O exame de consciência do politicamente correcto
O exame dos comissários diante do PE parece estar transformado numa avaliação do politicamente correcto. Têm de dizer-se coisas que o parlamento gosta como que se esteve contra a troika. E quando alguém sai da moldurinha é um escândalo. Como sucedeu com o comissário para a área digital, o alemão Günther Oettinger, que declarou que não vai proteger, as celebridades “estúpidas o suficiente para serem fotografadas nuas”. Em primeiro lugar cabe perguntar se ele não fosse alemão se poderia falar assim. Por exemplo, se fosse português neste momento teríamos uma crise. Em segundo lugar não só me parece uma evidência que a segurança digital tem muito mais que fazer que preocupar-se em proteger as fotos que as celebridades entendem por bem fazer de si mesmas mais ou menos despidas ou vestidas como há que acrescentar que essas mesmas celebridades se despem frequentemente no exercício do seu trabalho ou como forma de promoção sem que se sintam minimamente melindradas.

‘sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia’ Eça
‘a verdade é3 demasiado nua, não excita os homens’ Pitigrilli
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Helena, não leve a mal, mas precisa rapidamente de fazer uma reciclagem ao seu português.
Olhe que se precisar de voltar a ser professora não vai conseguir passar na pacc.
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e se falássemos sobre a substância ?
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Apesar de desta feita as celebridades aparentemente terem sido vítimas de algo de que todos poderemos ser vítimas (passwords simples, phishing, social engineering – podemos tentar proteger-nos, mas podemos sempre cair na esparrela), a maior parte destes casos acontece quando a outra parte (o namorado a quem enviam as fotos) as partilha com quem não deve ou as publica directamente.
Isso acontece porque se quer armar em bom com os amigos, porque se quer vingar, ou mesmo fazer uns cobres. Por isso, por muito que se fale em culpar as vítimas, a melhor maneira destas coisas não acontecerem, é as fotos não serem tiradas e os vídeos não serem gravados.
Não é uma questão de puritanismo, é uma questão de bom senso, como fechar a porta do carro e não deixar coisas à vista no parque de estacionamento.
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“Se fosse português blá blá blá” … meras especulações (o habitual).
Mas não se preocupe que aí vem o Arias Cañete (barão do petróleo) para a pasta do clima. Quer mais politicamente incorrecto?
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Ahahaha.
Um gajo tem €300k em ações de duas empresas petrolíferas (entretanto já vendidas), e é logo um “barão do petróleo”.
Acho muito bem que o tenham pressionado a vender, de forma a não haver conflitos de interesse. É por isso que as declarações de bens são públicas e há audições para escrutinar os candidatos.
Mas “barão do petróleo”?
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Sabe do filho e do genro?
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Fui-me informar. São directores dumas empresas que gerem uns tanques de gás e petróleo em Ceuta e nas Canárias.
Os €300k de que se fala representam 2.5% de ambas as empresas. Ou seja, ambas as empresas juntas, não valem mais do que €12M.
Como disse, sou completamente a favor do due diligence como forma de descobrir e eliminar conflitos de interesse. Mas está visto que hoje em dia é preciso pouco para se ser um “barão do petróleo”.
PS: parece que o homem também gosta de touros, o que é gravíssimo numa pasta que se quer verde.
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