Como não pedir uma reestruturação de dívida
1 Abril, 2014
Sem pretender ensinar manhas a manhosos, creio que há limites para a desfaçatez quando alguém aparece perante os credores a pedir reestruturações de dívida. Algumas óbvias:
1. Não dêem ar de quem está apenas à espera da reestruturação de dívida para em seguida gastar mais;
2. Não mandem 12 generais, 1 almirante e 4 vice-almirantes. Dá ideia que ainda não cortaram nas chefias militares;
3. Não mandem um ex-provedor de justiça que fez tudo para boicotar cortes na despesa;
4. Não mandem ninguém que depois se arrepende;
5. Não mandem conhecidos despesistas.
Aos signatários só havia uma forma honrada de pedir a reestruturação da dívida, seguindo, aliás, a tradição portuguesa. É esta:
31 comentários
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Miranda
Creio que esses generais e almirantes estão na reforma.
Não sei se a sua proposta era despromovê-los ou eliminá-los, mas parece-me um tudo nada exagerado!
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Esse maravilhoso azulejo da estação de S.Bento retrata a lenda de Egas Moniz com a família, a resgatar a promessa de Afonso Henriques junto do rei de Leão, lenda que carece de fundamento histórico.
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Descendente do ‘avô’ Egas continua a ter vergonha na cara e acredita na história -e há outras noutras. O problema de quem não ‘acredita ‘ é porque jamais teria a dignidade de ficar pela palavra dada.
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Inscrevo-me para lhes pagar as passagens de TGV até lá… seja onde for,
😉
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AHAHAHAHAHAHA
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Lembro que esse gesto de Egas Moniz não impediu a criação do reino de Portugal. Há quem diga que foi premeditado.
http://andancasmedievais.blogspot.pt/2011/02/o-cerco-guimaraes-e-lenda-de-egas-moniz.html
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É ver na página dos horrores da CGA:
Abril de 2012:
VICE-ALMIRANTE € 4 892,95
VICE-ALMIRANTE € 4 550,99
Maio de 2012:
ALMIRANTE € 5 440,78
VICE -ALMIRANTE € 4 550,99
CONTRA -ALMIRANTE € 4 470,21
2012:
CONTRA-ALMIRANTE € 4 050,50
Agosto de 2012:
VICE -ALMIRANTE € 4 550,99
Setembro de 2012:
VICE-ALMIRANTE € 4 550,99
CONTRA-ALMIRANTE € 4 567,73
CONTRA-ALMIRANTE € 4 050,50
VICE-ALMIRANTE € 4 550,99
CONTRA-ALMIRANTE € 4 050,50
CONTRA-ALMIRANTE € 4 050,50
Outubro de 2012:
CONTRA -ALMIRANTE € 4 050,50
VICE -ALMIRANTE € 4 927,91
CONTRA -ALMIRANTE € 4 050,50
VICE -ALMIRANTE € 4 970,71
ALMIRANTE € 4 584,57
( ano de 2013 em recolha de dados)
CONTRA -ALMIRANTE – € 4 050,50 – Março 2014
VICE -ALMIRANTE – € 4 550,99 – Outubro 2013
Marinha tem 52 almirantes para 40 navios – http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&contentid=CB7ECAE1-024A-456F-AA0E-CFE31232227C
Falar da “dignidade da condição militar”, como têm reclamado os sindicalistas militares, implica, em primeiro lugar, respeitar e não explorar o Povo que os sustenta.
Tenham vergonha na p. da cara cada vez que desfilem em protesto pela Rua Augusta abaixo.
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E Portugal tem mais juízes e Procuradores a chegar ao topo de carreira (quase todos) que tribunais.
Já agora pode também retirar esta listagem.
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O problema não é os Juízes. Um país a sério tem que ter juízes de nível e bem pagos. Se bem que só os Conselheiros devessem ser reformados pelo topo das regalias. E nem todos devessem chegar, sequer a desembargadores.
O problema é os procuradores, num estatuto decalcado do modelo então soviético, que permite que seja tratado como “magistrado” quem não passa de mero advogado do Estado.
Os procuradores estão a abichar à volta de 4.000 limpinhos na reforma. Por isso é que são todos de esquerda urbana e caviar e, até há poucos anos, com a CGTP a controlar o respectivo sindicato.
A independencia de que não prescindem não está estabelecida em beneficio do cidadão, mas apenas na manutenção das regalias e do estatuto de poder autónomo que uma democracia de tipo ocidental não deve tolerar. Porque os procuradores não têm qualquer legitimidade democratica para exercerem o poder em roda livre. Em especial o poder de acusar criminalmente e/o de deixar marinar durante anos processos que acabam com a vida das pessoas.
Tanto acusam um processo em que alguém chama “doido” a outro, como acham que não devem acusar quem chama “palhaço” ao PR.
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E não nos esqueçamos de mais este recente reformado de luxo das forças armadas
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3779123
«Apesar do documento não existir em dezembro passado, a CGA informou a Força Aérea em meados de fevereiro deste ano que Luís Araújo tinha direito a auferir uma reforma de 5980 euros a partir de 30 de dezembro de 2013.»
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52 almirantes para 40 navios, contando com as barcaças e zebros.
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Uma vergonha: os que assinaram o manifesto vivem todos amesentados no OGE. E os que, pelo menos aparentemente não vivem, já se arrependeram de o ter assinado.
Agora só faltavam os da tropa fandanga, que não querem perder os privilégios pagos com o dinheiro dos nossos impostos; quando esse não é suficiente, pede-se emprestado.
Querer o perdão da divida para a seguir fazer mais divida, só na cabeça de mentecaptos.
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A revolução da tropa fandanga já está em marcha. Este manifesto é apenas o primeiro passo nesse sentido!
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/quando-portugueses-quiserem-revolucao-sargentos-vao-estar-ao-lado
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Quando eu estava na tropa em Angola, os sargentos do quadro, os lateiros ou chicos como também eram conhecidos, não saíam do ar condicionado, mato não era com eles, porque ser vagomestre e outros oficios correlativos é que era bom. Vieram de lá todos ricos.
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todas as revoluções da tropa fandanga são por questões salariais
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Os que assinaram o manifesto/petição deviam antes ler estas noticias:
http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052702303978304579471281084210744?mg=reno64-wsj&url=http%3A%2F%2Fonline.wsj.com%2Farticle%2FSB10001424052702303978304579471281084210744.html
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Que cretinisse! Na Lusófona cada vez se aprende menos, apesar dos subsídios que este governo lá mete, roubados dos bolsos dos contribuintes. Cada vez se torna mais evidente que vivemos um tempo de Miguel de Vasconcelos/Duquesa de Mântua ou mesmo de Conde Andeiro/Leonor Teles e sabemos da história como o povo resolveu esses problemas.
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O Sr. Saraiva manifesta-se surpreendido com a dimensão política dada ao manifesto…
O Sr. Saraiva meteu-se num buraco, assinou a título pessoal fingindo que a sua pessoa seria relevante sem o cargo que ocupa, e agora procura o ponto menor para se demarcar. Para mim é óbvio que o manifesto tinha cunho político pelo nome dos promotores, parece também óbvio que o Sr. Saraiva extravasou e está agora em contenção de danos. Não fora este tipo de irresponsabilidade verborreica e até estaríamos a discutir responsavelmente as eventuais alternativas, mas este Sr. preferiu o soundbite e agora acanha-se.
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os pesos pesados (anteriores presidentes da cip) têm muito peso!
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O peso é do cargo, do prestígio institucional que o mesmo transporta, não por quem é mas pelas funções que tem. Não é de descartar que, exorbitando, teve o respectivo feedback dos associados, até porque aos antecessores já tinha respondido sobranceiramente. Chama-se a isto perder o chão, e acontece a quem usa abusivamente o prestigio outorgado por um cargo.
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O comboios ali mesmo ao lado convidam à fuga deste pardieiro intelectual facilitista.
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Convirá não confundir dimensão pública com dimensão publicada. No meio de dezassete mil papalvos, (tão poucos) a assinatura de meia dúzia de oficiais generais, reformados de gabinete, é no mínimo ridículo. A exposição pública a que os estão a sujeitar é merecida. A avaliar pelo que vemos hoje, as lendas no futuro serão muito diferentes do antigamente.
Nos tempos que correm, a julgar pela amostra, a honra e o consequente respeito pela palavra dada, parecem estar indexados à inflação, ou até mesmo aos “direitos adquiridos”.
Não concordo com as ideias do General Eanes, mas tenho que admitir, que ao recusar benesses a que tinha direito, demonstrou ter a qualidade que falta a esses outros.
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Suspeito que os actuais, em vez da corda, levem altas condecorações ao pescoço. – quais coleiras de pecados pretéritos.
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Simplesmente parabéns!
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Tá bem, mas já não há guita para comprar cordas…
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Hoje, então, é sobre como a dívida não deve ser reestruturada.
Amanhã, pode ser sobre como o governo já conseguiu reestruturar parte da dívida.
Para depois de amanhã, decidiremos amanhã. 😉
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Se nada for feito é mais do que provável que fiquemos com “a corda ao pescoço” por muitos e bons anos.
Por isso considero a inserção desta imagem no post muito oportuna, embora pelos motovos errados.
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Já agora, talvez fosse interessante dar algum substracto á matéria. Os generais ganham muito? haverá pais sem forças Armadas?,e Forças Armadas sem Generais? porque será que todos os países desenvolvidos possuem Forças Armadas? Os militares e a própria Instituição Militar têm sido particularmente visados, quando colocados em confronto, as medidas que os penalizam, com os deveres e restrições a que estão sujeitos, de entre os quais sobressai o sacrifício da própria vida, se e quando a Pátria assim o exigir.
Julgo, por isso, oportuno elencar as medidas de que os militares, tem sido alvo e particularmente os penalizam, considerando a especificidade de um universo ao qual, para além da sujeição a especiais deveres, são subtraídos direitos de cidadania conferidos aos restantes cidadãos (disponibilidade permanente para o serviço, i.e., mobilidade sem quaisquer restrições, sem direito a horas extraordinárias, a fazer greve, etc.). E, para além disso, impostas restrições no âmbito mais vasto dos direitos, liberdades e garantias – limitações aos direitos de: liberdade sindical, expressão, reunião, manifestação, petição coletiva, capacidade eleitoral passiva, representação coletiva no foro judicial, etc.
Não tratem da mesma maneira o que é diferente…
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Caro Carmo, o que não há dúvida é que os índios são poucos e que os generais excedem, em muito, o razoável. E a pirâmide virou cubo, assim: 10.000 soldados; 10.000 sargentos; 10.000 oficiais. Ou seja, por cada soldado há dois superiores, um encavalitado no outro e todos nos praças. Pode?
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Tiro ao alvo, sugiro-lhe que pondere melhor a sua análise, porque as Forças Armadas não têm só exército, e na Marinha e na Fap, o módulo de pessoal e de funções por e simplesmente não se conatbilizam assim, aliás nem há soldados na Fap. Pense na Tap e se pode despedir, administradores, engenheiros e gestores, porque são muitos.
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“para além da sujeição a especiais deveres, são subtraídos direitos de cidadania conferidos aos restantes cidadãos”
Calcule-se que quem abraça a vida militar não o sabia, é isso que argumenta?
Não existe subtracção de direitos de cidadania, existe aposição de direitos especiais, o que além de diferente constitui-se em si como fundamento da diferença.
Quanto às medidas que visam especificamente “os militares” serão acaso mais gravosas que aquilo que se pede a demais cidadãos e, nomeadamente, aos directamente dependentes do estado (que somos todos nós)?
Só num país com a maior densidade de capitães de Abril/heróis da revolução por metro quadrado é que se consegue criar a aparência de ónus de todos para com eles.
Porque de um oficial militar se espera que seja especialmente habilitado e igualmente responsável, consegue citar em que circunstancias alertaram quanto ao esquema de Ponzi de que beneficiam de há largos anos (investem numa carreira e auferem exorbitantes benefícios à custa dos demais contribuintes estes, por essa via, pequenos investidores).
Mais ainda, se o numero de oficias de Marinha (exemplo) fosse indexado ao numero de “botes”, estaríamos racionalmente bem melhor. Se os pilotos que formamos na FA fossem mais imbuídos do juramento não demandavam aviação privada assim que podem (não todos, diga-se) deixando-nos a arder com o investimento na sua formação, mais aí a subtracção de direitos que alega já não vigora, certo?.
Para manter as benesses actuais, já o sr ou outro apresentaram propostas de redução de efectivo ou outra racionalização, ou essas são sempre contra a natureza da existência desse pilar?
Devo dizer-lhe, em abono de mim, que na cidadania em que milito experimentei o linchamento intelectual do PSR e da pessoa que o liderava, Louca com cedilha, há mais de 20 anos, por afrontar a proposta de extinção desse pilar, estando incidentalmente presente num ajuntamento de ovelhas negras, e hoje continuo a fazê-lo em mais sóbrias circunstâncias, não me proponho por isso mesmo a assobiar para o lado perante a folha de pagamentos.
Uma salva!
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