Menos livres? Talvez o contrário
O André tem toda a razão: ao contrário do coro que por aí vai, a gritar que a democracia e a liberdade acabaram, ou estão em vias de acabar, porque na Grécia o governo mandou fechar a televisão estatal, a verdade é que os estados totalitários não fecham televisões públicas, fecham televisões privadas. Televisões, rádios, jornais, sites, tudo o que puderem fechar e que não controlem. Ao contrário do controle que sempre existiu e existe em 99% das televisões estatais, apesar de mil anos e mil governos de juras em contrário. Não me parece que a Grécia tenha ficado menos livre porque uma empresa que era utilizada para depositar afilhados dos partidos que iam passando pelo poder – como é habitual em muitos outros países, de resto – tenha deixado de emitir. Não creio também que ficássemos menos livres se o mesmo se passasse por cá. Até podíamos ficar mais livres. Livres, por exemplo, da azia do personagem que lá pousa aos domingos, depois do telejornal. Ele que passasse a dar entrevistas normais em vez de dispor de um tempo de antena que só mesmo uma estação de “serviço público”, como a RTP gosta de se autodesignar, seria capaz de inventar.

Deixem lá os Gregos com os problemas deles que nós por cá já temos que nos chegue.
Com a esquerda que temos, não me admira que façam uma vigília à porta da RTP, para que não a fechem – mesmo não estando em causa esse assunto. É que, de facto, a falta de causas realistas é tanta, a necessidade de viver aquela utopia de excitação manifestante seguida de copos ou sexo contra a burguesia assume-se tão preemente e sobretudo a recusa de enfrentar a realidade económica da europa e do país é tão disruptiva, que só resta mesmo o disparate, a demagogia e uma espécie de grande rave afrodisíaca para manterem a ténue “estrutura” mental que ainda têm sem colapsarem de vez.
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As linhas que gastam para chegar ao mal de que padecem: a azia socrática!…
Tss, tss, tss…
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Lembro aqui aos mais esquecidos que Ferro Rodrigues defendeu quando era sec geral do PS o encerramento puro e simples da RTP, perante o estado comatoso em que a administração dos boys do Aarons de Carvalho a deixou.
O que então salvou a RTP foi um empréstimo de 300 milhões de euros que em má hora o governo do Durão Barroso fez a dez anos, e pago em 2012 por este governo, com impacto directo no defice do ano passado.
Moral da história: os socialistas destruiram a RTP publica, um governo de direita salvou-a endividando ainda mais o país, e outro governo de direita teve que pagar o empréstimo que salvou a RTP da falência. Entretanto voltou a ser um sorvedouro de dinheiros publicos, e o Partido Socialista passou incólome por tudo isto. Porreiro, pá!
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Portanto, o grande democrata Fernandes acha bem que se feche uma empresa (neste caso de estado) de um minuto para outro, sem pré-aviso, sem negociações, atirando para rua centenas de trabalhadores com quem despeja um saco de lixo? ( e não estou a discutir se deve existir ou não uma tv pública, isso é outro assunto).
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E eu pensava que desenvergonhado do Fernandes só percebia de Armas de Destruição Maciça.
Enganei-me… também percebe de «mass media»..
Ah… pois é, não foi ele que, com outro jornalista do jornal que então dirigia, forjou aquela vergonha das escutas a Belém?
Pois foi… afinal o sujeito percebe de «liberdade» de informação.
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José Manuel Fernandes é um charlatão, mas, pelo que fez a Sócrates, devia ser julgado e preso, e depois emigrado, caso seja português!
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Enganas-te:quem já devia estar preso há muito era o teu amigo sócrates,o paulo pedroso e já agora o ferro rodriguess tais pedófilos etc.e tal…
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O tratamento no Magalhães de Lemos segue bem?!…
As melhoras!…
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“Não me parece que a Grécia tenha ficado menos livre porque uma empresa que era utilizada para depositar afilhados dos partidos que iam passando pelo poder ”
Não deve ser essa a razão já que este governo grego é constituído por uma coligação dos partidos que foram passando pelo poder nos últimos 39 anos.
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As razões que levaram ao encerramento da televisão pública deverão ser as opostas do que é referido.
A ERT terá sido encerrada porque não se terá ‘dobrado’ à vontade e ao controlo de Samaras. Não será mais verosímil esta versão?
Ou será melhor não inventar virtudes à volta deste execrável facto que só tem paralelo com o ‘golpe dos coronéis’ em 1967,onde foi encerrada durante horas.
Repelente é o apelo subjacente no post: ‘Não creio também que ficássemos menos livres se o mesmo se passasse por cá’.
É caso para gritar: Volta Relvas, estás perdoado!… Tu só querias concessionar…
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A RTP foi sempre uma das empresas públicas que mais estourou sem justificação entendível e muito menos aceitável, as maiores verbas do Estado !
A RTP (cuja programação não difere significativamente das televisões privadas), serve os partidos do “arco da governação”, e não só.
Se fosse vendida –já não será– desde que salvaguardassem o património e o comprador fosse credível (coisa rara), o Estado pouparia verba necessária para outros e benéficos fins. Por exemplo, se apolicado na assistência à doença, na educação…
A Democracia não sofreria abalo algum — já ontem noutro post eu justifiquei porquê.
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Falar de coisas raras ou de virtudes intangíveis é o exercício ao direito de especulação (que todos devemos desfrutar).
Outra coisa é avaliar um serviço público de televisão que, nas alternâncias político-partidárias, poderá ter enveredado pelo total descontrolo na gestão de recursos (públicos) e encetado um ‘modelo’ de distribuição de mordomias e privilégios (mediáticos e pecuniários).
Vamos a um exemplo prático (comparativo) sobre o que se passou na Grécia. Se eu tiver um ‘aperto’ (estenose) numa artéria de um membro inferior aceitarei uma intervenção cirúrgica para o resolver. Mas dificilmente – ou nunca – concordarei com uma amputação profilática.
Logo, assistimos na Grécia a revelação de um exemplo acabado do ‘fundamentalismo neoliberal’. Não há outra interpretação.
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Ah! o tal *arco da governação*, o execrável monopolizador do poder político!
É demais! Com tantas brilhantes cabeças que lhe são estranhas . . .
Para já uma lei para que cada voto nos partidos do arco valha 1/5 dos
da perclara e infalível Esquerda Radical : PCP, BE, Verdes . . .
ESSES, SIM, são a voz do Povo oprimido, não a dos opressores . . .
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Não posso estar mais de acordo com jmf. Mande-se fechar a RTP e a RDP, verdadeiros coios de privilegiados/as com ‘cartão esquerdoide’, e que custam uma pipa de massa aos cofres do Estado. Como o passarão-de-Paris que lá poisa aos domingos à noite, o sujeito que aceleradamente levou o país à bancarrota e à miséria social, me enoja só de olhar-lhe a fronha, não vejo a televisão pública e, claro está, posso passar muito bem sem aquele tipo de gente. Feche-se-lhes a porta. Portugal e os portugueses ficarão felizes e a ganhar.
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Televisão publica, depois do youtube é uma coisa jurassica. Mais cedo ou mais tarde vais fechar e ninguem se vai lembrar dela
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Logo, assistimos na Grécia a revelação de um exemplo acabado do ‘fundamentalismo neoliberal’. Não há outra interpretacao.
.
Quer uma prova de que a sua interpretacao nao fica errada?.
O jmf1957 gosta , logo entao…
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O jmf1957 gosta , logo… (o ‘então’ é redundante).
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Primeiro direi que não vejo a RTP (ou só esporadicamente a vejo), pelo que se fechasse, nem dava por isso.
Já quanto à parte final do texto, não é líquido que no caso do fecho da RTP, Sócrates não fosse comentador noutro canal.
Uma coisa parece certa. Se jmf1957 for dono de um canal ou de um restau, não deixa lá entrar o tal personagem.
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Este julga-se o umbigo do mundo: Que interessa às pessoas o que vê, ou
qual a estação em que * estaciona *?
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Pois… Se não fosse na RTP era noutro lado, claro… Menos no canal do JMF….
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Eu também sou dos que pensam que a RTP não vale o que nos custa, mais de meio milhão de euros por dia. E custa-me muito aceitar quem anda por aqui e por outros lados a defender aquela corja.
Mas que, com aquele exemplo da Grécia, aquela malta deve andar à rasca, deve.
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Acho que o governo deveria possibilitar que cada um contribuísse com um valor superior para a taxa audiovisual, caso quisesse. Há imensas pessoas com vontade de defender o serviço público de televisão e que, tenho a certeza, contribuiriam de boa vontade com pelo menos o dobro do valor mensal que pagam actualmente. Até talvez fosse possível assim, diminuir o valor mínimo obrigatório para as outras pessoas.
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Já vimos o seu apreço e preço pelo respaldo mediático da cidadania: 0.
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Sim, mas ao contrário de mim haverá muitos com vontade de contribuir mais para a TV “democrática”.
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José Manuel Fernandes, essa da “azia socrática”… Os canais privados dão voz aos diversos partidos. Porque carga de água, na sua função de serviço público, a RTP não pode equilibrar as forças de opinião a irem para o ar? Só o PSD é que tem direito?
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