Uma ofensa quiçá uma provocação
Mais uma vez se prova que cada época tem os seus interditos. Os da nossa passam por não se poder questionar o mundo daqueles que se apresentam como contestatários. No ano da graça de 2013 querer saber em Portugal quanto custam os sindicatos não só é notícia, quando devia ser um procedimento regular, e até se pergunta se for formular essa pergunta não pode prejudicar o diálogo social. Este tabu é extensível a países como a França – onde L’argent caché des syndicats se tornou notícia quando o Le Point revelou um relatório mantido secreto sobre a falta de transparência nas orçamentos dos sindicatos . O Relatório Perruchot está aí para provar que a corporação contestatária foi um bom investimento para alguns. Infelizmente à custa do dinheiro alheio. Em Espanha ainda não conseguiram fazer as contas ao número de funcionários dos sindicatos sustentados pelo contribuinte. Mas lá tal como cá existem casos interessantíssimos. Lá chegaremos ao dia em que perguntar quanto custa a contestação não será uma ofensa.

Posso garantir-lhe objectivamente que os sindicatos do país custam bem menos que as offshores usadas para desviar ilegalmente capital nacional que, afinal, não tem pátria…
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1) Mostre-me uma lei a indicar que as offshores são ilegais. Ilegal é não pagar impostos, agora depois de os pagar pode colocá-lo no banco, numa offshore e até em zonas do domínio da proctologia
2) Não é por haver maus gastos numa parte da FP (deputados e afins) que os restantes maus gastos são inquestionáveis
3) Um grupo de representantes é, ou deve ser, pago pela classe que representa. Os deputados representam o povo, logo são pagos pelo povo. A FENPROF representa professores, logo deveria ser paga pelos professores. Não é, é paga por todos nós. E aparentemente nem se pode perguntar quanto pagamos
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«offshores usadas para desviar ilegalmente capital nacional»
Há lei e taxas para sancionar tais movimentos de capital, até nos EUA.
Porque será?!…
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Mostre lá essa lei sff. Atenção que é uma lei que diga que offshores são ilegais, não é que fugir aos impostos colocando o dinheiro numa offshore é ilegal.
Da mesma forma que é ilegal assaltar um banco e fugir de carro, mas conduzir um carro continua a ser legal.
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“Desviar ilegalmente capital nacional”? Primeiro de tudo, afinal as pessoas têm o direito de colocar o seu dinheiro onde querem ou têm de colocá-lo onde o estado rouba mais? Segundo, offshores não são ilegais, como uma pessoa em baixo já o disse. E terceito, não existe capital nacional, existe sim é capital individual. Apenas indivíduos possuem o que quer que seja e tudo que é adquirido é feito por indivíduos. Mais um pensamento colectivista, responsável por destruir nações inteiras.
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«offshores usadas para desviar ilegalmente capital nacional»
Há lei e taxas para sancionar tais movimentos de capital, até nos EUA.
Porque será?!…
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Argumento inteligente. Beba um copo de arsénico, não é tão mau como a cicuta…
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Desviar ilegalmente? Que disparate, as offshores são legais e o Yavé, se tivesse dinheiro, podia colocá-lo numa qualquer com a maior das legalidades.
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Claro, pagando as devidas taxas, razão pela qual se procedem a ilegalidades para evitar tais pagamentos…
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YHWH, és sindicalista?
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Matemático, consultor.
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Profissional liberal não sindicalizado, mas sabendo da utilidade e funcionalidade real dos sindicatos.
Felizmente enquanto ex-consultor R&D de um banco português, pude compreender em profundidade sistemas de elaboração e estruturação de produtos bancários complexos (matricializados pela matemática financeira), bem como dos fluxos de capital.
Ah, se a maioria das pessoas sonhasse com o uso e abuso de riscos a que muita banca sujeita os depósitos, fazendo completa mão-baixa da carta de boas práticas que todos (incluindo os bancos centrais) assinam para a fotografia…
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YHWH, sei do que está a falar. Sei bem que alguns Bancos andam a impingir aos clientes “produtos” estruturados, “produtos” que muitos funcionários desses Bancos, inclusive dos mais qualificados, sabem o que aquilo representa.
Dito isto, não entendo a posição que assumiu no primeiro comentário a este post, quando escreveu que pode garantir, objectivamente, “que os sindicatos do país custam bem menos que as offshores usadas para desviar ilegalmente capital nacional que, afinal, não tem pátria…”
Com isso, o YHWH queria dizer que eu tenho que pagar impostos para alguns sindicalistas me infernizarem a vida? Não lhe parece que quem tem que assumir essa despesa são os camaradas sindicalizados?
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YHWH, queria escrever “não sabem o que aquilo representa”. As minhas desculpas.
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Caro Tiro,
Apanhado com as calças na mão, heim?! 😉
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Etc.
R.
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De facto não sabemos. Todavia saberemos quantos governantes e seus paralelos estarão a enriquecer neste momento? Não sou nem nunca fui sidicalista. Saberá o autor deste teste responder-me á pergunta que formulei? Claro que não. Ladrões há-os em todos os governos de todas as ideologias, em cada empresa publica ou privada. é por isso que estamos hoje com as calças na mão e de cocoras. Este bloque tem o hábito de branquear politicas de direita. Tambem não sou de esquerda. Abomino-a! mas, carago: sejam honestos e “infaciosos”. (acabei de inventar uma nova palavra), e não sou africano, brasileiro nem timorense ou macaense. Sou português de portugal criado em Africa.
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“Uma ofensa quiçá uma provocação”? Não, uma perda de tempo com detalhes: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/06/blog-post_6255.html
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Também me parece urgente denunciar a forma como muitos sindicalistas levam a vida, gozando de benesses só ao alcance de gente rica, uns agindo, outros consentindo, muitos com poucos escrúpulos, grande parte representando o funcionalismo público ou os trabalhadores das empresas estatais, ou seja, todos eles comendo às nossas custas, directa do nosso bolso ou, indirectamente, à mesa do orçamento do estado.
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Vou “roubar”
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Conforme já foi por aí dito e repetido
só os regimes totalitários não permitem o sindicalismo.
Estando devidamente legislada a sua existência nas democracias, qualquer ilegalidade que cometam na angariação de fundos certamente que será punida pela lei.
O resto é a treta do costume para encher o espaço cósmico.
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Que seja o mesmo cabeçilha durante curtos 20 anos. Nem referência. É para encher o espaço cósmico.
R.
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“Não permitem o sindicalismo.”
Porque não pagar os custos de um sindicato é a mesma coisa que não permitir que este exista, obviamente.
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Uma pergunta deveras interessante vinda de um parlamentar que deveria saber destas coisas. E a Helena não sabia????
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/dirigentes-sindicais-custam-9-milhoes
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De facto, seria interessante saber quanto custam aos contribuintes não sindicalizados este avultado grupo de cidadãos, grande parte deles fazendo carreira como sindicalistas. Aliás, por uma questão de princípio, não faz qualquer sentido que qualquer despesa pública seja escondida, ou não disponível, o que é o mesmo.
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Helena, a única questão que deve ser levantada no seu post é se o dinheiro que os sindicalizados descontam mensalmente e voluntáriamente é bem empregue, ou se está a servir para pagar mordomias aos sindicalistas. É possível que existam casos de abuso e devem ser denunciados, pois os sindicatos devem servir apenas e só para defender o interesse dos seus associados. Por experiência própria, e de um modo geral, acho que os sindicatos (pelo menos os afectos à CGTP por muito que lhe custe) têm cumprido o seu dever em situações de despedimentos sem justa causa, ou outro qualquer tipo de abusos das entidades patronais disponibilizando advogados quando necessário. É perfeitamente natural um dirigente sindical estar destacado a tempo inteiro no sindicato ou um delegado ter direito a algumas horas por mês para exercer trabalho sindical. Acontece que por vezes nem uns nem outros cumprem com o seu dever. Conheci um ou outro caso e isso não deve pôr em causa o papel importante dos sindicatos, embora reconhecendo que por vezes o discurso hermético e sectário de alguns dirigentes sirva de argumento aos anti-sindicalistas. E não me venham com a história do “bom comportamento” dos sindicatos. Os sindicatos são organizações de defesa dos trabalhadores seus associados e não têm de ser bonzinhos.
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A Helena já está em férias: Aquela do “Quiçá” não lhe sai da cabeça
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Se houvesse tomates para pôr estas metástases partidárias ( paradoxalmente de partido único, descartadas as “cortinas de fumo”) a viver pura e exclusivamente das quotizações que conseguissem angariar, podemos ter a certeza de que o caso mudaria radicalmente de figura…
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Ui, por incompetência, capricho, erros grosseiros e inutilidade, eu tenho, Helena, que entre nós custa mais caro um presidente e assim Passos, o nosso mal todo, ia dizê-lo, em dois volumes, somente .
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E dessa eu gostei, da resposta ao ‘azedo’ e pedante que também há em Helena .
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O PR e o PS são eleitos.
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Sabemos disso, sobre a mentira, traição e manha, quantas vezes.
Mas nunca será de mais, diz bem, perguntar quanto custa cada coisa, sem ofensa, como lembra anónimo, aqui, e insistir sempre .
http://www.publico.pt/economia/noticia/estado-nao-esta-a-pagar-os-subsidios-de-ferias-com-o-salario-de-junho-1597697
Anónimo
18/06/2013 22:52
É facil fazer as contas 1000 M€ para as SWAPS, mais 1200 M€ para o Banif, mais 3000 M€ para o BPN, dá 5200 M€, o que quer dizer que não seriam necessários cortes na saúde, educação e segurança social. Realmente somos muito maus a matemática…Já em termos de agricultura somos bons. Só elegemos nabos.
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também me parece uma boa solução de gaspar: acabar com os sindicatos – agora que passos quer acabar com o direito à greve – e os ganhos dessa decisão podem abater ao défice.
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É indiscutivel que os sindicatos fazem falta num regime democrático. Mas os sindicatos é que devem pagar os ordenados dos sindicalistas com o dinheiro das quotas dos sindicalizados. Porque razão é que têm de ser as entidades patronais, publicas ou privadas, a pagar os vencimentos de pessoas que chegam a estar décadas fora dos seus locais de trabalho?
A representatividade também tem de ser revista. Existe uma população activa superior a 5 milhões de pessoas, e de acordo com informação que consegui apurar, mas que carece de confirmação, os sindicalizados serão apenas pouco mais de duzentos mil. Quem é que estes sindicalistas representam? Representam o comité central do Partido Comunista, e pouco mais!
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No me parece, A C da Silveira,
sindicalistas são pagos pelas quotas dos sindicalizados,
que representam e os elegem, somente,
não o partido, nada.
Dá-se, porém, que não é qualquer que se dispõe à luta
de criar laços de coesão, razão e força, entre a diversidade de gente da empresa, escola, local de trabalho, se não carolas de fé, crentes da sua tarefa, trabalho e esforço, a bem de todos que o queiram, por pouco prémio.
Não sobram PSD’s devotados a tal nem CDS’s, que voam mais alto, é claro, e têm outro preço, dever de seita que lá os impede de contestar o boss.
E foi bonito de ver essa greve, que acontecendo que ainda há pouco se dividiam os professores, como uso, entre PS e PSD, com um por outro BE, PCP e CDS, num repente se uniram todos, entre inscritos e não inscritos, em torno de quem por igual os representa.
Ora diga se não é isto algum milagre, mais que efeito de sobranceria grande do poder que nos governa, incompetente, nos espezinha a todos, cá dentro, enquanto lá fora presta vénia aos grandes, que lhes dêem assento em algum vão de escada a Bruxelas, Berlim…
Pior que a troika, servis como o diabo.
E diz você o partido comunista, lhe valha nossa senhora, o mesmo Deus, já agora .
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A chatice é que esses que você chama grandes, é que ajudam a pagar os ordenados desses “unidos pela greve”; pode ser que um dia destes eles se fartem, e depois acaba-se logo o milagre…da parasitagem.
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Em cheio!…
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Estou menos interessado em saber quanto os sindicatos custam aos contribuintes do que em saber quando é que os ordenados e descontos dos sindicalistas passam a ser pagos pelos sindicatos.
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