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PS rejeita manifesto jarretal

3 Abril, 2014

PS rejeita o manifesto dos 74–1 pela voz da presidente do partido, Maria de Belém. Ao considerar a eventual redução de impostos sobre o rendimento em 2015 como “iscos” de uma “agenda eleitoral”, Maria de Belém reconhece que a dívida não será reestruturada nos moldes propostos pela coligação Francisco Louçã/Adriano Moreira. Caso o PS acreditasse na exequibilidade do manifesto dos 74–1, constataria não ser necessária a carga fiscal actual para um serviço de dívida que passaria instantaneamente para 60% do PIB, fosse qual fosse o PIB, fosse qual fosse a dívida. A alternativa a esta possibilidade seria avançar já com a promessa eleitoral de multiplicar pensões e salários da função pública por índice cainesiano superior a 1.

Mas que o manifesto dos 74–1 é só mais um canto do cisne socrático, isso já se sabia.

15 comentários leave one →
  1. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    3 Abril, 2014 17:56

    Asneira!

    Isso é partir do princípio que a Maria de Belém diz coisas que fazem sentido. E os autores do manifesto idem.

    Já vai sendo tempo de se perceber que a mente de um político funciona sem conexão : hoje é importante protestar impostos altos, amanha quer aumentar receita, hoje diz mal da dívida, amanhã diz mal do fim do défice que é o que faz a dívida.

    Nada precisa de bater certo, num país em que os jornalistas ou são analfabetos ou estão feitos com a situação e o povo é instruído na Escola Única para mater o populismo.

    Por isso já fomos 3x à bancarrota em 4 décadas.

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    • fado alexandrino's avatar
      3 Abril, 2014 18:55

      Com todo o respeito, o post e portanto parte da sua argumentação, estão desfasados da realidade. O que esta gente, supostamente a elite portuguesa pensa não tem importância nenhuma.
      Lá fora, que é donde mandam em Portugal, nem sabem que eles existem.
      Aliás o próprio Portugal já era confundido com Espanha, agora na União Europeia já nem isso é preciso.
      Somos, novamente com o devido respeito, uma cagadela de mosca no mapa mundial.

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      3 Abril, 2014 18:58

      Portanto, o post está errado porque tira uma conclusão lógica.

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      • lucklucky's avatar
        lucklucky permalink
        4 Abril, 2014 09:43

        Não, o post está errado porque assume que aquilo que a Maria de Belém disse vale alguma coisa para o que o PS faria ou não.
        Se o PS se estivesse na posição do PSD: isto é no Governo. A Maria de Belém bem poderia dizer o contrário.

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  2. Joaquim Carreira Tapadinhas's avatar
    Joaquim Carreira Tapadinhas permalink
    3 Abril, 2014 18:02

    A miséria vai roendo os alicerces da nação e o pessoal, mais ou menos bem, não se apercebendo do estado do país, vai lançando palavras “muito sábias”, em lugar de acções concretas para minorar a situação. É a gente que temos e, logicamente, o país em que vivemos. Já era tempo de acordarmos, mas quem foi construído numa amálgama de sono e de sonho, nunca poderá despertar. Irão dizer que sou parvo e, possivelmente, terão razão. Porque motivo eu havia de estar certo? Só por bênção divina, mas logo por azar sou agnóstico.

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  3. Alexandre Carvalho da Silveira's avatar
    Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    3 Abril, 2014 18:04

    A crispação da Maria de Belém era bem visivel: assim que ouviram falar em baixar impostos, viram ruir a estratégia congeminada, se é que aquilo que no Rato pensaram para a campanha eleitoral tem alguma coisa a ver com estratégia politica. O discurso dos socialistas não se distingue da converseta da Catarina Martins.

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  4. Zé da Póvoa's avatar
    Zé da Póvoa permalink
    3 Abril, 2014 18:25

    O delírio destes amigos do pote chega ao ponto de classificarem figuras como Adriano Moreira, Bagão Félix, Francisco Louçã e os outros assinantes do Manifesto dos 74 como Socráticas!!! Retira-se deste espírito nefasto e doentio que nem Sócrates deve imaginar o poder que tem e o número de seguidores que apreciam as suas tomadas de posição.

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    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      3 Abril, 2014 18:49

      Sei que você está indignado por eu apagar comentários no blogue que não é o seu pote. Mesmo com esta frase, não me parece que compreenda. Não só este comentário, o resto do mundo também.

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  5. Joao's avatar
    3 Abril, 2014 19:50

    Caro Vitor Cunha olhe que em vez de 74-1 andamos já próximo dos 74-2 pois o Dr. Silva Lopes em entrevista à SIC Notícias, ontem à noite, já colocava em dúvida a oportunidade e a felicidade do timing do manifesto. Mais umas semanas e vão ficar o Prof. Louçã, o Dr.Bagão e DrªManuela numa versão “manifesto núcleo duro em 74-71”

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  6. Hawk's avatar
    Hawk permalink
    3 Abril, 2014 20:03

    Não percebo porque perdem tanto tempo com os “notáveis”. A proposta deles não atrasa nem adianta.

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  7. JorgeGabinete's avatar
    JorgeGabinete permalink
    3 Abril, 2014 20:10

    A todos os gloriosos comunistas, ide e lei o que o vosso Jerónimo diz sobre não pagar a dívida, parece-me que foi qualquer coisa como “não é conversa de gente séria” referindo-se a não pagar a dívida.
    Previsão do tempo nas planícies: chuva, muita chuva acompanhada de vários flik-flaks e mortais à retaguarda.
    Depois desta inflexão, temos no Brasil os comunistas sem-terra e por cá os comunas sem-chão.

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  8. Fernando S's avatar
    Fernando S permalink
    4 Abril, 2014 08:51

    Aumentar o salario minimo, como propõe Maria de Belém, não diminui o numero de pobres, antes aumenta.
    Os verdadeiros pobres (onde se incluem os sem abrigo que tanto “impressionaram” Seguro) não são os que teem um emprego normal e um salario minimo mas sim os que ficam fora do mercado de trabalho.
    A fixação de um salario minimo na Alemanha é um erro. Foi uma das concessões que Angela Merkel teve de fazer ao SPD para poder constituir um governo de coligação. A Alemanha, apesar de ter uma percentagem mais elevada de activos com salarios baixos, tem um desemprego baixo e pouca pobreza precisamente por existirem sempre “pequenos biscatos” para quem não tem um emprego fixo ou permanente.
    Portugal não está na situação da Alemanha, nem em termos do nivel e da composição do emprego, nem em termos da situação das empresas empregadoras, para se poder dar ao luxo de fixar ou subir remunerações minimas.
    Pascal Lamy, antigo Director Geral da OMC, membro do PS frances apontado como proximo do actual Presidente frances, François Hollande, propos recentemente que a Franca aceite “flexibilizar” o salario minimo no sentido de permitir o aparecimento de “pequenos trabalhos”. Disse : “”Je sais que je ne suis pas en harmonie avec une bonne partie de mes camarades socialistes mais je pense qu’il faut, à ce niveau de chômage, aller davantage vers de la flexibilité et vers des boulots qui ne sont pas forcément payés au Smic” [] “Un petit boulot, c’est mieux que pas de boulot.” Infelizmente, é muito pouco provavel que o actual governo socialista em Franca siga esta via.
    Em Portugal, ainda mais do que em Franca, o que é preciso é libertar a economia e não o oposto !

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    • buba's avatar
      4 Abril, 2014 15:01

      gostava de ver o meu caro a trabalhar 12h por dia na caixa de um supermercado, receber uns míseros 485e, gastar a sua vida a tentar não passar fome e continuar a defender essa bela teoria…

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      • vitorcunha's avatar
        vitorcunha permalink*
        5 Abril, 2014 08:39

        Está bem. Vamos organizar isso. Parece útil, um debate sobre o assunto na caixa do supermercado.

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      • Fernando S's avatar
        Fernando S permalink
        5 Abril, 2014 12:45

        buba,
        Para lhe responder com a mesma logica e no mesmo ton, eu poderia dizer que gostava de ver o meu caro desempregado e sem qualquer subsidio (é actualmente o caso de cerca de metade dos desempregados) e acrescentar que “bela teoria” é supor que o desemprego é melhor do que um emprego com um salario baixo.
        Mas não me interessa entrar num concurso de boas intenções e de experiencias de vida !…
        O que me parece mais importante é a ideia de que, ainda mais quando o desemprego é muito elevado, a prioridade deve ser claramente dada ao emprego e não aos salarios. Isto é, é preciso criar condições para que os desempregados possam encontrar trabalho, mesmo que seja precario e com salarios baixos. Como os empregos são criados pelos empregadores, empresas e familias, e como se sabe que muitos até poderiam estar interessados em empregar mais pessoas para tarefas pouco qualificadas e limitadas desde que pudessem pagar remunerações abaixo do salario minimo, um dos modos mais eficazes e rapidos para gerar emprego é acabar ou limitar o efeito do salario minimo. No fim de contas é o que acontece no dito “mercado negro”, onde há empregadores a oferecer trabalho com salarios mais baixos e pessoas que os aproveitam.
        É uma ideia errada pensar que um salario minimo baixo (ou mesmo a inexistencia de um salario minimo) é a principal causa da existencia de salarios baixos. Com a expecção de alguns casos, que existem sempre (e ainda mais quando o desemprego é elevado), a maior parte dos salarios mais baixos são-no porque os empregadores não podem pagar mais. A principal causa dos baixos salarios é a baixa produtividade da economia. Se o salario minimo obrigatorio aumenta, os empregadores vão ajustar as respectivas actividades de tal modo que alguns trabalhadores vão poder ganhar mais mas, em contrapartida, tendencialmente, progressivamente, outros vão sendo dispensados. Para pagar mais a alguns o empregador acaba por reduzir os efectivos. Em vez de aumentar efectivos se porventura pudesse ajustar os salarios do conjunto em função das condições do negocio.
        O desemprego é a contrapartida do salario minimo !

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