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Ponderando somos todos bons

16 Outubro, 2011

Os rankings não são ponderados por índices socioeconómicos. Da mesma forma, ganha a liga de futebol quem tem mais pontos. A pontuação não é poderada pelo orçamento de cada clube. Deve haver uma razão para isso.

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Imaginem que havia dois rankings, um não ponderado e outro ponderado por índices socioeconómicos. Que escolas as pessoas gostariam de escolher para os seus filhos, as do topo do ranking ponderado, ou as do topo do ranking não ponderado?

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Alguém entrou em medicina porque tinha média ponderada por índices socioeconómicos? Alguém é visto como um aluno de excelência porque ponderados os seus índices socioeconómicos afinal até é muito bom? Alguém escolhe uma escola problemática para  o filho porque ponderados os índices socioeconómicos, a escola até é muito boa?  Não me parece.

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A educação é uma actividade em que a qualidade dos pares contribui muito para a melhoria da performance individual.  Tentar enganar isso com ponderações de inspiração socialista é treta.

21 comentários leave one →
  1. zazie's avatar
    zazie permalink
    16 Outubro, 2011 11:00

    Seguindo o link, está lá um comentário do hajapachorra que diz tudo.

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  2. Pois é...'s avatar
    Pois é... permalink
    16 Outubro, 2011 11:00

    Na liga de futebol que refere, aos clubes pequenos, com muito menos posses e jogadores muito mais baratos, é-lhes exigido o título? Ou, sequer, que lutem por ele?
    E serão clubes menos dignos, esforçados e trabalhadores que os grandes?

    Os rankings das escolas é uma falácia que nos assola anualmente. Deveria ser um “ranking dos alunos da escola”. Experimente entrar numa escola dos subúrbios de Lx e depois visitar uma das “de top”.

    Ou tem dúvidas que se trocássemos os alunos das privados pelos das públicas, o ranking também seria invertido?

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  3. SM's avatar
    16 Outubro, 2011 11:15

    a maior treta do mundo é este post do joão miranda. comparar resultados escolares com um campeonato de futebol! obviamente que não pode introduzir nenhuma ponderação para entrar em medicina. os resultados são o que são mas devem ser refletidos. e não se deve ignorar que os resultados das privadas são fortemente influenciados pelo contexto socio-economico de quem as frequenta. e não se deve ignorar que existem notas inflacionadas em privadas. e não se deve ignorar que existem privadas com más notas, precisamente as que têm contrato de associação e estão situadas num contexto sócio-económico menos favorável. e que a primeira privada do ranking poderia amanhã mudar-se para chelas e receber só alunos de lá que caia no ranking a pique!

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  4. SM's avatar
    16 Outubro, 2011 11:22

    derrotado é o argumento do joão miranda porque poderiam acabar amanhã as escolas públicas e serem subsituidas por escolas privadas que os rankings não iam mudar da noite para o dia, nem as escolas passariam todas a notas positivas do dia para a noite. o pensamente de joão miranda é neste caso uma completa falácia.

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  5. LA-C's avatar
    16 Outubro, 2011 11:36

    ó João Miranda, que post mais demagógico!
    Mas agora comparas uma escola a uma equipa de futebol? Por amor de Deus. O objectivo de uma equipa de futebol é ganhar jogos, o objectivo de uma Escola é que o aluno saia de lá o mais bem preparado possível.
    Portanto, um ranking das Escolas bem feito é isso que mede: qual é a melhor escola para a minha filha? Pegar nas médias das notas dos alunos pré-seleccionados e compará-los com as médias das notas de alunos onde não não pré-selecção, nem chega a ser uma caricatura de um ranking. É, isso sim, uma pura treta.

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  6. :|'s avatar
    16 Outubro, 2011 11:47

    A educação é uma actividade em que a qualidade dos pais contribui muito para a melhoria da performance individual. Tentar enganar isso com rankings que olham apenas para diferenças (estatisticamente significativas?) nas médias com inspirações de direita é treta.

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  7. tina's avatar
    tina permalink
    16 Outubro, 2011 11:49

    “Pegar nas médias das notas dos alunos pré-seleccionados e compará-los com as médias das notas de alunos onde não não pré-selecção, nem chega a ser uma caricatura de um ranking.”
    .
    Mas a escola também tem influência. Uma boa escola pode pedir TPCs todos os dias e castigar alunos, por exemplo. Assim, se explica como há colégios que estão mal classificados no ranking, simplesmente tem uma política mais laxista.

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  8. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    16 Outubro, 2011 11:49

    LA-C,
    .
    O que é melhor para uma criança, mantendo a mesma qualidade do pessoal docente, das instalações e da organização:
    – andar numa escola em que os colegas são de um meio socioeconómico acima da média
    – andar numa escola em que os colegas são de um meio socioeconómico abaixo da média
    .
    O ponto neste post é que a ponderação socioeconómica elimina um dos factores mais desejaveis numa escola: a qualidade dos pares.

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  9. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    16 Outubro, 2011 11:51

    Dito de outra forma, a pré-selecção dos pares é um dos factores mais importantes para uma escola ser boa. Fazer um ranking sem esse factor destrói a utilidade do ranking. Os pais procuram escolas em que os pares são pré-seleccionados.

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  10. LA-C's avatar
    16 Outubro, 2011 12:02

    “O que é melhor para uma criança, mantendo a mesma qualidade do pessoal docente, das instalações e da organização:
    – andar numa escola em que os colegas são de um meio socioeconómico acima da média
    – andar numa escola em que os colegas são de um meio socioeconómico abaixo da média”

    Aí depende mesmo das preferências dos pais. É informação que um ranking não pode dar. Conheço pais que preferem “proteger” os filhos, mas também conheço pais que preferem que os filhos sejam expostos à realidade social e que convivam com pessoas de todos os meios sócio-económicos.
    Há ainda pessoas como os meus pais que puseram os filhos mais velhos nos colégios mais elitistas, mas que depois escolheram uma escola pública para o mais novo (eu), precisamente por não quererem que eu vivesse numa bolha.
    Em suma, isso é informação que um ranking não pode, nem deve dar. Tal como há muita coisa que não está incluída nos rankings e que contam para a escolha dos pais. Por exemplo, a distância de casa, se são escolas unissexo ou integradas, se são de denominação religiosa e qual a religião. São tudo aspectos que podem, e devem, influenciar as escolhas dos pais. Não são coisas que devam estar nos rankings. Os rankings não devem ter ideologia.

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  11. LA-C's avatar
    16 Outubro, 2011 12:06

    “Dito de outra forma, a pré-selecção dos pares é um dos factores mais importantes para uma escola ser boa. Fazer um ranking sem esse factor destrói a utilidade do ranking. Os pais procuram escolas em que os pares são pré-seleccionados.”

    Muito pelo contrário. Se fazes um ranking com base nas escolhas dos pais, então o ranking não adiciona informação relevante. Pela própria natureza de um ranking construído dessa forma, o ranking limitar-se-á a validar as escolhas dos pais, uma espécie de ‘self-fulfilling prophecies’. Um ranking para dar informação adicional sobre o valor das escolas não pode ser feito dessa forma.

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  12. António's avatar
    António permalink
    16 Outubro, 2011 12:39

    Mas tu tens o QI do Cavaco ou quê?

    Há alunos nas escolas públicas que comem uma refeição por dia! Quando andas a tentar sobreviver não andas preocupado em estudar.

    Os alunos das escolas privadas têm todas as condições em casa para se dedicarem aos estudos.

    Got it? Não ofendas as pessoas sff.

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  13. miguelmadeira's avatar
    16 Outubro, 2011 12:44

    “O que é melhor para uma criança, mantendo a mesma qualidade do pessoal docente, das instalações e da organização:
    – andar numa escola em que os colegas são de um meio socioeconómico acima da média
    – andar numa escola em que os colegas são de um meio socioeconómico abaixo da média
    .
    O ponto neste post é que a ponderação socioeconómica elimina um dos factores mais desejaveis numa escola: a qualidade dos pares.”

    Essa informação pode ser útil para cada família individual, mas provavelmente é inútil para o conjunto das famílias.

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  14. miguelmadeira's avatar
    16 Outubro, 2011 12:47

    Outro ponto – os rankings costumam ser apresentados com uma retórica de “devemos aprender com as melhores escolas e seguir os seus exemplos”; mas se o segredo das melhores escolas é algo impossível de generalizar (escolher os potenciais melhores alunos), isso deita por terra muito do discurso elaborado à volta dos rankings

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  15. jp's avatar
    16 Outubro, 2011 13:13

    A grande vantagem dos rankings é permitir às escolas fazer comparações com resultados anteriores e com realidades semelhantes. Quem não vê isto é porque de facto nunca esteve numa escola.
    Nem isto a esquerdalha consegue ver.

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  16. Epá's avatar
    Epá permalink
    16 Outubro, 2011 14:32

    Há uns bons anos, na fase primária da escola, ensinava-se que não se pode misturar alhos com bugalhos (3ª classe, ai que ofensivo). Será que se desapendeu? A ver vamos, mas pelo andar da carruagem aparentemente e como até o nosso 1º ministro o faz, convém não é? O pior é que a massa crítica também o acompanha não vá o dono morder.

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  17. tina's avatar
    tina permalink
    16 Outubro, 2011 17:20

    “Conheço pais que preferem “proteger” os filhos, mas também conheço pais que preferem que os filhos sejam expostos à realidade social e que convivam com pessoas de todos os meios sócio-económicos.”
    .
    Esse problema põe-se na escolha entre uma escola pública e uma escola privada. Mas dentro das públicas, todos os casos que conheço são de pais que fazem tudo para pôr os filhos nas melhores escolas, nem que para isso tenham de guiar mais ou arranjar moradas falsas. A única vez que vi pais mudarem os filhos para escolas de ranking inferior foi para os filhos ficarem com melhor média (testes mais fáceis, notas mais altas) de modo a poderem entrar na universidade. O ranking reflecte o que se espera da escola em termos de exigência e é por isso muito útil.

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  18. Moira's avatar
    16 Outubro, 2011 18:43

    Gostava de ver os rankings das universidades privadas no curso de direito…lol

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  19. Arlindo da Costa's avatar
    Arlindo da Costa permalink
    16 Outubro, 2011 19:18

    O ensino em Portugal é uma merda.
    Sócrates lutou de unhas e dentes contra a ronha instalada no «sistema» de ensino e a garotice dos sindicatos.
    Resultado?
    Fizeram-lhe uma guerra sem quartel.
    Mas ele tinha razão.
    E quando falam da classificação alta dos rankings das escolas privadas, isso é uma tontice e uma mentira.
    Afinal de contas, ao longo de décadas, esses «colégios» e «escolas» têm formado «bons alunos» e paradoxalmente as actuais élites intelectuais, politicas e económicas são uma boa merda.
    Qualquer aluno do ensino básico da Coreia do Sul, da Chona e do Japão, sabe mais do que qualquer aluno do «secundário» desses colégios da treta!

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  20. jp's avatar
    16 Outubro, 2011 20:02

    “Afinal de contas, ao longo de décadas, esses «colégios» e «escolas» têm formado «bons alunos» e paradoxalmente as actuais élites intelectuais, politicas e económicas são uma boa merda.”

    A mim me parece que por acaso, por mero acaso, as elites que nos puseram na merda, ostentam a frequência dos bons liceus do antigamente, o que equivale a dizer que uma coisa nada tem com a outra.

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