Modelo estrutural da psique dos média e de tudo o resto
Em “Para Roma com amor”, a personagem de Woody Allen pede à mulher para que não o analise visto que o seu cérebro não corresponde ao modelo id-ego-superego. A mulher responde que ele possui o único cérebro com três ids.
O jornal Público faz manchete com “empresas oferecem salários 11% mais baixos aos novos contratados”. Na mesma linha, o Diário de Notícias destaca “novos salários caíram 1500 euros no último ano”. Se estas frases dizem algo de relevante, é que empresas privadas ajustam-se em procura do equilíbrio enquanto os salários públicos, constitucionalmente impassíveis de redução, agravam a trajectória deficitária do seu financiamento, este função de impostos cobrados sobre os privados a receberem menos.
A imprensa, na sua forma narrativa de notícias do foro económico, funciona como um cérebro com três ids. Não há qualquer papel crítico sobre o que é escrito e, muito menos, consciência da notícia dual que não vem impressa mas que existe, por consequência do ângulo escolhido. No exemplo do parágrafo anterior, se privados estão a receber menos salário (o ângulo escolhido), a notícia dual é a ausência de ajustamento do salário público para esta realidade deficitária do equilíbrio.
No que diz respeito à opinião impressa, verifica-se o inverso. A maioria dos artigos de opinião são compostos puramente de superego, moralizadores, criticos exclusivamente pela negação de pragmatismo moderador – o ego – , desprovidos de impulsos – o id – e vocacionados para a mera propaganda sem qualquer determinismo pragmático. Ferreira Fernandes e Baptista Bastos são expoentes máximos desta abordagem e fazem escola entre activistas mais ou menos comprometidos com linhas colectivistas alternativas do tenebrosamente insultuoso politicamente correcto.
A ERC pretende desempenhar o papel do ego. Falha miseravelmente, não por dever exercer uma função de censura mas, precisamente, por ter esta como objectivo motivador da sua existência.
O papel articulador que o estado chama a si, como regulador da comunicação social – e de acordo com a própria constituição da república -, mais que paternalista na sua concepção, é revelador da melancólica sobrevivência em colapso do regime falido, pela sua abrangência a toda e qualquer área de actividade, e incapaz de se libertar do ego central aos ids esquerdistas e superegos do mercado.
A mesma personagem em “Para Roma com amor”, embora confessando o seu flirt com a esquerda durante a juventude, admite nunca ter conseguido ser comunista pela incapacidade em partilhar a casa-de-banho. A imprensa nacional, não escondendo o seu flirt permanente com o socialismo, do seu pedestal, não consegue partilhar o espaço terreno quotidiano onde se situam os seus leitores.

Acabei de ter a visão do Bitinho a escrever o post no chuveiro.
GostarGostar
Vou pegar num ponto menor do texto. As empresas baixaram os salários aos novos trabalhadores. E os lucros? Ainda continuam a aumentar? É que segundo alguns relatórios de algumas empresas (EDP, Galp, etc) parece que sim. Porque será? Afinal não há mercados…
GostarGostar
Uma opinião tão credível como a própria psicanálise diria eu…
Mas achei particular piada à parte de chamar moralizador e paternalista aos outros… é que vocês não fazem outra coisa. Moralizam e tentam estabelecer a vossa “autoridade” entre os infiéis/ateus/agnósticos do mercado. Há que civilizar os selvagens que não conhecem a “luz”…
GostarGostar
Ateu dos mercados com acesso à internet.
GostarGostar
Força Vitor ,vamos criar o “homem novo”.
GostarGostar
Para o zelota todos que não partilham do seu fervor são ímpios.
GostarGostar
Pró Vitor, tema para uma próxima postagem à Vitor… com contraditório!
PS- Há tomates para isso???
GostarGostar
Há que civilizar os selvagens que não conhecem a “luz”…
.
Os chineses sao selvagens?
Entao estao super-ultra-civilizados. Glup.:)
GostarGostar
Este blogue está em mandarim?
GostarGostar
Não vai demorar muito…
GostarGostar
Os FP já perderam 10% do salario vão perder mais 5% quem é obrigado a fazer horas perdeu 75% quem tem de viajar pelo pais a inspecionar as ajudas de custo já nem dão para a despesa como pode dizer isto “enquanto os salários públicos, constitucionalmente impassíveis de redução”
GostarGostar
Ainda não chega. Aquilo a que chama “inspeccionar” eu chamo “fazer o pão caro” e atrapalhar quem faz crescer a economia deste país, que são os PMEs. As “inspecções” existem apenas para justificar empregos que não têm razão de existir, e, claro, as respectivas ajudas de custo. Eu sei do que falo, porque andei trinta e tal anos a aturar os “inspectores” de que fala, que apareciam sempre em bandos de pelo menos três ou quatro.
GostarGostar
É verdade não chega.
Ma o Tony está enganado: contas feitas (líquido/líquido anual com duodécimos de subsídio mais o que não era e passou a ser) deu 15,78%
Para quem, do alto dos 1500€mês anda a ver PME’s virtuais à 20 anos…
Ainda não chega ACS?
GostarGostar
há
GostarGostar
“Empregos que não têm razão de existir”, escrevi eu. É aqui que está o problema, não é tanto o que ganham os funcionários publicos, que se querem poucos, mas bons. O regime de ajudas de custo é um verdadeiro escandalo.
GostarGostar
Quanto às ajudas de custo, é possível que tenham razão, não conheço bem o sistema. Quanto às inspeções, talvez a empresa onde o Alexandre trabalhava não precisasse de inspeções. Infelizmente vivemos em Portugal (como qualquer país do sul da Europa, em Portugal as leis só são cumpridas quando há muita fiscalização, geralmente dois ou mais polícias por cima do ombro, e têm de ser neste número, porque se fosse só um caiam no risco de aceitar subornos).
GostarGostar
“Empregos que não têm razão de existir”. Finalmente, Silveira!
GostarGostar
O caro André acha que são necessários quatro-“inspectores”-quatro entrarem-lhe pela porta dentro para medir o tamanho das letras de um rótulo? e depois passarem-lhe uma coima de 150 contos porque as letras tinham cinco milimetros em vez de terem quatro milimetros? Ou aplicarem-lhe uma coima de dez mil euros, porque não receberam determinada informação (apenas para ser arquivada), em determinada data, porque tinham o fax avariado, e tinha de lhes enviar as informações por fax e por correio registado e com aviso de recepção? Podia estar aqui o resto da tarde a contar-lhe “inspecções” de que fui vitima, feitas por individuos perfeitamente ignorantes, e pior do que isso perfeitamente inuteis. E sempre a facturarem as ajudinhas de custo.
GostarGostar
O regime das ajudas de custo não é escândalo nenhum ACS.
Tem que detalhar essa opinião.
Aliás o regime no privado (com jantar e dormida paga, quando é o caso) são muito superiores para funções semelhantes.
Um f.p. (não, não: funcionário público) que se desloque para além de 20 km (limite mínimo) no período de almoço, recebe uma ajuda € 43,39/4/dia – € 4,27 o que dá a bela soma de 6,6€.
Se acha que isto é um escândalo, atire lá com um valor.
GostarGostar
É isso mesmo ó Caustico. Nem vale a pena argumentar a “enorme” quantidade de jogadas por debaixo da mesa, que se fazem no privado, para fuga ao fisco! é mato! aliás a grande fuga ao fisco faz-se no privado, não é no público!
“Estes” Silveiras, querem é desregulamentarização, poucas ou nenhumas inspecções, para poderem esconder a trampa que fazem, na maior impunidade!!!
GostarGostar
Não chega, nem alguma vez irá chegar, pelo simples motivo do erro estar na palermice que assinaram com a Troika (será que o Catroga ainda tem a fotografia no telemóvel?) e na imbecilidade de, contra todos os factos, continuarem a vender a mentira de que vamos conseguir cumprir prazos e pagar a dívida. Não vamos! Enquanto mantiverem este rumo, a única coisa que conseguem é massacrar os cidadãos, vender as jóias da coroa e escavar, ainda mais, o buraco em que já estava a nossa economia.
GostarGostar
Tambem me parece uma boa ideia fazer renascer o SNI – instituiçao do Estado Novo para o controlo fascisante da Informacao. Aproveitava-se e “sugeria-se” aos jornais/tvs a aplicaçao do principio da “gestao de expectativas” lançado por Passos ontem aos economistas. Dessa forma continuariamos a aplicar a “austeridade expansionista” até ao momento em que seriamos obrigados a restruturar a divida…
GostarGostar
Os partidos já cumprem de forma estranhamente competente bem essa função…
GostarGostar
Com que então os salários da função pública não desceram?!
Bem, é fazer as contas aos 3,5%, os subsídios retirados, o aumento da contribuição para a adse, para a cga, a diminuição do subsídio de almoço, and so on…
Parece-me que soma mais que os tais 11%… É fazer as contas…
GostarGostar
O roubo é muito maior, trabalho em part tyme de sete horas por dia, quinze dias de trabalho não remunerado com o titulo de estágio, horas extraordinárias aos sábados, domingos, feriados e restantes dias pagas com ticket refeição como horas normais de trabalho.
O ACT não existe e esta gente trabalha uma média de 10 horas por dia a troco de 385 Euros ilíquido e mais uns ticket refeição.
E depois umas almas caridosas que por ai andam, dizem com ar de negreiros antes isto que o desemprego.
E eu grito corja de ladrões e corruptos, que de tudo se valem para roubar este povo de cegos, surdos e mudos.
A isto chama o vitinha ajustamento.
Eu chamo ao vitinha vampiro.
GostarGostar
Jojoratazana, assim chamado por que vive nos esgotos, tu trabalhas em part tyme, ou não sabes escrever?
GostarGostar
jojoratazana, apenas por viver no meio de tantos ratos como tu.
Sim, infelizmente sou obrigado a viver no mesmo esgoto, em que habitas.
GostarGostar
jojoratazana
Você tem que ser mais soft, os nossos amigos, estilo “Tiro ao “pé”, chamam a isso “liberalização dos mercados e do trabalho”…
GostarGostar
Por mera curiosidade: O seu salário foi ajustado? Ou o camarada Vitor é um iluminado, indispensável, e pago sem necessidade de reduções?
GostarGostar
Não esquecer o superego que se forma numa fase posterior e muitas vezes ineficazmente, impedindo a inibição dos impulsos, o que leva a posts como este. O “ajustamento” que o vitorcunha diz existir nas costas largas do privado, mais não é do que um “apanhar de boleia” da conjuntura, aproveitando para baixar os custos do trabalho (que, como se sabe, nunca foram um problema português). Quanto à falta de tal “ajustamento” nos funcionários do estado, não sei o que chamar aos tais “subsídios de solidariedade” (ou lá o que é), cortes nas pensões, etc. Entretenham-se, porque vão por bom caminho e, quando se espatifarem contra o muro da realidade, certamente vão arranjar uma desculpa qualquer que, em momento algum, porá em causa o “brilhantismo” das vossas análises. Espero que, pelo menos, as do colesterol tenham bons resultados.
GostarGostar
O chefe pediu ajuda. Os acólitos acatam. O chefe agradece.
GostarGostar
Más notícias para os crescimentistas e para os que acreditam que os do norte estão dispostos a continuar a sustentar “burros a pão de ló”: o presidente da Estónia vem hoje dizer em publico o que os outros todos dizem em privado: “os paises cumpridores, não podem continuar a apoiar resgates aos paises incumpridores”! A quem é que serve esta carapuça? para além da Grécia, serve que nem uma luva ao Tozé e ao PS, e aos zelotas do Ratton!
GostarGostar
Continuas sempre “Inteligente” ó Silveira… passaste a passar férias debaixo do chaparro? he! he! he! a insultar os PPDs zelotas do Ratton!!!
Dotore!…
GostarGostar
Chapeau na muge, ou a muge do chapeau? as minhas férias passei-as onde quiz e fui eu que as paguei. As tuas se calhar foram pagas com o dinheiro dos meus impostos…
GostarGostar
O mal está em ver os filmes e, não os compreender talvez,
por uma questão de maturidade! Filme é filme … a vida é
vida, por vezes comendo o pão que o diabo amassou!
Quais são os orgãos de comunicação social publicados
ou emitidos cá no Quintal com “pendor” socialista ???
Não vale indicar os jornais dos partidos! Será problema
de visão ou de compreensão …. socialismo o que é isso???
GostarGostar