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11 Março, 2014

Tema do meu artigo de hoje no DEA mais poderosa ideia existente em Portugal – uma casa na duna durante o Verão mas isolada do mar no Inverno. Ou por outras palavras um regime especial para os privilégios e outro, geral, para os deveres. E assim temos pessoas que não se casam porque não querem mas que depois enquanto trabalhadores, inquilinos ou pensionistas reivindicam direitos iguais àqueles que casaram. Funcionários públicos que querem ser iguais aos trabalhadores do sector privado na hora de negociar salários mas não no momento de se discutir a idade e o cálculo da reforma, os dias de férias ou número de horas de trabalho. Polícias que querem ter as regalias inerentes à sua condição de agentes de segurança mas com direito a organizarem-se em sindicatos e e a manifestarem-se . Uma Associação Sindical dos Juízes Portugueses que propõe que a Constituição blinde o estatuto remuneratório dos juízes…

A propósito do medo que as forças de segurança inspiram ao poder político ver este quadro do Público (via Insurgente):

funcionariospublicos_remuneracao

 

 

14 comentários leave one →
  1. fado alexandrino's avatar
    fado alexandrino permalink
    11 Março, 2014 08:42

    Um bocadinho a despropósito, mas árbitros que querem ser considerados pessoas de bem na rua, enquanto fazem malfeitorias na profissão.

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  2. Jeremias's avatar
    Jeremias permalink
    11 Março, 2014 08:43

    Daí aquele velhinho ditado popular ” Sol na eira e chuva no nabal”.

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  3. Rb's avatar
    11 Março, 2014 09:29

    Seria útil poder perceber a carga fiscal normal e extraordinária que os FP’s tem. Quer-me parecer que depois de todos os cortes juntos, em média o pessoal fica a receber metade dos valores acima referidos.
    .
    Em todo caso, nas profissões comparaveis com o privado (médicos, profs, enfermeiros, engenehiros, porteiros, motoristas, jardinaeiros etc) só mesmo aqueles que tem menos qualificações recebem mais no público do que no privado (estudo do BdP). Todos os outros com mais qualificações recebem bem menos no público; com uma agravante: não tem promoções por mérito individual.
    .
    Um caso simples que conheço do que atrás referi: um prof com 20 anos de carreira no sector público ganha um salário bruto de 2000 euros mas recebe efectivamente 1250 euros.Em linha com o que se pratica no privado.
    .
    Rb

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  4. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    11 Março, 2014 12:06

    Se me disser que a tabela é sobre o quanto o estado gasta por profissão já concordo, porque se é mesmo sobre o que as pessoas recebem está muito desfasado da realidade e só serve para confundir. Já parece um rádio a pilhas em que se tem de andar a mexer no botão para sintonizar melhor a emissão. É mais ou menos como o post do Vitor Cunha, Para ele as personagens são de esquerda mas como estou sintonizado noutra onda para mim são de direita, o que quer dizer que para mim o Vitor é um endireita.
    Aliás a tabela corresponde ao teor do post. Gostaria de a ver a conduzir só para ter uma amostra dos seus “direitos” e “deveres”.

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  5. Churchill's avatar
    Churchill permalink
    11 Março, 2014 18:21

    Helena
    Esse quadro está errado.
    Se quer uma conversa séria pelo menos use valores corretos.
    E já não estou a falar do salário efetivo, pois se o IRS é igual para todos (pelo menos entre os que não aldrabam as finanças), os restantes descontos são substancialmente diferentes.
    Um funcionário público tem ADSE e paga 3,5% por isso, um privado pode ter um seguro de saúde e não só não paga por isso como é usado pelo patrão como despesa.
    Um FP paga 11% para a CGA (reforma na velhice), o privado paga 11% para a SS de onde sai a reforma, baixa médica, desemprego e outras prestações sociais.
    O FP não tem carro de serviço, habitação, escola dos filhos, e outras remunerações complementares e para as quais não paga IRS.

    Agora para dar a outra face, é claro que tem outras vantagens, como era a sensação de segurança de ter um emprego estável, numa atividade que não tinha uma elevada volatilidade e muitas vezes sem concorrência (não estou a imaginar tribunais, militares e outras funções em mercado aberto). Quando muitos de nós escolhemos, isso pesou bastante.
    Não foram raras as vezes em que estive em jantares onde colegas e amigos me diziam que devia arriscar na atividade privada porque pagava muito melhor (e era de facto). Agora alguns ficaram desempregados e descobriram que o maior risco pode ter maiores ganhos mas também perdas, e quando estão com estas ultimas a solução é retirar aos outros que não optaram por arriscar.
    Com o exagero próprio da comparação, é como 3 amigos que combinam em investir na bolsa. Um desiste de o fazer, outro entra e ganha e um terceiro entra e perde. No final acha que é razoável o que perdeu querer que o que não apostou lhe pague o prejuízo?

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  6. João's avatar
    11 Março, 2014 19:33

    Helena, eu até gosto de boa parte das coisas que você escreve (e comprei a sua obra sobre o dr Salazar) e gostava da Atlântico e tudo, mas não compreendo muito bem a sua obsessão com os fp (não confundir com os fdp). Esse quadro não corresponde a valores líquidos. Onde é que um guarda prisional leva esse dinheiro para casa, por exemplo? Professores: sou contratado há 19 anos, este ano ganho 1000 euros, limpos (nem chega). Tenho uma irmã no quadro, dá aulas há trinta anos, não chega a receber 1500 limpos por mês. Portanto, haja rigor e honestidade intelectual, sachavor.

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  7. maria ferreira's avatar
    maria ferreira permalink
    11 Março, 2014 19:39

    Meu irmão tem 2 cursos, sendo um deles Engenharia IST, Trabalhou 30 anos no privado e 16 no estado.Passou por lugares ditos bons. Ministério das Finanças, Banco e professor. Tem uma pensão de 1.518.33€.
    Ao ver a manifestação da polícia comentou;
    – Polícia- instrução, 4ª classe-soldado-reforma aos 52 anos- pensão 1.650€. Afinal quem está mal sou eu!
    Consulte as pensões de Março e confirme a veracidade dos números.
    Com amizade
    mf

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  8. João's avatar
    11 Março, 2014 19:59

    A polícia tem a quarta classe como instrução? não sabia. Dei aulas na GNR há uns anitos e já na altura era preciso ter o 12ºano para a admissão (não tenho a certeza se seria o 9º ou o 12º, mas acho que era este).

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    • maria ferreira's avatar
      maria ferreira permalink
      12 Março, 2014 19:06

      Será melhor V.Exª actualizar-se. Durante muitos anos após o 25 Abril, fazia-se a tropa e ia-se para polícia. Por acaso até conheço exemplos que se reformaram agora e bem novos.

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  9. BELIAL's avatar
    11 Março, 2014 20:41

    Um gajo que usa pistola devia ganhar menos.
    Só aquele gozo de poder dar tiros e matar até 3 cidadãos semi-inocentes, com o cartão “vc está livre da prisão”…

    pum, pum, pum, ai raios – como deve ser bom… 🙂

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  10. Euro2cent's avatar
    Euro2cent permalink
    11 Março, 2014 21:08

    > uma casa na duna durante o Verão mas isolada do mar no Inverno.

    Não é preciso inventar, em português diz-se “querem sol na eira e chuva no nabal.”

    De nada.

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  11. André's avatar
    André permalink
    12 Março, 2014 08:59

    Resumindo pelo quadro: são os diplomatas quem mais ganha, ou seja, aqueles que estão intimamente relacionados com a política (presumo que os “representantes do poder legislativo” não sejam os deputados, que eles aumentaram unanimemente os seus salários, como tal não podem ter uma variação negativa. Tenho uma ideia para a austeridade: que tal começar a cortar naqueles que ganham mais? Diplomatas, magistrados…

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  12. Luuuc Tessier's avatar
    Luuuc Tessier permalink
    13 Março, 2014 09:09

    Mas que filha da putice de quadro é este. Onde é que um Técnico Superior da função pública recebe 1700 euros por mês? Ou isto é o quadro de gente em topo da carreira? E qual a percentagem de trabalhadores nessa condição?

    Temos técnicos superiores a receber salários líquidos inferiores a 800 euros mês, ó minha gente. Haja seriedade, pá.

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