Argumentário para todos os dias, horas e situações
Porquê questionar apenas a manga do aeroporto, a sexta-feira à noite e as deslocações em Lisboa? Por mim tenho questões para todos os dias da semana e fases do dia:
Certamente que deter um ex-primeiro-ministro num sábado numa sala de cinema quando o filme (francês) ainda ia a meio e obrigá-lo a pernoitar nas precárias instalações do TIC para que esse momento não fosse assinalado pelos flashes e as câmaras televisivas não contribuiu em nada para a seriedade dos procedimentos judiciais – aliás, suspeito mesmo que tenha havido aqui um desejo retorcido de desvalorizar o cinema francês e humilhar o homem perante o país, condená-lo na mesa do café e no sofá de casa.
Certamente que deter um ex-primeiro-ministro no meio da rua a um domingo à tarde e em seguida distribuir fotos oficiais dele a ser transportado não contribuiu em nada para a seriedade dos procedimentos judiciais – aliás, suspeito mesmo que tenha havido aqui um desejo retorcido de humilhar o homem perante o país, condená-lo na mesa do café e no sofá de casa.
Certamente que deter um ex-primeiro-ministro na sua própria casa a uma segunda-feira de manhã e em seguida levá-lo para o TIC onde nunca mais foi visto pelos flashes e as câmaras televisivasnão contribuiu em nada para a seriedade dos procedimentos judiciais – aliás, suspeito mesmo que tenha havido aqui um desejo retorcido de humilhar o homem perante o país, condená-lo na mesa do café e no sofá de casa.
Certamente que deter um ex-primeiro-ministro a uma terça-feira antes de almoço e levá-lo de mota com um capacete enfiado na cabeça para andar a passear com ele por Lisboa durante dias à vista dos flashes e das câmaras televisivas não contribuiu em nada para as boas relações com o presidente francês nem para a seriedade dos procedimentos judiciais – aliás, suspeito mesmo que tenha havido aqui um desejo retorcido de humilhar o homem perante o país, condená-lo na mesa do café e no sofá de casa.
Certamente que deter um ex-primeiro-ministro enquanto corria à beira do Tejo numa quarta-feira de manhã cedo e obrigar a que o inquérito não pudesse prolongar-se para lá das 19h de modo a que o detido não tivesse de andar a passear por Lisboa durante dias à vista dos flashes e das câmaras televisivas não contribuiu em nada para a seriedade dos procedimentos judiciais – aliás, suspeito mesmo que tenha havido aqui um desejo retorcido de humilhar o homem perante o país, condená-lo na mesa do café e no sofá de casa.
Certamente que deter um ex-primeiro-ministro numa quinta-feira a horas não divulgadas num local desconhecido e levá-lo para local desconhecido para que fique preservado circo mediático e não tenha de andar a passear por Lisboa durante dias à vista dos flashes e das câmaras televisivas não contribuiu em nada para a seriedade dos procedimentos judiciais – aliás, suspeito mesmo que tenha havido aqui um desejo retorcido de humilhar o homem perante o país, condená-lo na mesa do café e no sofá de casa.

Agora que o SOL diz preto no branco quem é que avisou a SIC, a partir de onde e em que momento exacto, tenho uma certa curiosidade em ouvir MST e CFA. Se bem os conheço, vão cuspir fogo. Só falta saber para que lado, mas já desconfio.
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A menos de um ano de eleições, nunca, como neste momento, Costa e o PS dependem da comunicação social – nomeadamente, da “boa imprensa” e jornalismo de causas – para voltarem ao poder.
Os próximos meses são decisivos para o futuro de Portugal…
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2014/11/guiao-do-comentario-televisivo-para-nao.html
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Este meu comentário é marginal ao tema do post propriamente dito mas estar aqui no Porto a assistir ao afundamento do último jornal (JN) do grande Porto é de uma angústia indescritível. Com o advogado Proença agora ao leme dos dinheiros Angolanos que permitiram paliar a triste doença financeira do grupo dono do JN, assisto aos últimos suspiros do em tempos muito querido JN. Onde estão aqueles que em tempos se acorrentaram ao Coliseu para impedir a venda deste último à Igreja do Reino de Deus e que agora assistem a este baluarte do Porto a afundar mergulhado em trampa e nada dizem ?? Sugeria às forças vivas da cidade do Porto nomeadamente às suas elites mais endinheiradas que tentem negociar com o grupo dono do JN um resgate do titulo antes que seja tarde demais. Quando tudo estiver definitiva e irremediavelmente perdido não adiante carpir as mágoas. Deixo neste comentário o aviso.
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Helena Matos, a questão é assobiar para o lado, fazer muito barulho, instalar a dúvida e a confusão, amplificar o insignificante, cansar as pessoas e nivelar os casos, emfim… que digam são todos iguais, que é tudo uma porcaria, ou seja não se passou nada de mais.
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Uma coisa é certa, quando os polícias vão buscar alguém, parecem uns brutos, selvagens, sem postura educacional e grosseiros. Agarram as pessoas pelos braços atrás das costas, pela cintura, agarram-lhes pela cabeça e empurram-nos para dentro do banco de trás do carro como se fossem cães. Aliás os cães têm melhor tratamento que as pessoas.
Se calhar fizeram isto a Sócrates, mantendo o impróprio comportamento. Nunca votei em Sócrates, mas a dignidade é a melhor virtude humana.
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A dignidade de quem?
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Muito bem colocada a sua questão.
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“Uma coisa é certa(…)” – é mesmo certa ou está a presumir a culpabilidade da polícia? “Se calhar fizeram isto a Sócrates(…)” – pois, se calhar; mas se calhar não fizeram. E se diz isso por andar a ver muitas séries americanas, deve saber que os polícias tem comportamento forte e rigoroso para as situações que o necessitam e tentanto evitar retaliação perigosa dos inúmeros meliantes que tem de deter.
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Só pode ser testemunha viva e participante numa situação dessas.
Por via profissional já assisti a bastantes ( de certeza muitas mais do que poderá imaginar e ter certezas) em que é exactamente o contrário.
No caso, até aposto, que se dirigiram a ele como “sõr inginheiro” o que é uma manifesta falta à verdade.
Para quem não sabe ou se faz de burro, caso a detenção obrigue por alguma razão ao uso de algemas, elas limitam os movimentos pelo que o entrar no carro e baixar deve ter sempre a ajuda e o cuidado de se proteger a cabeça do algemado.
Se calhar é muita coisa.
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V.Exª. é cego, só vê o que quer. Tenho 2 dioptrias, ainda assim dá para ver bem.
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É de uma estupidez clamorosa algemar um detido com as mãos à frente.
Torna-o ainda mais perigoso do que se tiver as mãos livres.
Aprendam com os americanos que consideram um detido sempre (e fazem muito bem) uma pessoa perigosa e é sempre algemado com as mãos atrás das costas.
O senhor “engenheiro”, tenho uma testemunha da ocasião, foi detido com toda a solenidade.
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Mais ‘matematicamente’ sem alinhavos oratórios:
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os efeitos da prisão de Socrates sobre o PS, e se nada mais surgir, são mensuraveis pelos efeitos reais por exemplo de Isaltino sobre o PSD quando aconteceram e foram zero.
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os efeitos do mesmo caso sobre o Sistema, que não sobre o Regime, sugerem ser zero por não terem acarretado qualquer alteração na composição em orgãos de soberania ou estruturas não humanas de funcionalismo publico, vulgo erradamente chamado de ‘Estado’
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etc
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portanto no café o que se ouve é aquela celebre boca da tropa ‘colonial’ que dizia ‘estou farto deles’,
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O tema parece que já deu o que tinha a dar; sugere que não precisa de mais explicações ou interpretes. Já está suficientemente bem interpretado pelos repentistas prós ou contras bem como pelos mais frios que usualmente observam e percebem sem prós nem contras nem venda de informação.
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O resto ?
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É o resto se nada houver de desabitual que não seja mais habitual nem a bombordo nem a estibordo. As contas que eventualmente resultem a pagar ou contas de despesas já em curso também o habitual.
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Portanto ou por tanto.
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análise fenomenal das ligações mafiosas esquerdóides/maçónicas/empresariais
Portugal—brasil:
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Não, não vou desvendar a trama. Nem sei se há trama, se trama for um emaranhado pensado, organizado, com padrões que se repetem, como um casaco de tricot. Pode ser um novelo caótico e sem sentido. Podem ser coincidências, porque elas existem. Pode ser assim porque o mundo virou aldeia. Há, no entanto, um fio. E muito se passa por ele.
Em 1998, nasce um fio que vai de Portugal ao Brasil para levar mais longe a internacionalização da então maior empresa portuguesa. Lançado num novo ciclo de privatizações, o fio deu muitas voltas, assistiu ao fim do casamento ibérico na Vivo e ao casamento forçado com a Oi, e emaranhou-se entre PTs: na Portugal Telecom e no Partido dos Trabalhadores de Lula da Silva.
Presidente do Brasil entre 2003 e 2011, Lula continua em 2014 a ser perseguido pelo “Mensalão” que persegue a PT que perseguia fazer bons negócios no Brasil para si e para os seus accionistas, entre os quais o BES e a Ongoing. Em 2012, o publicitário Marcos Valério – o mais duramente condenado no caso de compra de votos de políticos com dinheiro desviado de empresas públicas (e não só) – apresentou uma denúncia. Acusa Lula de ter negociado, em 2005, com Miguel Horta e Costa, então presidente da PT, o pagamento de sete milhões de reais (2,6 milhões de euros) para o PT brasileiro. A PT nega. Lula, há nove meses convocado pela Polícia Federal para depor, ainda não compareceu.
Por esse fio passou, além de Horta e Costa, António Mexia (ministro das Obras Públicas, entre 2002 e 2004) e Ricardo Salgado, presidente do falecido BES e accionista de referência da velha PT, todos eles arrolados como testemunhas de defesa de José Dirceu, o-todo-poderoso chefe da Casa Civil de Lula, que acabou também condenado no “Mensalão”.
Em Outubro de 2013, Lula trouxe esse fio de volta a Portugal ao escrever o prefácio e apresentar o livro do mestrando José Sócrates. Na concorrida plateia do Museu da Electricidade, património da EDP presidida pelo ex-ministro António Mexia, estava Pinto Monteiro, ex-Procurador-geral da República (PGR) que cumpriu a ordem de destruição das escutas que conservavam conversas entre o então-primeiro-ministro e Armando Vara, condenado em Setembro no âmbito do processo Face Oculta.
Aproveitando a estadia em Lisboa, Lula levou esse fio ao Solar dos Presuntos, onde jantou com o empresário Emílio Odebrecht. Com Odebrecht, o fio volta ao Brasil, onde a construtura com o seu nome é agora acusada de receber até 1600% do valor de mercado em obras contratadas pela Petrobrás.
O novelo da Petrobrás tem sido meticulosamente desenrolado por um juiz de Curitiba, Sérgio Moro, que há três semanas deteve para inquérito empresários das grandes construtoras do país. É o caso da Camargo Corrêa cuja holding é dona da Cimpor. De fora ficou a Andrade Gutierrez de Otavio Azevedo, accionista de referência da Oi que neste Verão obrigou à revisão de alto a baixo das condições da fusão com a PT depois de se ter dado conta de que os 900 milhões investidos pela empresa nos Espíritos Santos, entretanto caídos do altar, podem ser tara perdida. Terá sido também o Dr. Otavio quem forçou Zeinal Bava a dizer “tchau”à Oi (com uma indemnização simpática, ao que parece).
A linha de investigação do juiz Moro segue as empresas suspeitas de pagarem “luvas”, e tem sido apoiada por um poderoso aliado, importado dos Estados Unidos. A delação premiada pode parecer um contra-senso moral – “pior do que o criminoso é o cúmplice que o denuncia” – mas a possibilidade de a comunidade aliviar a sentença das sardinhas a troco da promessa de entrega de tubarões tem permitido à justiça brasileira mergulhar em águas mais profundas.
Sem verdadeira surpresa, as gravações das denúncias dos dois delatores-chave neste processo, Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa – se quiser pode ouvi-las no Youtube graças a violações do segredo de justiça – levam a partidos políticos. Levam, por exemplo, ao actual tesoureiro do PT, João Vaccari, que tomou o lugar de Delúbio Soares porque este ficara também literalmente preso na teia do “Mensalão”. Antes, Delúbio estivera envolvido noutra “Máfia de Vampiros”, um conluio de farmacêuticas e figuras ligadas ao Estado brasileiro que vendia derivados de sangue humano a preços exorbitantes. Nessa trama estava a Octapharma, que, até há pouco, pagaria 12 mil euros por mês ao seu conselheiro consultivo para a América Latina.
“Nunca me perguntou nada de Justiça. Falámos de livros, das viagens dele, falou do Lula”, disse Pinto Monteiro sobre o almoço com José Sócrates, dois dias antes de o ex-primeiro-ministro ser detido para interrogatório.
Pouso o meu fio. E constato.
Que há gente no espaço mediático que parece mobilizada em apenas discutir a forma da detenção de José Sócrates para que não haja tempo para falar sobre o conteúdo – sobre as razões que a precipitaram.
Que há gente que não perde a oportunidade para se queixar de que é o “mexilhão” que sempre paga e que no momento em que dois grandes – colossos – dos negócios e da política são detidos passam apenas a ter dentes para morder supervisores, polícias e juízes.
Que há gente que argumenta que num Estado de Direito não se pode aspirar a julgamentos justos quando a rua também julga. Tomado à letra, isso significaria que só o “mexilhão” anónimo pode ser levado à barra dos tribunais. Significaria ainda que ser-se “too big” é ter na mão um salvo-conduto para a impunidade.
Há gente também que, perante suspeitas de crimes graves, diz temer uma República de Juízes e uma transferência ilegitima do poder executivo para o judicial e que, há uns meses, aplaudia de pé as decisões do Tribunal Constitucional que, entre outras, impediram coisas aparentemente tão exclusivas de governos como tributar rendimentos provenientes de subsídios de desemprego a partir do momento em que estes superam o equivalente ao salário mínimo recebido e devidamente tributado por quem está no activo.
Muita desta gente fala em mesas redondas em televisões que mandaram operadores de câmara para o aeroporto. Parecem salas de chuto onde se deplora a qualidade da droga.
E depois há Daniel Proença de Carvalho. O advogado de Ricardo Salgado e de José Sócrates (não o é neste caso porque o seu habitual cliente não lhe pediu, mas estará por dentro porque um dos seus representa o motorista do ex-primeiro-ministro), membro de órgãos sociais de mais empresas do que dá para contar com dedos de mãos e pés, receia que, com tantos e complexos processos, o juiz Carlos Alexandre não consiga dar conta do recado e se contente em ser o “herói dos tablóides”.
Daniel Proença de Carvalho acha também que a decisão de prisão preventiva não faz sentido, designadamente porque “o perigo de fuga parece ridículo”. E porquê? “É evidente que o engenheiro José Sócrates, se não quisesse comparecer perante as autoridades, não teria feito a viagem de Paris para Lisboa naquele dia, e porventura teria feito para outro país qualquer”, disse na TSF, rádio do universo Controlinveste a que preside. Mas, afinal doutor, quem teve primeiro acesso às fugas do segrego de justiça? Os jornalistas ou o ex-primeiro-ministro?
Talvez a democracia portuguesa nunca tenha estado tão viva. Não falta contraditório. Sobra contradição.
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EVA GASPAR no Jornal de Negócios
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O SÁTIRO quer figurar no Guiness Book?
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É Guinness.
Não leve a mal, é um erro repetido mundialmente a cada cinco minutos.
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O escriba/servente do JN a aviar uma encomenda.
Como as muitas outras que outros escribas, e psitacídeos televisivos, cumprem a mando da “irmandade”.
Nada de muito original portanto – há que fazer pela vidinha…
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Cá por mim chega de tempo de antena para o presidiário Sócrates. Vou tentar resistir á tentação de lhe dar mais confiança. Aguardar que a justiça seja exemplar, nada me admirando que para já esteja a aquecer o lugar na prisão para continuação atrás das grades da boa disposição apregoada. As consequências políticas mais que aos profissionais da dita atados de pés e mãos , cabem-me como cidadão na parte que me toca, com total autonomia sem sujeição a obediências beatas de capelinha. Ala que se faz tarde.
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Momento ZEN de um comentador na opinião do observador da Inês Domingos:
“Concordando com as sugestões da Inês Domingos para limitar a corrupção, gostaria de acrescentar que, ao mesmo tempo, terão que se mudar as mentalidades sobre a corrupção e sua percepção.
Repare, no caso dos “Vistos Gold” toda gente viu na forma como foram concebidos a razão do “crime”, enquanto que no caso das PPP rodoviárias, em que este Governo já terá conseguido reduzir em 30% os contratos iniciais, o “crime” esta na sua “incapacidade ou incompetência” em reduzir mais e não em quem os fez, com margens de lucro que se adivinha próximo ou superior aos dos “Vistos”.
Com este tipo de percepção da corrupção, duvido que a “opinião pública” tenha idêntica noção do que é a corrupção. Já não falo no seu interesse em acabar com o flagelo.”
Muito bom.
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Prof Balbino
O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais – que tutela o Estabelecimento Prisional de Évora onde está detido preventivamente, na ala feminina sob o n.º 44 – o ex-primeiro-ministro José Sócrates, é Rui José Simões Bayão de Sá Gomes, que foi secretário de Estado da Administração Interna no primeiro Governo Sócrates (2008-2009), é membro da Loja Século XXI (Lisboa) da maçonaria do Grande Oriente Lusitano, e foi «diretor de serviços em área operacional do Serviço de Informações e Segurança (SIS)» de 1997 a 2006.
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