Dia da libertação dos impostos II
4 Junho, 2012
Para os portugueses, o dia da libertação dos impostos só deverá ocorrer lá para o fim de Junho. Isto porque aos impostos pagos este ano deve somar-se os impostos que terão que ser pagos no futuro porque o défice terá que ser pago através de impostos. Ao défice deve-se ainda somar o pequeno imposto inflaccionário cobrado pelo BCE. No futuro poderemos mesmo vir a ter que pagar os défices acumulados pela via de um imposto inflaccionário muito mais elevado que o actual.
12 comentários
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Claro que ninguém ligou nada aos meus comentários anteriores sobre este assunto e à minha sugestão em comentários anteriores. O que é natural, dado o meu provincianismo, a minha tendência de esquerda e mais sei lá o quê.
Apesar desta ideia castiça do ultraliberalismo (dia da libertação dos impostos), ideia essa que tem vindo a ser mais badalada de ano para ano, já alguém fez a subtração ao valor de compras que os portugueses fizeram e que estão incluídas em “impostos”?
Por exemplo, a saúde, educação, vias de comunicação, justiça, segurança, etc., que os portugueses “compraram” ao Estado, provavelmente a “preços” (impostos) muito inferiores àqueles que teriam de pagar a privados, mas que são apresentados como se se tratasse de meros impostos sem qualquer utilidade? Quer dizer, se eu pagar vinte mil euros por um transplante num hospital privado é bom, mas se pagar duzentos euros de impostos, recebendo o transplante com a mesma ou maior qualidade, já é mau porque pagar “impostos” só por si é uma coisa horrível? (Ver comentários anteriores com mais exemplos).
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Fincapé,
Então é isso que explica o deficit?
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Mais uma “ideia” para o Miranda analisar no recato da sua redoma social:
http://gregpytel.blogspot.pt/2009/04/largest-heist-in-history.html
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Não Hawk, não é!
Há várias coisas que explicam o défice. Para mim, a principal é haver despesas superiores às receitas por MÁ GESTÃO.
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Em teoria os impostos deviam ser um investimento no bem comum e a sustentabilidade do Estado Social deveria estar garantida à partida. Um deficit não tem que ser necessariamente uma coisa má; pode ter um efeito multiplicador na economia (sinergias positivas). Mas, claro está que se o Estado causar sinergias negativas (o resultado inferior à soma das partes, vá-se lá saber porquê…) todo o sistema ficará inquinado.
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Eu próprio já tive défices bons. Gastei num ano muito mais do que aquilo que ganhei em vários anos. Acho que geri bem, porque tenho aquilo que pretendia e pude pagar sempre sem problemas, mesmo com os sobressaltos que aconteceram, como significativa subida de juros e variação (diminuição) das minhas receitas. O Estado deveria ter princípio semelhante.
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O JM continua a pensar que os Euros vêm de algum lado misterioso em vez dos computadores do BCE.
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Os Estados não pagam a divida publica, basta ver que é sempre crescente excepto em pequenos periodos temporais .
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Uma inflação moderada aumenta o crescimento económico, como se pode ver pela historia dos ultimos 60 anos .
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Eu festejava antes o dia em que acabamos de pagar o tributo às PPP. Com direito a feriado e tudo.
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Nesta “democracia” o Estado está mais presente do que numa “ditadura”
Quanto a impostos: só podem ser cobrados uma vez ; à segunda é porque deixam.
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70% do rendimento vai para impostos.
a partir que percentagem se entra no nível da Albânia?
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Os que pagam 70% de impostos sempre podem recorrer ao Banco Alimentar Contra a Fome.
(Era só uma piada!)
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O Estado não tem de fazer investimentos nenhuns, mete água sempre que o faz.
O que o Estado tem de fazer é aliviar a carga dos impostos para que, isso sim, seja feito pelos “aliviados”.
Quando as receitas são inferiores às despesas há grelo mas, muito pior é quando as despesas são superiores ás receitas.
Qualquer dona de casa sabe isto…
O Estado gasta demais porque o dinheiro não é dele, aliás, gasta realmente baseado numa receita inexistente, e o resultado é o que se vê.
É tudo, afinal, uma questão de controlo, que não existe por parte do Estado, e porque lhe convém…
O que os ministros ganham até nem é muito, o que os “safa” são as negociatas que fazem à custa dos investimentos.
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