Penso que podíamos ir fazendo o balanço deste governo. Apesar de não esperar nada em 2015, vou esperar que, pelo menos, tenham coragem de introduzir no programa eleitoral o que não foi feito como prometido. É evidente que com esta carga fiscal não vamos lá, e as dificuldades de recebimento na economia real continuam e o aumento da receita deve-se á economia informal. A redução na despesa do estado para uma redução dos impostos tem de ser superior a 10% e infelizmente, a mesma continua a aumentar! Considerando que o P.S. não acrescenta nada ao problema, temos de esperar o estoiro da Grécia mude esta europa à força da realidade.
Mas não vamos lá mesmo. equilibrar a balança de pagamentos á pala da baixa do consumo, é como diz o rui…«Se o governo elevar impostos e consequentemente conseguir obter receitas de $3 trilhões, isso o deixaria com um orçamento equilibrado. Mas isso seria positivo?
Claro que os impostos têm de descer e deviam vir para uma taxa de 15% e andam pelos 37%, mas com o nível atual de despesa do estado tal não é possível. Por outro lado, a sociedade está envelhecida( em 3 anos saíram 350000 jovens) e os idosos não investem nada e as pessoas limitam-se a sobreviver pagando mal e a más horas. Temos a dívida controlada e devidamente registada e o défice quase controlado, mas como vamos recuperar se não temos gente motivada e os estrangeiros não investem neste país com esta carga fiscal, burocracia, justiça pouco célere e a sociedade em anomia, isto está muito complicado.
Nao vai ser na Grecia que ira comecar a “des-uniao”. Podera ajudar mas…quem vai dar cabo da EU vai ser o TTIP. Esta treta tem sido negociada com pouca transparencia aqui e nos proprios EUA Aos grandes interesses (corporacoes e bancos) interessa aprovar o tratado depressa, por a Europa de cocoras e usa-la como “proxy” contra a Russia e, mais tarde, contra a China.
Também acho que sim, o trio, Rússia , China e USA é que vai escavacar isto tudo e vai ser doloroso, não se tem dado grande importância á Ucrânia mas aquilo está um pademonioooooooooooooooooooooo e como não podia deixar de ser em vez de ser um conflito regional, com a entrada dos USA passou a ter dimensão mundial. Este Obama faz lembrar o Crato, todos tinham uma certa simpatia por ele até ele se revelar e revelou-se um bom macaco….poderá ser premo Nobel com 8 dias de mandato é no que dá.
O TTIP vai beneficiar alguma gente na Europa (e por arrasto em Portugal). A arraia miuda nao vai beneficiar absolutamente nada. So quem for estupido e que pode acreditar que o uncle Sam negocia um acordo em que fique a perder. A Europa sera inundada com productos de toda a especie a precos com que os locais nao podem competir.Veja-se o que aconteceu ao Mexico com a sua economia arrasada depois do NAFTA. E a minha opiniao e tenho todo o direito de a manifestar. Quanto a transparencia e honestidade dos negociadores da EU, valha-nos Deus! Nao faltam exemplos de “opacidade” e “des-honestos” comecando pelo Sr. Junker (que jura a pes juntos nunca ter feito nada de mal). Nao nos atirem com areia para os olhos, por favor. Os portuguese nao sao todos estupidos!
Resposta a TIRO AO ALVO.
Leia as noticias acerca das manifestacoes (em Bruxelas) contra o TTIP.. Nao me diga que essa gente a manifestar-se contra o TTIP o faz apenas para ter “fun”. Ou estarao mais bem informados que o senhor que sabe tudo? Ou saberao melhor que os seus interesses nao estao a ser considerados? Saberao talvez que os interesses das corporacoes agro-alimentares poderao vencer? Infelizmente temos tantos exemplos de menbros dos governos teem feito negociatas em beneficio dos grandes aglomerados e prejuizo do seu proprio Pais. Lembra-se dos submarinos, Pandurs, tres autoestradas Lisboa/Porto,BES….A lista nao tem fim, meu caro Tiro Alvo. Acho que deve mudar de Alvo ou ir ao medico da vista. NOTA: Quando me refiro aos nossos governantes, nao refiro ao nosso rectangulo apenas. Englobo toda a EU que nao tem ficado alheia a escandalos, corrupcao, interersses privados acima dos publicos, e tantas outras vigarices. Nos comparados com os outros ate somos meros aprendizes e gostamos muito de copiar o que ha la fora (e quase sempre o pior).
Li o Vital Moreira e nao so. Nao bebo duma so fonte. O sr.Vital e apenas uma pequena peca numa gigantesca e complicadissima engrenagem. Por outro lado o Sr.Vital (ou Portugal) nao teem a minima influencia no que se passa ou acontece em Bruxelas. Veja o que o uncle Sam pensa acerca da EU: “Unwisely, Washington still deals with Europe and the EU as if dealing with minor vassal states: “foot soldiers for America’s nuclear knights,” in the pithy words of Germany’s late defense minister, Franz Josef Strauss. Washington’s arrogance and contempt for Europe was best illustrated by State Department neocon Victoria Nuland’s reply when asked if the EU should get more involved in US attempts to overthrow Ukraine’s pro-Russian government, “f-k the EU.”
Tiro ao alvo: ha outras cassettes na Internet e pode dizer “o dotor” Vital que ha muitas negociacoes a decorrer que nao sao publicadas na internet e ate sao conduzidas a porta fechada. Nothing to hide?
While Donohoe was chatting with Karel de Gucht, the EU’s trade commissioner, their meeting took place behind closed doors. De Gucht’s spokesman refused to give me any details about what was discussed, replying with a bland comment about how it was a “stakeholder meeting”, rather than a formal negotiation. That was despite how de Gucht claimed not long ago that he has “nothing to hide”.
As it happens, de Gucht has many things to hide. And he has good reason not to be transparent. Because if de Gucht was really candid about what he and his colleagues are doing, they would probably face mass public resistance.
The truth is that de Gucht is conniving with big business to destroy or dramatically weaken health, environmental and labour standards and democracy itself.
The US Chamber of Commerce was the American pressure group most consulted by officials working for de Gucht in 2012 and 2013. The proposals which the EU side has put on the table for the trans-Atlantic trade talks closely resemble the chamber’s wish-list.
“…o que realmente seria uma boa notícia para o setor produtivo da sociedade é uma redução nos gastos do governo. Tal notícia, no entanto, seria péssima para todos os empregos artificiais e improdutivos que surgiram em decorrência de um aumento nos gastos do governo”. Pura verdade.
O que Passos não tem conseguido corrigir são esses empregos artificiais que sugam a economia e impossibilitam a entrada de gente jovem, mais bem preparada.
Escondem-se os recursos do protetorado, lançam-se cortinas de fumo sobre os assuntos decisivos e mantem-se o entretenimento nas tv, quanto mais desbocadas melhor.
Quanto ao TTIP vai ser muito nefasto para a UE. Existe uma aparente consulta à sociedade civil, mas nem por isso o processo de negociação da Parceria deixa de ser é opaco e anti-democrático, entre as empresas da UE e EUA, longe da vista dos cidadãos europeus.
Pior que tudo a maçonaria continua a dominar os serviços secretos.
Passos não tem força suficiente para alterar a conjura e vamos continuar a ver golpes sobre golpes no sentido de desagregar uma sociedade acanhada, débil e dependente.
Muitos submarinos, muitas tecnoformas, a calúnia como expoente máximo alicerçada pelos media corruptos com agentes feitos pivots de cara séria, perna boa e decote largo.
Presenciamos eixos surpreendentes entre porto e lisboa, exigências diárias e ridículas de demissão do governo ligado à máquina, contorcionismos de gente do passado afectada pelo reumatismo, desesperada pela perda de mordomias, temerosa do que está para vir.
Os grande maioria dos portugueses querem ser funcionários públicos, querem o estado presente em todas as áreas da actividade económica para além das actividades onde deve estar, como o SNS, a escola publica, a Justiça, a tropa e as policias, por isso acho que ainda pagamos poucos impostos. Não se pode querer um estado omnipresente na nossa vida colectiva e depois achar que é caro.
A PT é “estratégica”, a TAP é “estratégica”, a CGD é “estratégica”, os transportes colectivos das grandes cidades são “estratégicos” e devem ser controlados pelo estado. Acontece que todas estas empresas “estratégicas” têm passivos que no seu conjunto são quase metade do PIB, e algumas são crónicamente deficitárias.
Então quem é que deve pagar esta “estratégia” toda? A divida publica, a Mme Merkell ou os impostos dos portugueses?
“… o SNS, a escola publica, a Justiça, a tropa e as policias,”
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As duas primeiras actividades estão a mais, Podem ser exercidas com mais eficiência pela iniciativa privada, como se tem provado. Quanto ás outras, merecem melhor estudo desde que haja vontade para tal.
Já te deste conta que o 25 de Abril destronou a ditadura e que agora o regime é outro??? E sendo um estado social, tem OBRIGAÇÔES e as funções que apontas cabem ao estado e não aos privados.
Tenho a certeza sim, porque tomei dos dois e como digo muitas vezes, prefiro uma má democracia a uma boa ditadura.
Dou-te apenas um exemplo: Antes estavam presos desgraçados muitos sem saber porquê hoje os presos que estão presos sabem de sobra porque estão presos.
Tu vives no Alentejo e o chaparro sou eu, boa…queres traduzir o que disseste??? O que tu dizes é tão profundo que uma leitura rápida não chega. Conta lá
PiErre o assunto é mas complicado do que pode parecer.
Isto vai muito além do protectorado. Fia mais fino. Se pudesse falar com o tio balsas ele poderia explicar se tivesse emborcado previamente uns bons whiskies.
Ele é dos que estão mais “au point” do que os palhaços tristes da nossa praça imunda.
Veja parte da entrevista de Charles Esche, director do conhecido Van Abbemuseum.
” Claramente, o Estado, ou os Estados, entraram em crise existencial. Uma crise de um tipo que já não se via há bastante tempo – provavelmente desde o fim do século XVIII, com o nascimento do conceito de Estado-nação. Diria que a combinação do projecto europeu com a globalização do capital e a perda de soberania – que é muito clara em Portugal mas é visível por todo o lado desde o início da actual crise, em 2008 – produziu um desafio fundamental: a ideia de Estado, tanto em termos de estrutura identitária, como em termos económicos e de estrutura social, que define um grupo de pessoas como cidadãos e lhes atribui direitos e responsabilidades, essa noção de Estado – que até certo ponto nasce da Revolução Francesa, mas que também deriva do estabelecimento da social-democracia na Europa do pós-guerra e que foi o modelo até agora dominante na Europa –, está ameaçada. Não é um fim que se possa propriamente celebrar. Em muitos sentidos, torna a vida mais difícil. Mas, através de várias manipulações e fracassos da social-democracia – manipulações através dos mass media, mas também fracassos do próprio Estado – a ideia de Estado parece, de facto, em decadência. E não vejo forma de que possa ser salvo de si mesmo na forma que até agora lhe conhecíamos. Os objectivos desse Estado talvez ainda se possam salvar. Mas é preciso que sejam traduzidos para novos suportes A que fracassos se refere?
Ao fracasso do Estado em se adaptar a contextos e necessidades em mutação, ao fracasso do modelo do Estado providência, dos serviços nacionais de saúde, da ideia de que a cidadania é partilhada pelas pessoas e que, portanto, todas têm certos direitos, a própria ideia dos direitos que derivam de uma cidadania e dos deveres que lhe estão associados… No fundo, estamos a afastar-nos de uma estrutura democrática e a retomar um modelo oligárquico em que um pequeno grupo de pessoas organizam a maior parte das decisões e em que os governos, que não estão completamente em controlo, se alinham com essas decisões.
Presume-se que um Estado tem um Governo e que o Governo determina o que acontece nesse Estado.
Acontece que esta oligarquia é transnacional, é global, e é a nível global que opera. Se um Estado diz: vamos tentar lidar com esse problema, por exemplo, criando impostos mais altos para as actividades dessa oligarquia, ela diz: ah, bom, então vamos para outro Estado, o problema é vosso. Neste sentido, o Estado já não opera da forma que costumava. E isso nos últimos anos tornou-se óbvio para todos nós. Portanto, é o Estado que está em apuros”.
O piErre e outros sabem o que é estar em apuros. Os que sabem temem as consequências e por isso quando chega o momento crítico, negam tudo o que prometeram.
É o que se passa com Hollande, Passos, Renzi e tantos outros. É o que se passaria com costa se algum dia esse paspalhão vazio de ideias honestas viesse a ser alguma coisa.
Sei o que é estar em apuros estou disposto a correr o risco como na Islândia correram. Para isso teria que confiar num grupo organizado e corajoso que não estivesse conspurcado com os pseudo políticos de bolsos cheios. Não seria os podemos nem o syriza naturalmente.
Depois das legislativas, a confusão que vai ter lugar talvez proporcione uma oportunidade, se a UE se desmembrar. Veremos, já esteve mais longe.
“… se algum dia esse paspalhão vazio de ideias honestas viesse a ser alguma coisa.”
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Infelizmente corremos esse risco. O diabo seja surdo, cego e mudo!
.
Bom Natal,
PiErre
Pierre:
Um anos depois de ter tomado posse, el Gobierno Passos devia ter criado:
a) Uma Direcçao Nacional de Segurança Interna, com PSP e GNR e talvez outras, sob chefia ou comando comum.
b) Portanto, a prova de que Progrmas Eleitorais e de Governo, nao servem para nada.
d) Muito menos, expressoes de futulidade de quem nao sabe nem quer saber: Mr Passos & Mr Portas, com a estafada frase ‘Reforma do Estado’
Somos assim.
Melhor Ano novo.
Monti: nós damos as ideias e indicamos as ações necessárias, como essa de juntar as polícias para ter economias de escala, até podem pôr no programa de governo e depois não cumprem nada.
«“actividades não geradoras de riqueza”, como por exemplo, Saúde, Educação, Cultura…»
Actividades não geradoras de riqueza como por exemplo:
– Um mapa autárquico com mais de 300 municípios, com um mapa autárquico dos tempos em que o povo andava a pé, de charrete ou de burro, onde há emprego para 100 e tal mil almas mais os empregos das empresas municipais: ninguém sabe quantos funcionários há pelo país nestas «empresas», mas não existiam no passado, e as coisas, digamos, funcionavam;
– IPSSs com as Misericórdias à cabeça a replicar funções da Segurança Social, do SNS ou da Escola Pública, ou ainda da acção social do poder local – agora é moda e chamam-lhe emprego social e economia social, mas são na realidade quase 2 mil milhões do Orçamento de Estado e mais uns milhares de empregos à custa dos nossos impostos;
– Colégios com contrato de associação em regiões com escolas públicas cujas instalações e recursos humanos estão mal aproveitados;
– Observatórios, quantos são? As suas funções não poderiam ser integradas noutros organismos do Estado?
– Fundações… não deveriam viver dos seus recursos? Não bastariam os apoios fiscais? Se não têm património para serem Fundações, simples. Não o sejam.
O governo sabe muito bem onde estão as “gorduras”, algumas o senhor refere e bem, nem sei se é por opção de classe, ideológica ou pura incompetência, vou mais por esta última. A partir de Janeiro vou começar a fazer perguntas sobre o não cumprimento do programa eleitoral aos meus deputados (meu circulo) e a primeira é o que têm a dizer sobre o governo não ter cumprido a resolução da AR (aprovada pela maioria) para a redução do parque automóvel do estado (prazo termina a 31 de dezembro 2014), um verdadeiro escândalo para um país que vive à custa dos credores, dos fundos europeus e terá de ter uma renegociação da dívida. Dou-lhe mais exemplos de estruturas imperiais para um pequeno país: a presidência custa o dobro da casa real espanhola, 16/8 milhões de euros, a AR com 230 deputados, uns 100 em exclusividade a ganhar o dobro chega perfeitamente, 3 parlamentos,3 governos regionais, etc. Ironia das ironias, o único que reduziu qualquer coisa nas freguesias foi o Sr. Relvas.
Quantas unidades são 3 triliões? Serão 3 milhões de milhões de milhões ( 3 x 1 seguido de 18 zeros) ou à americana como falam os Espírito Santo, 3 x mil x mil x 1 milhão (3x 1 seguido de 12 zeros)? É que há uma enorme diferença.
Não faças perguntas difíceis. O tipo que escreveu o artigo sabe lá a diferença. Sopraram-lhe 3 triliões e ele escreveu 3 triliões, pronto. Ou pensas que este tipo tem espírito crítico? (Nem espírito santo…)
A redução de estrutura, como indicado pelo comentador Luís, é essencial para moralizar o estado e gerar condições para os sacrifícios que todos terão de fazer. Como é que o povo compreende que se façam cortes nos salários e nas reformas, e vê os governantes chegarem em carros modelos gama alta e a roubalheira da fundações, empresas municipais e agora começou a criar uma realidade paralela à segurança social com as IPSS, que já levam 2000 milhões de euros do orçamento! concordo consigo e acrescento que nem o PC ou o BE se chegam à frente para estes cortes e na redução das câmaras. Eventualmente, temos de estoirar de vez e depois teremos uma democracia orgânica ou qualquer coisa do género.
Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.
«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Mas pelo menos muitos Governos permitem que os cidadãos criem riqueza.
Em Portugal se for proprietário que percentagem do valor da renda leva o Estado? Não é perto de 30%? Depois com o que estou a ver de valores de IMIs… em muitos casos quase 10% de uma renda vai para o IMI. Portanto se um proprietário declarar a renda e ainda se tivermos em conta o IMI… já fica com pouco mais de 60%. Mas… desses 60% tem de pagar o condomínio e obras de manutenção do apartamento e do prédio… e ainda há riscos como o inquilino desaparecer e deixar dívidas (vi muitos casos destes ao longo dos anos).
E estamos conversados quanto aos valores das rendas, que com estas regras continuarão preços da Europa Ocidental para um país com uma economia ao nível da Europa de Leste.
E depois dizem-nos: é só uns anos, é por culpa dos erros passados, e somos uns valentes e sofredores que aguentamos tudo. Parece conversa para vítimas de tortura psicológica, mas aqui é uma tortura em massa.
«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Mas podemos depois passar para os trabalhadores independentes da área dos serviços…
IVA a 23%, mais Segurança Social mais IRS… consta que tudo somado, em muitos casos, pode dar mais de 50% dos ganhos para o Estado.
Enquanto jovem, posso pensar assim…
Se tenho uma ideia inovadora e com potencial, mesmo sabendo que o nível de vida é ligeiramente superior, por que motivo não emigro para o Reino Unido, onde terei de enfrentar menos burocracias e uma carga fiscal menos pesada? Ou para Malta? Ou para a Irlanda? Ou para um país da Europa de Leste?
Eu não quero dar 50% ao Estado, e a maioria dos jovens não querem. Se eu nãoo quiser pagar SS devo ter esse direito e assumir a responsabilidade. Se eu quiser investir o dinheiro que daria para a SS num produto financeiro ou num activo qualquer devo ter esse direito.
Repito, eu recuso-me a dar 50% ou mais para o Estado e posso pôr a morada fiscal onde bem entender dentro da UE.
Como eu pensam muitos jovens e daí a «fuga de talentos».
«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Mas podemos depois passar para os trabalhadores independentes da área dos serviços…
IVA a 23%, mais Segurança Social mais IRS… consta que tudo somado, em muitos casos, pode dar mais de 50% dos ganhos para o Estado.
Enquanto jovem, posso pensar assim…
Se tenho uma ideia inovadora e com potencial, mesmo sabendo que o nível de vida é ligeiramente superior, por que motivo não emigro para o Reino Unido, onde terei de enfrentar menos burocracias e uma carga fiscal menos pesada? Ou para Malta? Ou para a Irlanda? Ou para um país da Europa de Leste?
Eu não quero dar 50% ao Estado, e a maioria dos jovens não querem. Se eu nãoo quiser pagar SS devo ter esse direito e assumir a responsabilidade. Se eu quiser investir o dinheiro que daria para a SS num produto financeiro ou num activo qualquer devo ter esse direito.
Repito, eu recuso-me a dar 50% ou mais para o Estado e posso pôr a morada fiscal onde bem entender dentro da UE.
Como eu pensam muitos jovens e daí a «fuga de talentos».
Até já há médicos a emigrar. Onde chegámos.
«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Em Portugal abre-se um pequeno negócio, uma pequena indústria, uma exploração agrícola. E depois estudamos a evolução de muitas multinacionais. Começaram como empresas familiares, voltadas para o mercado interno. Então tudo começa no mercado interno, nem sempre, mas é a regra.
Depois na prática percebemos que os portugueses têm baixo poder de compra, não podem comprar um quilo de laranjas a 2 euros, um pão de quilo a 2 euros, um saco de chás a 3 euros, uma fatia de bolo a um euro e meio; e muitos não podem pagar 35 euros por uma calça, 50 euros por um par de sapatos ou 20 euros por uma garrafa de vinho. E é nisto que temos know-how, é isto que sabemos fazer: cerâmicas, vidros, moldes, roupas, sapatos, vinhos, produtos alimentares.
Ora depois de montada a empresa percebemos que não podemos pagar salários altos, porque os produtos depois não têm saída a preços que paguem salários europeus. E constatamos que um empregado não recebe apenas o salário, mas há as férias, os subsídios de férias e de Natal, ou seja 3 salários extra sem produtividade associadada; depois há subsídio de alimentação, e despesas extra, um contrato é caro, há a Medicina no Trabalho que é uma estupidez cara, as formações têm o seu custo e são pagas pelo patrão e se um contrato a prazo não for renovado há uma compensação que em alguns casos equivale a um salário extra. Então um empregado com um salário mínimo não custa 500 euros, mas tudo somado por custar quase 700 euros.
Com o tempo também percebemos que há uns empregados excelentes e produtivos mas também há outros mais malandros que quando ficam efectivos só fazem asneiras, pois sabem que a indemnização sai cara ao patrão, e agora ele que me ature. E claro, isto reflecte-se nos lucros no final do mês.
Por um lado os patrões não querem efectivar porque sabem que alguns empregados mudam radicalmente o comportamento quando tal sucede; por outro sabem que a renovação periódica de contratos tem o seu custo, e ao fim de x tempo a lei manda mesmo efectivar.
Então a solução para fugir a esta confusão é mesmo a precariedade dos empregados, e evitar ao máximo contratar, mesmo que esteja em causa a expansão do negócio. E daí vem o desemprego.
Luís, acompanho em boa parte o que diz, em particular quando e refere ao desemprego.
Apesar de tudo há dois outros factores que pesam muito.
1) Patrões gananciosos, sem respeito pelos mais elementares princípios, ignorantes, muito menos informados que os próprios empregados, situação que está descrita e única no protetorado, falsos empresários que fazem tudo para fugir a todo o tipo de obrigações.
São um maná para o geróimo e acólitos, fazem as delícias dos delegados sindicais crónicos que vivem à conta desta situação iníqua e arrotam sabedoria.
2) Inadquação de parte da massa laboral, não aprenderam nada o tempo todo, tentaram cursos superiores em vão, ninguém informou as famílias idiotas que nunca teriam hipótese na vida, foram embrulhados pelas palavras bonitas que ainda hoje dão votos, vocês têm o direito dos vossos filhos serem dótores. Tiveram sim senhor e o resultado está à vista.
Uma imensidade e turmas ingeríveis, delinquentes que não sabem nada a não ser uma dúzia de palavrões. professores esgotados fartos duma profissão destrutiva.
A evolução tecnológica cerceou o trabalho braçal para sempre. Todos deveriam saber isso.
Os caixotes do lixo aguardam esta gente irrecuperável, não reciclável a não ser para o crime e para o tráfico.
No fundo está tudo a correr bem. Os que protestam sentem-se confortados tanta é A razão que lhes assiste. As oligarquias têm os filhos longe da barafunda, estão tranquilos, sabem que ele e elas vão facturar tanto ou mais do que os pais, a menos que… sim também há uns acidentes de percurso e no melhor pano cai a maior nódoa. São casos isolados.
Esta sociedade caduca vai continuar mais ou menos como está, na proporção de um governante bem intencionado para 1000 trafulhas encartados.
Leiam como se fez a folha a Álvaro dos Santos Pereira. Está lá tudo.
Os comparsas da tv parecem relevantes, não são: partidos, jotas, banqueiros, empreiteiros, autarcas sisudis, homens da noite, empresários da bola, traficantes de pontapés, reality shows, concursos a dar dinheiro a toda a gente, o euromilhões a espreitar na algibeira.
o circo velho de séculos com um ou mais animais ferozes pelo meio.
Atenção, mesmo os animais ferozes são treinados para o espectáculo. As crianças têm medo, mas gostam e muitas querem até lá voltar. Os engodos são inesgotáveis e a apalavra mentira é escrita ao contrário – aritnem, fixem-na, podem precisar dela a todo o instante.
Não me agradeçam, um gajo tem é que safar-se de qualquer forma, eu sei!
Há quem dirija esta malta reles todos os dias de forma a que as vacas continuem a dar leite e os bois a puxar as carrossas, mesmo em clima de austeridade.
Viva a bovinidade inesgotável!
Façamos justa homenagem a esses senhores do mundo, eles sabem da poda.
A cena completa-se com o bloco central em construção, toca de criar umas clareiras no pântano, semeiem umas florinhas coloridas, umas sondagens à maneira, música, muita música. Os intérpretes já circulam nos mais variados quadrantes. Só faltam as figuras sonantes, de preferência cheias de amor pelos pobrezinhos.
Pasme-se, quem descobriu o pântano apresta-se para voltar, sem vergonha, lógica ou coerência, talvez por pensar que vai flutuar acima dele tal Cristo por cima das águas.
Só que com Cristo as águas estavam limpas.
Os proprietários de muitas PMEs naqueles sectores onde de facto havia (e ainda há…) know-how, conhecimento de gerações, a partir dos anos 80 enviaram os filhos para as universidades estudar…. para procurar emprego na Função Pública ou nas grandes empresas e negócios que surgiram e cresceram com o Regime (banca, por exemplo).
Ao contrário do que sucede noutras paragens (ou sucedia, pelo menos nos EUA ou no Norte de Itália), onde os filhos, ou pelo menos alguns filhos, estudam para trabalhar na empresa da família, e para modernizar o negócio.
Agora muitas PMEs morreram, perdeu o tal conhecimento de gerações, muitos dos herdeiros estão na casa dos 30 ou dos 40 e sem vontade de continuar o negócio da família, e o tempo para estudarem e participarem na expansão e modernização já passou.
Mas a crise já mudou um pouco este cenário… mais por necessidade que por vontade própria. Os dótores têm vergonha da trabalhar na serralharia, fábrica de lãs, oficina ou armazém de frutas da família…
Pergunto: quem estava no poder quando se via que uma geração não estava a ser formada para modernizar as nossas PMEs? Quando havia excesso de vagas para cursos vocacionados para o Ensino, em Direito, em Ciências Sociais?
Temos excesso de licenciados?
Digamos antes que temos grave carência de «Mestres Artesãos Modernos» para as nossas indústrias tradicionais.
São carcinoma grave na nossa economia. Os esquemas são variados mas no fim de contas tudo tem um final: uma concorrência desleal para os cumpridores. Os vígaros conseguem vender o produto mais barato.
Alguns esquemas que vi ao longo dos anos:
– Não pagam a TSU dos empregados (empregados «sem papéis»);
– Não pagam as matérias-primas e vão mudando de fornecedor;
– Acumulam rendas em atraso;
– usam trabalho «escravo» de familiares, a troco de um tecto e um prato na mesa, tipicamente há o tio-avô solteirão, o filho que ainda não casou, os reformados da família, o vizinho vadio que fica bem com 10 euros ao fim do dia…;
– pagam quando lhes apetece aos fornecedores, caso comum no negócio de produtos alimentares;
Luís e Procópio: é deveras interessante o teor da vossa escrita, algo diferente do tom habitual dos comentários, considero que de acordo com a minha exegese a vossa carga de realismo nos textos é muito evidente e reforma a minha convicção de que não temos nem direita nem esquerda para sairmos do buracão onde caímos.
mas o liberalismo não quer um estado forte? com grande capacidade de regulação? foi o que li a semana passada em todos os blogs liberais!!! até diziam que se estava a chamar vaca ao porco liberal e a pedir-lhe que desse leite!!! afinal era tudo mentira, e o liberalismo quer é esvaziar o estado de competências de modo a permitir que qualquer selvageria dê lucro.
Penso que podíamos ir fazendo o balanço deste governo. Apesar de não esperar nada em 2015, vou esperar que, pelo menos, tenham coragem de introduzir no programa eleitoral o que não foi feito como prometido. É evidente que com esta carga fiscal não vamos lá, e as dificuldades de recebimento na economia real continuam e o aumento da receita deve-se á economia informal. A redução na despesa do estado para uma redução dos impostos tem de ser superior a 10% e infelizmente, a mesma continua a aumentar! Considerando que o P.S. não acrescenta nada ao problema, temos de esperar o estoiro da Grécia mude esta europa à força da realidade.
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manel,
Mas não vamos lá mesmo. equilibrar a balança de pagamentos á pala da baixa do consumo, é como diz o rui…«Se o governo elevar impostos e consequentemente conseguir obter receitas de $3 trilhões, isso o deixaria com um orçamento equilibrado. Mas isso seria positivo?
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Claro que os impostos têm de descer e deviam vir para uma taxa de 15% e andam pelos 37%, mas com o nível atual de despesa do estado tal não é possível. Por outro lado, a sociedade está envelhecida( em 3 anos saíram 350000 jovens) e os idosos não investem nada e as pessoas limitam-se a sobreviver pagando mal e a más horas. Temos a dívida controlada e devidamente registada e o défice quase controlado, mas como vamos recuperar se não temos gente motivada e os estrangeiros não investem neste país com esta carga fiscal, burocracia, justiça pouco célere e a sociedade em anomia, isto está muito complicado.
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Mais importante que os a oscilação dos valores dos impostos é como são aplicados e nesse ponto somos completamente roubados.
Festas Felizes
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Shostak quer dizer o governo não nos deseja Boas Festas.
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Nao vai ser na Grecia que ira comecar a “des-uniao”. Podera ajudar mas…quem vai dar cabo da EU vai ser o TTIP. Esta treta tem sido negociada com pouca transparencia aqui e nos proprios EUA Aos grandes interesses (corporacoes e bancos) interessa aprovar o tratado depressa, por a Europa de cocoras e usa-la como “proxy” contra a Russia e, mais tarde, contra a China.
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Também acho que sim, o trio, Rússia , China e USA é que vai escavacar isto tudo e vai ser doloroso, não se tem dado grande importância á Ucrânia mas aquilo está um pademonioooooooooooooooooooooo e como não podia deixar de ser em vez de ser um conflito regional, com a entrada dos USA passou a ter dimensão mundial. Este Obama faz lembrar o Crato, todos tinham uma certa simpatia por ele até ele se revelar e revelou-se um bom macaco….poderá ser premo Nobel com 8 dias de mandato é no que dá.
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Muda de cassete, amigo. Se quiseres informar-te porque tens milhares de páginas disponíveis na Internet. Podes começa por aqui:
http://causa-nossa.blogspot.pt/2014/11/absoluta-desinformacao.html
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O TTIP vai beneficiar alguma gente na Europa (e por arrasto em Portugal). A arraia miuda nao vai beneficiar absolutamente nada. So quem for estupido e que pode acreditar que o uncle Sam negocia um acordo em que fique a perder. A Europa sera inundada com productos de toda a especie a precos com que os locais nao podem competir.Veja-se o que aconteceu ao Mexico com a sua economia arrasada depois do NAFTA. E a minha opiniao e tenho todo o direito de a manifestar. Quanto a transparencia e honestidade dos negociadores da EU, valha-nos Deus! Nao faltam exemplos de “opacidade” e “des-honestos” comecando pelo Sr. Junker (que jura a pes juntos nunca ter feito nada de mal). Nao nos atirem com areia para os olhos, por favor. Os portuguese nao sao todos estupidos!
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Resposta a TIRO AO ALVO.
Leia as noticias acerca das manifestacoes (em Bruxelas) contra o TTIP.. Nao me diga que essa gente a manifestar-se contra o TTIP o faz apenas para ter “fun”. Ou estarao mais bem informados que o senhor que sabe tudo? Ou saberao melhor que os seus interesses nao estao a ser considerados? Saberao talvez que os interesses das corporacoes agro-alimentares poderao vencer? Infelizmente temos tantos exemplos de menbros dos governos teem feito negociatas em beneficio dos grandes aglomerados e prejuizo do seu proprio Pais. Lembra-se dos submarinos, Pandurs, tres autoestradas Lisboa/Porto,BES….A lista nao tem fim, meu caro Tiro Alvo. Acho que deve mudar de Alvo ou ir ao medico da vista. NOTA: Quando me refiro aos nossos governantes, nao refiro ao nosso rectangulo apenas. Englobo toda a EU que nao tem ficado alheia a escandalos, corrupcao, interersses privados acima dos publicos, e tantas outras vigarices. Nos comparados com os outros ate somos meros aprendizes e gostamos muito de copiar o que ha la fora (e quase sempre o pior).
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Mas o Beira leu, ou não leu o Vital Moreira?
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Li o Vital Moreira e nao so. Nao bebo duma so fonte. O sr.Vital e apenas uma pequena peca numa gigantesca e complicadissima engrenagem. Por outro lado o Sr.Vital (ou Portugal) nao teem a minima influencia no que se passa ou acontece em Bruxelas. Veja o que o uncle Sam pensa acerca da EU: “Unwisely, Washington still deals with Europe and the EU as if dealing with minor vassal states: “foot soldiers for America’s nuclear knights,” in the pithy words of Germany’s late defense minister, Franz Josef Strauss. Washington’s arrogance and contempt for Europe was best illustrated by State Department neocon Victoria Nuland’s reply when asked if the EU should get more involved in US attempts to overthrow Ukraine’s pro-Russian government, “f-k the EU.”
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Tiro ao alvo: ha outras cassettes na Internet e pode dizer “o dotor” Vital que ha muitas negociacoes a decorrer que nao sao publicadas na internet e ate sao conduzidas a porta fechada. Nothing to hide?
While Donohoe was chatting with Karel de Gucht, the EU’s trade commissioner, their meeting took place behind closed doors. De Gucht’s spokesman refused to give me any details about what was discussed, replying with a bland comment about how it was a “stakeholder meeting”, rather than a formal negotiation. That was despite how de Gucht claimed not long ago that he has “nothing to hide”.
As it happens, de Gucht has many things to hide. And he has good reason not to be transparent. Because if de Gucht was really candid about what he and his colleagues are doing, they would probably face mass public resistance.
The truth is that de Gucht is conniving with big business to destroy or dramatically weaken health, environmental and labour standards and democracy itself.
The US Chamber of Commerce was the American pressure group most consulted by officials working for de Gucht in 2012 and 2013. The proposals which the EU side has put on the table for the trans-Atlantic trade talks closely resemble the chamber’s wish-list.
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“…o que realmente seria uma boa notícia para o setor produtivo da sociedade é uma redução nos gastos do governo. Tal notícia, no entanto, seria péssima para todos os empregos artificiais e improdutivos que surgiram em decorrência de um aumento nos gastos do governo”. Pura verdade.
O que Passos não tem conseguido corrigir são esses empregos artificiais que sugam a economia e impossibilitam a entrada de gente jovem, mais bem preparada.
Escondem-se os recursos do protetorado, lançam-se cortinas de fumo sobre os assuntos decisivos e mantem-se o entretenimento nas tv, quanto mais desbocadas melhor.
Quanto ao TTIP vai ser muito nefasto para a UE. Existe uma aparente consulta à sociedade civil, mas nem por isso o processo de negociação da Parceria deixa de ser é opaco e anti-democrático, entre as empresas da UE e EUA, longe da vista dos cidadãos europeus.
Pior que tudo a maçonaria continua a dominar os serviços secretos.
Passos não tem força suficiente para alterar a conjura e vamos continuar a ver golpes sobre golpes no sentido de desagregar uma sociedade acanhada, débil e dependente.
Muitos submarinos, muitas tecnoformas, a calúnia como expoente máximo alicerçada pelos media corruptos com agentes feitos pivots de cara séria, perna boa e decote largo.
Presenciamos eixos surpreendentes entre porto e lisboa, exigências diárias e ridículas de demissão do governo ligado à máquina, contorcionismos de gente do passado afectada pelo reumatismo, desesperada pela perda de mordomias, temerosa do que está para vir.
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“Passos não tem força suficiente para alterar a conjura…”
.
. Nem força, nem vontade, nem capacidade.
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Os grande maioria dos portugueses querem ser funcionários públicos, querem o estado presente em todas as áreas da actividade económica para além das actividades onde deve estar, como o SNS, a escola publica, a Justiça, a tropa e as policias, por isso acho que ainda pagamos poucos impostos. Não se pode querer um estado omnipresente na nossa vida colectiva e depois achar que é caro.
A PT é “estratégica”, a TAP é “estratégica”, a CGD é “estratégica”, os transportes colectivos das grandes cidades são “estratégicos” e devem ser controlados pelo estado. Acontece que todas estas empresas “estratégicas” têm passivos que no seu conjunto são quase metade do PIB, e algumas são crónicamente deficitárias.
Então quem é que deve pagar esta “estratégia” toda? A divida publica, a Mme Merkell ou os impostos dos portugueses?
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“… o SNS, a escola publica, a Justiça, a tropa e as policias,”
.
As duas primeiras actividades estão a mais, Podem ser exercidas com mais eficiência pela iniciativa privada, como se tem provado. Quanto ás outras, merecem melhor estudo desde que haja vontade para tal.
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Policias:
GNR e PSP, para quê? Mas ai ninguém tem coragem de mexer.
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Alex Carvalho da Silveira,
Já te deste conta que o 25 de Abril destronou a ditadura e que agora o regime é outro??? E sendo um estado social, tem OBRIGAÇÔES e as funções que apontas cabem ao estado e não aos privados.
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Tens a certeza de que o regime é mesmo outro? Isso não será ilusão tua?
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PiErre,
Tenho a certeza sim, porque tomei dos dois e como digo muitas vezes, prefiro uma má democracia a uma boa ditadura.
Dou-te apenas um exemplo: Antes estavam presos desgraçados muitos sem saber porquê hoje os presos que estão presos sabem de sobra porque estão presos.
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Ou seja passámos de uma ditadura para outra ditadura.
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A Ditadura dos Bolotas que obrigam pela violência quem não concorda.
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Como sempre a perspectiva do chaparro; bolota, percebeste o que eu escrevi?
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Alex,
Tu vives no Alentejo e o chaparro sou eu, boa…queres traduzir o que disseste??? O que tu dizes é tão profundo que uma leitura rápida não chega. Conta lá
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PiErre o assunto é mas complicado do que pode parecer.
Isto vai muito além do protectorado. Fia mais fino. Se pudesse falar com o tio balsas ele poderia explicar se tivesse emborcado previamente uns bons whiskies.
Ele é dos que estão mais “au point” do que os palhaços tristes da nossa praça imunda.
Veja parte da entrevista de Charles Esche, director do conhecido Van Abbemuseum.
” Claramente, o Estado, ou os Estados, entraram em crise existencial. Uma crise de um tipo que já não se via há bastante tempo – provavelmente desde o fim do século XVIII, com o nascimento do conceito de Estado-nação. Diria que a combinação do projecto europeu com a globalização do capital e a perda de soberania – que é muito clara em Portugal mas é visível por todo o lado desde o início da actual crise, em 2008 – produziu um desafio fundamental: a ideia de Estado, tanto em termos de estrutura identitária, como em termos económicos e de estrutura social, que define um grupo de pessoas como cidadãos e lhes atribui direitos e responsabilidades, essa noção de Estado – que até certo ponto nasce da Revolução Francesa, mas que também deriva do estabelecimento da social-democracia na Europa do pós-guerra e que foi o modelo até agora dominante na Europa –, está ameaçada. Não é um fim que se possa propriamente celebrar. Em muitos sentidos, torna a vida mais difícil. Mas, através de várias manipulações e fracassos da social-democracia – manipulações através dos mass media, mas também fracassos do próprio Estado – a ideia de Estado parece, de facto, em decadência. E não vejo forma de que possa ser salvo de si mesmo na forma que até agora lhe conhecíamos. Os objectivos desse Estado talvez ainda se possam salvar. Mas é preciso que sejam traduzidos para novos suportes A que fracassos se refere?
Ao fracasso do Estado em se adaptar a contextos e necessidades em mutação, ao fracasso do modelo do Estado providência, dos serviços nacionais de saúde, da ideia de que a cidadania é partilhada pelas pessoas e que, portanto, todas têm certos direitos, a própria ideia dos direitos que derivam de uma cidadania e dos deveres que lhe estão associados… No fundo, estamos a afastar-nos de uma estrutura democrática e a retomar um modelo oligárquico em que um pequeno grupo de pessoas organizam a maior parte das decisões e em que os governos, que não estão completamente em controlo, se alinham com essas decisões.
Presume-se que um Estado tem um Governo e que o Governo determina o que acontece nesse Estado.
Acontece que esta oligarquia é transnacional, é global, e é a nível global que opera. Se um Estado diz: vamos tentar lidar com esse problema, por exemplo, criando impostos mais altos para as actividades dessa oligarquia, ela diz: ah, bom, então vamos para outro Estado, o problema é vosso. Neste sentido, o Estado já não opera da forma que costumava. E isso nos últimos anos tornou-se óbvio para todos nós. Portanto, é o Estado que está em apuros”.
O piErre e outros sabem o que é estar em apuros. Os que sabem temem as consequências e por isso quando chega o momento crítico, negam tudo o que prometeram.
É o que se passa com Hollande, Passos, Renzi e tantos outros. É o que se passaria com costa se algum dia esse paspalhão vazio de ideias honestas viesse a ser alguma coisa.
Sei o que é estar em apuros estou disposto a correr o risco como na Islândia correram. Para isso teria que confiar num grupo organizado e corajoso que não estivesse conspurcado com os pseudo políticos de bolsos cheios. Não seria os podemos nem o syriza naturalmente.
Depois das legislativas, a confusão que vai ter lugar talvez proporcione uma oportunidade, se a UE se desmembrar. Veremos, já esteve mais longe.
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“… se algum dia esse paspalhão vazio de ideias honestas viesse a ser alguma coisa.”
.
Infelizmente corremos esse risco. O diabo seja surdo, cego e mudo!
.
Bom Natal,
PiErre
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Pierre:
Um anos depois de ter tomado posse, el Gobierno Passos devia ter criado:
a) Uma Direcçao Nacional de Segurança Interna, com PSP e GNR e talvez outras, sob chefia ou comando comum.
b) Portanto, a prova de que Progrmas Eleitorais e de Governo, nao servem para nada.
d) Muito menos, expressoes de futulidade de quem nao sabe nem quer saber: Mr Passos & Mr Portas, com a estafada frase ‘Reforma do Estado’
Somos assim.
Melhor Ano novo.
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Concordo com muito da sua visão.
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Monti: nós damos as ideias e indicamos as ações necessárias, como essa de juntar as polícias para ter economias de escala, até podem pôr no programa de governo e depois não cumprem nada.
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“actividades não geradoras de riqueza”, como por exemplo, Saúde, Educação, Cultura…
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«“actividades não geradoras de riqueza”, como por exemplo, Saúde, Educação, Cultura…»
Actividades não geradoras de riqueza como por exemplo:
– Um mapa autárquico com mais de 300 municípios, com um mapa autárquico dos tempos em que o povo andava a pé, de charrete ou de burro, onde há emprego para 100 e tal mil almas mais os empregos das empresas municipais: ninguém sabe quantos funcionários há pelo país nestas «empresas», mas não existiam no passado, e as coisas, digamos, funcionavam;
– IPSSs com as Misericórdias à cabeça a replicar funções da Segurança Social, do SNS ou da Escola Pública, ou ainda da acção social do poder local – agora é moda e chamam-lhe emprego social e economia social, mas são na realidade quase 2 mil milhões do Orçamento de Estado e mais uns milhares de empregos à custa dos nossos impostos;
– Colégios com contrato de associação em regiões com escolas públicas cujas instalações e recursos humanos estão mal aproveitados;
– Observatórios, quantos são? As suas funções não poderiam ser integradas noutros organismos do Estado?
– Fundações… não deveriam viver dos seus recursos? Não bastariam os apoios fiscais? Se não têm património para serem Fundações, simples. Não o sejam.
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O governo sabe muito bem onde estão as “gorduras”, algumas o senhor refere e bem, nem sei se é por opção de classe, ideológica ou pura incompetência, vou mais por esta última. A partir de Janeiro vou começar a fazer perguntas sobre o não cumprimento do programa eleitoral aos meus deputados (meu circulo) e a primeira é o que têm a dizer sobre o governo não ter cumprido a resolução da AR (aprovada pela maioria) para a redução do parque automóvel do estado (prazo termina a 31 de dezembro 2014), um verdadeiro escândalo para um país que vive à custa dos credores, dos fundos europeus e terá de ter uma renegociação da dívida. Dou-lhe mais exemplos de estruturas imperiais para um pequeno país: a presidência custa o dobro da casa real espanhola, 16/8 milhões de euros, a AR com 230 deputados, uns 100 em exclusividade a ganhar o dobro chega perfeitamente, 3 parlamentos,3 governos regionais, etc. Ironia das ironias, o único que reduziu qualquer coisa nas freguesias foi o Sr. Relvas.
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o manuel só não percebeu que cortar nas “gorduras” é inconstitucional.
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Quantas unidades são 3 triliões? Serão 3 milhões de milhões de milhões ( 3 x 1 seguido de 18 zeros) ou à americana como falam os Espírito Santo, 3 x mil x mil x 1 milhão (3x 1 seguido de 12 zeros)? É que há uma enorme diferença.
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Não faças perguntas difíceis. O tipo que escreveu o artigo sabe lá a diferença. Sopraram-lhe 3 triliões e ele escreveu 3 triliões, pronto. Ou pensas que este tipo tem espírito crítico? (Nem espírito santo…)
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Isso para o caso não conta. É apenas uma metáfora.
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Que o governo sabe onde estão as gorduras, sabe…nunca será o bloco central em preparação que s vai cortar.
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A redução de estrutura, como indicado pelo comentador Luís, é essencial para moralizar o estado e gerar condições para os sacrifícios que todos terão de fazer. Como é que o povo compreende que se façam cortes nos salários e nas reformas, e vê os governantes chegarem em carros modelos gama alta e a roubalheira da fundações, empresas municipais e agora começou a criar uma realidade paralela à segurança social com as IPSS, que já levam 2000 milhões de euros do orçamento! concordo consigo e acrescento que nem o PC ou o BE se chegam à frente para estes cortes e na redução das câmaras. Eventualmente, temos de estoirar de vez e depois teremos uma democracia orgânica ou qualquer coisa do género.
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Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.
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«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Mas pelo menos muitos Governos permitem que os cidadãos criem riqueza.
Em Portugal se for proprietário que percentagem do valor da renda leva o Estado? Não é perto de 30%? Depois com o que estou a ver de valores de IMIs… em muitos casos quase 10% de uma renda vai para o IMI. Portanto se um proprietário declarar a renda e ainda se tivermos em conta o IMI… já fica com pouco mais de 60%. Mas… desses 60% tem de pagar o condomínio e obras de manutenção do apartamento e do prédio… e ainda há riscos como o inquilino desaparecer e deixar dívidas (vi muitos casos destes ao longo dos anos).
E estamos conversados quanto aos valores das rendas, que com estas regras continuarão preços da Europa Ocidental para um país com uma economia ao nível da Europa de Leste.
E depois dizem-nos: é só uns anos, é por culpa dos erros passados, e somos uns valentes e sofredores que aguentamos tudo. Parece conversa para vítimas de tortura psicológica, mas aqui é uma tortura em massa.
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«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Mas podemos depois passar para os trabalhadores independentes da área dos serviços…
IVA a 23%, mais Segurança Social mais IRS… consta que tudo somado, em muitos casos, pode dar mais de 50% dos ganhos para o Estado.
Enquanto jovem, posso pensar assim…
Se tenho uma ideia inovadora e com potencial, mesmo sabendo que o nível de vida é ligeiramente superior, por que motivo não emigro para o Reino Unido, onde terei de enfrentar menos burocracias e uma carga fiscal menos pesada? Ou para Malta? Ou para a Irlanda? Ou para um país da Europa de Leste?
Eu não quero dar 50% ao Estado, e a maioria dos jovens não querem. Se eu nãoo quiser pagar SS devo ter esse direito e assumir a responsabilidade. Se eu quiser investir o dinheiro que daria para a SS num produto financeiro ou num activo qualquer devo ter esse direito.
Repito, eu recuso-me a dar 50% ou mais para o Estado e posso pôr a morada fiscal onde bem entender dentro da UE.
Como eu pensam muitos jovens e daí a «fuga de talentos».
Até já há médicos a emigrar. Onde chegámos.
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«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Mas podemos depois passar para os trabalhadores independentes da área dos serviços…
IVA a 23%, mais Segurança Social mais IRS… consta que tudo somado, em muitos casos, pode dar mais de 50% dos ganhos para o Estado.
Enquanto jovem, posso pensar assim…
Se tenho uma ideia inovadora e com potencial, mesmo sabendo que o nível de vida é ligeiramente superior, por que motivo não emigro para o Reino Unido, onde terei de enfrentar menos burocracias e uma carga fiscal menos pesada? Ou para Malta? Ou para a Irlanda? Ou para um país da Europa de Leste?
Eu não quero dar 50% ao Estado, e a maioria dos jovens não querem. Se eu nãoo quiser pagar SS devo ter esse direito e assumir a responsabilidade. Se eu quiser investir o dinheiro que daria para a SS num produto financeiro ou num activo qualquer devo ter esse direito.
Repito, eu recuso-me a dar 50% ou mais para o Estado e posso pôr a morada fiscal onde bem entender dentro da UE.
Como eu pensam muitos jovens e daí a «fuga de talentos».
Até já há médicos a emigrar. Onde chegámos.
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«Nunca vi em que país alguma vez um governo criou riqueza, isto é ; se alguma vez semearam ao menos 1kg de batatas , mas ta bem lá se vai escrevendo para tótós.»
Em Portugal abre-se um pequeno negócio, uma pequena indústria, uma exploração agrícola. E depois estudamos a evolução de muitas multinacionais. Começaram como empresas familiares, voltadas para o mercado interno. Então tudo começa no mercado interno, nem sempre, mas é a regra.
Depois na prática percebemos que os portugueses têm baixo poder de compra, não podem comprar um quilo de laranjas a 2 euros, um pão de quilo a 2 euros, um saco de chás a 3 euros, uma fatia de bolo a um euro e meio; e muitos não podem pagar 35 euros por uma calça, 50 euros por um par de sapatos ou 20 euros por uma garrafa de vinho. E é nisto que temos know-how, é isto que sabemos fazer: cerâmicas, vidros, moldes, roupas, sapatos, vinhos, produtos alimentares.
Ora depois de montada a empresa percebemos que não podemos pagar salários altos, porque os produtos depois não têm saída a preços que paguem salários europeus. E constatamos que um empregado não recebe apenas o salário, mas há as férias, os subsídios de férias e de Natal, ou seja 3 salários extra sem produtividade associadada; depois há subsídio de alimentação, e despesas extra, um contrato é caro, há a Medicina no Trabalho que é uma estupidez cara, as formações têm o seu custo e são pagas pelo patrão e se um contrato a prazo não for renovado há uma compensação que em alguns casos equivale a um salário extra. Então um empregado com um salário mínimo não custa 500 euros, mas tudo somado por custar quase 700 euros.
Com o tempo também percebemos que há uns empregados excelentes e produtivos mas também há outros mais malandros que quando ficam efectivos só fazem asneiras, pois sabem que a indemnização sai cara ao patrão, e agora ele que me ature. E claro, isto reflecte-se nos lucros no final do mês.
Por um lado os patrões não querem efectivar porque sabem que alguns empregados mudam radicalmente o comportamento quando tal sucede; por outro sabem que a renovação periódica de contratos tem o seu custo, e ao fim de x tempo a lei manda mesmo efectivar.
Então a solução para fugir a esta confusão é mesmo a precariedade dos empregados, e evitar ao máximo contratar, mesmo que esteja em causa a expansão do negócio. E daí vem o desemprego.
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Luís, acompanho em boa parte o que diz, em particular quando e refere ao desemprego.
Apesar de tudo há dois outros factores que pesam muito.
1) Patrões gananciosos, sem respeito pelos mais elementares princípios, ignorantes, muito menos informados que os próprios empregados, situação que está descrita e única no protetorado, falsos empresários que fazem tudo para fugir a todo o tipo de obrigações.
São um maná para o geróimo e acólitos, fazem as delícias dos delegados sindicais crónicos que vivem à conta desta situação iníqua e arrotam sabedoria.
2) Inadquação de parte da massa laboral, não aprenderam nada o tempo todo, tentaram cursos superiores em vão, ninguém informou as famílias idiotas que nunca teriam hipótese na vida, foram embrulhados pelas palavras bonitas que ainda hoje dão votos, vocês têm o direito dos vossos filhos serem dótores. Tiveram sim senhor e o resultado está à vista.
Uma imensidade e turmas ingeríveis, delinquentes que não sabem nada a não ser uma dúzia de palavrões. professores esgotados fartos duma profissão destrutiva.
A evolução tecnológica cerceou o trabalho braçal para sempre. Todos deveriam saber isso.
Os caixotes do lixo aguardam esta gente irrecuperável, não reciclável a não ser para o crime e para o tráfico.
No fundo está tudo a correr bem. Os que protestam sentem-se confortados tanta é A razão que lhes assiste. As oligarquias têm os filhos longe da barafunda, estão tranquilos, sabem que ele e elas vão facturar tanto ou mais do que os pais, a menos que… sim também há uns acidentes de percurso e no melhor pano cai a maior nódoa. São casos isolados.
Esta sociedade caduca vai continuar mais ou menos como está, na proporção de um governante bem intencionado para 1000 trafulhas encartados.
Leiam como se fez a folha a Álvaro dos Santos Pereira. Está lá tudo.
Os comparsas da tv parecem relevantes, não são: partidos, jotas, banqueiros, empreiteiros, autarcas sisudis, homens da noite, empresários da bola, traficantes de pontapés, reality shows, concursos a dar dinheiro a toda a gente, o euromilhões a espreitar na algibeira.
o circo velho de séculos com um ou mais animais ferozes pelo meio.
Atenção, mesmo os animais ferozes são treinados para o espectáculo. As crianças têm medo, mas gostam e muitas querem até lá voltar. Os engodos são inesgotáveis e a apalavra mentira é escrita ao contrário – aritnem, fixem-na, podem precisar dela a todo o instante.
Não me agradeçam, um gajo tem é que safar-se de qualquer forma, eu sei!
Há quem dirija esta malta reles todos os dias de forma a que as vacas continuem a dar leite e os bois a puxar as carrossas, mesmo em clima de austeridade.
Viva a bovinidade inesgotável!
Façamos justa homenagem a esses senhores do mundo, eles sabem da poda.
A cena completa-se com o bloco central em construção, toca de criar umas clareiras no pântano, semeiem umas florinhas coloridas, umas sondagens à maneira, música, muita música. Os intérpretes já circulam nos mais variados quadrantes. Só faltam as figuras sonantes, de preferência cheias de amor pelos pobrezinhos.
Pasme-se, quem descobriu o pântano apresta-se para voltar, sem vergonha, lógica ou coerência, talvez por pensar que vai flutuar acima dele tal Cristo por cima das águas.
Só que com Cristo as águas estavam limpas.
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Os proprietários de muitas PMEs naqueles sectores onde de facto havia (e ainda há…) know-how, conhecimento de gerações, a partir dos anos 80 enviaram os filhos para as universidades estudar…. para procurar emprego na Função Pública ou nas grandes empresas e negócios que surgiram e cresceram com o Regime (banca, por exemplo).
Ao contrário do que sucede noutras paragens (ou sucedia, pelo menos nos EUA ou no Norte de Itália), onde os filhos, ou pelo menos alguns filhos, estudam para trabalhar na empresa da família, e para modernizar o negócio.
Agora muitas PMEs morreram, perdeu o tal conhecimento de gerações, muitos dos herdeiros estão na casa dos 30 ou dos 40 e sem vontade de continuar o negócio da família, e o tempo para estudarem e participarem na expansão e modernização já passou.
Mas a crise já mudou um pouco este cenário… mais por necessidade que por vontade própria. Os dótores têm vergonha da trabalhar na serralharia, fábrica de lãs, oficina ou armazém de frutas da família…
Pergunto: quem estava no poder quando se via que uma geração não estava a ser formada para modernizar as nossas PMEs? Quando havia excesso de vagas para cursos vocacionados para o Ensino, em Direito, em Ciências Sociais?
Temos excesso de licenciados?
Digamos antes que temos grave carência de «Mestres Artesãos Modernos» para as nossas indústrias tradicionais.
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Quanto aos patrões vigaristas…
São carcinoma grave na nossa economia. Os esquemas são variados mas no fim de contas tudo tem um final: uma concorrência desleal para os cumpridores. Os vígaros conseguem vender o produto mais barato.
Alguns esquemas que vi ao longo dos anos:
– Não pagam a TSU dos empregados (empregados «sem papéis»);
– Não pagam as matérias-primas e vão mudando de fornecedor;
– Acumulam rendas em atraso;
– usam trabalho «escravo» de familiares, a troco de um tecto e um prato na mesa, tipicamente há o tio-avô solteirão, o filho que ainda não casou, os reformados da família, o vizinho vadio que fica bem com 10 euros ao fim do dia…;
– pagam quando lhes apetece aos fornecedores, caso comum no negócio de produtos alimentares;
etc, etc, etc.
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Luís e Procópio: é deveras interessante o teor da vossa escrita, algo diferente do tom habitual dos comentários, considero que de acordo com a minha exegese a vossa carga de realismo nos textos é muito evidente e reforma a minha convicção de que não temos nem direita nem esquerda para sairmos do buracão onde caímos.
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De acordo com o que escreveu acerca dos comentários de Luís e Procópio.
E, infelizmente, também de acordo com a dimensão do buraco onde caímos (fomos atirados?) e a dificuldade de alguém nos valer.
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mas o liberalismo não quer um estado forte? com grande capacidade de regulação? foi o que li a semana passada em todos os blogs liberais!!! até diziam que se estava a chamar vaca ao porco liberal e a pedir-lhe que desse leite!!! afinal era tudo mentira, e o liberalismo quer é esvaziar o estado de competências de modo a permitir que qualquer selvageria dê lucro.
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Benvindos à Era do Aquário. Ultrapassámos já o nº de refugiados que existiu durante a 2ª Grande Guerra.
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