos para os alemães. Não há milagres.

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  11. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 11:20

    Infelizmente, caro JM, deverá ser assim. A Alemanha vai ter que pagar para salvar o sistema.
    .
    .
    As noticias são más e cada vez pior. E não se pense que isto está fácil. Cada vez é mais popular a ideia que a Alemanha devia sair do Euro. Há até quem diga que os tugas vivem à pala da Alemanha. E quem o diz não é qualquer um.
    .
    .
    Mas a Alemanha é em parte a grande culpada. A Grécia já aceitou os termos do novo acordo e aprovou até no Parlamento. Mas alemães e holandeses querem impôr já perdas aos investidores o que está a gerar uma cada vez maior crise de liquidez no sistema.
    .
    .
    Ou os alemães sabem quem são a contra-parte dos derivados da dívida pública europeia ou está a lançar toda a Europa (incluindo fora da Zona euro, note-se) numa crise bancária sem paralelo no mundo. Há sinais noutros países que a coisa está a rebentar pelas costuras.
    .
    .
    O futuro líder do BCE já diz que os mercados aprenderam a distinguir as dívidas dos vários países. Mas nesta altura, isso é lançar fogo sobre todo o sistema financeiro mundial.
    .
    .
    Os Alemães se querem se safar vão ter que pagar. Mais uma vez. lololoolol

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  12. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    14 Julho, 2011 11:32

    a ideia ovo de colombo e´ incluir a economia informal no PIB, mas sem lhe cobrar impostos.

    de um momento para outro, os racios divida/PIB ficam equilibrados

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  13. JTS's avatar
    JTS permalink
    14 Julho, 2011 11:37

    “Uma moeda única exige divida única em parte. É assim em todo o lado , excepto nas cabecinhas ignorantes de quem inventou este Euro.”

    Já alguma vez pensaste que a maior parte do povo Europeu é contra o federalismo europeu?

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  14. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 11:38

    Mas enm tudo vai mal por Portugal. Vejam bem esta coisa. A Autoeuropa chegou a estar em risco de fechar as portas. Hoje está a enviar carros para fora, como há bastante tempo não se via.
    .
    .
    “A produção de automóveis em Portugal disparou no mês de Junho, alavancada por um “forte crescimento” no segmento de veículos ligeiros. Segundo a ACAP – Associação Automóvel de Portugal, a produção automóvel no mês passado somou 16.882 unidades, mais 46,8% que em igual período de 2010.”
    .
    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=495931
    .
    .
    E nãos e pense que a produção industrial está a subir apenas graças às exportações lideradas por alemães. Até os texteis estão a exportar mais 24%!!!!
    .
    .
    Mas a Alemanha que se ponha a pau. Se o mercado de crédito congelar… Vai tudo pró galheiro!

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  15. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 11:42

    PMP : “Mas se a Alemanha não quer uma moeda única então que saia.”
    .
    Se a Alemanha sai é o fim do Euro (pelo menos o actual).
    .
    PMP : “Uma moeda única exige divida única em parte.”
    .
    Não exige. Em principio, um ou mais paises da zona Euro até podem entrar em incumprimento e não sair do Euro e o Euro continuar com o mesmo nivel de valorização (sobretudo se se trata pequenos paises).
    Mas claro que se o incumprimento se generalizasse e varios paises e a paises de peso (como a Italia, p.e.) o Euro sofreria uma desvalorização com forte impacto inflacionista.
    .
    O problema é que este cenario de uma zona Euro com uma inflacção elevada seria inaceitavel para os paises cumpridores, em particular para a Alemanha.
    Neste caso, o mais provavel é os paises cumpridores sairem do Euro actual (o que seria o seu fim efectivo) e, quando muito, instituir um Euro 2 (sem os paises incumpridores).
    .
    Dito isto, este cenario não é desejavel, nem para os paises não cumpridores nem para os paises cumpridores. Porque seria o fim da unidade monetaria e de todas as vantagens que dela decorrem.
    Esta é a principal razão para os paises cumpridores, em particular a Alemanha, preferirem manter-se no Euro actual procurarando evitar o risco do Euro inflacionado e subsequente provavel desagregação.
    .
    Mas para tal não faz muito sentido adoptar soluções que no fim de contas premeiem os que não cumprem e penalizem os que cumprem. Não é apenas uma questão moral. Também é, e muito, uma questão politica : as opiniões publicas (e os eleitores) dos paises cumpridores não estão de acordo. E é, sobretudo, uma questão de eficiencia na medida em que abriria um precedente e institucionalizaria uma pratica de facilistismo que acabaria por fragilizar o que se pretende salvar, isto é, o proprio Euro.
    Por isso é que a Alemanha e outros paises estão renitentes em aceitar uma espécie de “divida unica” e preferem soluções que responsabilizem plenamente os paises em crise e associem os credores privados.
    A questão agora é sobretudo a de saber se esta via ainda é viavel !…

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  16. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 11:45

    JM,
    Não existe nenhuma moeda única sem divida única, isso é um facto.
    O EURO entrou em crise ao fim de apenas 10 anos porque foi inventado por gente ignorante que não entente como funciona uma economia moderna com crédito. Mas realidade acaba por vencer as fantasias.
    Aliás a moeda actual (fiat-money) é resultado da divida pública. O padrão ouro acabou há muitas décadas mas muitos economistas ainda não compreenderam isso, porque na verdade a economia que é ensinada é um conjunto de teses desenquadradas da realidade operativa da economia monetária.
    A vantagem desta crise na Europa vai ser o desmascar da mitologia do sound-money que na prática foi a ideologia/crendice que esteve na origem deste EURO.
    A Alemanha não tem de pagar nada a ninguém, nem deve pagar nada.
    Cada país deve pagar a sua divida, só que com juros normais e não absurdos, os 3,5% do FMI estão bem como padrão. Nem que seja durante 30 anos nenhuma divida deve ser perdoada.
    Esta operação pode ser feita por Eurobonds, nem que seja para manter as aparências, ou directamente pelo BCE proporcionalmente para todos os países, o que iria colocar a nú a falácia das teorias monetaristas/inflacionistas.

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  17. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    14 Julho, 2011 11:48

    anti-comuna, o que acha da minha sugestao ?

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  18. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 11:53

    Caro José, faz sentido isso. Mas como pode “legalizar” a economia informal sem a perseguir ou até taxar? Eu sei que Vc. refere-se a actividade produtivo que simplesmente foge ao fisco. Mas ela deve ser pequena comparada com outras actividades, que movimentam mais dinheiro, como a droga, o “contrabando de carne”, etc.
    .
    .
    Mas é sempre uma sugestão a ter em conta. Mas não se esqueça que a dívida não baixa, apenas formalmente o PIB. Mas é um caso a pensar.

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  19. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 12:03

    “Por isso é que a Alemanha e outros paises estão renitentes em aceitar uma espécie de “divida unica” e preferem soluções que responsabilizem plenamente os paises em crise e associem os credores privados.”
    .
    .
    Eu encontro duas teses, ou melhor, rumores sobre esta questão.
    .
    Um rumor é este: esta é a oportunidade da Alemanha sair de uma moeda que lhe foi imposta. Em termos geoestratégicos, parece fazer sentido. Embora eu não comungue desta opinião, pois o fim do euro e o retorno do marco irá colapsar a própria Alemanha.
    .
    .
    O outro rumor é este. A Alemanha sabe quem são os maiores perdedores se houver um haircut. Ou seja, sabe quem irá perder bastante dinheiro e não será ela, a Alemanha, a pagar o pato. Esta tese faz sentido, se tivermos em conta que 60% dos derivados da dívida pública dos ditos países periféricos são dominados por bancos de investimento americanos. Que andam a pressionar a Europa, através da Moodys, por exemplo, para um bailout total (e pagamento da dívida a 100%) e ganhando uma fortuna, através dos impostos dos europeus. Mas isto só faz sentido se os “writers” são a banca de investimento americana, o que eu duvido que eles não tenham feito o respectivo hedge. (Lembrar os que se passou com os CDOs, por exemplo. Ou até as posições curtas na prata, bem recentemente, por parte da JPM.)
    .
    .
    Se a segunda tese for real, aí a Alemanha estoira com quem andou a atiçar o fogo contra a Europa, disciplina os mercados e em parte os próprios países. Mas o risco, e aí os americanos têm a faca e o queijo na mão, é provocar um colapso no sistema monetário europeu, o congelamento dos sistemas bancários e mais ataques por parte da Reserva Federal, que anuncia mais uma enchurrada de dólares no sistema.
    .
    .
    Desconfio que a Alemanha vai preferir os eurobonds mas não da forma como o JM pensa. Mas vamos ver. Em todo o caso, o risco é sempre vermos os alemães a pagarem para manterem o sistema viável, sob pena de colapsarem connosco.

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  20. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 12:18

    PMP : “A Alemanha não tem de pagar nada a ninguém, nem deve pagar nada.
    Cada país deve pagar a sua divida, só que com juros normais e não absurdos, os 3,5% do FMI estão bem como padrão. Nem que seja durante 30 anos nenhuma divida deve ser perdoada.”
    .
    Com este cenario as taxas de juro dos Eurobonds vão forçosamente subir.
    Alguém vai ter de pagar !

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  21. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    14 Julho, 2011 12:21

    A economia informal nao ilegal representa no sul da europa 20 ou 30% do PIB;

    Click to access estudo_economia_informal.pdf

    http://www.hipersuper.pt/2011/06/21/economia-paralela-representa-33-mil-milhoes-de-euros-em-portugal/

    Uma eventual politica para reduzir este valor se conseguir ficar por um terço, daria 8% a 10% de acrescimo de PIB nas estatisticas, o que daria uma folga tremenda nas actuais circusntancias.

    Como implementar ? as actividades que fogem ao fisco estao tipificadas. Por exemplo a reparaçao automovel (e provavelmente muita transacçao bancaria e imobiliaria). Bastaria que essas actividades fossem de declaraçao obrigatoria e isentas de impostos durante 5 ou 10 anos; Por exemplo, desde 20110701, os profissionais liberais tem que registar no site das finanças as facturas que emitem. Seria fazer algo identico para as actividades alvo.

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  22. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 12:25

    “Com este cenario as taxas de juro dos Eurobonds vão forçosamente subir.
    Alguém vai ter de pagar !”
    .
    .
    É ao contrário, caro Fernando. As Eurobonds baixam as taxas de juro, não as sobem. Apenas os países-refúgio é que seriam penalizados. Mas podem ficar fora destas emissões nos seus financiamentos.
    .
    .
    É preciso enquadrar isto nas movimentações de capitais a nível internacional. Porquê que acha que o euro sobe contra o dólar mesmo estando sob a tal ameaça de colapso? Porque há tanto dinheiro no mundo á procura de poiso… (E os suiços agora é que vêm em palpos de aranha para gerir tanta volatilidade na sua moeda.)

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  23. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 12:25

    FS,
    Os EUROS não desaparecem. Os investidores têm de comprar titulos soberanos e vão preferir investir uma boa parte em divida única, como já se viu com o FEEF.
    E como é gradual é fácil de monitorar.
    Esta operação vai ajudar a que se perceba como funciona a economia, a divida publica e a moeda.
    Basta ver os EUA e o Japaão que têm divida colossais e juros muito baixos.
    Isto acontece porque simplesmente os dólares e os yenes não fogem. Estão sempre lá e têm de ser aplicados senão rendem 0% em notas.

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  24. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 12:28

    Caro José Silva, de acordo. Mas duvido que sejam tão grandes os ganhos como se supõe. Penso que a economia informal em Portugal é mais um mito que outra coisa. O grosso é mesmo actividades criminosas “hard core”. Eu imagino o quanto não ganhariam os tugas naquela transacção de cocaína que os holandeses estavam a fazer através de Leixões. Normalmente são 10%, o que em termos monetários…
    .
    .
    As actividades informais em Portugal são menores do que se pensa e a maioria é mesmo sobrevivência. Mesmo se as legalizassemos, elas fechariam logo as portas.
    .
    .
    Mas eu não domino estes temas e é bem possível haver ganhos evidentes. No entanto, tenho as minhas dúvidas.

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  25. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    14 Julho, 2011 12:30

    Ac,

    A Alemanha tem todo o interesse em abandonar o Euro. O seu espaço de crescimento natural e´ a eurpa de leste, a Russia e a China. Vao deixar os perifericos falidos para os americanos e ingleses falidos.

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  26. jose silva's avatar
    jose silva permalink
    14 Julho, 2011 12:33

    atençao, que os estudos/links que indiquei dizem que a economia informal com um peso de 20% sao actividades legais, nao criminosas ! restaurantes, cabeleireiros, explicaçoes, reparaçao automovel, sucatas, etc

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  27. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 12:36

    “Basta ver os EUA e o Japaão que têm divida colossais e juros muito baixos.”
    .
    .
    Está a comparar realidades bem diversas. O Japão tem dívida privada a sustentar a dívida pública. Os USA não. É a Reserva Federal que faz o salvamento integral de tudo o que corre mal no sistema. Salva bancos, o Estado e até as “víuvas de Wall Street”.
    .
    .
    Quais as consequências desta loucura americana? Inunda o mundo de dólares mas faz cair o seu valor, que afuguenta os investidores internacionais. No fim, tal como aconteceu em muitos países do mundo, como no Zimbabwe, o sistema colapsa, porque ninguém quer este tipo de moeda. É por isso que, por muito que Vc. se esforce, não consegue convencer o mundo das suas teorias monetárias.
    .
    .
    E as consequências já são visiveis nos USA. Desemprego continua alto e a subir, cada vez mais americanos sobrevivem á custa da comida que o governo lhes dá, cada vez mais americanos vivem em barracos (tipo américa latina), o défice da balança comercial não pára de subir, e o nível de vida dos mais pobres, aqueles que não conseguem comprar Ipods mas têm que comprar comida, está cada vez pior.
    .
    .
    Para cereja no bolo dos americanos, até a Standard and Poors já fez um downgrade “privado” da dívida americana.
    .
    .
    A Reserva Federal não pode emitir moeda sem sofrer as consequências: fuga ao dólar. (Claro que hoje até se nota muita intervenção na defesa do dólar, mas desconfio que será sol de pouca dura, pois com a enchurrada de novos dólares no mercado, não há quem consiga parar o colapso americano.)

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  28. Piscoiso's avatar
    14 Julho, 2011 12:38

    Há até quem diga que os tugas vivem à pala da Alemanha.” – AC
    Basta ver que dois polícias acabam de ser condenados a 4 anos de prisão,
    por baterem num alemão.
    Se fosse grego ou ucraniano…
    ainda eram promovidos.

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  29. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 12:39

    “A Alemanha tem todo o interesse em abandonar o Euro.”
    .
    .
    Não tem. Estudos empiricos mostram que “splits” de moedas provocam um colapso no comércio entre os antigos detentores de uma moeda comum. Está a ver o colapso nas elevadas relações entre a economia francesa e a Alemã, que atingiram um nível de integração nunca antes visto na História? Os alemães se sairem do euro, colapsam com os outros.

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  30. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 12:39

    Com um downgrade de rating a Itália pode ser a próxima vitima :
    “As Reuters says, “Italy sold almost 3 billion euros of medium- and long-term government bonds on Thursday in a sale which analysts said went well although the Treasury had to pay the highest premium on record to sell 15-year paper. The gross yield on the 5-year BTP jumped to 4.93 percent, the highest yield in auction since June 2008 and compared with 3.90 percent in the last auction a month ago. The new 15-year benchmark drew bids 1.49 times the amount offered and a gross yield of 5.90 percent, the highest on record. “.
    .
    Reparem nos ciclo sviciosos : um país em dificuldades emite divida a juros altos, o que aumenta as dificuldades, levando o rating a baixar e os juros a subir.
    Com austeridade o desemprego aumenta resultando numa redução do deficit mais pequena do que o esperado, mas o PIB baixa levando a uma descida do rating.
    Entretando o fuga de capitais para o centro aumenta, o que faz aumentar os juros. As acções dos bancos descem o que aumenta a fuga de capitais.
    .
    Só há uma solução : divida pública única para uma moeda única, como é normal em todo o mundo excepto na Eurozone, onde os economistas ignorantes e incompetentes tiverão mão livre para criar uma nova moeda inviável.

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  31. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 12:40

    Só gostava de corrigir isto:
    .
    .
    “O Japão tem dívida privada a sustentar a dívida pública. Os USA não.”
    .
    .
    Para isto:
    .
    .
    O Japão tem POUPANÇA PRIVADA a sustentar a dívida pública. Os USA não.
    .
    .
    Mil desculpas a todos pelos meus frequentes erros de escrita. O bagaço não perdoa. Então pela manhãzinha…

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  32. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 12:50

    AC, a teoria monetária MMT não é minha , mas só pode haver uma teoria certa, e o consenso economico actual é uma manta de retalhos que dá vontade de rir. Não tem capacidade de explicar nada nem de prever nada maas é o que a malta ensina nas escolas e economia.
    .
    O FED e o BoJ demonstraram que a compra de titulos de divida publica é apenas uma operação de troca de maturidades de activos : reservas/base monetária por conta de titulos de divida de vários prazos.
    O efeito cambial e sobre a inflação foi sol de pouco dura, porque foi apenas induzido pelas expectativas.
    Até há quem diga que ao retirar titulos que pagam juros, os QE são ant-inflacionistas a médio prazo (eu por acaso concordo)

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  33. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 13:08

    “O FED e o BoJ demonstraram que a compra de titulos de divida publica é apenas uma operação de troca de maturidades de activos : reservas/base monetária por conta de titulos de divida de vários prazos.”
    .
    .
    Pois. Isso em teoria. O problema é que não se pode analisra isto em termos de uma economia fechada, que aí essas teorias são muito lindas. Mas estamos a falar de economias abertas, que induzem efeitos para fora dos respectivos sistemas monetários. No caso do Japão, o dinheiro era enviado para o exterior. Que depois criou o famoso carry trade. Agora é o dólar que provoca o carry trade. Mas o dólar é a moeda de reserva do mundo, o que vai criar uma situação de forma violenta nos sistemas monetários por esse mundo fora, que por falta de capacidade (e até vontade) em absorver tantos dólares, irá conduzir ao colapso.
    .
    .
    Portanto, por muito que Vc. tente convencer do contrário, a verdade é que emitir moeda não resolver problemas nenhuns, só os agrava. Porque, para impedir a queda na massa monetária (no fundo é isso que Vc. está a dizer) eles têm que criar muitos dólares, que se escapam para o exterior. E se juntarmos um país sem poupança nem uma balança comercial equilibrada, a ruína vai se rápida. Tipo, caras ou coroas. Ou deflação (mas uma a séria e não como a japonesa, que é estabilidade de peços) ou elevada inflação ou possível hiperinflação. Não me parece que vá haver meio termo.

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  34. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 13:26

    Há outro facto a ter em conta no caso japonoca. Os gajos tinham balanças comerciais superavitárias, que depois podiam usar para comprar os yenes de volta, com o respectivo spread nos yields. No caso americano, eles não exportam nada, só dólares.
    .
    .
    O erro é pensar que, uma moeda destas, reserva mundial (onde toda a gente tem um pouco), pode servir como carry trade sem colapsar. É preciso ver que, são tantos os dólares no sistema (incluindo falsos, que pouca gente fala mas podem vir por arrasto), que se os agentes económicos se convencerem que o dólar está em queda e será prolongada e que uma subida deste, mata o próprio doente (e nem vale a pena falar que uma subida nas taxas de juro é impossível, pois a Reserva Federal não tem peso político para o impôr, nos dias de hoje), então pode haver uma fuga desenfreada ao dólar. Os americanos estão convencidos que o mundo vai absorver, para seu próprio bem, tantos dólares no sistema. Mas eu não acredito nessa tese, a menos que todas as outras alternativas sejam más. Surgindo o euro, o dólar tem alternativa e dá possibilidade aos que desejam fugir do dólar. Provocando um aumento da velocidade da queda do dólar. Aceleração do omentum, não é?
    .
    .
    Agora veja este caso curioso. É por falta de dólares que o crédito está semi-paralizado nos USA? Não. Neste momento, as treasuries cobram dinheiro aos seus detentores. Repito, para que se saiba ao ponto que aquilo está. Quem quiser aplicar dinheiro nos USA, com risco relativamente baixo, no curto prazo, tem que pagar ao governo a absorção dessa liquidez. A Reserva Federal acha que tem que meter mais liquidez no sistema. Mas a Reserva Federal esquece-se de uma coisa. A velocidade da moeda não depende dos governos nem do Estado nem dos próprios bancos centrais. Podem tentar controlar, mas, já o Fisher o tinha dito, quando os agentes económicos não podem, as políticas monetárias perdem eficácia. (Aliás, é o que anda a dizer o gajo do Nomura aos sete ventos.)
    .
    .
    Assim sendo, como os dólares não aumentam a velocidade (por enquanto, é claro) da sua circulação no interior dos USA, fogem para fora. (Afinal quem tem dinheiro perde-o.) Gerando o carry trade. E gerando a sua própria auto-destruição, porque o mundo está cheio de dólares. Não está a precisar deles.

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  35. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 13:33

    AC : “As Eurobonds baixam as taxas de juro,…”
    .
    Para financiar divida publica ao nivel do “lixo” ?!… Hum… não estou a ver como, caro anti-comuna !
    De qualquer modo, abre-se a “Caixa de Pandora” do endividamento publico da União Europeia. Sabe-se como começa, não se sabe como acaba. Não ha nenhuma garantia de que os paises financiados vão ter capacidade para pagar … mesmo ” a 30 anos” !

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  36. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 13:39

    “Hum… não estou a ver como, caro anti-comuna !”
    .
    .
    Simples, por dois motivos. Garantias dadas pelos Estados-membros mais fortes (não se equeça que dívida tem um preço que é estimado com base na sua confiança) e porque emissões maiores permitirá a países como a china comprarem dívida sem serem chupados pelos intermediários e pelo “sell side”.
    .
    .
    Também é importante que se tenha em conta a liquidez da dívida, só possível quando ela é mesmo grande.

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  37. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 13:46

    PMP,
    “Os EUROS não desaparecem. ”
    .
    Pois não. Mas valem menos.
    Não estou a acompanhar o nivel de sofisticação “técnica” da vossa discussão … mas não estou a ver como é que uma solução baseada em Eurobonds não aumenta os riscos inflacionistas na zona Euro. Ou antes, este risco apenas desapareceria se os paises financiados conseguissem rapidamente controlar as respectivas dividas. Mas acontece que uma solução de facilidade como esta iria provavelmente prolongar a irresponsabilidade orçamental destes paises. Os alemães ja perceberam isso.

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  38. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 13:51

    “mas não estou a ver como é que uma solução baseada em Eurobonds não aumenta os riscos inflacionistas na zona Euro”
    .
    .
    Porque a inflação não depende apenas da moeda mas da sua velocidade. Se tiver a moeda parada, por muita moeda que se crie, ela parada continua a não gerar inflação. Esse é o erro de muitos, porque esquecem-se que a equação tem um componenete: velocidade.
    .
    .
    Ora, a velocidade pode ter dois sentidos. Uma que multiplica o dinheiro em circulação, outra velocidade que diminui. Claro, sem contar que a velocidade pode ser zero.
    .
    .
    Neste momento, em alguns países da Zona euro (e também fora da zona euro) a velocidade começa a ser negativa, gerando destruição de massa monetária, logo menos pressões inflacionistas. Se este fenómeno se estender a mais países, tipo Alemanha, em vez de nos preocuparmos com a inflação, passamo-nos a preocupar com a deflação.
    .
    .
    Volto a repetir, porque a malta anda sempre iludida. Não é apenas o dinheiro no sistema que provoca inflação mas também a sua velocidade. E esta tem dois sentidos no seu movimento, não apenas um. E isto é tão básico, que me custa a entender como não se entende isto.

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  39. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 13:53

    AC : “Simples, por dois motivos. Garantias dadas pelos Estados-membros mais fortes …”
    .
    Creio que as garantias seriam directamente da UE. Que seriam, logicamente, menos “fortes” que eventuais garantias dos “Estados-membros mais fortes”.
    Sobretudo se a divida fosse consideravel (incluindo outros paises europeus maiores, como a Italia, a Espanha, a Belgica … e agora até se fala da Finlandia !…)

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  40. anti-comuna's avatar
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    14 Julho, 2011 13:53

    “Creio que as garantias seriam directamente da UE.”
    .
    .
    E quem garante as da UE?

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  41. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 13:58

    AC : “Neste momento, em alguns países da Zona euro (e também fora da zona euro) a velocidade começa a ser negativa, gerando destruição de massa monetária, logo menos pressões inflacionistas.”
    .
    Pelo que percebi o BCE acabou de subir a taxa de juro para combater as tendencias inflacionistas actuais.

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  42. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 14:02

    AC : “E quem garante as da UE?”
    .
    A possibilidade de o orçamento da UE poder ser reforçado através de novos impostos … a pagar pelos cidadãos de todos os Estados membros, a começar pelos “mais fortes”. Que assim passam a ser menos fortes.

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  43. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 14:07

    “A possibilidade de o orçamento da UE poder ser reforçado através de novos impostos …”
    .
    .
    Não precisa de um orçamento comunitário, basta que os Estados-membros assumam as responsabilidades da UE, como em grande medida já o fazem. Por isso é que um orçamento federal não é mesmo neecssário, mas quem se responsabilize pelas dívidas da UE. Em certa medida, não é isso que acontece no BCE?

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  44. anti-comuna's avatar
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    14 Julho, 2011 14:09

    “Pelo que percebi o BCE acabou de subir a taxa de juro para combater as tendencias inflacionistas actuais.”
    .
    .
    Mas não necessáriamente apenas pela questão das pressões inflacionistas. Mas tentar segurar o euro. (E respectiva atracção ou retenção de capitais, para financiar o sistema, que está a paralisar. Nestas coisa, nem sempre o que nos parece mais evidente é o que realmente funciona, não é assim? Repare que a dívida alemã caiu bastante nos yields, o que promove a procura por yields de outras dívidas.)

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  45. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 14:16

    anti-comuna, PMP,
    Entenda-mo-nos.
    Se os outros paises europeus aceitarem a solução dos Eurobonds … eu não vou cuspir na sopa !… Vai-nos dar mais tempo, vai afastar a possibilidade de um incumprimento a curto prazo, vai afastar a possibilidade de uma crise ainda mais grave do sistema europeu a curto prazo,…
    Mas compreendo as reticicencias da Alemanha e dos outros Estados cumpridores.
    E receio que tal possa fazer com que continuemos a viver na ilusão de que não é necessario apertarmos o cinto, reduzir drasticamente o peso do nosso Estado, privatizar e liberalizar a nossa economia,… “Enquanto o pau vai e vem folgam as costas” !!
    Se for assim, e nada nos garanta que não seja, esta solução terá sido uma ilusão, um simples adiar de uma verdadeira solução. Voltaremos, nos e a Europa, mais cedo ou mais tarde, a ter os mesmos problemas, num contexto diferente, mas porventura até mais complicado.

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  46. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 14:20

    As pessoas muitas vezes não percebm determinadas coisas, porque nem sempre estão verdadeiramente atentas às coisas e não olham para os problemas em conjunto, mas têm visões parciais da realidade, com suas teorias e respectivas narrativas.
    .
    .
    Por exemplo. Portugal está a sofrer uma crise de liquidez. Quem precisa de crédito e até o pode fazer em termos de risco, nem sempre o consegue por falta de liquidez. E os endividados estão já indexados ás euribor. Ora, o que preocupa nesta crise tuga é a falta de liquidez e a dúvida sobre a solvabilidade do sistema como um todo. Os que têm dívidas já, se sofrerem uma pena subida nas taxas de juro, não preocupa demasiado. O que preocupa é incapacidade de gerar novas dívidas ou fazer o seu roll over. Logo, estas subidas nas taxas de juro do BCE quase nem afectam Portugal. O que verdadeiramente afecta é que o sistema está sem liquidez. E o Estado não gera confiança para que lhe emprestem dinheiro. As euribor não contam para este campeonato. Tomara ao Estado conseguir liquidez, nem que pagasse 3 ou 4% de spread. Mas não acontece.
    .
    .
    Ora, as subidas das taxas de juro do BCE confirmam o compromisso do BCE que não terá políticas laxistas que comprometam a inflação. Assim atrai capitais de fora da Europa (ou retém capital) que por sua vez irão procurar activos na Europa. Podem procurar logo no bund como noutros países. Logo, gera mais oportunidades que a dívida dos países em dificuldades possam conseguir acesso a financimentos.
    .
    .
    Se o BCE não mostrar compromisso com o combate à inflação, a fuga de capitais pode ser enorme, penalizando não apenas os que já têm dificuldades de acesso a capitais como como os demais.
    .
    .
    A política monetária nem sempre é tão evidente como nos parece. Os seus objectivos podem ser vários, que mero combate às pressões inflacionistas.

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  47. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 14:22

    AC : “Não precisa de um orçamento comunitário, basta que os Estados-membros assumam as responsabilidades da UE,…”
    .
    É preciso que aceitem …
    Mas vai dar ao mesmo. Os Estados-membros passariam a estar mais expostos.

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  48. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 14:29

    “E receio que tal possa fazer com que continuemos a viver na ilusão de que não é necessario apertarmos o cinto, reduzir drasticamente o peso do nosso Estado, privatizar e liberalizar a nossa economia,… “Enquanto o pau vai e vem folgam as costas” !!”
    .
    .
    Pois. Esse é o risco que os alimários não querem correr. Repare-se que um dos erros na criação do euro foi não criar um mecanismo efectivo que verdadeiramente diferenciasse as várias dívidas soberanas. Os investidores talvez estivessem convencidos que todos agiriam em conjunto, para salvar os mais fracos. Tal não aconteceu e, com o credit crunch, os investidores tornaram-se muito mais aversos ao risco. Um outro erro foi, já na crise, a UE incentivar os vários Estados a resolverem o problema com o uso da banca doméstica para proverem a liquidez ao Estado. (Na crença que salvos os bancos, estes agora teriam a obrigação de salvar o Estados.) E isto foi um erro porque criou um risco desmesurado sobre os vários sistemas bancários domésticos. (O caso tuga é evidente, pois se não tivessem tentado ajudar o Estado, não estavam hoje sob a ameaça de falência e respectiva nacionalização.)
    .
    .
    Mas neste momento a Alemanha deve ter dois dilemas. Ou assume o risco de ter que amparar parasitas durante uns tempos, até que o mercado de crédito normalize. Ou arrisca a que as tentativas de trazer melhor aferição do respectivo risco de cada Estado levem ao colapso o sistema como um todo. Para mim este dilema é o que preocupa os alemães. Ou devia. A menos, repito, eles saibam coisas que não sabemos, como quem será o mais prejudicado com um haircut. Mas desconfio que não sabem ou estão convencidos de uma coisa e vai-lhes sair outra. É verdade que os americanos foram uns filhos da puta, ao meter na europa o seu lixo tóxico, com o apoio até das tais agências de crédito. Mas nada nos garante que agora sejamos nós capazes de lhes fazer o mesmo.
    .
    .
    Eu penso que a Alemanha vai ter que aceitar os eurobonds e compartilhar o risco e se calhar a própria soberania.

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  49. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 14:35

    AC : “Portugal está a sofrer uma crise de liquidez.”
    .
    A solução dos Eurobonds permitiria fazer face aos problemas imediatos de liquidez … do Estado portugues… mais do que da economia, das empresas. Os capitais eventualmente atraidos pela politica monetaria não laxista do BCE não se dirigiriam para as empresas e para o sistema financeiro portugues.
    Mas o principal problema da economia portuguesa, o da falta de competitividade, não é afrontado, antes pelo contrario, com a subida das taxas de juro.

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  50. Miguel Lx's avatar
    Miguel Lx permalink
    14 Julho, 2011 14:38

    Meus caros,
    Sempre ouvi dizer que quem percebe mesmo mesmo disto é quem trabalha nos mercados cambiais, aí é que estão os carolas. Passados 3 dias do susto italiano e do “Ai Jesus que acabou o euro”, o EURUSD está outra vez nos 1.4234.
    Eu estou preocupado com o que vejo nas notícias e a aprente incompetência alemã em lidar com isto, mas começo a pensar nos 1.4234 e concluo que é muito areia para o meu camiãozito e haverá pessoas que sabem mais do que nós…E volto à mesma, ou é na Alemanha ou é na China.

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  51. D's avatar
    14 Julho, 2011 14:39

    E se tal não for feito e o Euro e a UE acabarem, quais serão os custos para a tão exemplar Alemanha?

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  52. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 14:45

    D : “E se tal não for feito e o Euro e a UE acabarem, quais serão os custos para a tão exemplar Alemanha?”
    .
    A Alemanha tem uma economia forte e competitiva.
    São os que se devem preocupar menos com esta perspectiva !

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  53. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 14:53

    Caros, a estabilidade cambial dos ultimos meses e 4 anos e entre o USD e o EURO , apenas ponteada por “sustos” reforça a tese da MMT que a taxa de câmbio tende reflectir a médio e longo prazo a evolução do deficit corrente.
    .
    Os baixos juros da divida publica nos EUA, apesar do deficit publico e divida publica elevada, reforçam a tese da MMT que o dinheiro provém da divida pública.
    .
    Para quê andar a usar esquemas macroecómicos fantasistas quando existe um (a MMT) que explica os fenómenos.
    .
    Dei comigo a pensar que a maior parte dos prémios Nobeis de economia, teriam dificuldade em concluir uma licenciatura em engenharia, tão inuteis são as suas pseudo-teorias.

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  54. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 15:08

    Italy is not like Greece ! :

    “Real M1 deposits in Italy have fallen at an annual rate of 7pc over the last six months, faster than during the build-up to the great recession in 2008,” said Simon Ward from Henderson Global Investors….

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  55. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    14 Julho, 2011 15:28

    A única ideia que eu vejo para salvarmos os países periféricos é haver uma grande guerra.

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  56. SM's avatar
    14 Julho, 2011 16:04

    grande cambada… uma engenharia cambial com a criação do Euro porque a Alemanha tem hoje uma moeda muito mais fraca do que teria se tivesse o Marco e Portugal tem uma moeda muito mais forte do que normalmente estaria o Escudo. A grande produção alemã e o seu excedente comercial são o reverso da moeda do nosso défice e da nossa dívida… a integração económica europeia ou é federalista e implica soluções financeiras transnacionais ou vai acabar por se desintegrar… pelas vossas perfeitas teorias liberais tudo funciona como uma máquina mas a realidade tem uma complexidade e factores ilógicos que uma máquina não tem… podem continuar a fingir a vossa fé ideológica que o tombo vai ser maior…

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  57. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 17:05

    “Para quê andar a usar esquemas macroecómicos fantasistas quando existe um (a MMT) que explica os fenómenos.”
    .
    .
    Ah! Agora descobri onde Vc. foi buscar essa MMT:
    .
    .

    understanding-modern-monetary-system


    .
    .
    Mas olhe que isto diz tudo:
    .
    .
    “Most importantly, there is no solvency risk for the alchemist – only a pseudo form of default via currency collapse (hyperinflation). The alchemist only debases her gold when she issues an amount of gold that is in excess of productive capacity (inflation). But most importantly, she can never “run out” of gold. Therefore, she is never constrained in her ability to spend as a household, business or US state is. ”
    .
    .
    Confesso que vou ler mais um bocado sobre o assunto, mas parece-me mais treta que outra coisa. Isso não passa de uma nova face do monetarismo. E nem é tão novo assim. Todas as moedas se basearam no poder das autoridades públicas e sempre que a desvalorizaram (gastando mais do que podem e devem) o colapso veio. Nada de novo em termos de teorias económicas. Mas confesso uma certa curiosidade como esforço inetelectual para entender o funcionamento económico.
    .
    .
    “uma engenharia cambial com a criação do Euro porque a Alemanha tem hoje uma moeda muito mais fraca do que teria se tivesse o Marco e Portugal tem uma moeda muito mais forte do que normalmente estaria o Escudo. A grande produção alemã e o seu excedente comercial são o reverso da moeda do nosso défice e da nossa dívida… ”
    .
    .
    A Alemanha, com moeda fraca ou forte, sempre foi grande exportadora. E a sua força nas exportações está na forma de ser dos alemães: produzir muito e bem. Em vez de consumir muito e mal.
    .
    .
    E não é caso único, apesar da subida no yene, continuam a exportar muito e bem.
    .
    .
    A diferença entre países deficitários e superavitários está na sua forma de ser. Uns gostam de comer o bolo que ainda não foi pago, outros gostam de comer parte do bolo que já foi pago e deixam a outra parte a crescer. E muito simples.
    .
    .
    Como diria aquela alegoria. Há as formiguinhas e as cigarras. Uns gostam de viver a vida a gastar tudo o que têm. Outros gostam de viver a vida, equilibrando entre poupar e gastar, divertindo-se.
    .
    .
    Há quem ache que é uma questão de ADN. Será que os alemães têm um problema no seu ADN? lolololololol

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  58. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 17:16

    SM : “a Alemanha tem hoje uma moeda muito mais fraca do que teria se tivesse o Marco e Portugal tem uma moeda muito mais forte do que normalmente estaria o Escudo. A grande produção alemã e o seu excedente comercial são o reverso da moeda do nosso défice e da nossa dívida…”
    .
    Entrar no Euro com um cambio favoravel até deu na altura jeito valorizando melhor os activos nacionais.
    Portugal ganhou também em estabilidade monetaria, taxas de juro mais baixas, um mercado mais integrado, regras de disciplina orçamental, etc.
    .
    O problema é que depois os portugueses e os seus governos acharam que era melhor aproveitar o bonus e “descansar à sombra da bananeira” !… gastando mais, trabalhando menos, poupando menos, mantendo protecções e privilégios, etc
    Desde modo perderam e desperdiçaram uma oportunidade unica, a de poderem melhorar a competitividade efectiva do pais e das suas empresas.
    A culpa pela situação a que chegamos é toda nossa !…
    .
    Agora, ai aqui d’El Rei, que a Alemanha e outros paises europeus não nos querem ajudar !… Durante este periodo a Alemanha, que numa primeira fase até sentiu estar a perder terreno (era quando diziam que o terem trocado o Marco pelo Euro tinha sido um mau negocio), não baixou os braços, tomou medidas de restruturação da sua economia, algumas duras e contestadas internamente, e reforçou a sua competitividade. Todos sabemos que a competitividade dos produtos alemães depende muito mais da qualidade dos produtos e da produtividade industrial do que da suposta fraqueza do Euro (?!…).
    .
    A Alemanha até é capaz de acabar por aceitar uma qualquer forma de reforço da solidariedade europeia, seja ela qual for.
    Mas não vai aceitar a continuação da balda !…
    Nos é que temos de arregaçar as mangas e por ordem em casa.
    Em vez de procurarmos bodes expiatorios e expedientes para fugir com o rabo à seringa !… (como diria o SM … “grande cambada” !!…)

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  59. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 18:08

    Caro Fernando, há outras coisas que devem ser tidas em conta. Como, por exemplo, a maluqueira que é possível puxar pela economia através da procura. (Já sei que Vc. vai ficar feliz por eu dizer isto. eheheheheheh )
    .
    .
    Duranta anos, foi dito ao povo, que o importante era estimular a procura, pois então a oferta brotaria do nada e satisfazia essas novas neecssidades. Claro que foi usado de tudo um pouco: expansão dos gastos públicos, do endividamento público e privado (diziam que o endividamento deixou de contar lolololololol), beneficios fiscais ao consumo em vez da poupança e, mais pergioso ainda, pensaram que a produção brotaria do nada em Portugal. Houve até quem pensasse (nos tempos do Guitarras era esse o discurso oficial) que a terciriazação da eocnomia era sinal de maturidade económica e desenvolvimento. Imitando os tolinhos dos américos.
    .
    .
    A realidade é que a procura foi sustentada por produção de fora (daí o disparo no défice da balança de pagamentos) e por inflação. A industria tinha passado de moda, mas hoje os países que se safam são aqueles cujo peso das exportações no PIB são altas (tipo Suiça) e têm um elevado peso da industria nas suas exportações (tipo Japão, China, Alemanha, Suiça, países nórdicos, etc).
    .
    .
    Alguns iam na moda dos tolinhos americanos. Diziam: não, não há desindustralização na américa. Olhem para a produção industrial dos gajos. A bater recordes. É verdade. Mas essa produção industrial não chegava (como não chega) para colmatar a procura interna tão pouco. Daí od fortes défices nas balanças comerciais. E nós tugas fomos atrás destas ilusões. Que era possível ter um elevado consumo sem uma produção ao mesmo nível e com elevada produtividade.
    .
    .
    É verdade que não é saudável esmagar a procura para só olhar para a produção. (Tipo maluquinhos do ouro!) Mas também não é verdade expandir ad aeternum a procura (alavancando a economia e comendo o bolo antes sequer de ganhar dinheiro para o pagar) gere a tal produção. Há aqui um equilibrio para gerir, que poucos se importam em o tentar. Excepto países como a Alemanha, o Japão, etc. São países que não acreditam em comer o bolo antes sequer de ganhar dinheiro para o pagar.
    .
    .
    Em Portugal, durante os tempos do Botas, tivemos uma moeda muito forte. Superávites orçamentais e bastante ouro, durante o tempo que o ouro tinha importante papel no estabelecimento da convertabilidade da moeda e sua confiança. E no entanto, houve períodos que fomos os campeões do mundo no crescimento económico. Se foi cacthing up ou não, pouco interessa. Não foi por ter uma moeda forte que deixamos de crescer. Pelo contrário, quanto mais fraco tivemos o Escudo menos exportavamos e estoiramos até com o ouro que o Botas acumulou. Ou seja, a moeda forte ajudou o elevado crescimento económico, durante os tempos do Botas. Quando tivemos moeda fraca, o nosso crescimento económico enfraqueceu. Há prova maior que uma moeda forte é do que Portugal precisa?
    .
    .
    O ponto agora é outro. É eliminarmos os erros cometidos com a má negociada entrada no Euro, eliminar o moderno corporativismo que beneficia a produção de bens não transacionáveis (e rentistas, leia-se, parasitas), eliminarmos a forte presença do Estado na economia (passar a ser apenas árbitro, em vez de jogador e árbitro simulataneamente) e desalavancar sem provocar um colapso económico. Serão os portugueses capazes de o fazer? Sinceramente, não acredito. Lisboa e sua mentalidade parasita não o vai deixar. (Já sei que a malta do sul não gosta de ler isto, mas é aquilo que todos vemos todos os dias.)
    .
    .
    Eu, por mim, voto pela Independência do Norte. Só assim haverá um tigre ibérico pronto a descolar.

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  60. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    14 Julho, 2011 19:25

    Anti-Comuna:
    Norte, Algarve, Açores e Madeira independentes já!
    E Lisboa que se foda e que morram todos afogados nas águas sujas do Tejo!

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  61. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 19:37

    Caro anti-comuna,
    Sem olhar para as virgulas … eu até concordo com quase tudo o que Vc acabou de dizer … até posso encaixar a “mentalidade parasita” de Lisboa (como representativa de uma certa atitude … mas que não é exclusiva do Sul … ja que o Norte, sempre oportunista, sobretudo nesta ultima década, também praticou) … No fim de contas, com as suas multiplas diferenças entre Norte e Sul, Litoral e Interior, etc,… o nosso pais até é muito homogéneo, no melhor como no pior …
    Não caro anti-comuna, nada de separatismos nordistas, ou vamos ao fundo juntos ou nos safamos juntos !…
    E para nos safarmos temos mesmo de nos transformar nesse tal “tigre ibérico” !…
    “Serão os portugueses capazes de o fazer?”
    E por que não ?… A historia tem mostrado que é nos piores momentos que nos tornamos melhores !!

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  62. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 19:45

    “Em 2010, o distrito de Leiria apresentou o sexto melhor saldo comercial do país, a seguir a Aveiro, Braga, Coimbra, Setúbal e Beja, este último não tanto pelo contributo das exportações, mas pelo reduzido nível de importações, ou não fosse o distrito português que menos importa.”
    .
    In http://www.leiriaeconomica.com/item6840.htm
    .
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    Como eu defendo um Norte Independente, desde a Serra dos Candeeiros até ao Rio Minho, o Norte ficava com os 4 distritos com saldo exportador positivo. Só aqui, neste facto, dava ajudar o Norte a consgeuir financiar-se no exterior.
    .
    .
    Eu até sonho em ver um Norte Independente, com o euro e um governo pequeno mas forte, com uma marinha de guerra sério, incluindo um porta-aviões, uma força aéra com 80 ou 100 eurofigthers e 200 leopardos pelo menos. Ah caramba! Uma espécie de Suiça na Meseta Ibérica. Oh! Como é fácil sonhar…
    .
    .
    Eu também tenho as minhas utopias, não é verdade?

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  63. PMP's avatar
    PMP permalink
    14 Julho, 2011 19:45

    Os tigres asiáticos estabeleceram um consenso interno sobre estratégias de crescimento económico.
    Em Portugal nem sequer se percebe que essas estratégias existiram e existem nos países de grande crescimento económico e quais foram.
    .
    A malta não gosta de copiar, gosta de inventar, que é para ficar tudo na mesma.
    Basta ouvir os nossos politicos e académicos para perceber que não têm ideia nenhuma para desenvolver Portugal.
    .
    Entre os extremismos do laissez faire absoluto euro-entusiasta e do xuxialismo despesista é o deserto.

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  64. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    14 Julho, 2011 19:48

    “E por que não ?… A historia tem mostrado que é nos piores momentos que nos tornamos melhores !!2
    .
    .
    Um país que abandonou um Império por mero racismo contra o voto dos pretos, não merece mais que perder tudo. Lamento, mas desde o Portugal e o Futuro que me convenci que perdemos a estaleca e, enquanto houve colónias para Lisboa parasitar, a coisa ainda foi dando. Com a entrega de macau, Portugal finou-se. Como bem previu o Fernando Pessoa. Glup!
    .
    .
    Mas uns Estados Unidos de Portugal… Ainda hoje penso que era possível fazer isso. Se calhar. Ou se calhar não. Não sei. Acho que Portugal acabou e não posso ser saudosista. Apenas pensar no futuro.

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  65. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 20:28

    AC : “Uma espécie de Suiça na Meseta Ibérica”
    AC : “Mas uns Estados Unidos de Portugal…”
    .
    Caro anti-comuna,
    Decida-se quanto às utopias !!!… ehehehehe

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  66. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    14 Julho, 2011 20:46

    PMP : “… estratégias de crescimento económico.”
    .
    Uma boa estratégia de crescimento economico para o Portugal de hoje começa por dar cada vez mais liberdade às pessoas, às organizações privadas e civis … (o reverso da medalha é um Estado menos intervencionista, menos parasita, menos despesista) …
    Não é inventar, é copiar o que fizeram as sociedades que historicamente mais e melhor prosperaram ! (algumas delas utilizaram depois esse ganho para gastar em Estados Sociais … mas isso é outra historia…)

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  67. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    14 Julho, 2011 21:32

    Como é que se pode importar o modelo suiço politico-administrativo (cantões) para os «cantões» portugueses, povoados por gente selvagem, preguiçosa, que bebe vinho pelo gargalo e que ainda por cima vota para que sejam roubados?

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  68. SM's avatar
    15 Julho, 2011 15:36

    Portugal entrou no euro com um escudo sobre-avaliado em 20 a 30%.

    E não, não somos malandros. Consultando dados estatísticos europeus, em comparação aos alemães, trabalhamos mais horas por semana, temos menos dias de férias temos reformas mais tarde. O problema em Portugal é a falta de organização e a falta qualidade empresarial (encostados aos gordos lucros dos contratos assinados com o Estado ou dos setores sem concorrência real) aliadas à excessiva burocracia estatal.

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  69. FR's avatar
    16 Julho, 2011 00:52

    Há “custa” dos Gregos e dos Portugas estão na Alemanha (no mínimo) 500 mil postos de trabalho em jogo.
    Imaginem se Gregos e Portugas boicotassem as importações aos alemães…. imaginem 500 mil a baterem à porta da chanceler e do Bundestag… a coisa ficava complicada. Os Teutões vão ter que suportar isto quer queiram quer não…o contrário é mais uma guerra iniciada por eles mesmos. O que seria um grande prejuízo.

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