Ir cantando a ladainha Grega, até o Santo cair!
Parece ser o que se passa, em termos de discurso político europeu, com a Grécia.
Agora, de um modo claro, foi o Ministro alemão do Interior que praticamente já deixou cair o Santo (neste caso, a Grécia). Mas a ladainha já tinha começado a ser entoada, de forma menos explícita, desde há uns tempos a esta parte. Quem estivesse atento ao discurso político das Instituições e, de um modo geral, de políticos com responsabilidades na UE, perceberia: independentemente das declarações de Barroso, jurando segurar a Grécia até ao limite, lá fomos ouvindo a própria Comissária Grega das Pescas dizer que, para a zona Euro, não seria nenhum drama se o seu país saísse da moeda única. Depois foi a Comissária Neelie Kroes (da “agenda digital”), a dizer a mesma coisa, de forma mais contudente (a própria União e o processo de integração não sofreriam com a queda da Grécia em default). Em paralelo, alguns políticos (sobretudo do eixo franco-alemão) começaram, de forma inusual e muito anti-diplomática, a dizer abertamente mal dos políticos gregos. Tudo isso eram (são) sinais de que, de facto, o objectivo, agora, já será deixar cair a Grécia controladamente. Como explica o José Manuel Fernandes, aqui, “na imprensa internacional tanto vozes eurocépticas (como Ambrose Evans-Pritchard, doThe Telegraph), como federalistas (caso de Wolfgang Münchau, do Financial Times) juntam-se a uma legião de economistas (de que um exemplo é Hans-Werner Sinn, responsável de um dos mais importantes think tanks económicos da Alemanha, em entrevista à Spiegel) que defendem o regresso da Grécia ao dracma. Sem dramatismos, apenas por realismo”.
Também, por outro lado, o acentuarem-se as diferenças entre o caso português e a Grécia, para que, de futuro e (ao contrário do que por cá, muitos dizem), se segure Portugal, o dizer-se abertamente que Portugal vai no bom caminho (implícita ou explicitamente, ao contrário da Grécia), faz parte dessa estratégia/objetivo de deixar suavemente cair a Grécia.
O problema é que por mais cálculos e paraquedas que se arranjem, as falências são sempre incontroláveis. Quer económica e socialmente, quer, também politicamente. E aí – quer se diga o contrário, quer não – haverá sempre riscos para o projeto europeu ….
Mais que ir aos “experts” das ilhas UK para saberse o que passa na Grecia (e na Alemanha) eu iria a consultar os jornalistas e povo grego para saber o que acontece nas ilhas (gregas) e na Alemanhia.
A bota nazi ameaça logo… os UK a tremer.Coitadinhos. Achavam que haviam ganhando duas pequenas escaramuças de guerras ja era suficiente.
http://www.elpais.cr/frontend/noticia_detalle/6/62182
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Neototo:
pois é! Mas… e as alternativas, onde estão?
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Si um é PIG deixem selo a vontade. Serse PIG querese dizer nao pode ser alemao…vai contra-natura.
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Mas se os próprios gregos acham que a solução não lhes serve, porque não deixá-los partir em paz?
Claro que haverá que fixar uma indemnização por “despedimento”, mas tudo é negociável nesta vida.
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uma indemnização por “despedimento”,
…
Essa indemnizaçao existe. Sao os CDS a pagar pelas dividas dos emprestimos… Mais os bancos franceses e alemaes nao sabiam que estavam a fazer negocios com porquitos? Que paguem eles…mais eles nao querem, aSra. Merkel tampouco o Sr. Draghi nem che conto…
Realmente esta Europa está totalmente “averiada”. Tocada duma asa (os PIGS) ou das duas…Vamos ver que dizia um cego…
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Parece-me que se está a confundir gritaria propagandística, com objetivos reais. A Alemanha lidera uma corrente na UE que, na realidade, nega os seus fundamentos. Todas as medidas defendidas pelos atuais governantes alemães, apenas visam pressionar os restantes países a aceitarem uma maior intervenção germânica, conseguida sob a fórmula “paguem o que nos devem”. Para isso, a sua máquina de propaganda tem divulgado a ideia (pelos vistos com algum sucesso) de que há uma cambada de despesistas que, durante anos e sem que ninguém percebesse (tão ingénuos que eles são…), andaram a desbaratar o dinheirinho que o suor germânico desinteressadamente emprestou. Pois. Mas, vamos admitir que havia um conjunto de países (desse tal grupo de malandros onde também estamos) que negociava a saída, um pouco na linha do que Ferreira do Amaral vem defendendo. Que acontecia à economia alemã? Quem lhes assegurava o nível de exportações que têm conseguido?
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Ao colocar-se subservientemente ao lado da Alemanha, o governo português apenas reforça o grupo dos que são contra a União Europeia, entendida como um projeto globel europeu. Ao fim e ao cabo, uma linha que, à direita, apenas era defendida abertamente por alguns elementos do CDS, mas que, na verdade, sempre teve muitos seguidores envergonhados. É a linha da continuação da mão de obra barata, do investimento mínimo e lucro máximo, do rentismo e de todas as escleroses que sempre limitaram a nossa economia.
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Num momento oferecemos a mão que os levou lá… no outro devolveram-nos um pé, quase forte o suficiente para nos derrubar…
http://lmmgarcia.wordpress.com/2012/02/27/o-nosso-nome/
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o importante agora é o português governo pôr um ponto final na corrupção de Estado na portulândia – nomeadamente as PPP e os contratos ruinosos – porque ao contrário dos gregos os tugas pagam impostos.Se não consegue é melhor que peça ajuda à sra Merkel -> um directório da UE para governar o lugar. http://psicanalises.blogspot.com/
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” Quem lhes assegurava o nível de exportações que têm conseguido?”
O principal de destino das exportações alemãs vai ser a Ásia que já representa 40% das ditas.
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os gregos metem dó…. em vez de se voltarem contra os seus políticos corruptos e incompetentes voltam-se contra a Alemanha. Pobres idiotas. Ainda bem que vão sair da Eurozona. Afinal são “balcânicos”…
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tirando os vinte personagens — que tb são responsáveis pela corrupção neste lugar — quem é que mete as mãos no fogo pelos gregos?
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33,
bem visto: a alemanha está se a marimbar para a UE!
a ideologia é simples: grego, compra um BMW,VW ou outro, ; pede carcanhol ao Deutcshe bank.
depois: “paguem o que nos devem”
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Trill:
O modo como fala dos gregos, faz lembrar as anedotas brasileiras sobre os portugueses. Usando esse tipo de raciocínio (com não concordo, repito), pergunto: depois de 1918, quem confia “nos alemães”?
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Trinta e Três,
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Com um excelente texto, mostrou um argumento com pés de barro: houve realmente um conjunto de países despesistas (incluindo neles a própria Alemanha do Schroeder). A estátua, com tal frágil base, rolou montanha abaixo até cobrir toda a Terra, tal qual no sonho de Daniel.
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houve realmente um conjunto de países despesistas (incluindo neles a própria Alemanha do Schroeder).
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A Alemanha do Schroeder?
As palavras do Colaço sao como (diria o prof. Arroja) para tomalas com dupla precaucao.
O Sr. Colaço, perdao D. Francisco tirou continhas sobre quantos bilhoes costou assumir a carga da reunifiçacao alemá. Isto é Alemanha Federal tragandose aos alemaes “democráticos”…
Nao foi por nada que a Dama de Ferro (nao de gelo) estava contra esta reunificaçao.
Historia Economica de Alemanha última década do século XX.
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Nem só austeridade, nem só keynesismo. É preciso algo mais:
http://notaslivres.blogspot.com/2012/02/austeridade-se-manter-solteira-sera.html
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É verdade.
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Neototó,
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Tomadas com dupla precaução por si ou não, não deixam de ser verdadeiras. A Alemanha de Schroeder, mais de dez anos após a reunificação (que custou quanto custou, e isso apenas confirma o que disse) era despesista e acumulava défices.
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Se quer tomar com dupla precaução, vá-se munindo da vaselina que o nosso amigo Anti-Comuna está a disponibilizar. Se numa coisa ele tem razão é que há dois portugais: um que chora por não ter a camisa que outrora lhe fora emprestada e outro que arregaça as mangas da que tem e vai à luta. Esse Portugal irá sair muito bem da crise que, por nossa exclusiva culpa enquanto povo (não individualmente), teremos de atravessar.
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Na verdade há um terceiro Portugal que o Anti-Comuna não menciona por educação, mas esse está em Paris a assistir aulas de filosofia e a mandar os putos pagar a dívida que ele criou (e, ao que dizem por aí, se aboletou).
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Aremandus,
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a ideologia é simples: grego, compra um BMW,VW
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Grego ou portuguẽs esperto diz: Alemão, vai prà senhora de costumes duvidosos que te pôs no Mundo, que por aqui somos poupados.
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Só que nesse tempo não estava português patriota-socialista no poder. Und, wir wissen, Geld ist über Alles. E o filósofo-enginhocas não deixou de pedir emprestado para que os amigos aventares, aventesmas e aventais comprassem Mercedes e BMW.
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Enquanto o pintainho fez a dívida e torrou o dinheiro, o coelho tem de a pagar e de pagar as facturas dos prestadores diversos com quem o pintainho se comprometeu. Ele há idiotas em todo o lado, e passam os limites do socialmente aceitável aqueles que dizem que não há que pagar as facturas que o pinto fez enquanto suspiram pela volta do pinto, que já anda armado em galo a sonhar com um triunfo na cidade eterna.
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Krugman foi anunciado com toda a pompa como o NOBEL que é CONTRA AS MEDIDAS DE AUSTERIDADE….
doutor honoris causa, obviamente, q as nossas faculdades de economia só formam teóricos da treta.
mas Hélas::::::::::
http://economia.publico.pt/Noticia/krugman-probabilidade-de-portugal-ficar-no-euro-e-de-75_1535536
Krugman quer que os salários de portugal desçam em relação aos alemães!!!
Isto não é austeridade para os trabalhadores?
para os pobres?
em que ficamos…….?
as centrais de propaganda esquerdóides não acertam em nada..
coitadinhas……
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Um conjunto de “sábios” – como demonstra o post – está a empurrar a Grécia para fora do euro.
Vamos supor que o conseguem (de maneira “controlada” como o desejam).
Qual será o senhor que se segue?
Dão-se alvíssaras! (pode ser uma conferência do Sr.Paul Krugman…)
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Não é agradável, mas é o que tem de acontecer”, afirmou, dizendo que seria preferível subir os salários dos alemães – de modo a estimular o consumo no país e, consequentemente, as outras economias do euro – do que descer os vencimentos nacionais. “Mas, em última instância”, admitiu, “vai ter de ser à custa dos salários dos portugueses”.
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Foi isto que ele disse. Recorde-se que Krugman foi dos primeiros a dizer que o processo de construção da moeda única foi mal feito e que a nossa adesão, nos moldes em que se verificou, foi um erro. Agora… Bem, agora estamos lá e é preciso saber o que queremos. Aliás, Krugman também diz que não é inevitável a nossa saída.
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Para quem gostar de conspiraçoes ou do jogo de Monopoly( CAP I ). De como a Goldman Sachs deu um golpe de Estado na Grecia e em Italia.
Nota. Nao quer dizer que esta empresa americana seja racista com os PIGS e queira para nada a sua desgraça…simplesmente anda a demostrar que se pode fazer dinheirito com a desgraça alheia e aos dados me remito…
Os bombeiros- fogueteiros -dando -cabo -nos -PIGS. Ainda bem que a dama de Gelo quem nao quer experimentos destes na sua casa mais e engraçado que asume como normal estas prácticas (nas casas dos outros). Os delirios de uma bombeira pirómana. Episodio IV.
http://contraperiodismomatrix.ning.com/profiles/blogs/el-golpe-de-estado-de-goldman-sachs-a-grecia-e-italia
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aqui se prova o mau gosto e a falta de decência boche:
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