um panelazo argentino tinha-nos feito muito bem
José Sócrates diz que só chamou o FMI em 2011 por esmero prudencial, não tendo havido razões de emergência para isso. Poucos dias depois, o seu ministro das finanças, Teixeira dos Santos, não se coibiu de dizer que a situação financeira do país é hoje muito mais grave do que quando ele se precipitou, à revelia do chefe, a chamar o FMI para pagar as contas do mês seguinte. Por sua vez, o bom povo português, pelo que nos dizem as sondagens, prepara-se para devolver o poder a um Partido Socialista que mantém a versão socrática dos acontecimentos que nos conduziram à bancarrota e à pobreza, como se esta não fosse uma consequência daquela. No fim de tudo isto, ultrapassada a terceira falência democrática do país, arriscamo-nos a não ter aprendido nada. Não há dúvida que dois ou três meses de panelazo nos tinham feito muito bem.

É como sempre digo:
Cada Povo tem os governantes que merece… E há Povos que nem se governam nem se deixam governar…
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Como sempre os Portugueses repetem o que houvem sem pensarem no que dizem.
Desde sempre os Portugueses anseiam por se deixar governar.
Querem um Pai ou Tio. De preferência rico.
E por terem tão baixo preço é que apanham com as abencerragens que tiveram até hoje.
E vão apanhar mais.
Aliás o Socialismo é a ideologia que permite repetir sempre os mesmos erros mantendo a superioridade moral.
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“Aliás o Socialismo é a ideologia que permite repetir sempre os mesmos erros mantendo a superioridade moral.” Os meus parabéns pela sua definição, tão verdadeira quanto sucinta.
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O bom povo português,no qual me incluo,não imaginava,em 2011,que o partido socialista voltasse tão depressa ao poder e não está já porque o PR o tem evitado! Dois meses depois das eleições que apearam sócrates,já eu comentava que passos coelho ia ser o coveiro do psd.Infelizmente,não me enganei.Quarente anos depois,vou inverter o meu sentido de voto para ajudar ao derrube de quem criou filhos e enteados.
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O que disse Sócrates em 6/04/2014:
“Como sempre disse aos portugueses, a rejeição do Programa de Estabilidade e Crescimento na Assembleia da República, no dia 23 de Março, agravou de forma dramática a situação financeira do nosso País.”
Era dramático mas não urgente, logo prudencial…
Este tipo de convivência branda com a mentira e a prestidigitação faz de meio espectro político nacional uma cambada de mamíferos sem coluna vertebral.
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correcção: 6/04/2011
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Exmo. Senhor, infelizmente talvez tenha razão. Costuma dizer-se; só os burros é que não mudam.
Há 3 anos fui a um concerto do Micael Carreira no Algarve. Conheci um casal com os seus 63 anos. Conversa puxa conversa e a dada altura disseram-me que tinham ido a Cuba duas vezes fazer operação ás cataratas com tudo pago pela Câmara Municipal, cujo Presidente é do PSD. Eu perguntei, então o Presidente vai ter o seu voto? Nunca, socialista até morrer!
Gente pobre e mal agradecida. O Socialista anterior nada lhe deu mas reconhece o seu Não.
Cumps.
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Pois é, os pobrezinhos costumam ser assim. Por outro lado, têm o direito de votar em quem bem entendem. O problema é gastar-se o dinheiro dos impostos, em princípio destinado a financiar a provisão de bens públicos, a subsidiar o consumo individual deste ou daquele bem.
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maria ferreira,essa gente, provou que não muda de convicçoes por causa de cataratas.quem pagou não foi o presidente da camara mas todos os portugueses.
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Com que então quem paga as operações é o Presidente da Câmara… Muito bem. É que eu sempre pensei que fossem as transferências do Estado para as Autarquias que as pagassem.
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Isso é o que eu penso há muito tempo. O zé povinho só acorda quando um dia chegar ao fim do mês e o ordenado não for depositado na conta. Enquanto isso não acontecer vai barafustando contra a austeridade e votando em quem lhe oferecer o bacalhau a pataco.
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“O zé povinho só acorda quando um dia chegar ao fim do mês e o ordenado não for depositado na conta.”
– 425 mil já acordaram. Azar.
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E? Azar de quem?
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Não sei porque raio me lembrei de Portas a propósito de panelazo. No entanto, e já que está lembrado, regurgitou-me também a memória em relação ao seu tempo no Independente em que “jurava” que não sairia do jornal enquanto não vendesse nem que fosse só mais um exemplar do que o concorrente Expresso. Uma forma de se expressar, está visto, uma vez que essa alucinação passou-lhe e, apesar das juras e das conjuras, acabou na política sem cumprir aquele desejo profundo.
Esta divagação é uma forma de discorrer sobre os acontecimentos. Não fosse Sócrates e Teixeira dos Santos e dificilmente teríamos Portas de novo no governo. E não teríamos de lembrar os swaps dos submarinos, depois de tanto se ter batido contra os swaps… dos outros. 😉
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Cuidado com o que deseja. Também houve panelazo antes de Pinochet no Chile e antes de Chavez na Venezuela.
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No tema. Sobre Hamilton tão invocado cá, encontra-se isto vindo de centros academicos da america do norte:
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“Alexander Hamilton, was named Secretary of Treasury in George Washington’s cabinet, and advocated the establishment of a federal bank to be owned by private interests, and the creation of debt-money with false arguments like:
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“A national debt, if it is not excessive, will be to us a national blessing… The wisdom of the Government will be shown in never trusting itself with the use of so seducing and dangerous an expedient as issuing its own money.” Hamilton also made them believe that only the debt-money issued by private banks would be accepted in dealing abroad”
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como relatam detalhadamente aqui:
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Chapter 49 — The History of Banking
Control in the United States
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Going over to England to represent the interests of the Colonies, Franklin was asked how he accounted for the prosperous conditions prevailing in the Colonies, while poverty was rife in the motherland:
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“That is simple,” Franklin replied. “In the Colonies we issue our own money. It is called Colonial Scrip. We issue it in proper proportion to make the products pass easily from the producers to the consumers. In this manner, creating ourselves our own paper money, we control its purchasing power, and we have no interest to pay to no one.”
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The English bankers, being informed of that, had a law passed by the British Parliament prohibiting the Colonies from issuing their own money, and ordering them to use only the gold or silver debt-money that was provided in insufficient quantity by the English bankers. The circulating medium of exchange was thus reduced by half.
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“In one year,” Franklin stated, “the conditions were so reversed that the era of prosperity ended, and a depression set in, to such an extent that the streets of the Colonies were filled with unemployed.”
Then the Revolutionary War was launched against England, and was followed by the Declaration of Independence in 1776. History textbooks erroneously teach that it was the tax on tea that triggered the American Revolution. But Franklin clearly stated:
“The Colonies would gladly have borne the little tax on tea and other matters, had it not been the poverty caused by the bad influence of the English bankers on the Parliament: which has caused in the Colonies hatred of England, and the Revolutionary War.”
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Automobile manufacturer Henry Ford said:
“If the people of the nation understood our banking and monetary system, I believe there would be a revolution before tomorrow morning.”
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http://www.michaeljournal.org/plenty49.htm
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Apenas reproduzo.
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O resto é com quem lê. Em especial economistas, fiscalistas e financistas que o invocam ou não, com ou sem Fés, aludindo-se de esquerdas ou direitas, democratas ou ditatoriais ou corporativistas.
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Acho que os portugueses e as portuguesas deviam ler este documento com atenção, e depois meditarem muito profundamente sobre aquilo que lá está escrito. Para saberem bem onde é que estamos metidos, e quem é que lá nos meteu.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas_publicas/detalhe/2014_04_22_os_10_riscos_que_portugal_enfrenta_segundo_o_fmi.html#.U1d8Pz40HWo.facebook
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Não podia concordar mais.
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O outro governo esteve em risco de não pagar salários e pensões. Este governo não paga parte dos salários e pensões.
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ou seja,este governo é muito pior,que os socialistas.eu sou um ex-militante dp psd que vou votar ps.mais nada
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Ou seja? Vai dar tudo ao mesmo, certo? Não receber ou receber um pouco menos… é, portanto, a mesma coisa…
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Um pouco menos?
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Sim… é um pouco menos… ou prefere não receber nada? Se realmente prefere não receber de todo é fácil… devolva o salário que recebe todos os meses para que seja distribuído pelos que estão desempregados… e pronto.. problema resolvido.
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Diga as coisas como deve ser em vez de andar aqui a gozar com os pobres. É que não é entre um pouco menos e nada. É entre muito menos e nada.
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Você é burro ou quer re-escrever a história? Qual era a CES dos PEC? sabe qual a conjuntura que precede esta legislatura?
Claro que sabe mas se anima da hipocrisia militante de quem finge que o MAL começou em Julho de 2011 e nenhum problema havia antes… Você é um idiota!
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É a política dos tachos. Os nabos aparecem na miséria do caldo lusitano, seja na panela ou tacho.
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rui a. diz o ditado: todo o burro come a palha o que é preciso saber da-la.a narrativa da bancarrota já está a ficar com menos paginas e menos leitores,mas ainda há alguns resistentes! o socrates que sucedeu a santana lopes, e passou o pais de um deficite de 6.8% a 2.7% é o mesmo que num governo de minoria(ninguem nele quiz entrar) se confrontou com uma crise internacional que hoje ninguem de boa fé consegue negar.Lembram-se de ouvir manuela ferreira leite dizer que era uma “crisezinha”? socrates teve que assumir como pública uma divida privada que era o dobro da do estado.e´esta divida que Não estamos a pagar, pois o deficite agravou-se atingindo hoje os 130%.os juros estão a baixar para todos os paises resgatados,graças as palavras de mario dragui quando disse aos especuladores que o euro será defendido.não é por merito de passos coelho.o que ninguem nega, é que a europa depois da grecia não queria ver outro pais pedir resgaste e por isso participou na elaboraçao do pec 4.quem puxou as orelhas a passos coelho? não foi a merkel? perante esta realidade se hoje estamos mais pobres,não foi por culpa de socrates mas porque temos um pm que mentiu despoduradamente antes das eleiçoes (até no desconhecimento do pec 4 lembram-se?) a governar e a tomar medidas que vão alem da troika com as consequencias que todos conhecemos.por ultimo. o ps não é socialista,mas social democrata (se o fosse estava noutra internacional) o o psd pela sua politica hoje não é liberal mas ultraliberal e faz parte do partido popular europeu que governa a europa da forma que conhecemos. rui a mais rigor intelectual não faz mal a ninguem que viva os problemas deste pais de boa fé. tudo o que aqui digo é factual e como tal facilmente comprovavel.
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O que faltou foi cumprir o boato de mete-los todos no
Campo Pequeno e fazer a separação com rigor!
Talvez, o “descambar” não fosse tão grande e, a rouba-
lheira que se vê nos nossos dias!
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Ex. Dª Amélia.
Como se costuma dizer: Não é difícil ver uma miragem… Difícil é fazer com que as outras pessoas a vejam!
Ou seja? Os anteriores governantes pagaram!
Esteve em risco o pagamento? talvez…
Mas, dizer que os anteriores governantes não pagaram, é uma miragem muitas vezes repetida que faz parte da “narrativa” que nos querem impingir para que a gente a veja também.
Os atuais governantes não pagam parte dos salários e pensões. É factual.
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Factual, pois não pagam agora porque não podem. Ou acha que é correcto e lógico (como se fazia antes) pagar salários e pensões com dinheiro pedido emprestado ao exterior? Acha que é lógico aumentar os salários dos FP em 2,8% antes de eleições, com dinheiro pedido emprestado ao exterior?
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Ex. Senhor Vítor:
Espero que o argumento “não pagam agora porque não podem” se aplique a todos os credores. O que o governo aplicou aos reformados foi uma reestruturação da dívida que com eles tinha, e que consistiu em linguagem económica num “haircut”. É de salientar que a dívida para com os reformados (credores) foi livremente assumida pelo Estado e imposto coercivamente aos contribuintes nos termos que o Estado escolheu. Ao contrário de outros credores que só o são porque escolheram ser, mediante negociação. Sr. Vítor… O ”haircut” quando nasce deve ser para todos.
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Caro Senhor Atom,
Confesso que não compreendo o seu argumento. Talvez porque para mim Estado (todos nós) e Governo (os eleitos por nós), são “coisas” totalmente diferentes. No entanto e se bem entendi as suas palavras, quem emprestou o dinheiro também deveria ser responsabilizado pela irresponsabilidade de quem pediu emprestado, porque, como diz, quem emprestou só o fez porque o quiz fazer.
Até posso – no limite – concordar com essa tal vontade de emprestar. Só que infelizmente as coisas/factos não são assim, e esse é que é o problema. Vejamos:
1. O Governo (apesar de saber não ter o dinheiro) decide aumentar pensionistas e FP. Porquê? Porque quer ganhar eleições. Vai daí, o “povinho” vota nos almoços grátis.
2. O Governo (em nome do Estado) pede dinheiro emprestado ao exterior para pagar as promessas eleitorais.
3. Só que esses pagamentos não são pontuais, mas sim mensais. Logo, de X em X tempo, há que pedir mais dinheiro emprestado. É bom de ver qual será o resultado ao fim de certo tempo. Isto é, qual o resultado para o Estado em função do comportamento do Governo.
E perante pensões e vencimentos, também posso falar de outros “ditos investimentos estruturais”. Exemplos: estádios do 2004; aeroporto de Beja; etc., etc. Vai tudo dar no mesmo. Fazer FLORES e FLOREADOS com o dinheiro que não tinhamos nem temos.
Mas o que mais me preocupa, é que pelos vistos nada aprendemos. Na verdade, os pensionistas e FP deveriam ter estado sem receber durante 2 ou 3 meses em 2011. Talvez assim todos tivessemos aprendido uma lição. Mas pelos vistos, continuamos todos a querer os mesmos almoções grátis. E pelo “andar da carruagem”, ainda teremos mais um resgate. Confesso que é obra. 3 intervenções do FMI em menos de 40 anos, e continuamos a pensar e agir da mesma forma.
Racionalmente, para podermos resolver um problema, a primeira coisa a fazer é identificar as origens do mesmo. E as origens, é vivermos enquanto país acima das nossas possibilidades à muitos e longos anos.
Repare que o “haircut” é algo muito sério para ser utilizado de forma “solução para todos os males”.
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Ex. Senhor Vítor:
Em primeiro lugar o argumento “não pagam agora porque não podem” é seu e não meu.
Em segundo lugar, comecei a descontar para a segurança social no seu início, nos longincos anos de 50 do passado século e nas condições que o governo da altura determinou.
Em terceiro lugar, não sei de que aumento á função pública está a falar. Já conheci muitos governos, e não sei exatamente de qual aumento está a falar.
Em quarto lugar devo informar que não fui funcionário público.
Em quinto lugar, se os meus descontos não serviram para a constituição de uma reforma segundo foi contratado pelo governo nas condições que o governo achou apropriado então para que serviram. Será que foram um imposto?
Em sexto lugar, quando eu comecei a descontar não haviam pensionistas do sistema contributivo com pensões para pagar, já que eu fui um dos primeiros portugueses a entrar no sistema contributivo. Assim a segurança social não tinha contribuições a pagar no primeiro ano da vigência do sistema. Passados dez anos, na década de 60 do passado século só poderiam existir reformados do regime contributivo com reformas de dez anos.
Passados vinte anos só haveria reformados com pensões de 20 anos. Etc, etc,etc.
Fica uma pergunta a fazer… Para onde foi esse dinheiro?
O dinheiro que entreguei aos sucessivos governos compulsivamente tornaram-me credor de um retorno tão legítimo como o dos credores internacionais dos investidores em títulos do tesouro ou dos credores das PPP’s.
Sendo assim, e aceitando como legítimo o seu argumento “não pagam agora porque não podem” reafirmo que o “haircut” devia ser para todos e não só para mim.
Aproveito para lhe desejar um feliz feriado
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Peço imensa desculpa por um erro indisculpável. Onde está longincos devia estar longínquos.
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Exmo Sr. Atom,
Concordo com todos os seus argumentos, e respeito o que pensa. Só que a minha análise e posição é geral e não individual. Esse sim, é o problema. Vejamos:
1. Quando digo “não pagam porque não podem”, é exactamente isso. Neste momento, não há dinheiro para pagar as pensões existentes aos níveis de alguns anos atrás.
2. O problema (como sabe), nem reside no regime contributivo dos privados, mas sim, na caixa geral de aposentações. Só que, como também sabe, o Tribunal Constitucional “obrigou” a cortar para todos e não só para alguns.
3. Como exemplo de eleições, posso indicar as últimas ganhas pelo PS.
4. O regime em Portugal é e sempre foi contributivo, e não de capitalização. Portanto, desde sempre que as pensões pagas no mês X provêm das contribuições do mesmo mês.
5. Que aconteceu a tanto dinheiro? Não sei, mas se calhar o mesmo que aconteceu às toneladas de ouro existentes em Portugal em 1974.
No fundo, decisões políticas internas, sem pensar que existe um amanhã. E para quê? Ganhar umas eleições.
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