Depois do pai do SNS chegou a vez da família ferroviária
ESTE TEXTO É UM EXEMPLO DE PORTUGAL EM 2013
“«Resistência e de luto da família ferroviária» no Barreiro Roubos sucessivos aos trabalhadores «nem o Salazar foi tão longe»”
Para lá da família de cada um temos também a família ferroviária e a família ferroviária talvez por causa da particularidade nacional dos carris obstina-se em ter como medida padrão o salazarismo. Não vale a pena explicar o que era o padrão de vida da família ferroviária entre 1928 e 1970 e actualmente. O tempo dessa fabulosa entidade que dá pelo nome de família ferroviária – em cima do pai do SNS só nos faltava a família ferroviária! – é o de Salazar e de lá não sai. Creio que seria muito importante que ciclicamente a RTP passasse as imagens do funeral de Salazar para se perceber que ele morreu há muito tempo. Enquanto tal não acontece a expressão «nem o Salazar foi tão longe»” corre o risco de se tornar uma espécie de mania nacional.
A família ferroviária contesta a extinção de alguns dos direitos atribuídos aos seus membros e acha por bem interromper a circulação por causa do luto ferroviário. Os tontos que vão dentro dos comboios e os contribuintes que andando ou não de comboio sustentam a família ferroviária e a sua mãe CP é que claro só têm de pagar e esperar que o luto ferroviário chegue ao fim. Esperemos que aliviem o luto rapidamente até pq o país desconhece os rituais do luto ferroviário.
Portanto representantes de um partido com assento parlamentar, um presidente de câmara e respectivos vereadores a par de um presidente de juntar avalizaram com a sua presença um acontecimento de interrupção de circulação? Portanto se alguém interromper a circulação no Barreiro pq a sua família está de luto não lhe acontecerá nada, pois não?

Vivam os comboios
Vivam os ferroviários
Vivam os sindicatos
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… e o resto que se f**a!
E o resto aguenta… aguenta!… ai aguenta!
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Thaís train is bond for flora
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Esse presidente de câmara é um perfeito burgesso, qualquer pessoa normal que o tenha alguma vez ouvido fica com dúvidas sobre a forma de eleger dirigentes em democracia.
É mau demais.
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Sobre os direitos da familia ferroviária, peçam apoio ao Duarte, quando encontrarem hoje na manifestação dos descamisados.
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O AvÕ Cavernoso ainda tem netos
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O Sindicato do Pessoal dos Caminhos de Ferro Portugueses foi fundado em 1912.
Salazar ainda criou em 1934 o Ateneu Ferroviário “associação cultural ligada à CP, para formação e desenvolvimento da instrução geral, profissional, artística e cultural” muito provavelmente para suprimir o Sindicato, mas este manteve-se.
O respeitinho é muito bonito.
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A questão é muito clara.
O Governo não tem tomates.
Dizem que é de direita, não parece.
Esta merda destas greves destes empregados da CP e agora deste “luto” já devia ter levado com uma requisição civil em cima.
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Salazar sempre foi, e’ e sempre sera’, um icone dos marcianos.
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Afinal o que é que a incomoda? A comparação das políticas de pobreza comuns a Salazar e a este governo, ou o facto de essa mesma comparação lhe destruir o(s) mito(s)?
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Como diria o rabi Viegas, Duarte, vá tomar no cu.
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De António Botto dedicado ao Carlos
Nunca te foram ao cu,
nem nas perninhas, aposto!
Mas um homem como tu,
lavadinho, todo nu, gosto!
Sem ter pentelho nenhum,
com certeza, não desgosto,
até gosto!
Mas… gosto mais de fedelhos.
Vou-lhes ao cu
dou-lhes conselhos,
enfim… gosto!
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O “respeitinho” de Salazar pelos ferroviários, entre outros factores é porque ele gostava de apanhar o sud-express para ir a Santa Comba. Na altura ainda não havia as estradas e os automóveis de hoje e o comboio era mais rápido e confortável, designadamente o sud-express, que até tem camas e restaurante. Depois, este comboio era o que menos paragens tinha.
Em Santa-Comba-Dão parava, obviamente.
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Duarte, tu és um badalhoco. E está tudo dito.
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…o facto de não se gostar de Salazar não nos inibe de comparar os períodos de 1948-1973 com 1988-2013 .
Divida Publica passou de zero a um infinito catastrófico… A honestidade orçamental virou trafulhice contabilística . Corrupção ? Enriquecimento ilícito e descarado ? Segurança ? Educação Cívica e Profissional ?
A propósito , ainda nenhum filho lhe bateu ? Justiça e Saúde para Ricos !… “Masturba-se” periodicamente metendo um papel num buraco ? Entre outras , para terminar , segundo Álvaro Santos Pereira , os portugueses em 1973 tinham um rendimento disponível superior à média europeia !…
E hoje ? Ninguém vai para a prisão ?
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Tiro ao alvo
Pura poesia.
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O marciano poeta e’ “marinheiro”. Quer embarcar……
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Ate’ agora parece que ha’ mais cartazes do que pessoal para os carregar na “manif” marciana.
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Hoje nao ha’ greve a’s horas extraordinarias na CP?
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Um momento “poetico” na manif marciana foi assistir ao cantar da “Grandola vila morena” pelos cerca de “500(000)” de pobres, desgraçados, rotos, nus, esfomeados, desalojados, precarios e….. mamoes do erario publico. Escolham o que mais se aplica…..
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500(000) serao contas marcianas…..
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Eu acho que o melhor é parar os combóios durante um ano pelo menos.
Do salazar é melhor não falar muito porque pode vir aí outro bem pior.
Além disso o homem não tinha classe, morreu de algibeira vazia prova que o povo não gostava dele.
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As reporters da TVI estao em periodo sexual. Sao orgasmos uns atras dos outros!!!!
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A isto se chama “serviço publico”…….. porno a’ borla.
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“nem o Salazar foi tão longe”
Realmente Salazar nunca foi tão longe no endividamento do país.
O que esses manifestantes deveriam questionarem-se primeiro era: porque é que o Socialismo endividou tanto o país.
A verdade sempre em primeiro.
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O Duarte projecta nos outros os seus sonhos falhados. O Segismundo explicou isso muito bem.
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Os marcianos criaram um novo “Nicho profissional” e que esta’ em expansao. Dedicado aos marcianos que fazem copia-cola de artigos da imprensa espanhola.
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http://www.libremercado.com/2013-02-16/ada-colau-la-heroina-de-los-hipotecados-que-nunca-se-hipoteco-1276482424/
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“Um banqueiro do Norte da Europa corria o risco legal, moral e ético de não declarar ao fisco o seu património e rendimentos no exterior à espera de uma amnistia? Um intelectual do Norte da Europa insultaria com “evidente má criação” um Governo que toma medidas para combater a fuga ao fisco?
Assim é Portugal.
Acalmamos as nossas consciências considerando que a culpa é de quem nos governa e que não nos merece, nem é de confiança”. Helena Garrido.
É de fugir das Helenas!…
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Ainda sobre as reportagens das TVs, a RTP tambem tem reporters femininas a cobrir a manif marciana e que estao igualmente em periodo sexual.
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Que acontecera’ quando as moças das varias TVs se encontrarem?
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A nobre família das águas:
“Ex-presidente da Câmara de Barcelos constituído arguido no caso da concessão da água”
Público, SAMUEL SILVA 16/02/2013 – 14:03
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Nem Salazar se endividou tanto. Verdade
Analfabetismo e nada de professores
Nada de saneamento básico
Barracas em vez de casas
Enxadas em vex de tractores
Comboios a carvão
Miseria e pobreza
Endividar pAra quê?
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Enquanto isso, a família relvas, passos, franklim, com aquele da família de gaspar, gestor dos 10 800 por declarar constitucional, das parcerias e plataformas mafiosasdo governo, estão em progresso, de consciência tranquila, dizem, grossos e f de p.ta como jamais visto. E o pavão não vai durar sempre, cantor de ópera falhado, mais mentiroso e desonesto que a mãe dele, dizem à boa fé vizinhos e conterrâneos .
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E nem falta portas, outro hipócrita, que Bento XVI execra e por que se demite, exausto, disse .
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um fotógrafo português premiado, actualmente desempregado, “vivendo acima das suas possibilidades” teve que vender o material fotográfico – O RETRATO DO PAÍS de Passos &Portas:
http://sicnoticias.sapo.pt/cultura/2013/02/15/portugues-daniel-rodrigues-ganha-premio-world-press-photo-com-foto-tirada-na-guine-bissau
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“O tempo dessa fabulosa entidade que dá pelo nome de família ferroviária – em cima do pai do SNS só nos faltava a família ferroviária! – é o de Salazar e de lá não sai.”
Helena, apesar do uso de travessões, não é de muito bom gosto chamar à liça um grande homem que lutou pela democracia no tempo de Salazar, e depois lutou pelo SNS e fez a primeira lei, a propósito dos ferroviários e do tempo da outra senhora. Desculpe, mas não acho de muito bom gosto.
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Duarte:
“nem tanto ao mar, nem tanto à serra(terra)”. Agora há professores (a mais) que, dizem, credenciam “analfabetos”.
Vivo numa Freguesia/Vila que não possui saneamento básico, dependente de um concelho que acaba de inaugurar um enorme “parque da cidade” para lazer. Apesar da enormíssima dívida pública.
Passo por moradias que são cemeitérios de tractores comprados com créditos nacionais e “da CEE”, que ajudaram na nossa ilusão e apressaram a ruína do sistema. Nalgumas situações, resta a enxada.
Os comboios não são a vapor. Esses funcionam agora noutras paragens. São a electricidade, a qual pagamos ao preço que sabe e, como sabe, não chega: qual é a dívida da CP à EDP?
Era míséria e pobreza sim, bastante. Mas dívida pública miníma ou zero. E agora?
Temos progresso, sim, mas também uma dívida que, dizem, jamais conseguiremos pagar. Nem sequer os juros, acrescentam. Como consequência, as queixas hoje são muito mais sentidas do que no tempo da enxada.
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Com este calendário – http://www.publico.pt/politica/noticia/armenio-carlos-anuncia-accoes-de-luta-diarias-ate-final-de-marco-1584716 – HFMatos vai cansar-se de fazer posts.
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Trabalhar sem salario é o quê?
Família carenciada vai tomar conta da villa romana de Pisões sem contrato nem salário
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Duarte:
Esse é o meu ponto: terá valido a pena incorrer na enormissíma dívida que temos para, apesar disso, ter-mos, por exemplo, o caso que aponta?
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Família carenciada vai tomar conta da villa romana de Pisões sem contrato nem salário
…
O esquisito ideario dos neos deste blog.
Fica fora da lista HM que ja se mostrou partidaria de trabalhar sem salario mais em nenhum caso sem contrato. Seria de todo ponto ilegal. Remitiria as tradiçoes da Africa profunda…
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Respeito muito qualquer sindicato, excepto os sindicatos dos ferroviários, esses filhos da puta.
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Albano Silva
Entao pense comigo
1 com pouca divida tivemos situações de miseria e de atraso evidentes
2 com muita divida temos igualmente situações de miseria
Sera entao um problema da divida ? Ou sera antes um problema de políticas seguidas nesse e nestes tempos?
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O Duarte tem raciocínios infantis, como se pode ver acima. E julga-se um génio. Não é o primeiro, nem vai ser o último.
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Esse marciano revelou-se com aquele “poema”…..
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A paneleirice tem dessas coisas.
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Duarte:
Acho que sabe, ou devia saber, que as duas coisas estão, no caso português, associadas. Ou seja, as politícas seguidas resultaram em duas coisas: a de endividamento zero = a austeridade e alguma miséria, como referiu; a outra, endividamento 120% = algum progresso e alguma miséria (mais sentida, por alfabetizados). Daí eu questionar se o relativo progresso não nos terá saído demasiado caro para as nossas posses. E ter escrito no início: “nem tanto ao mar…)
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Albano Silva
O problema não é o endividamento , desde que evidentemente nao seja exorbitante, na altura do pedido de empréstimo à troika havia paises com maior endividamento. O problema esta na capacidade de pagar o empréstimo ou seja nansua solvência . Esse é o problema de Portugal. Portugal nao foi capaz por políticas erradas de gerar riqueza. Quando se investe em autoestradas , estádios de futebol etc e se destrói a agricultura, pesadas e industria nao ha remédio.
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Duarte:
Qual é então problema do país desde 2007: de políticas erradas, ou de endividamento? Consegue separar as duas?
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Albano Silva
As duas estão relacionadas . O que interessa é o ratio PIB\ divida . Ou seja eu posso endividar me mas com essa divida gerar Produto e riqueza que me fazem descer esse ratio. Nao é pois solução os paises nao se endividarem , têm é que saber aplicar o dinheiro Alheio. Adicionalmente , com a crise bancaria dos US e posteriormente mundial, os credores passaram essa divida para os Estados como forma de obrigarem os povos a pagarem o buraco nos balanços dos bancos e no sistema financeiro. E estamos neste ciclo vicioso . Coma nossa divida hoje acumulada e com os juros que estamos a pagar , com o crescimento negativo do PIB, com recessão na Europa, e dentro do Euro temos uma geração perdida .
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Querem chular todos trabalhadores do país para servir regalias a meia dúzia de tansos manipulados pelo jerónimo e o sindicato racista da CGTP.
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Duarte:
Acho que agora estamos mais próximos quanto ao entendimento sobre o problema português: políticas erradas levaram a um endividamento cuja aplicação resultou improdutiva, gerando ainda mais dívida, que teremos dificuldade em pagar.
Quanto à crise bancária, e ao contrário do que se pretende fazer querer, ninguém é inocente no assunto: bancos, governos, povo. Todos, em alguma altura, optaram por políticas erradas que teriam de ser pagas. Bancos: ganância; governos: endividamento, demais, para o bom e para o mau; povo: aspirar e obter, mesmo que temporariamente, algo que agora julgava ao seu alcance. Ou seja, o dinheiro fluíu através de todos, uns mais outros menos, claro. E se os dois primeiros existem para servir o povo, bem…
Foi bom trocar ideias consigo, o que agradeço
Até à próxima.
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A dona Helena nem sei bem o que é… e não interessa… mas lá que alegrou assaz os seus leitores saudosos do fascismo, isso alegrou! Parabéns! 🙂
Basta apreciar o “comentário” desta besta aqui acima, que dá pelo nome de A.R. e que chama à CGTP… um sindicato. Sindicato “racista”, pois claro!!!
Estão bem um para o outro, dona Helena! 🙂
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Em breve poderemos ver um escurinho nas cupulas da marciana CGTP……… e a botar palavra nas TVs.
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Expatriado
Isso é que não, mais depressa temos um escurinho como Papa que na CGTP.
Essa ideia de racismo é só para os outros.
Na CGTP nem escuro, nem mulher nem gay.
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Duarte para primeiro ministro.
“O problema não é a divida, mas sim o racio divida/PIB.”
E está resolvido o problema, se o PIB triplicar o racio fica num terço e está resolvida a crise.
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Fonix, a manifestação de hoje foi ainda mais educativa que o habitual.
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Parte desconhecida da Historia dos “bons rapazes” marcianos e outros extra-terrestres em Argel
https://sites.google.com/site/lancapatricia/home
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Um extracto da 3ª parte https://sites.google.com/site/lancapatricia/terceiraparte%3Adelgadoemargel
“…….Parece evidente que até meados de 1963 o PCP não se empenhou a fundo na aventura de Argel, todavia, a partir desta data, fez uma viragem. Com a sua velha táctica de apoderar-se do que não conseguia destruir, decidiu então tomar conta da FPLN e da sua bandeira: Humberto Delgado.
Vários factores condicionaram a decisão do PCP. A Comissão Delegada da FPLN começava a ser criticada não só pelos portugueses, mas também por alguns argelinos, pelo menos em círculos políticos não afectos a Pablo e a outros conselheiros estrangeiros. A ausência comunista da FPLN em Argel prejudicava as relações de Cunhal com os dirigentes de certos movimentos nacionalistas das colónias portuguesas. Não convinha ao PCP que Piteira e os amigos socialistas monopolizassem a bandeira do anti-colonialismo, ainda que fosse demagogicamente. Também a dissidência ia crescendo dentro do próprio partido. Lembremo-nos de que, precisamente em Dezembro de 1963, quando a FPLN consagrou a sua viragem a favor da luta armada, já havia a primeira cisão pró-chinesa dentro do PCP; a formação do Comité Marxista-Leninista; a expulsão de um importante dirigente e membro do secretariado do PCP, Francisco Martins Rodrigues13, e a formação da FAP.
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No campo internacional, as críticas chinesas à política de coexistência pacífica amontoavam-se. Tanto a URSS como Cunhal estavam a mostrar-se muito sensíveis às acusações de terem atraiçoado os povos em luta, a favor da política externa soviética de compromissos com os EUA.
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Tornava-se imprescindível fazer qualquer coisa para abafar as críticas. Mas como? O PCP, como ficou provado ao longo dos anos que antecederam o 25 de Abril de 1974, não estava de maneira nenhuma interessado em precipitar uma mudança súbita em Portugal que escapasse ao seu controlo e que não fosse do agrado da União Soviética. Tinha um plano, a longo prazo, de penetração nas estruturas do Estado Novo e nas forças armadas. Este plano estava a ser ameaçado em quatro frentes: pelo imprevisível e impetuoso general, com o seu prestígio no interior de Portugal; por Piteira em Argel onde poderia ganhar o prestígio de dirigente anti-salazarista; pelos jovens activistas, agora liderados por Martins Rodrigues, exilado em França; e, sobretudo, pelo facto de o mais influente dos movimentos nacionalistas (a UPA de Holden Roberto) ser profundamente anti-marxista. O perigo terrível para o PCP seria o do primeiro aliar-se aos dois últimos.
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Foi então que Cunhal jogou a sua cartada. Chamando a si o general, Cunhal podia mostrar-se o homem forte da FPLN e anular a influência de Piteira. Quanto aos dissidentes e à FAP, Cunhal tinha para eles outros projectos. Através do Avante, órgão clandestino do PCP, denunciou-os abertamente à PIDE14. E podia fazê-lo impunemente: eram indivíduos desconhecidos no plano internacional e mesmo nacional15 . Com esses, o PCP podia arriscar-se, utilizando métodos brutalmente abertos.
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Mas que iria Cunhal fazer com essa figura impetuosa e imprevisível que era o general Humberto Delgado? Deixando-o ir para a Argélia, mesmo sendo um aliado do partido? Como o controlar nesse ambiente confuso? Ou o manteria inactivo, mas útil como fachada, num país de leste? Como?
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Em primeiro lugar, como foi que Cunhal conseguiu convencer Delgado a aliar-se ao PCP?
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Para Delgado ver!
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Para responder a esta última pergunta, teremos que analisar a diferença entre as resoluções das três conferências da FPLN, em 1962, 1963 e 1964. Na primeira, impulsionada por Piteira, falava-se na preparação do levantamento nacional popular. Na segunda, impulsionada por Cunhal, depois da sua reunião com Delgado em Maio do mesmo ano, foi-se mais longe – longe suficiente para convencer o general de que o PCP abandonara realmente o seu «pacifismo». Na terceira, em 1964, depois da ruptura irremediável com Delgado, o PCP já voltara à sua linha tradicional, embora com ajustes demagógicos. Como a posição tomada nessa terceira conferência correspondia exactamente à linha adoptada pelo PCP durante anos, divulgada na sua imprensa clandestina e até em entrevistas públicas de Cunhal, só podemos concluir que as posições radicais subscritas pelo PCP, na segunda conferência, foram-no apenas ‘para Delgado ver’.
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Quando o general voltou ao Brasil, após o seu encontro com Cunhal, ia convencido que tinha obtido do PCP o acordo para um trabalho em conjunto, com vista à preparação, a curto prazo, de uma acção revolucionária. Delgado nunca se converteu ao marxismo – aceitou a aliança com o PCP porque até ao Verão de 1964, quando começou a abrir os olhos, era vítima da propaganda salazarista que pintava o PCP como o pior inimigo do regime.
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E assim, convencido das ‘boas intenções’ de Cunhal e dos comunistas (isto é, intenções de preparar uma revolução a curto prazo) deixou-se induzir a entrar num hospital checo e a submeter-se ali a longo e doloroso tratamento cirúrgico.
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Pelos documentos publicados por Delgado, depois da ruptura com a FPLN, ficamos cientes de que ele foi enganado pelo PCP. Mas a pergunta fica: o PCP enganou-o conscientemente? Ou foi o PCP que se enganou na sua avaliação incorrecta do general? Teria Cunhal pensado que, reconhecendo Delgado como chefe da oposição e fazendo uns gestos demagógicos em favor de uma acção armada, ele ficaria domesticado para uso do partido? Como hoje conhecemos melhor Cunhal, do que em 1963, somos forçados a levantar fortes reservas à possibilidade de Cunhal ter sido, nessa altura, enganado, quanto às intenções e ao feitio do «General sem medo». Apenas dois anos antes, em 1961, o partido estava em plena campanha para denegrir Delgado: o general putschista, que era necessário eliminar politicamente! Se nos lembrarmos dessa campanha e das tentativas de aliciar Galvão, temos que alvitrar a hipótese de o encontro com Cunhal e a segunda conferência da FPLN terem sido montados de propósito para ludibriar Delgado.
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Enquanto não houver prova em contrário, fica-se com a impressão que Cunhal descobrira uma maneira segura de inutilizar o general, não fosse a visita de Ben Bella ao hospital checo e a iniciativa dos dissidentes – esses dissidentes de esquerda dos quais Cunhal nunca mais conseguiria livrar-se e que vieram sempre estragar os seus projectos. Tinham apelado ao general de deixar o Brasil e ajudaram a custear a sua deslocação até a Europa.
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Depois ajudaram Delgado a sair da Checoslováquia, e trouxeram-no até Argel. Ali esses portugueses rebeldes começaram a contar-lhe as suas queixas: da tirania de Piteira, do nepotismo de Tito de Morais, do pacifismo inerente do PCP – enfim, da total ausência dos tão pregados projectos de uma acção revolucionária. Delgado percebeu então que tinha sido enganado.”
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Delgado percebeu entao qe havia sido enganado.
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Quando?
. Quando participou na sublevacao militsr de 1926 que derrubou a Republica liberal e implantou uma Dictadura Militar que havia de ser o germen em 1933, de esa coisa chamada Estado Novo liderado por António de Oliveira.
E que a biografia do General sem medo garda pparalelismo com alguns jornalistas de este blog.
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Mais a “evolucao” foi no sentido totalmente contrario…
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Mais a “evolucao” foi no sentido totalmente ao contrario…
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Ah
A secretaria do General sem medo chamavase Arajaryr Campos. E ja que repoussam juntos na santa paz e gloria de Portugal é de pessoas de bem vir para reivindicar seu nome aqui, neste blog…
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Endividar para quê?
Se não havia casas mas barracos, se não havia proffs, se não havia saneamento básico……..
Pois, produzir mais e melhor, criar riqueza é que não…..para ter casas , proffs e saneamento.
O que interessa é o ratio PIB dívida….pois foi o que interessou nestes anos todos de “grandola vila morena”. Diria mais foi o que mais interessou ao tal “investimento público” que tornou países maiores monstros que o Lemmon Bros. Foi o que mais interessou ao privado que detém maior dívida que o próprio estado.
Pois…….dizer que aquilo que interessa é uma coisa e fazer é outra.
A constituição, as grandolas, as famílias, os bancos,as corporações, a corrupção não deixa não é?
É o socialismo constitucional que deixa e promove.
Se tão bem sabem destas coisas como é que silenciaram o endividamento de cerca de 93 Mmilhoes em cinco anos (2005-20011)? Como é que eram apoiantes de obras faraónicas (por mais endividamento) como tvg e afins?
A que família pertenciam?
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Quanto ao estudo da Patrícia, linkado por Expatriado (03:27), pode ver-se na “Bibliografia”:
QUEIROZ, Eça de. The Maias
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A leitura de uma tradução em inglês de Eça, pode ser sintomática das conclusões do estudo.
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O Duarte e companhia, acusam o regime do Estado Novo como se fosse ele a razão para tal pobreza.
Convém lembrar que antes do Estado Novo (a mítica 1ª República) a taxa de alfabetização era maior que durante o Estado Novo. Convém lembrar o caos que era o País. Convém lembrar a bancarrota e a entrega dos monopólios do Tabaco. Imputar a pobreza de Portugal ao regime do Estado Novo é pura cretinice. Cresceu mais a economia em termos relativos durante o Estado Novo que os governos de esquerda nos idos 2000.
OCDE chegou a Portugal pelas mãos do Estado Novo. Nato. EFTA. Negociações para a CEE. As bases do Estado Novo. A taxa de alfabetização aumentou durante o Estado Novo. Não diminuiu.
R.
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O extracto que aqui coloquei serve apenas para abrir a porta a uma discussao analitica da actuaçao dos marcianos durante uma parte do regime to Estado Novo. Discussao essa que pode levar a um entendimento, lendo todas as versoes, de como os marcianos faziam “politica”…… e nao apenas a versao romantisada com que enchem as cabeças dos jovens no “ensino oficial”.
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A leitura do que Patrica escreveu https://sites.google.com/site/lancapatricia/home so’ pode fazer bem. Pelo menos mal nao faz.
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Claro que os marcianos nao gostam, como ja’ se leu por aqui, mas teem bom remedio. Comam menos…..
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Não devo nem vou entrar em polémicas inuteis, quando algumas medidas são manifestamente injustas apesar da publicidade e consequente apoio de muitos cidadãos, devo apenas questionar o artº 144 do Orçamento e a forma encontrada pelo Governo para criar instabilidade social e provocar os Ferroviários. Lamento que mais uma vez, os comentários apenas olhem para um lado das questões, por muito justas que sejam e convenhamos até eu gostaria de ver menos Greves na CP.
O dito artº nada trás de novo a não ser o nº1 e 3, que permite tornar a norma dirigida para os Ferroviários. As excepções já existiam. Assim temos uma norma de orçamento válida para um ano que determina o fim dos direitos resultantes de acordos bilaterais entre CP e trabalhadores, no âmbito da contratação colectiva, contratos privados.
Temos ainda um artº que serve para anular direitos consagrados antes e depois de 2013, acordos e mesmo revogações com pessoas que foram reformadas com base numa lei que lhes garantiu esse direito de transporte. Temos hoje reformados com 80 e 90 anos de idade a quem a CP cortou a concessão de décadas, resultante de contrapartida porque a Empresa em vez de dinheiro que não tinha, negociou essa contrapartida. Temos ainda a CP a não respeitar os acordos de 1977 e mesmo os direitos entre Empresas Ferroviárias Europeias quanto à concessão de viagens nas diferentes redes.
Por certo sou sensível a muitos idosos reformados da CP que ainda hoje guardam religiosamente a concessão, mesmo quando já a não utilizam, como algo valioso e recordação duma vida de trabalho.Lamento a forma como se criticam pessoas que trabalharam uma vida e afinal apenas defendem um direito consagrado num acordo, coisa que ao que parece, este Governo desvaloriza. A questão é pois de saber se, os contratos assinados são ou não para cumprir e ainda se a Lei pode ir tão longe que, não ressalve os efeitos já produzidos…Na verdade a questão está longe de ser simples. Boa noite.
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Os Ferroviários são trabalhadores e como tal devem continuar a merecer o respeito dos Portugueses. Lamento comentários insultuosos ou manifestamente de mau gosto, quando a seriedade do próprio Blog deve permitir ideias, debates e opiniões, sem censura mas com responsabilidade e alguma contenção verbal pautada pela educação e civismo.
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