Deixem de ser hipócritas: vocês querem aumento de impostos
Ontem houve algumas reacções a quente à nova subida de impostos. Como todas as reacções a quente, não expressam a história toda, só o ângulo mais notório.
As pessoas querem mesmo aumento de impostos, essa é a realidade. Talvez não todas as pessoas mas as que têm acesso a greves, marchas, protestos e indignação diária com destaque mediático. É o lobby do reumático, dos que têm emprego que, apesar da falência, nunca vai à falência: funcionários públicos, pensionistas, subsidiados e pendurados. É muita gente; é uma ampla maioria. É esta gente, as crias do monstro, que define a maioria parlamentar.
Não é preciso outro 25 de Abril: este está de perfeita saúde. O Atlas continua a encolher em perfeita sintonia com o desejo suicida de um povo cuja noção de democracia é clamorosamente oportunista; cuja noção de solidariedade consiste em esmifrar a formiga, seja alemã, seja a dona do talho do bairro.
Na realidade nem estou zangado com o governo. Limitou-se a ser um governo português, bonzinho, dos que desde sempre tomam conta dos seus em detrimento dos que têm a ousadia de abrir um quiosque.
O mais giro é este aumento transitório de IVA, com duas casas decimais, denotando uma insignificância que, decerto, até será real perante as verdadeiras necessidades de financiamento do monstro, com as suas reposições salariais que farão o bicho atingir os 25% mais cedo do que tarde.
Todos a bordo: não se avista terra firme. Preparados para navegação às cegas com a cereja no topo do bolo de uma “saída limpa”?

Agora que descobri que faço parte do lobi do reumático e que estou no grupo dos pendurados, vou disparar a minha visão da coisa.
Constou-me que estamos numa crise brutal porque o pais se endividou até mais não. Isto resultou de atirar com dinheiro para suposto investimento que afinal é só despesa que não reproduz nada, entre estradas desertas e subsídios para não fazer nada.
Quem ficou com o dinheiro dos empréstimos?
Depois veio a resolução, e como era de uma aflição que estávamos a tratar a solução passou por tirar 1/4 do salário dos funcionários do Estado, sem anestesia. Disse o ministro Gaspar que era durante o período de assistência que está por semanas.
Agora veio o DEO e diz que de todos os cortes e congelamento de progressões, vai ser reposto 20% do corte principal (ou seja, 2,4% do corte).
Não é aumento, é 1/5 da redução do corte, que pelo que li está associada à recuperação e à redução do número de funcionários que já vai em mais de 10%
Mas mesmo assim o Vitor e muitos outros (imagino que sejam os que se autointitulam os não pendurados) estão indignados. Nisso pelo menos estamos de acordo, eu também queria a reforma do Estado (escolher o que faz e o que nao faz) e a devolução imediata dos cortes e das expectativas de evolução dos que se esforçaram sempre, mesmo quando estavam a ser vilipendiados.
Em resumo, e sem hipocrisias, eu prefiro um aumento de impostos para todos do que um corte no salário para os funcionários públicos, a menos que alguém me prove que a crise foi causada por empréstimos feitos para pagar os meus salários.
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Os salários do “lobbi” da FP foram aumentados bem acima da nossa produtividade funcionando como “moeda de compra” de votos, que os governantes necessitam para obter o poder. Como este tipo de politica só podia correr mal, é natural que agora sofram mais que os outros comuns mortais. Mas a tendência é para voltar ao mesmo dentro de alguns anos, até á próxima falência.
Rui Silva
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Mas quais salários?
Estou farto de ouvir essa conversa e o que sei é que os meus colegas de curso tiveram quase todos progressões iguais ou superiores, e na altura diziam-me que era o custo que eu tinha de suportar por não ter corrido o risco da atividade privada.
Agora o risco correu mal, mas é essa a consequência.
Não me venham é querer igualdade agora, tivessem pensado nisso mais cedo.
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“Entre 1999 e 2008 o crescimento acumulado das remunerações por empregado no sector publico foi de 58% contra 35,3% no sector privado.”
(Cf. “Public Wages in the Euro Area”, Occasional Paper n° 112 / June 2010, ECB)
in BENTO Vitor ; “O Nó cego da Economia” ; bnomics ; 2011
Isto para além do menor risco, garantia de emprego, menos tempo de trabalho, mais regalias sociais, menores cotizações, etc, etc…
Mas ninguém diz que cada funcionário publico não mereceu o que ganhou. O que se diz é que os FP beneficiaram do despesismo do Estado durante muitos anos pelo que é perfeitamente normal, e até justo, que agora que o Estado tem de por as contas em ordem, que o esforço pedido aos FP seja maior do que aquele que é pedido aos privados.
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Fernando
Tenho visto esses números um pouco por todo o lado, e como não conheço tudo não posso rebater em pormenor.
Agora uma coisa posso afirmar, entre 1999 e 2008 um crescimento de 58% é absolutamente aldrabado, a não ser que no primeiro número tenham retirado umas centenas de milhar de pessoas (por exemplo as de recibos verdes), e no segundo tenham somado outras tantas ( por exemplo os das empresas e institutos publicos).
Para se comparar o mínimo é partir da mesma base de incidência.
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Os aumentos anuais formatados abaixo da inflação com a exceçao de uma ano eleitoral, e nesse o ganho foi de 1%, inferior à perda do ano anterior.
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Outro problema desta comparação é o que chamam de remuneração da atividade privada. Se me derem um BMW de serviço para uso particular, telemóvel, computador, cartão de despesas, ajudas de custo, etc, em abdico nas calmas de 20% do salário, e ainda ganho no IRS.
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Só para terminar, o Passos Coelho recebe menos que um diretor coordenador bancário. Acha normal?
Se a sua ideia é comparar-nos com as empresas falidas, então faltam-me argumentos. Mas antes que diga mais algumas generalidades, deixo-lhe desde já a informação que na minha empresa o saldo final anual é positivo há mais de 30 anos, todos os anos, e nenhum lucro foi alguma vez distribuído pelos trabalhadores, acabou sempre investido ou entregue ao Estado.
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Churchill,
Naturalmente, não me posso pronunciar sobre situações pessoais especificas.
Agora, que durante o periodo das “vacas gordas” as remunerações da função publica cresceram mais do que a maior parte das categorias equivalentes do sector privado, é um dado objectivo, confirmado por todas as abordagens estatisticas sérias, e que também corresponde à percepção da generalidade das pessoas.
Acho bem que um Primeiro Ministro tenha uma remuneração compativel com o cargo que desempenha. Isto é, suficientemente elevada.
Eu não concordo em nada com a demagogia populista que abunda à esquerda e à direita e que quereria que as remunerações e as regalias dos politicos e dos altos funcionarios da administração e das empresas publicas fossem drasticamente reduzidas. O caso de Portugal não é escandalozo quando comparado com outros paises. O nosso problema de finanças publicas, que é real e grave, não vem daqui nem se resolve por aqui. Declaração de interesse : não sou nem politico nem empregado do sector publico.
Se na sua empresa, publica pelo que percebo, é como diz, acho muito bem, continuem assim, deveria ser assim em todas as empresas publicas (que não se justifique privatizar). Dito isto, o facto de uma empresa publica ter lucro e de esse lucro ser normalmente investido ou entregue ao Estado, não significa necessáriamente que os seus trabalhadores não sejam “generosamente” pagos e previligiados. No fim de contas, o lucro é apenas o que fica depois de retirados todos os custos, incluindo os salariais. Não digo que seja o caso da sua empresa mas foi o caso em muitas.
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Fernando
No tempo das vacas gordas, como lhe chama, o Estado aumentou mais que algumas empresas (as que estavam em pré falência e as dos industriais que queriam Ferrari) e menos que outras (EDP, PT, bancos, seguros, telecomunicações, autoeuropa, Construtoras de autoestradas, etc.).
Haverá para todos os gostos.
A treta destes indicadores de macroeconomia que juntam tudo no mesmo saco são uma aldrabice pegada. Não pode fazer a media entre juízes e varredores da junta de freguesia.
Muitas vezes ouço que os quadros técnicos recebem mais no privado, enquanto administrativos e auxiliares no publico. Nem disso tenho provas consistentes.
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Churchill,
Os numeros apenas valem quando dão jeito, não é ? Senão são “aldrabice” e “treta”…
Mas mesmo ao nivel da percepção comum, toda a gente sabe que no tempo das vacas gordas muitos deixavam o privado para se acomodarem no publico mas o contrario era rarissimo. Ainda hoje, apesar dos cortes e de todas as queixas, são poucos os funcionarios que estão dispostos a trocar o Estado pelo privado.
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Fernando
Está outra vez enganado, muitos funcionários do publico iam de bom grado para o privado. O problema está em que o privado nacional só sabe viver da mama do Estado e não investe nada, a menos que todos os riscos sejam à partida assumidos pelo papá.
Os médicos assim que tiveram oportunidade saltaram em força.
Se as escolas passassem a estar governadas pelo cheque ensino, em vez da ditadura soviética do ministério da educação, havia de ver o que acontecia!
O mesmo se passaria com muitos outros setores.
Pois a discussão com números pode ser macro ou micro. O que eu sei é que no Estado tem funcionários que não tiveram corte nenhum e outros que levaram 12%. A média dá muito jeito para os de baixo, mas estatisticamente não faz nenhum sentido.
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Churchill,
O que escreve aqui em cima confirma que, com algumas excepções, a esmagadora maioria dos funcionarios preferiu (e, pelos vistos, mesmo com os cortes, ainda prefere) ficar no Estado e não arriscar a ir para o privado. Como parto sempre do principio de que as pessoas não são estupidas, é porque devem ter boas razões para isso.
Claro que, se no futuro o Estado deixasse de ser tão conveniente, e se em paralelo, e também graças a isso, o privado fosse investindo e criando mais empregos e estes fossem melhor remunerados do que até agora, então é natural e logico que algo mudasse e que muitos preferissem o privado ao Estado. O caso do privado com cheque ensino que refere é um bom exemplo do que poderia acontecer com uma boa reforma liberal do sistema educativo.
Efectivamente,os cortes não foram para todos e foram fortemente progressivos para os restantes. O Primeiro Ministro fez recentemente referencia a este desequilibrio, que tende a desincentivar os funcionarios mais qualificados e eficientes, e indicou que a nova tabela de remunerações a introduzir deveria corrigir esta anomalia que foi ditada pela emergencia financeira e pela vontade de não atingir as categorias de rendimentos mais baixos. Acho bem que se corrija.
Dito isto, que é sabido quando se fala em médias, uma média é sempre uma média e faz todo o sentido quando se fala em … médias !…
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Eu prefiro que os “foncionários” levem o merecido corte. Se estão mal. mudem-se, abram um quiosque, um talho ou uma capelista e façam pela vida.
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Devem então tornar-se «pró-vigaristas encartados» como indica o nível de fraude fiscal da economia privada?…
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Só a expressão “fraude fiscal” é uma invenção do tubarão gordo estatal, criada para justificar o sugar de recursos de quem verdadeiramente trabalha, inova e se esforça.
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Ah, então o Churchill é o típico “servidor imposto ao público”. Aquele que reclama do emprego, mas não muda. De emprego, obviamente. É representativo do funcionário público consciente dos direitos próprios e das obrigações dos outros.
Esquece-se que o salário dele é conseguido por imposição. Quase se pode considerar que é obtido sob coacção. Enquanto o privado sobrevive sob a ditadura do consumidor. Excepto os “monopólios naturais”, resultantes de “heranças estatais” e beneficiando de privilegiantes leis protectoras – empresas com “Estado a mais“…
Considerar como anormalidade o “baixo” salário dos políticos, é concluir como os nórdicos estão errados e os italianos certos. Que a maior corrupção coincide com os políticos mais bem pagos da UE.
Churchill não é criatura isolada, mas representativo de uma casta que, tal como uma aristocracia, se entende com direito a alforria.
Se houve entidade que faliu, foi o Estado. Na empresa privada a falência tem custos para os trabalhadores, mesmo que a responsabilidade seja exclusiva da má administração; no Estado, entende-se que os custos não devem afectar os trabalhadores, mas os accionistas. No caso: os contribuintes.
E ainda se exemplifica com a empresa pública que dá lucro. Como deve ter o monopólio de qualquer burocracia com necessidade forjada, pode ter o lucro que entender: basta aumentar os custos dos “serviços” que o público é OBRIGADO a utilizar.
Tal como no passado, povos se revoltaram contra o opressão fiscal, talvez a fuga aos impostos, seja a única e patriótica atitude a ter.
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Como é que o Tacio sabe que não mudei?
No Estado há centenas de funções diferentes.
Estou consciente dos meus direitos e deveres, e não lhe admito nem a nenhum outro paspalhão que coloque em duvida a minha dedicação.
Salário por imposição?? Mas que raio de merda é esta? Eu trabalho. Sou pago pelo que faço
Casta! Não creio. Mas também não duvido que fui dos melhores alunos no meu curso, que no concurso sem cunhas fui seleccionado por ser o melhor candidato. Muitos concorreram comigo e perderam.
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O seu curso não interessa para nada a não ser para si, se nada oferecer aos outros.
Com o défice a 12% em relação ao PIB no fim do Governo Sócrates
– fora o que ficou escondido pela falcatrua da compras das empresas publicas ao estado –
Quer dizer que o défice em relação ao Orçamento é de 24%, uma vez que o Orçamento gasta cerca de 50% do valor do PIB.
Ou seja 1/4 do salário da Função Publica foi endividamento. Mais de 4 meses de ordenados em 14.
É claro que isto não tem em consideração quem faz coisas úteis dentro da Função Publica que outros pagariam mesmo que não fossem forçados pela violência do Estado.
Eu conheço quem tenha empresas e que viu o seu ordenado reduzido para menos de metade em 3 anos.
Esses não têm o poder político do Churchill para forçar pela violência os outros a pagar.
Tiveram de mudar.
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Oh diabo, que afinal o Churchill declara-se funcionário público “porcelana”: “quebra” quando se depara com um paspalhão.
Vamos então “paspalhar” a coisa:
“Como é que o Tacio sabe que não mudei?
No Estado há centenas de funções diferentes” – ora porra, ó Churchill, então o patrão não é mesmo? E os accionistas, também.
“Estou consciente dos meus direitos e deveres, e não lhe admito nem a nenhum outro paspalhão que coloque em duvida a minha dedicação” – ó Churchill, vou passar a um exemplo foleiro-paspalho: uma puta pode ser consciente dos seus direitos e deveres tendo a maior dedicação à profissão, MAS DEPENDE DA VONTADE DOS CLIENTES. Que saiba, mesmo que não utilize serviços públicos, sou obrigado a pagá-los na totalidade. O equivalente à prostituição ser institucionalizada.
“Salário por imposição?? Mas que raio de merda é esta? Eu trabalho. Sou pago pelo que faço” – Retorno à estória anterior: desconheço o que faz; desconheço se me interessa o que faz. só sei que sou OBRIGADO a pagar pelo que faz.
“Casta! Não creio. Mas também não duvido que fui dos melhores alunos no meu curso, que no concurso sem cunhas fui seleccionado por ser o melhor candidato. Muitos concorreram comigo e perderam” – Parabéns por ser o Cristiano Ronaldo do funcionalismo público. E a diferença está no Cristiano Ronaldo não ser o “melhor funcionário público do Mundo”, mas o melhor jogador; eu, que nunca fui ao futebol, não contribuo para o principesco salário da criatura.
O que não sucede consigo.
PS. se lhe fosse possível, agradecia a informação do que faz e onde. Já que pago, sempre lhe podia encontrar alguma utilidade.
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Tantos disparates que se dizem por aqui deveriam pagar imposto. Aliviava-nos bastante, como atuais pagadores. 😉
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Tárcio
Você costuma pagar a água mesmo que não a use?
Na minha aldeia só pago a esse serviço público aquilo que consumo.
O mesmo com os esgotos, o lixo, as análises ao sangue, o cartão do cidadão, etc.
Ou seja, os seus impostos são para pagar muitas funções públicas, provavelmente como a educação, saúde, justiça e segurança da sua familia. Se calhar não tem familia e também está revoltado com isso, paciencia!
Mas não é dos seus impostos que paga tudo a todos os funcionários públicos. Percebeu ou quer um desenho?
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Lucklucky
Se o defice era 12% deve-se com certeza ao dinheiro que o Sócrates pediu emprestado para enfiar “na economia”, ou seja, para financiar os privados.
Não foi para os funcionários públicos, nem 1/4 nem nada que se pareça com isso.
Eu também conheço quem tenha empresas que reduziram o salário e outras que faliram de todo, como imagina vivo por cá e tenho familiares e amigos.
Mas isso diz-me muito pouco, lamento.
Se me disser que o Estado já não tem clientes para os hospitais, escolas, tribunais, lojas de cidadão, etc., então podemos comparar com serviços privados. Até lá se a conversa é organizar para fazer o mesmo com menos meios eu também concordo, mas para isso era preciso tomates que é coisa que já vi anunciar muitas vezes mas aplicar muito poucas.
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“Entre 1999 e 2008 o crescimento acumulado das remunerações por empregado no sector publico foi de 58% contra 35,3% no sector privado.”
(Cf. “Public Wages in the Euro Area”, Occasional Paper n° 112 / June 2010, ECB)
in BENTO Vitor ; “O Nó cego da Economia” ; bnomics ; 2011
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Churchill,
confesso: você esmaga-me. É o que tem esta coisa das redes sociais: sem mais nem menos, deparamos com criaturas inesquecíveis. O seu caso. E conhecimentos… com mil raios homem (acho que é homem e heterossexual, mas se for LBGT, é igual ao litro), você é pessoa cheia disso, de conhecimentos. E, além disso, desenha.
Mas indo ao assunto: pago. Refiro-me à água. E sem a consumir. Mesmo que opte por pôr Sumol no autoclismo e lavar-me com Aveleda, tenho que pagar o mínimo.
Mas a sério: gostei de saber que os impostos, afinal, são para pagar uma catrefada de coisas. Quem diria?
Mas desta vez vou mesmo ao assunto: Pago demais. E incluo-o a si, que se queixa por ganhar pouco. Ainda por cima, sendo o melhor do curso.
Mesmo que você não faça ponta de um corno, tenho que o pagar. Sem alternativa. Quando o senhor João, o melhor engraxador que conheço, tem que ouvir a minha negativa à engraxadela: “não, senhor João, hoje não dá, tenho que pagar ao Churchill”, sinto que estou a prejudicar a economia informal (o senhor João não passa factura).
Ah, também tenho a agradecer a inclusão da família na troca de palavras. Tem razão, sou órfão global. Nisso invejo-o. Estou a vê-lo chegar a casa, e a numerosa família (com os impostos e taxas em dia)correr para os seus braços e, em coro, exultar de alegria: papá, que fizeste hoje para Portugal continuar a existir? Aí, mesmo antes de telefonar a um colega das finanças a denunciar um tipo que vende a “Cais” sem passar factura, reúne a família, e desenha…
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Concordo com VC.
A verdade está na realidade – não na ilusão.
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É certo e SEGURO que temos ainda muito para papar, mas para os que mais se queixam ainda vai dando para roupa de marca e umas ricas férias. Quando é que as cabecinhas pensadoras metem na cabeça que é preciso fazer as contas?
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Quem quer e decide aumento de impostos é o governo: Roma locuta, causa finita.
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O IRC baixou, o IVA e a TSU dos trabalhadores aumentou. Há uns atlas que encolhem mais que outros.
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IVA e TSU não aumentou. Está projectado aumentar X. Vai aumentar Y>X.
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O argumento mantém-se. Há um ano e tal queriam baixar a TSU para as empresas e aumentar para os trabalhadores. Acabarão por ter baixado o IRC para as empresas (dando um bónus às que empregam menos, em relação à medida alternativa) e aumentado o IVA e a TSU para os trabalhadores. Dizem que é dos velhos.
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O proposto aumento do IVA (maximo) e da TSU dos trabalhadores destina-se a financiar a progressiva reposição das pensões e dos vencimentos dos FP.
Mas se colateralmente servir para não agravar a fiscalidade sobre as empresas, ou até para a diminuir, bem venha.
O nosso problema de fundo é de competitividade das empresas e as prioridades devem ser o investimento e o emprego e não os rendimentos.
Efectivamente, foi pena que em 2013 não tivessem existido internamente condições politicas para um aumento “choque” da TSU dos trabalhadores e uma paralela dimiuição da fiscalidade das empresas incidindo directamente sobre o custo do trabalho.
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Não é nada disso, vá ler.
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Não é o que ?… Se tem algum argumento seria preferivel dizer qual é … em vez de ser arrogante e mal-criado !!
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O Churchill parece não saber que tanto a TSU a cargo do trabalhador, como a taxa a cargo do empregador, correspondem a custos salariais, e que, todos esses custos das empresas, têm que ser recuperados nas vendas e pagos pelos consumidores…
O quer dizer que ambas as TSU, que apenas servem para benefício dos trabalhadores, estão a cargo do empregador.
Dito isto, parece-me que se a taxa “a cargo” dos trabalhadores fosse aumentada, compensando uma descida da parte “a cargo” do empregador, as coisas ficariam mais claras e que se aceitaria como natural que caberia aos trabalhadores, em primeiro lugar, a gestão dos descontos para a segurança social, com destaque para a parte que garante o pagamento das pensões de reforma, reduzindo, nesta área, a intervenção do estado.
Com tudo isto quero dizer que se a TSU a cargo dos trabalhadores fosse aumentada, na condição dos respectivos salários também serem acrescentados do necessário para que os salários líquidos não descessem, antes pelo contrário, essa medida poderia ser uma boa medida, vantajosa mesmo.
Outros pensarão diferente.
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Muito bom. VC em alta a definir o que se passa. Nós, os outros, os dos quiosques e dos talhos (porque não queremos passar a ser alemães), não damos nem mais um tostão. Eles tiram-nos por um lado e nós tiramos pelo outro… Capice?…
Enquanto viver esta tropa de penduras não vai mais além do que já foi no assalto ao meu esforço!
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Continua a não passar facturas …que a culpa é sempre dos funcionários públicos e pensionistas; não registes na caixa que o Estado não precisa … depois pede isenção na esola e hospital que no IRC o contabilista sabe como fazer para nada pagares …
Quanto às auto-estradas não circules que foram feitas só para os funcionários utilizarem!
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Os funcionários usam auto-estradas porque podem pagar portagem?
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Está descansado que não me apanham… Já pago o meu quinhão. Mais é que não. E espero que a tua mesada acabe em breve.
Quanto às escolas, pago pelos meus e pelos dos outros, quanto aos hospitais, também. E nas auto-estradas, pago quando lá passo.
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Afinal o Eleuterio é o Bill Gates tuga, que paga tudo a todos e ainda consegue fugir aos impostos.
Ele quer que a mesada dos funcionários acabe, eu quero que os meus colegas das finanças o apanhem e lhe apliquem a devida pena.
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Churchill deves ser fake, como todo o fp ressabiado e ranhoso. Já te disse que não me apanham, porque não há para apanhar. Mas não facilito. Planeio tudo para pagar o mínimo para os penduras.
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Eis um porta-voz da máfia «legalizada» e ainda tolerada neste país de costumes e usos pró-criminosos.
O Eleutério merecia o sistema fiscal norueguês em cima de si, que ia logo ao sítio, a começar pela prisão.
Por isso trate de votar nos amigos do costume que lhe conferem esse privilégio de fuga fiscal e impunidade, que outros pagarão por eles e por si.
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Máfia Legalizada só pode ser quem usa a Violência para tirar o que é de outro.
Um bom exemplo é o John pelos vistos.
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Toda essa maltosa nórdica é extremamente desinteressante e gosta de rebanhos silenciosos. Lá só me apanham em turismo.
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A conversa por estas bandas está interessante. Desde o Churchill a “ameaçar” com os colegas das finanças… (entre “colegas” é outra coisa), a quem considere que quem não passa factura não é alemão. A esses, talvez conviesse dar um pulo à Alemanha e verificar a quantidade de “quiosques” que nem caixa registadora têm. E outros que têm, mantêm a gaveta aberta para fazer os trocos.
É que só no Portugal dos “pequeninos”, é que os “colegas” perdem tempo a perseguir os que são (por não terem sobrevivência garantida) mais frágeis do que eles. Os “colegas” alemães “batem” nos grandes e até metem na cadeia presidentes de clubes de futebol (algo impensável no Portugal dos “colegas“ pequeninos). Perseguem quem vale a pena, em termos de valores, não actuam por inveja “pequenina”.
A diferença é que os familiares dos políticos alemães se os querem acompanhar, pagam os transportes do bolso deles. E os “colegas” alemães, se querem café na repartição, pagam do bolso deles. E todo e qualquer subsídio (de viagem ao exterior, por exemplo, conta a partir da hora que o avião cruzou a fronteira) é visto e revisto ao pormenor. Porque para os “colegas” alemães, o dinheiro dos contribuintes é “sagrado”.
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Estou cheio de pena do pessoalzinho das mesadas…
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Vitória em toda a linha das políticas do PP o parceiro de coligação que se afasta como o diabo da cruz das más notícias e só aparece o Paulo Portas para dar as boas, vidé, Auto-Europa.
Para repor os cortes nas reformas chorudas, vidé influência de Bagão Félix no PP de Paulo Portas, vai-se com um aumentozinho ao IVA, o suficiente para os preços começarem a disparar e os que menos ganham vão sentir e a brigada dos 70-1 com boas reformas, chamam-lhe peanuts, já que as carteiras vão ficar mais recheadas.
O PP cedeu em toda a linha aos das reformas douradas. E ainda vão querer a baixa do Iva da restauração, depois de mais um escândalo dos sistemas informáticos que permitiam a fuga ao fisco em grande. Não há emenda.
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Maurício Brito,
Foi você que apelou ao voto nesta equipa de jovens com ideias?
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Resolvi dar uma de idiota (mais uma vez) e ler o DEO (os anexos) antes de vir para aqui estrilhar. O que vejo, seja qual for a argumentação que desvalorize o DEO (mas que valoriza as medidas nele implícitas que interessam para o efeito retórico), vejo qual o caminho que este governo diz trilhar. Vejo que a receita fiscal em peso no PIB não irá aumentar (só marginalmente em 2015 mantendo-se em 2016 e decrescendo daí em diante) e vejo a despesa (peso no PIB) a decrescer todos os anos totalizando 8,5% de redução em 2018. Vejo o saldo das administrações melhorar progressivamente até o zero em 2018. Vejo ainda um decréscimo de 10,7% para 8,5% em peso no PIB das remunerações dos FP.
Desconfiei dos pressupostos e fui ver, constatei ambição porque se usam estimativas de crescimento mais moderadas e de redução de déficit mais exigentes e vi também que o peso da dívida só começará a decrescer para o ano mas com horizonte de descida de 13,5pp em 3 anos.
Mas como não gozo da inteligência dos demais autores e comentadores não me detenho no facto de existirem desafios de manutenção e redução de despesa ao mesmo tempo que as chamadas medidas temporárias são extintas, de facto é muiiiiito relevante 0,25%+0,2%, relevantíssimo para o estrilho, estrilho esse que nos pôs a navegar à vista durante décadas e pelo visto continua a querer mais do mesmo.
Concordo com a crítica à inabilidade política deste governo, discordo confortavelmente da relevância dada a supostos aumento de impostos.
Quanto ao que li constatei mais uma vez inabilidade e incompetência na forma como a documentação é publicada com omissões e mais ainda a existência de duas rubricas que têm de 2017 para 2018 evoluções estranhas, mas que se percebe terem sido acertadas (marteladas) para o cenário global bater certo.
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Se o caso fosse somente de simples inabilidade…
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Recorrendo a uma velha (e desinteressante, é certo) máxima de que os extremos se tocam, reparei que encontro em muitos sites e Facebook críticas parecidas sobre este assunto entre o fundamentalismo liberal e o fundamentalismo de esquerda.
Para mim, nada de novo. Nem percebo porque não há bibliografia significativa sobre o assunto.
Não tive o seu cuidado quanto à leitura do DEO (nem me apetece ter) e isto não representa uma sintonia com a generalidade das suas posições. Mas é um elogio a este comentário.
Só falta saber se o governo não desdiz amanhã (passadas as eleições) o que disse agora.
Quanto ao financiamento da segurança social com uma parte vinda do IVA é uma medida que teria de ser implementada mais cedo ou mais tarde.
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Sinto-me elogiado logo agradeço. Não concordo com as medidas que estão na ordem do dia e acho que o custo administrativo (que é investimento) que estas implicam penaliza as empresas também, para além de que o efeito psicológico é notório. Para além desse berreiro o desafio é e era substituir medidas temporárias sem descambar a despesa e evitando o mais possível que os consortes do TC decidam mais uma vez em benefício próprio e com a subjectividade do círculo (a argumentação/fundamentação que utilizam tanto dá para chumbar como para não pronunciar-se). Parece-me que foi esse o fundamento final de medidas de pouca relevância orçamental e claro dano político imediato. O que sobra é um roteiro orçamental até 2018 que obriga não um mas dois orçamentos pelo menos (2015 e 2016).
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“Limitou-se a ser um governo português, bonzinho, dos que desde sempre tomam conta dos seus em detrimento dos que têm a ousadia de abrir um quiosque”
Concordo com tudo menos com este excerto do seu texto. Os gajos que abrem quiosques são iguais. Também esmifram o Estado. Quando não pagam os impostos que deviam pagar, quando não entregam os impostos que lhes são confiados, quando não passam factura e quando beneficiam do Estado social por, coitados, terem rendimentos abaixo do salário mínimo.
Quanto ao resto aplaudo de pé!
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Também não tenho nada contra os quiosques. Respeito e admiro os que com eles ganham a vida e espero que possam continuar.
Mas não nos faria mal nenhum termos um pouco menos de quiosques (maioritáriamente não transaccionáveis) e mais industria, agricultura e serviços (de preferencia transaccionáveis).
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Os Relvas pertencem ao lobby onde estão os Sócrates.
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Jorge,
“… o efeito psicologico …”
Ainda é cedo para se perceber qual seria o saldo liquido psicologico destas medidas : por um lado, descontentamento pelo aumento de impostos ; por outro lado, alivio (mesmo que disfarçado ou inconsciente) pela retoma progressiva de vencimentos e pensões.
Lembram-se do erro de apreciação que tantos fizeram quanto ao efeito psicologico do “enorme aumento de impostos” de 2013 ?…
Eu também defendo que o governo actual não deveria orientar a sua politica em função de cálculos eleitoralistas mas sim manter o rumo e o ritmo da consolidação orçamental mesmo continuando a tomar medidas impopulares. No interesse do pais. Mas também porque penso que o melhor argumento eleitoral é mostrar que o governo não é eleitoralista e está determinado em ir até ao fim. Estou convencido que um numero significativo de eleitores que actualmente engrossam os descontentes e criticos nas sondagens poderão, no momentos das legislativas, optar por um governo que mantenha e continue o trabalho de ajustamento já realizado. Portanto, não acho que o governo deva tomar certas medidas populares apenas para ganhar eleições.
Dito isto, também não sou ingénuo ou masoquista pelo que também acho que o governo não deve “procurar perder” eleições. Infelizmente, estamos numa sociedade onde os reformados e os funcionários publico representam uma fatia importante da população e, sobretudo, teem um peso e uma influencia ainda maiores em termos de opinião publica. Esta é uma realidade. Por isso é tão dificil, não apenas em Portugal, fazer reformas que, de algum modo, atingem os funcionários. Por isso, não me choca que o governo possa agora optar por aliviar um pouco a pressão sobre os funcionários e pensionistas, desde que, naturalmente, tal não comprometa o conjunto da politica de consolidação orçamental e ajustamento da economia. Não é um exercicio fácil …
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Já alguma vez se questionou sobre a falácia que “governar para” é? Esta coisa de governar para ganhar eleições ou governar desprezando eleições tem em comum a assumpção de estupidez, quando não ignorância, do eleitor. Governar para ganhar eleições é o quê? Decidir com alcance de curto-prazo e pondo o fardo nos vindouros? Que raio de expressões temos que gramar no quotidiano e que por si encerram desonestidade. Claro que governar bem ou menos bem não se discute, temos pouco tempo para isso e preferimos achar que enquanto havia cortes isso era resultado de um governo indiferente ao sofrimento (falta arrolar a esfera sado-maso para o rol de motivações) e quando se tenta diminuir esses cortes (que um coro, desde o TC passando por PR e acabando em todas as eminências pardas, exigia) é eleitoralismo. O meu ponto não é a motivação mas o resultado, qual o interesse de discutir a psicologia de decisão política? o que interessa são os resultados e os que vemos são bem melhores, de longe, que aqueles que nos eram augurados por toda a espécie de profetas, e se com este governo sofrível conseguimos este resultado que seria com um governo melhorsinho? certo é que esse outro governo não viria de mentecaptos à esquerda e não existe vida à direita. O governo pode ser isto ou aquilo mas é o que temos e não estamos nada mal considerando toda a incompetência que lhe é atribuída e não há pachorra para este alarde a cada virgula existencial, tal é a inconsequência crítica. Lamento afirmar mas de facto se alguém é capaz de melhor ainda não veio a público atestá-lo.
Como já disse antes: prefiro mil vezes este mau caminho da governação ao bom caminho que nos leva a nenhures dos vendedores de sonhos.
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E eu que tanto queria ser uma dos “pendurados”…. sempre era melhor que nada! Mas nem salário nem pensão… nem como desempregada já me posso classificar. O IEFP já me removeu da lista há muito. Não sei a que grupo de lamurientos encartados adira. Alguma sugestão? Sim porque está toda a gente a queixar-se ou a fazer de treinador de sofá. Como dizia, se não me engano, Bette Davies, a velhice não é para mariquinhas. Ou, se preferirem, old age is not for sissies.
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Se é idosa tem direito à pensão… descontou… Se nem por isso (ou não é idosa ou não descontou), o que quer? Olhe, faça pela vida e monte um quiosque.
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Este governo “vendeu a alma ao Diabo” por 250 milhões de euros. Desistiu de reduzir a despesa pública que vai recomeçar a aumentar assim que a troika virar as costas. Quem pagou a maior parte da factura do PAEF foram as empresas privadas e os trabalhadores das empresas privadas, que o governo quer que continuem a pagar as pensões da CGA, porque não há lá dinheiro para as pagar, porque quem as recebe não descontou o suficiente.
“Que se lixem as eleições” era conversa de há três anos atrás. Agora as eleições são para ganhar recorrendo aos métodos que o Sócrates usava; mas não é com o meu voto de certeza absoluta.
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Sobre a CGA:como sabe,os descontos dividem-se entre os trabalhadores e a entidade patronal.Ora,os trabalhadores pagaram a taxa que deviam pagar,mas o estado não pagou os 23,75% que devia ter pago,logo a culpa dos desiquilibrios é do estado. O estado é que desta vez é o caloteiro.Portanto,quem fez a merda,que a limpe
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Acha que descontar 5% sobre o salário como fizeram a grande maioria dos pensionistas da CGA é suficiente? É verdade que o estado não pagou a parte que lhe competia, mas porque é que os da privada é que têm de limpar a merda?
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5%!!!
De que é que está a falar?
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A culpa é do Estado e ter posto estes penduras todos a viver À nossa custa, a “trabalhar” em coisa que, em mais de metade dos casos, são ensimesmices que não interessam a quem paga o festim.
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11% Alexandre.
Não sei se é ou não é,mas foi aquilo que o Estado achou necessário.,A questão é que eles cumpriram escrupulosamente os seus devedores,fazendo os descontos que a lei indicava.Possivelmente o Estado também errou no cálculo dos descontos(mais outro erro).
Quanto ás soluções, é de facto uma questão complicada. É verdade que os privados não têm culpa nenhuma da má gestão do Estado a esse nível..mas cortar as pensões de quem cumrpriu os seus deveres de desconto porque o Estado não cumpriu a sua parte parece-me algo injusto.O seu corte devia ser apenas uma solução de último recurso.Não me oponho a uma consolidação mais equitativa,redistribuindo melhor o esforço,evitando que sejam sempre as classes mais baixas a arcarem com os sacrificios
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Mas os políticos para chegarem ao poder, tem que ganhar eleições, e basta distribuir benesses pelos FP á custa dos privados para que isso seja conseguido (garantem o voto dos FP diretos e seus dependentes). É nesse sentido que os FP são um lobby ou como também alguns dizem: o partido do governo.
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Os privados pagam salários à FP que paga IVA quando compra algo. A transferência é esta: privado paga impostos, funcionário público recebe, compra carro e retorna ao estado IVA oriundo de impostos dos privados.
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Melhores 5 dos últimos 10, hein?
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A parte que nunca compreendi nos funcionários públicos é a falta de receio que quebra na actividade privada os impeça de manter emprego. As pessoas parecem ainda tomar tudo por garantido.
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Sobre a parte que nunca compreende: o receio na quebra da actividade privada deve ser proporcional ao receio que cortes nos salários e pensões dos funcionários públicos provocam na quebra… da actividade privada. Pois. Ou acha que é bom para a sua “lógica de transferência” que os funcionários públicos percam poder de compra? A mim choca-me que os privados sofram com a crise. E muito, pois tenho vários familiares e amigos a trabalhar no sector privado. Mas eu só posso contribuir para a melhoria da situação do sector privado se tiver poder de compra. Isto é tão básico que qualquer contabilista, por mais criativo que seja, compreende. Já agora:tente responder à argumentação apresentada sem chutar para canto com frases feitas.
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Poder de compra? Isso é demasiado chanfrado.
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Tente, outra vez, responder à argumentação apresentada. Vai ver que consegue.
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Repartição/escola? Já que se paga, não custa dizer.
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Caro Maurício Brito,
Na FP não há patrão. A empresa do “Estado” não está submetida á lei do mercado. A empresa do estado não precisa de se preocupar com os resultados . Pode sempre dar prejuízo, que a sua empresa parceira “governo + assembleia + PR” , logo tratam de lhe fazer chegar o capital que precisarem, ad infinitum (perdão ate á banca rota) , confiscando-o aos privados através de impostos.
Privados esses sim , submetidos ás leis do mercado, e que não podem “por decreto” confiscar os seus clientes.
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Rui Silva,
O meu “patrão” é o Ministério da Educação. Que, por acaso, paga grande parte do meu salário através de um programa europeu (POPH) que nada tem a ver com o dinheiro dos contribuintes (como você e eu, por exemplo). Por isso é preciso ter sempre cuidado quando queremos entrar neste tipo de discurso que, como digo, não leva a lado nenhum. Não é diabolizando funcionários públicos ou trabalhadores do sector privado que resolvemos seja o que for.
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Este texto deve achar que os outros são idiotas úteis.
“Interesses legítimos” é o que você diz que é para si.
O vizinho do lado pode discordar e você usa a força da violência do Estado para o obrigar a pagar.
Não há interesses legítimos de Funcionários, Pensionistas – excepto os que descontaram o suficiente- ou Subsidiados.
São tudo pessoas que não dependem da escolha livre da sociedade mas do poder político cobrar impostos.
Porque é que as pensões não são um seguro pago para si próprios ou num sistema mutualista em vez de existir uma transferência entre gerações? Precisamente por causa do lobby dos pensionistas que quer ganhar mais do que contribuiu.
Por o lobby dos Funcionários,Pensionistas e Subsidiados terem tanto sucesso é que muitos mais se acolhem à mesa do Orçamento.
A lógica do Estado Socialista é criar dependência a pessoas e empresas.
Logo quanto mais poderoso o estado tem capacidade de cobrar impostos mais os lobbies se formam.
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O que sai do cofre é despesa.
O que entra no cofre é receita.
Outra terminologia é contabilidade criativa.
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Isso é verdade: uma empresa privada não tem poder para expropriar pessoas.
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perdão Alexandre: os seus deveres*
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Desconsolidação das contas públicas operada:
Total Receitas
2011 – 77.043,2
2013 – 72.409,7
Total Despesa
2011 – 84.441,6
2013 – 80.531,4
Défice:
2011 – 7.398
2013 – 8.121
Fonte: DEO 2014
Conclusão:
A Receita diminuiu 4.634
A Despesa diminuiu 3.910
Desconsolidação efectuada: – 724
Notas:
1º Em TRÊS anos o governo desconsolidou 724 milhoes de euros. Parabéns.
2º Em TRÊS anos o governo aumentou os impostos em mais de 20% e as receitas diminuiram. Parabéns
Rb
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Nem mais!!!
Agora que parece que a Troika sempre se vai embora, tenham Medo! Tenham muito Medo…
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Ricciardi,
Como é que “o governo aumentou impostos … e as receitas diminuiram” ?!…
Aumentou taxas, naturalmente.
Mas não é verdade que estas tenham aumentado em mais de 20% de um modo geral. Houve inclusivamente impostos importantes (IRC, p.e.) que não foram mexidos.
Na verdade, as receitas totais baixaram sobretudo porque baixaram significativamente as receitas de capital (de 7,8 M em 2011 para 1,5 M em 2013). Principalmente porque o Estado liquidou créditos de terceiros.
As receitas correntes, fiscais e cotizações, até aumentaram, de 69,2 M para 70,9 M. Pouco, mas aumentaram.
Podiam ter aumentado mais tendo em conta o aumento nas taxas de imposição ?… Podiam mas tal não aconteceu precisamente porque a economia esteve em recessão.
Mas não foi o aumento de impostos que provocou a recessão. A recessão começou antes. E a recessão acabou no ano em que houve o maior aumento de impostos, 2013. O efeito recessivo do aumento de impostos existiu, naturalmente, mas não foi determinante. O que provocou a recessão foi sobretudo a forte redução do financiamento à economia, Estado e privados. De resto, a redução das despesas e investimentos publicos contribuiu mais para a recessão do que o aumento de impostos. O total da despesa primaria caiu de 77,6 M para 73,5 M. Sabemos que não caiu mais porque aumentaram as despesas sociais (subsidio de semprego, pensões, etc) e os juros do financiamento (uma divida acumulada maior).
Portanto, mesmo entre 2011 e 2013, a consolidação orçamental foi real.
Mas, na verdade, a comparação que deve ser feita é com 2010, o ultimo orçamento antes da entrada do governo actual e da aplicação do plano de ajustamento da Troika.
Entre 2010 e 2013, as receitas totais até aumentaram em termos absolutos de 69,1 M para 72,4 M (as correntes até tiveram um aumento ainda mais forte, de 67,1 M para 70,9 M), e as despesas totais desceram de 84,1 M para 80,5 M.
No final, o déficit orçamental nominal passou de 9,8% para 4,9% do Pib, ou seja, para metade, em apenas 3 anos.
Mas o mais importante é a comparação dos indicadores estruturais e primários durante o mesmo periodo :
– a despesa primaria caiu de 84,1 M para 70,9 M, ou seja, 9,2 M, 10,9%, de 48,7% para 42,5% do Pib ;
– o saldo primário desceu de -7,0% do Pib para -0,6% do Pib ;
– o saldo estrutural desceu de -8,5% para -2,8% do Pib ;
– o saldo primário estrutural deixou de ser negativo, -5,6%, e é actualmente positivo de 1,5% do Pib.
Não é certamente ainda suficiente mas é certamente consolidação !
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Caro Eleutério:
Já tenho uma resposta iluminada ao meu pedido de sugestões: montar um quiosque! Perfeito! Que evidentemente o Sr. Eleutério, treinador encartado repleto de soluções definitivas do género ou isto ou aquilo (nunca, mas nunca pode ser aqueloutro…), financia e garante o licenciamento pela respectiva Câmara. Fornecendo eu o o trabalho diário 7 em 7, evidentemente com dispensa de horário de trabalho, imagino que o meu sócio financiador também garanta o lucro, certo?
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Já percebi que você quer é uma mesada. O meu assunto está resolvido, e quando não estiver eu trato dele. Se você não quer resolver o seu, só se queixa como o Calimero, isso não me interessa.
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Ó maria: pincha bifana e bjeca pra mesa do canto, certo?
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Tudo na mesma neste país: intransigência de quem tudo sabe ou mesmo até insulto de quem mais não sabe, em vez de argumentos ou um esforço honesto de entender a realidade. Meus senhores, basta olharem em volta para as mulheres que conhecem. Comecem pelas vossas mães e avós. Vão talvez começar a ver a realidade. Por mim, retiro-me. Concedo aos dois intervenientes a vitória do grito.
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