rabo para dentro
Se António José Seguro considera o orçamento de estado para o ano de 2013 uma catástrofe para o país (no que estará, provavelmente, cheio de razão) só lhe resta, em primeiro lugar, votar hoje contra a sua aprovação, do que não resultarão quaisquer consequências políticas, e, em segundo lugar, suscitar a fiscalização sucessiva da sua constitucionalidade no Tribunal Constitucional. Aí, sim, correrá o risco de deitar o governo abaixo se normas significativas do orçamento forem declaradas inconstitucionais, e de ter de assumir responsabilidades políticas por isso, provavelmente ganhando eleições antecipadas e indo para o governo. Em face deste cenário, que caminho escolheu o líder do PS? Aquele que lhe parece mais fácil, obviamente: vota contra, para ficar bem na fotografia, mas não arrisca o Tribunal Constitucional, com receio de ter de ir para o governo nas actuais circunstâncias em que o país vive. A secreta esperança de António José Seguro é a de que, por um milagre qualquer, provavelmente a demissão intempestiva da Sr.ª Merkel, ou a sua súbita conversão ao despesismo, a política europeia mude radicalmente e lhe conceda, quando ele chegar ao governo, dinheiro para gastar, prazo e juros baixos para pagar a dívida, e um generoso perdão de parte significativa daquilo que devemos. Só assim se compreende que tenha agora metido o rabo entre as pernas na questão do Tribunal Constitucional, já que, se não for agora para o governo e se não ocorrer o milagre europeu de que está à espera, quando lá chegar o que encontrará será, pela sua lógica, bem pior do que está agora.

Também pode optar pela tática utilizada da última vez: deixar para uns deputados supostamente independentes a decisão de o fazer, não bloqueando o pedido e fazendo de conta que não vê nada. É tão mau que, agora que se sabe que a UE vai facilitar o pagamento da dívida e que já o havia decidido há muito, presta declarações a dizer que o devem fazer, mas que não o devemos pedir. É uma espécie de prognóstico depois do jogo, que diz tudo sobre o ridículo e a miséria política a que se chegou.
GostarGostar
1º – O Facto
“As medidas idênticas de Portugal poderá vir a beneficiar são então uma extensão das maturidades dos empréstimos e uma redução das comissões pagas pelos empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira…”
“”Tomámos a decisão há meses, ou mesmo há mais de um ano, que temos que aplicar as mesmas regras aos outros países sob programa, e iremos abordar isso na próxima reunião…”
(J-C Juncker)
2º – A Reacção
Secretário-geral do PS desafia Passos a pedir para Portugal “mais tempo e menos juros” à Europa, como foi acordado para a Grécia.
3º – Alguém vai aparecer a declarar uma grande vitória sobre a Europa, cujas pernas tremeram
GostarGostar
Mete o rabo entre as pernas porque não sabe o que fazer.
A única coisa que lhe deve meter mais medo do que Governa Portugal é saber que quando o momento chegar não vai ser ele mas, por exemplo, António Costa.
.
Seguro cai no mesmo momento em que o Governo cair.
GostarGostar
Se António José Seguro considera o orçamento de estado para o ano de 2013 uma catástrofe para o país (no que estará, provavelmente, cheio de razão) só lhe resta, em primeiro lugar, votar hoje contra a sua aprovação, do que não resultarão quaisquer consequências políticas, e, em segundo lugar, suscitar a fiscalização sucessiva da sua constitucionalidade no Tribunal Constitucional.
…
Mi nao entender. Quém vai ser a fim de contas o último responsavel da “catástrofe” para o pais?
GostarGostar
Claro que Seguro não quer o poder e nós também não o queremos . Por isso a solução é o sr P.R. mandar descansar Passsos e chamar alguém da atual maioria para formar novo governo aproveitando os melhores. Esta equipa de governo não serve ,continua a punir com impostos e não corta nas campanhas autárquicas,nas cãmaras , na frota obscena de viaturas de um país falido , nos observatórios,etc. Basta! Antes de ser tão duro com as pessoas e com as empresas deve dar o exemplo.
GostarGostar
O que aqui os “especialistas” escrevem sobre o seguro… é exatamente o mesmo que antes se escreveu sobre o passos coelho.
Fala-se da impreparação dele…. foi a preparação dos outros que nos deixou mal.`
É inseguro quando fala… normal, quando na politica nada é o que parece.
Depois de um querido líder, o partido (clube, empresa) nunca mais é a mesma leva um certo tempo, até ganhar uma “nova” identidade.
Reparem bem que o que se passou (ou está a passar com a) liderança do PS por cá… e atentem ao que se está a passar com a UMP do Sarkosy.
GostarGostar
A J Seguro começou a pisar terrenos pantanosos.
Primeiro: Esta indisponiblidade’ sugere que já nada será consensual no interior do PS e tudo pode conduzir a fracturas;
Segundo: Ao não se querer comprometer, compromete (passe a redundância) a sua liderança , e aparece aos olhos dos portugueses como oculto enfeudado a um OE que, só formalmente, não votou;
Finalmente: Uma eventual declaração de inconstitucionalidade do OE-2013, não deveria ‘assustar’ Seguro, já que não obriga à demissão do Governo, mas poderá ‘obrigá-lo’ a concertar-se com o PS para ‘renegociar’ o Memorando (que tem sido o ‘cavalo de batalha’ de Seguro).
Para concluir: Será difícil – para A J Seguro – fazer passar para os portugueses que esta medida é uma atitude (política) prudente. Ela, acima de tudo, representa uma inqualificável hesitação, e mais, um inquietante temor de uma confusa situação interna partidária que não parece controlar. O envio deste OE para o TC (como parece que irá suceder independentemente da tibieza de A J Seguro) e a eventualidade de uma declaração de inconstitucionalidade mais depressa fará ‘mossa’ a Seguro do que Passos Coelho (que está disposto a tudo desde que lhe permitam ‘refundar’ o País).
GostarGostar
Não estou nada preocupado com o Seguro.
Já os Passos me preocupam.
GostarGostar
Rabo encolhido
Refiro me ao Presidente da Republica. O homem que disse que os portugueses não suportavam mais sacrifícios e que estão agora já praticamente a ser esfolados, não sabe o que fazer. Se fosse homem praticava o que jurou quando tomou posse e demitia o Governo convocando novas eleições . Os partidos do governo pela política traçada em clara oposição com o que disseram em campanha eleitoral e com o afastamento cada vez maior dos portugueses perderam a legitimidade para governarem ainda por cima com a apresentação de orçamentos contra a constituição.
Não há outra alternativa democrática face ao estado miserável a que se chegou. Pode haver outras alternativas , mas não são democráticas.
Quanto à questão das consequências para Portugal do acordo com a Grécia , são tostões , como se ira ver.
GostarGostar
Pedro,
não espere de Cavaco uma atitude desse tipo. É certo que ele tem memória curta – recordem-se as recentes declarações sobre “Portugal, indústria, agricultura, mar” e o que mais proferiu. Está mesmo a imaginar um ex-PM despesista a nomear um Governo que corte mais à séria nas despesas do Estado?
Quanto a Seguro, continua a sua campanha em prol de António Costa. Deixem-me que vos pergunte: acham mesmo que este Governo vai cair? Ou é apenas wishful thinking?
GostarGostar
Ainda sobre Seguro, porque haveria ele de querer governar em tempo de “vacas magras”? Nem o saberia fazer. Quanto mais não fosse, teve agora o exemplo de… Alberto João Jardim.
GostarGostar
“dinheiro para gastar, prazo e juros baixos para pagar a dívida, e um generoso perdão de parte significativa daquilo que devemos”
O rui fala como se isto fossem más notícias.
GostarGostar
““dinheiro para gastar, prazo e juros baixos para pagar a dívida, e um generoso perdão de parte significativa daquilo que devemos””
.
Seriam excelentes. Só que não são notícias…
GostarGostar
“rabo para dentro”, “rabo para fora”…
Caro Rui, este movimento (“rabo para dentro”, “rabo para fora”) é para continuar?
GostarGostar
Eu não concordo com a frase de Rui a. Dinheiro para gastar não seria uma excelente notícia, esse dinheiro só estaria a provocar mais dívida. Quanto aos juros mais baixos, sim, é melhor que isso aconteça. Não se trata de uma decisão ideológica, trata-se de uma imposição prática: Portugal não tem capacidade para pagar todos aqueles juros naqueles prazos. Por isso, acho que Portugal deve decidir unilateralmente que só paga juros de 0.5 a 1% aos privados, sendo que às organizações internacionais pagará juros de 0% (são organizações em que parte dos seus fundos provêem de países como Portugal). O tal perdão da dívida, esperemos que não seja necessário, mas se continuarmos a nos afundar cada vez mais graças à austeridade, em breve não teremos capacidade de ganhar dinheiro para pagar a própria dívida, e isso sim, significaria uma perda de capital para as organizações e para os privados.
Para quem diz que os outros estados europeus nunca deixariam Portugal tomar uma medida dessas, só acho que nenhum estado da zona euro deixaria um país com essa moeda entrar em bancarrota (que acontecerá mais tarde ou mais cedo, se não forem tomadas medidas urgentes). Ainda que isto que eu estou a propôr se assemelhe vagamente a uma bancarrota, tem uma grande diferença, todo o dinheiro que nos foi emprestado é devolvido.
Já agora, o Seguro vai cair rapidamente, mesmo que antes alcance o posto de PM ele cai rapidamente. O António Costa vai ser PM por ele, ou então vai logo para a presidência.
GostarGostar
Só uma questão lateral:
Alberto João Jardim falava de José Sócrates como sendo “o sr. Sousa”, e de Cavaco Silva como “o sr. Silva”;
João Soares referia-se a Santana Lopes como “o sr. Lopes”;
“Teresa Caeiro tratou Alfredo Barroso por “sr. Alfredo”;
Miguel Sousa Tavares, a propósito de 2 membros da troika, chama-lhes “o etíope e o careca”.
Pois é, meus caros. Pode ser muito engraçado, mas sucede que as pessoas têm direito a que não façam joguinhos com o seu nome – o que, além do mais, é uma forma muito pobre de fazer política.
Repare-se que, neste ‘post’ (como, aliás, em muitos lados) Angela Merkel é tratada como “sra. Merkel”, enquanto António José Seguro, apesar de atacado, escapa a ser tratado por “sr. António”.
GostarGostar
em cheio
descrição exata, sem tirar nem pôr , da estratégia PS-Seguro
GostarGostar
essa do MST–um dos gajos mais emproados e narcisistas da “kultura” nacional—chamar etíope ao chefe da troika é pura xenofobia.claro k o homem é etíope…..mas não tem a mesma conotação k dizer francês…holandês, japonês.etc…
se o etíope fosse um esquerdóide qqer—-uiii.teríamos a fanfarra hipócrita, arcaica, sectária e raivosa da esquerdalhada política e mediática e kultural a grunhir e berrar desesperados
GostarGostar