Quem disse? Foi dos bons ou dos maus?
No Portugal não democrático, no Portugal pré-União Europeia e pré-Comunidade Europeia havia ensino de excelência apesar do regime político em que se vivia e isso era possível porque numa escola era desejável reforçar a própria cultura de excelência da escola. Não estou seguro que aconteça hoje o mesmo em muitas escolas portuguesas e europeias. — Durão Barroso
Isto chateia muito as pessoas. Uma coisa é comparar salários mínimos com Abril de 1974, outra é comparar corporações e metodologias de inflação das estatísticas da “geração mais bem preparada de sempre”. Reparem: a educação em 1973 era uma lástima que até permitiu que a malta elegesse o doutor Mário Soares mal teve oportunidade, incluindo para presidente da república. Isto só pode mostrar o quão as escolas funcionavam mal e ensinavam ainda pior. Poucos anos depois, as pessoas instruídas nos pré–74 (uso de “instruídas”no sentido lato) acabaram a eleger o professor Cavaco Silva. Onde é que isto mostra uma aprendizagem correcta de conceitos? Onde é que isto é mostrar a vontade do ex-aluno em aprender a aprender? E em que é que este sistema de ensino contribuiu para a mobilidade social, nomeadamente para a construção de moradias nos subúrbios, substituindo a enxada dos pais pela mangueira da relva e o gnomo de jardim dos filhos?
Temos que denunciar esta falsidade. As escolas até 1974 eram uma vergonha. Uma aberração fascista. Uma desgraça anti-pedagógica. Por isso, nada melhor que impedir pessoas mal formadas, com escolaridade concluída até 1974, de participarem nas decisões da vida pública. Temos que afastar estas pessoas do poder legislativo, judicial e executivo. Temos que as afastar dos média e das colunas de opinião. Temos que mostrar-lhes que eles são os responsáveis pela desgraça do país porque, coitadinhos, passaram por uma escola fascista, sem rigor, sem objectivos e sem qualquer mérito a assinalar, sob risco de aceitarmos que o discurso de ruptura brutal com o pré-Abril é, na realidade, uma continuação da propaganda típica de regimes pré-Abril (mas do lado dos bons).

Sou produto da instrução fascista. Um pesadelo que me persegue e perseguirá. Sou mesmo pré-RGA. Em que o pessoal reunia, discutia e decidia: Malta, vamos passar. E passavam. Durão Barroso, ao que saiba, ainda beneficiou de tal sistema de ensino: uma licenciatura democrática e popular, decidida inter pares.
Nos tempos que correm, por exemplo, para um doutoramento já se exige a frequência sindical.
É vulgar ouvir-se: Como vai o teu filho? Vai bem. Está no sindicato para sair professor doutor.
Um ensino de excelência, pois tais criaturas após os anos de sacrifício, começam a frequentar os locais da esquerda caviar – em confraternização com a direita peluche – onde faz leituras do futuro colectivo e assina manifestos enquanto lhes é reconhecido o nível de ensino, pela interpelação do empregado: Vossa excelência, que bebe?
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tá tudo explicado estes gajos que hoje governam não estudaram compraram os cursos e os cursos deles são fraquinhos pronto por isso só sabem diminuir nunca aprenderem a soma algebrica
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Por isso vou votar Durão para candidato a regente de Portugal.
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Durão Barroso confunde e generaliza os casos Relvas, ou até mesmo o de Sócrates, com o ensino em Portugal do pós-25 de Abril.
Vive assaltado por essa fantasia burocrática tecida à volta da excelência. Se reparar, no parágrafo citado, com 5 estreitas linhas, teve de lá meter por 2 x ‘excelência’…
Parafraseando José Cardoso Pires mais parece um ‘dinossauro excelentíssimo’.
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JDGF, o teu canudo é de antes o depois do 25/4?
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Antes! Fez-se de maneira escorreita, sem equivalências, i. e., dentro da ‘normalidade’ vigente (na época).
Mas confesso que não vivi dentro de nenhuma ‘excelência’.
E, já agora, depois de o obter nunca enveredei pela profissão de vendedor de banha da cobra… Ou por não possuir habilitação específica, falta de imaginação, ou por feitio (escolha a hipótese que mais gostar).
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Acho que está a ser injusto, a PPP Colégio Moderno deve ser um caso aparte.
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Em 1974 viviam fora de Portugal mais de dois milhões de portugueses.
Muitos deles regressaram.
Muitos deles já tinham estudado em Witwatersrand e noutras boas universidades.
Quando se fala do Portugal de 1974 convêm não esquecer a leva de “retornados” que retornaram e que nada tinham a ver com os estimados lusitanos que por aqui viviam.
Fizeram um bocadinho de diferença.
Isto para não falar dos militares que nunca tinham visto o mar e depois foram ver muito mar e muitas terras que nem nos mapas conseguiam encontrar.
Há muita coisa que as estatísticas nunca contarão.
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Comorrrrrrr, DURÃO BARROSO?
.
mais deixem me la ver…Este sujeito nao era aquele que advocavs por uma revolucao cultural com livro vrrmelho incluido?
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A propósito do eduquês que pagamos, e porque considero o assunto da maior gravidade, não quis deixar de reproduzir e comentar o que segue, apesar de não ser recente:
“A Associação de Professores de Português considera um retrocesso voltar à leitura de Eça”
Não quis perceber à primeira o que acabaram de ler. Reli e não quis acreditar. Não pode ser! Infelizmente é verdade e com tristeza e indignação rejeito liminarmente o grosseiro atentado à nossa língua, à nossa literatura e ao nosso País. Não creio que exagere ao dizer que estamos perante um acto de traição.
A ignorância, a estupidez, a tacanha limitação de espírito que uma tal “consideração” revela, obriga-nos a exigir a extinção dessa associação de malfeitores da Literatura Portuguesa.
Espero que os verdadeiros Professores de Português, os quais estou certo se indignaram pelo menos tanto como eu, sendo como são a esmagadora maioria que ensina o Português,-aliás a totalidade, dado que os outros ensinam coisa diferente – manifeste a sua repulsa perante este inqualificável atentado.
O Ministro da Educação não pode permitir que esta gente continue a dar aulas, poluindo as cabeças dos jovens incautos com estas criminosas alarvidades. A propósito, já implodiu o Ministério, conforme em tempos propunha ? É que me parece que tinha toda a razão. Aquilo é tudo farinha do mesmo saco…
Que representatividade pode ter uma tal “associação” ?. A credibilidade do ensino exige a urgente denúncia desta vergonha.
A enormidade produzida é de tal ordem que chego a recear pela sustentabilidade do ensino de Camões, por maioria de razão um ainda maior retrocesso ! Mas pode ser que o exílio a que foi sujeito o salve da revolução kultural….
Ao contrário do que estes pobres de espírito imaginam, o Saramago que idolatram, não passa de um anão irrelevante. Só ganhou o Nobel por ser comuna e a mulher mexer-se bem naquele ambiente esquerdófilo Norueguês.
Se os ingénuos Noruegueses soubessem falar português, suicidavam-se.
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