Saltar para o conteúdo

Eutanásia para conservadores

28 Novembro, 2013

O politicamente correcto, expressão comum para a pior praga anti-hermenêutica na era contemporânea, mais adequadamente designável por estupidamente aceite, origina como consequência mais visível a inexistência de moral; quando tudo está aberto a discussão – incluindo o que constitui a discussão – a própria ferramenta retórica fica desprovida de referencial e base argumentativa.

A legalidade não é aspecto relevante: o utilitarismo de pequenos colectivos assume importância de primazia sobre a essência do individual e as aberrações amorais tornam-se legítimas. Um exemplo são as associações em defesa da pedofilia; outro exemplo é esta chocante barbaridade da eutanásia para menores que belgas pretendem aprovar. Não há limites à socialização da desresponsabilização, a esta lavagem de mãos sobre o que por nós decidem. Esta terrível ditadura da estupidez não tem limites enquanto os estados puxarem a si o direito monopolista das suas difusas definições de bem e de mal: o politicamente correcto é a teocracia perfeita.

Não se auguram tempos felizes mas, também, como serão os estados quem determinarão se você é ou não feliz (teocracia implica antropomorfismo do colectivo), não passa este post de uma nota ultrapassada de um conservador fora de moda.

Nota: em consonância com o primeiro parágrafo, não permitirei comentários a este post. Tudo pelo bem comum.

Adenda: Notícia da eutanásia para menores na Bélgica em português (Público).

Os comentários estão fechados.