Estrangulamentos da economia portuguesa
4 Setembro, 2013
Dois estrangulamentos da economia portuguesa para os quais chamo a vossa atenção: estabilidade macroeconómica e eficiência do mercado laboral. O primeiro não se resolve adiando as metas do défice ou sonhando com uma renegociação de dívida. Risco de haircut aumenta risco macroeconómico. O segundo não se resolve com emprego vitalício na Função Pública.
44 comentários
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Na imagem, o diagrama da visão do olho esquerdo do JM.
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Acho que ja entendim. Portugal e algo como assim…tipo Nokia !:)
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Mas, porque é que só chama a atenção para esses dois?
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A isto chama-se olhar para o gráfico, assumir que é a bíblia e ler-se o que se quer.
Praticamente todos os pontos estão deficitários mas só viu dois.
Os despedimentos na função pública estão concentrados nas áreas da educação e da saúde o que vai colocar os únicos pontos coincidentes em posição mais desfavorável. A isto junta-se a contração do mercado tão brilhantemente conseguida.
Mas os vesgos pensam que essa é a política certa.
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“Mas, porque é que só chama a atenção para esses dois?”
.
Porque são os chavões que mais impressionam os pseudo-intelectuais indígenas, embora não signifiquem nada de concreto.
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Claro que sim, PiErre. O problema é que nem sequer são os dados mais significativos, quando lá estão alguns dos pontos fracos mais importantes da nossa economia.
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Que outros pontos fracos é que dependem de opção política?
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Em todos eles, as opções políticas têm influência.
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JM pode, como um honesto intelectual, pode explicar este estrangulamento na cabeça de Passos Coelho?
.
dez.21011: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2183387
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não filha o estrangulamento do coelho foi na faculdade de direito…..
daí devem dar bons empresários de leis e escritórios de advogados e juízes de con’s que precisas como de brioche para a boca
JM phode? nã sey se phode ou nã phode
intelectuais honestos nem nos contos de phodas bem phadados
in tele ktuhall ou khtulhu ….que ache que numa economia de serviços os principais estrangulamentos são estylo david carradine
ou está vendido ao kuwait ou é parvo…..
ou ambos
a economia tem tantos estrangulamentos que morre de asfixia auto-erótica há séculos
e nem tem pedro que safe estas ine’s
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tens toda a razão 🙂
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pois tenho-a quase toda…..também não exageremos
já tu és tã i racio analzinha filha
num queres umas sessões de sofá com dois dánele sans paios?
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O mais estupido de toda esta situação, é desperdiçar a oportunidade única de resolvermos os nossos seculares problemas estruturais, aproveitando o financiamento da troika, a preços de amigo, que nos anos mais próximos não conseguiremos em lado nenhum.
Quer dizer, estamos a fazer os sacrificios inerentes ao ajustamento, que as empresas e as familias têm vindo a fazer, mas esses têm de viver de acordo com as suas possibilidades, e que o estado se recusa a fazer atirando para cima dos já sacrificados, familias e empresas, o onús dos seus privilégios.
Se o estado reduzisse as suas despesas, seria possivel reduzir a factura dos juros, que em 2014 será superior a 12000 milhões de euros, e a partir daí baixar os impostos, IRS e IVA, e iniciar a recuperação da economia e a respectiva criação de empregos. Com o caminho que estamos a trilhar e que o PS estupidamente aplaude, o que nos resta não é um segundo resgate; é mais defice e a total incapacidade de nos financiarmos, e atirar para o caixote do lixo estes quase três anos de sacrificios. Os que andam por aí todos contentes com os acordãos do Tribunal Constitucional, achando que são uma derrota para o governo, não percebem que a derrota é do país, e hão-de ver os seus sorrisos ficarem cada vez mais amarelos, quando dentro de dois anos não houver dinheiro para investir na economia, criar postos de trabalho e riqueza para o país, e muito menos para pagar salários e reformas do estado ao nivel em que estão actualmente.
Depois é que vai ser choro e ranger de dentes, mas será tarde demais: a oportunidade passou e os portugueses mais uma vez não a aproveitam. É a nossa triste sina, como falava o poeta…
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O gráfico está bem esgalhado, em forma de teia de aranha, ou de ninho de cuco.
Mas uma vez que pretende materializar os números de um presunto estrangulado… com este calor deveria ser acompanhado de uma bejeca.
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Os cucos usam os ninhos dos outros. Metáfora 🙂
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Falta um ponto de interrogação- “?”
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O que ali vejo é uma teia de aranha. Alguém deve estar à espera que uma presa morda o isco. Os predadores ainda não estão suficientemente saciados…
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enquanto pensar-mos e fizermos da água o melhor antídoto para os fogos florestais, continua-mos a ter o que merecemos,,,
dia 29,,, vamos todos ser iluminados,,,,
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Fez bem o João Miranda escolher aqueles dois estrangulamentos. Não são os que os empresários portugueses alegam, mito menos são os que os empresários estrangeiros em Portugal alegam.
No entanto, se João Miranda não tivesse escolhido aqueles dois, o discurso que lhe interessava fazer ficaria sem suportes.
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Fincapé,
Normalmente o que estrangula os empresários não é o que estrangula a economia.
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aqui o que estrangula os empresários do deserto é a falta de cultura
inda a reformada palmelã aos 47 não viu o grande museu da música mecânica que atrairá milhões de chineses a palmela
e tudo porquê
porque somos um povo pouco culto
o que falta é cultura empresarial
o relvas mesmo com o 12º tinha bué….
gente dessa é que é precisa
precisa adonde isse num sey
mas podiam-se ir enterrando pra ver se eram sementes empresariais
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João Miranda,
Desculpe só agora vi. Percebo a sua ideia. No entanto, não entendo muito bem como é que a instabilidade no emprego é boa para a economia, no que diz respeito à eficiência no mercado laboral. Obviamente, qualquer empresa deve ter possibilidades de ajustar os seus quadros às necessidades. Se reduz o espaço no mercado deve poder reduzir o número de trabalhadores. No entanto, tendo em conta as necessidades médias, qual a razão porque toda a força laboral tem de estar permanentemente em tensão? O que ganha com isso um empresário?
Se aplicarmos o mesmo princípio ao Estado, definidos os serviços que se pretendem que preste, qual a variação previsível das necessidades de funcionários? Não há-de andar longe do zero em percentagem.
Vi há pouco, na TV, que nos últimos oito anos se aposentaram cerca de 150 mil funcionários, Mas parece que não reduziu o número total de trabalhadores, o que significa que tem havido má gestão de pessoal. No entanto, muita gente continua a culpar trabalhadores, como se não fosse um seu direito de tentar entrar nas portas que se abrem. Entretanto, os maus gestores do Estado continuam a sua vidinha. Provavelmente, num banco ou numa grande empresa.
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Fincapé, ninguém “culpa os trabalhadores” …
As pessoas apenas aproveitam as oportunidades de emprego que se lhes apresentam.
O problema é precisamente terem-se empregado muitas mais pessoas do que aquelas que eram verdadeiramente necessarias e, sobretudo, do que aquelas que a economia do pais e as finanças publicas estavam em condições de suportar.
Claro que houve responsaveis.
Sem duvida “os maus gestores do Estado”.
Mas também uma parte importante da classe politica, que permitiu e até encorajou e instruiu esses gestores para que tivessem agido do modo como agiram.
Mas também uma parte bem significativa da sociedade portuguesa que, a diferentes niveis e com mais ou menos consciencia, aceitou e desejou o que se passou, tirando partido das vantagens imediatas e vivendo na ilusão de seria sem consequencias futuras e para sempre.
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Os dois “estrangulamentos” em questão, juntamente com o do financiamento, que no contexto actual esta fortemente ligado às condições macro-economicas, são aqueles que o grafico apresentado mostra serem de longe os mais importantes (olhar bem para o grafico !…).
Dito isto, claro que qualquer um pode contestar os resultados do estudo em que se baseia o grafico. Mas esta é outra questão, bem mais dura de “roer” !…
Os empresarios portugueses consideram que o primeiro dos problemas actuais é o do financiamento. Ou seja, um estrangulamento que se sabe ser hoje de origem essencialmente macro-economica. Os empresarios queixam-se por vezes de diversos custos de contexto mas a verdade é que o estudo não considera alguns dos factores que mais os influenciam como fazendo parte dos principais estrangulamentos actuais. Por exemplo, a eficiencia nos mercados de bens não é tão negativa como isso. O custo da fiscalidade entra naturalmente nas condições macro-economicas.
Os empresarios estrangeiros consideram que o primeiro dos problemas actuais é relativo às incertezas relativamente ao futuro da situação macro-economica do pais a médio e longo prazos.
Mas o problema da ainda excessiva rigidez do mercado de trabalho, embora passe a seguir à situação geral do pais e a outros factores de contexto, como a burocracia estatal e as deficiencias da justiça, é também uma das principais preocupações dos empresarios estrangeiros.
A rigidez do mercado de trabalho não é efectivamente uma das primeiras das preocupações dos empresarios, nacionais. Uma explicação possivel é que estes estão actualmente sobretudo preocupados com os problemas de mercado e de tesouraria a curto prazo e não com o investimento e o emprego que teem naturalmente condicionantes com prazos mais longos. De resto, a rigidez do mercado de trabalho é hoje sobretudo uma preocupação em termos duma politica publica de criação de condições favoraveis para uma redução rapida do desemprego em periodo de crise. A dimensão macro do desemprego elevado não é nunca uma preocupação “técnica” para os empresarios, mais concentrados noutros factores com impacto micro mais imediato.
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aqui os empresários das transportadoras de calhaus e dos vendedores de pópós e materiais de construção civil têm como estrangulamento a pouca apetência para os seus produtos e serviços pá
nem necessitam de ser financiados
necessitam +e de vender qualquer cousa e fugir para o brasil
como fizeram aqueles donos de stand’s algarvios no ano da graça de 20??
financiamento para um novo museu de música mecânica vem já aí
já agora pá……
de que empresários escreves?
é que há bué deles que têm dinheirinho
nã o querem é investir
têm miúfa do escudo
daí terem tudo em francos suiços e acumularem dívidas à insegurança sucia all
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Falta o pormenor insignificante de perceber quem é a fonte da análise.
Provavelmente foi uma tia do JM que lho enviou por altura da Páscoa. Tia essa que fez parte da comissão executiva do BPN.
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numa economia estatizada que absorveu de 1979 a 1995 trezentos mil licenciados para ministérios vários e empresas públicas e consultadorias e outras obras de regime
vir escrever que a educação num é um estrangulamento…..
25 mil licenciados nos anos 80 e 30 mil nos seguintes nos caMPOS da agro-pastorícia e silvicultura
absorvidos na sua quase totalidade pelo estado e pelas cadeias de distribuição alimentar e pelo desemprego de longo termo parece-me um estrangulamento educativo de maior grau
idem as muitas escolas com cursos de jardinagem e horticultura que deram empregos a todos os jardins camarários e viveiros que vendem para as câmaras oliveiras a 2000 contos
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e o estrangulamento institucional é muy anal pra se referir…..
hérnias….sempre são melhores que ténias instuticionais
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Os gráficos aqui no tasco estão cada vez mais exuberantes. Em breve teremos um museu do gráfico numa autarquia do Norte. Se os conseguirem fazer animados e em 3D estará descoberta a função da Cinemateca PT/Pingo Doce a criar brevemente.
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a teia de aranha é ajustável
é muito utilizada em estatística e economia e ecologia numérica
no teu caso haveria um estrangulamento anal
o gráfico tem o problema de ser uma generalização muito básica
felizmente o mercado turístico do club med está a ferro e a fogo de sul a sudeste
esperemos que os turcos fiquem árabes este inverno e ficamos finos
thalassa thalassa é o des tino de rãs osmoregulatórias…
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http://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/augusto_mateus_temos_um_grande_problema_de_coesao_economica.html
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Dois anos, dois, a reduzir salários, alterar legislação laboral, a destruir a estrutura do estado para a entregar aos privados, e Portugal volta a descer dois lugares no ranking da competitividade e o melhor que se consegue arranjar são imagens de “ovnis”???? Apetece morder.
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Não se preocupe. Com a recente medida “professores de banda larga” (podem leccionar tudo e mais alguma coisa para completar horário) a competitividade vai disparar. Se não resultar fecha-se de vez a Cinemateca e as escolas. Vai contra o que defende o ministro da economia alemão mas deve resultar.
Isso e mais dois gráficos postados no Blasférias (de preferência com comentários do César das Neves) e estamos na linha da frente.
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[espaço reservado para manifestação cúltural]
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1º não tinham os professores que avril nos deu essa polivalência
o santana castilho era um professore de apalpanços ginasticaes
e foi promovido a caudillo educativo em 39 anos
ele e muitos outros professores cum bacharelato ou licenciatura do estado quase novo e capacidade para ser funcionário
e enntre a cinemateca e as milhaares de escolas inda existentes vai todo um mundo de diferença
e phodes por a cinemateca no museu de música mecânica de palmela ou no fluviário de mora que lá têm profes polivalentes que conseguem conservar de tudo
até os cargos como sub-directores….e sub-sub-submarinhos pinto claro
ide levar no viegas que é cul tu ralé
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@!@ (4 Setembro, 2013 22:03),
Nada de anormal….
Em primeiro lugar, como teem dito alguns conhecedores, neste tipo de classificação, mais qualitativa do que estatistica, uma pequena variação anual não tem grande significado.
De notar que, por exemplo, a Coreia do Sul caiu 5 lugares, a Italia 4, a Holanda 3, a Dinamarca 3, a Franca 2, a Suécia 2, Hong-Kong 2, o Reino Unido 2, etc.
A Irlanda, estando ja mais adiantada do que Portugal no processo de ajustamento, também caiu, embora apenas 1 lugar,
Ja a Grécia … subiu 5 lugares !… Certamente graças ao fim da crise politica e ao perdão parcial da divida.
Em segundo lugar, bem mais importante é o facto de desde 2005 o pais ter perdido 29 lugares.
Ou seja, a perda de competitividade do pais vem de longe, é sobretudo estrutural, as causas são conhecidas e anteriores à crise financeira e à austeridade actual.
Melhor, a perda de competitividade é uma das causas da propria degradação das contas do pais e da cura de austeridade que se tornou inevitavel e indispensavel.
Em terceiro lugar, o que actualmente mais puxa a classificação de Portugal para baixo é a situação macro do pais, sobretudo na sua vertente financeira, e a fragilidade politica de um governo que tem de aplicar medidas duras e impopulares.
Acontece que esta situação não é o resultado da politica de austeridade dos ultimos dois anos mas sim do que foi feito e não foi feito ao longo dos anos anteriores.
O que é mesmo de espantar é que, estando a atravessar uma crise grave, o posicionamento do pais não tenha descido ainda mais. Certamente para tal contribui o facto da crise financeira estar a ser controlada e de existirem actualmente expectativas relativamente favoraveis quanto à evolução de certos factores estruturais da competitividade portuguesa.
Na verdade, o relatorio que acompanha este ranking diz a paginas tantas :
“Despite this slight decline, the country is striving to regain productivity and competitiveness by increasing liberalization of the markets and labor market reforms. These are expected to bear fruit in the medium term, helping the country bridge the competitiveness divide with other European economies.”
Ou seja, os analistas consideram que o que tem vindo a acontecer recentemente em Portugal deixa antever perspectivas favoraveis quanto a uma melhoria da produtividade e da competitividade a médio prazo.
Mas o caminho é certamente longo, ainda ha muito por fazer, e continuam a existir riscos politicos elevados que podem atrasar ou comprometer o processo de ajustamento em curso.
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Certo, certo. É com certeza isso.
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eu diria mais, é isso com certeza 🙂
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escreve-se eu diria mesmo mais ó portela de dupont’s e du pontes panasqueiras militantes
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Tem toda a razão. É que realmente nota-se uma melhoria da nossa situação, apesar dos chumbos do tribunal constitucional aos cortes, e apesar da crise e imobilidade do governo durante um certo período de tempo que coincidiu(talvez tenha sido mesmo coincidência) com a melhoria da nossa situação. O engraçado, gosto desta palavra, é que querem carregar na “austeridade” despedindo pessoal, cortando em salários e destruindo o que resta da relação laboral. É evidente que tendo como paradigma o panorama chinês, que mostra já sinais de tensões “socialites”, esquecem-se de que ao lado está a realidade indiana, mas até que nem está mal. É evidente que os sinais da Grécia são animadores, mas isso são aqueles números da economia que se esquecem do social, não é?
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É preferível apostar na literacia financeira desde a escola primária.
Com os outros todos já não parece valer a pena. São presas demasiado fáceis.
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@!@ (5 Setembro, 2013 05:33),
@!@ : “[a] imobilidade do governo durante um certo período de tempo que coincidiu(talvez tenha sido mesmo coincidência) com a melhoria da nossa situação.”
Não vejo de que “imobilidade” fala … De resto, um governo não tem de estar sempre a anunciar e a implementar novas medidas com impacto mediatico … Bem mais importante é o facto do dito “novo ciclo de governo” não ter interrompido ou alterado a politica de austeridade.
De qualquer modo, a ainda ligeira melhoria da situação (Pib, emprego, etc), tem a ver com a evolução prevista do processo de ajustamento, nomeadamente com a passagem de uma primeira fase de desinvestimento para uma segunda fase de reinvestimento. De resto, trata-se de um tendencia que não é exclusiva de Portugal mas que também tem lugar noutras economias europeias sujeitas a processos de ajustamento, em particular nas ditas periféricas (Espanha, Italia, Irlanda, etc). Afinal a austeridade simultanea num numero elevado de paises europeus não levou a uma “espiral recessiva” sem fim !…
@!@ : “destruindo o que resta da relação laboral.”
Mas que exagero … A “relação laboral” não se destroi, quando muito altera-se !
Trata-se simplesmente de reduzir o numero de funcionarios para niveis compativeis com aquilo que é verdadeiramente necessario e compativel com o estado das finanças publicas portuguesas. Tal como as familias e as empresas, o Estado tem de ajustar o seu nivel de despesa aos recursos de que pode dispor e que hoje, como se sabe, são poucos.
@!@ : “os sinais da Grécia são animadores”
Apesar de existirem também sinais animadores do lado da Grécia, que “caim-caim” também vai fazendo o seu ajustamento, em certos aspectos de modo ainda mais “brutal” do que em Portugal, a verdade é que os principais indicadores economicos ainda não começaram a recuperar. A situação da Grécia é, de longe, bem mais complicada.
@!@ : “aqueles números da economia que se esquecem do social”
O que é preciso é não esquecer que sem a economia o “social” morre de fome !
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http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/agencia-notacao-chinesa-baixa-rating-portugal-bb-bb
Perante isto o potencial investidor chines vai pensar, aliás o que já se passa com o investimento em geral. O que se nota é uma recuperação espetacular no turismo, num ano em que Portugal está na moda, fruto de quê? Talvez as tensões no Mediterrâneo/Médio oriente (acho que Lisboa, e Portimão nunca tiveram tantos cruzeiros) ou tão só porque as viagens a baixo custo dinamizaram por acaso as estadias de curta duração especialmente no Porto. Que se saiba o único grande investimento é da EMBRAIER em Évora. Esperemos que a Auto Europa não diminua a sua actividade.
A relação laboral destrói-se. É como a relação loja/cliente.
O problema do ditado ” sem economia o social morre de fome” é de haver o contra ponto da “economia provocar a fome” .
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@!@ (5 Setembro, 2013 18:43),
A noticia sobre a degradação da nota de Portugal pela agencia chinesa não altera em nada o facto objectivo de existirem actualmente indicadores estatisticos reais e apreciações qualitativas sobre a evolução da economia portuguesa a médio prazo mais favoraveis.
A agencia chinesa parece chegar algo atrasada alinhando-se agora por notações que ja anteriormente tinham sido atribuidas pelas principais agencias internacionais.
As previsões da agencia chinesa para 2013 e 2014 são ligeiramente mais pessimistas do que as do governo portugues e das principais organizações internacionais, em particular sobre os déficits orçamentais e o nivel de endividamento publico acumulado, mas, no fim de contas, não contradizem a desacelação da recessão e a existencia de uma trajectoria de saida da crise a médio prazo. Citando a noticia : “Já a médio prazo, é esperada, segundo a Dagong, uma saída do atual contexto de recessão económica devido ao esforço de contenção orçamental e das reformas estruturais.”
Quanto aos sinais de recuperação que se começam ja a ver, não é apenas o turismo (e ainda bem que o turismo estrangeiro esta a recuperar e a compensar em parte a queda do turismo interno). O indice da produção industrial regista ja uma notavel inversão de tendencia e no ultimo trimestre Portugal teve a mais importante taxa de crescimento do Pib na Zona Euro. Não pode ser apenas o turismo e o efeito sazonal !…
A relação empregador/empregado é, naturalmente, muito diferente da relação loja/cliente.
Em Portugal, a “relação laboral” estava claramente desajustada. Todos os estudos referem o facto de Portugal ter um dos mercados de trabalho mais rigidos dos paises da OCDE. A reforma da legislação laboral continua a ser uma necessidade.
De qualquer modo, a garantia de emprego eterno para os funcionarios publicos é uma anomalia que nada justifica, nem no plano da eficiencia dos serviços publicos nem no plano da justiça social. Por que carga d’agua é que os funcionarios publicos devem ter um privilégio tão importante que a generalidade dos restantes cidadãos não tem ?
O seu “contra ponto” da “economia provocar a fome” é talvez uma frase muito bonita e contundente mas é também um contra senso.
A economia é criação de riqueza, incluindo tudo aquilo que permite uma maior disponibilidade de bens alimentares e de existencia basica.
O que é preciso é mais economia e não menos. Isto deveria ser relativamente consensual.
De qualquer modo, convém lembrar que em Portugal, talvez com a excepção de alguns casos pontuais, sobretudo de ma alimentação, não ha o que se pode chamar propriamente de “fome”. Deixemos este termo para outras realidades no mundo e na historia em que, precisamente porque os “numeros da economia” são muitissimo piores, a situação de uma parte importante da população é verdadeiramente de falta do comida e com pessoas a morrerem mesmo de fome.
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