Crescimento, sim; dívida, não
6 Maio, 2013
Apesar do discurso “sonhos necessários entre políticas áridas de números”1, prometendo mais Estado Social sem forma de o financiar, o Primeiro-Ministro italiano, Enrico Letta, afirma que [a Itália] “é exemplo concreto de aumento de dívida que não origina crescimento”2, acrescentando que “em todos estes anos criamos muita dívida sem conseguir crescer”2.
Aguardam-se as reacções dos críticos do Excel.
(Fonte: Reuters)
1 Traduzido do inglês: “dreams were necessary amid the arid politics of numbers”.
2 Traduzido do inglês: “unfortunately we are a concrete example that increasing debt doesn’t mean fostering growth, because in all these years we have created a lot of debt without growing”.
7 comentários
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Estas alminhas, biblicamente estúpidas e provincianas, ainda não perceberam que o Euro tem o destino marcado.
Como todos os serventes sao mais papistas que papa.
Fundador do euro pede fim da moeda única para deixar o Sul recuperar
ANA FERNANDES 06/05/2013 – 12:34
Ex-ministro das Finanças alemão critica política salarial de Merkel, acusando-a de ser uma das responsáveis da crise na Europa.
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Governo quer reduzir 100 mil funcionários públicos na legislatura
É o numero de escala para as empresas privadas de catering, limpeza, seguranca etc entrarem definitivamente nas escolas, hospitais etc.
Mais rendas em sectores nao transaccionáveis . Eis o golpe claro empregando trabalhadores precários e mal pagos . A transferencia de dinheiros públicos para os lucros privados sera enorme. Nao sera porque nao vao ter tempo.
Chama- se a isto canabalizar o país .
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Imagino que se os lucros privados forem de uma pessoa e não de uma empresa, o Duarte já não veja problema nenhum por muito elevado que seja o custo para a restante população.
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“…criamos muita dívida sem conseguir crescer”.
O problema é estrutural e urge ser entendido e aceite. Não tem solução monetária (tudo o que se fizer por aí é apenas um adiar do problema), nem sequer económico. As consequências são dramáticas, começando pela saída dos jovens para outros países. Gastar 10% para crescer 2% (a sugestão dos crescimentistas) é de um absurdo atroz. A austeridade é importante, mas não toda a austeridade que se está impor, nem desta forma.
Mas há caminhos alternativos a seguir. Algumas propostas:
http://notaslivres.blogspot.com/2013/04/adeus-relvas-precisamos-de-alternativas.html
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“Aguardam-se as reacções dos críticos do Excel.”
Eu não sou crítico do Excel, sou apenas crítico de alguns famosos utilizadores tardios, mas… acho que os críticos do Excel vão dizer o seguinte:
– “Crescimento, sim; dívida, apenas a que for sustentável e útil.”
– “Deve evitar-se o aumento da dívida”.
– “Deve reduzir-se o défice.”
Mas como os críticos do Excel se lembram do que Passos Coelho dizia, também têm direito a uma perguntinha: porque raio é que o senhor PM falhou o prometido (2012, ano da mudança, crescimento, dívida nos 113%, etc.)? 😉
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O EXCEL é já um tudo nada básico…
E economistas a modelizar é uma autêntica anedota.
Ao menos aconselhem-se com os matemáticos e físicos que concebem os derivados que Gaspar, Passos & Cia nem sequer entendem…
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Não é preciso olhar para a Itália para termos um exemplo de um aumento da dívida que não origina crescimento (e muito menos desenvolvimento). Olhe-se para o que se chamou de crescimento aquando da bebedeira da chegada dos fundos europeus, e façam-se as contas à dívida que provocou.
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