Polémica incendeia redes sociais
Ricardo Araújo Pereira: Tudo o que se diz nas redes sociais é notável, ao contrário do que se diz, por exemplo, em snack-bares. As pessoas também dizem coisas em snack-bares. Normalmente, as mesmas coisas que se dizem nas redes sociais, o que é curioso. No entanto, os jornalistas nunca tomaram o pulso aos snack-bares. Nunca noticiaram: “Tal caso está a gerar polémica nos snack-bares.” Talvez porque seja impossível saber o que se diz em todos os snack-bares. No entanto, também há milhares de milhões de utilizadores de redes sociais, pelo que custa a crer que seja possível saber qual é a opinião das redes sociais. Em princípio, estão lá todas as opiniões possíveis. Provavelmente por razões de deslumbramento tecnológico, atitudes de snack-bar, quando tomadas em redes sociais, ganham, para os jornalistas, outra credibilidade. Digo que são atitudes de snack-bar porque, tal como no snack-bar, nas redes sociais também não há conversas em voz baixa – circunstância que os próprios jornalistas reconhecem. Eis um apanhado das últimas notícias sobre o que se passa nas redes sociais: “Polémica com Dolce e Gabbana incendeia redes sociais”, “Está esclarecida a polémica que incendiou as redes sociais. O cachecol de Varoufakis é mais velho que a crise”, “Post de assessora de congressista americano incendiou as redes sociais”, “Irmã de Neymar incendeia as redes sociais”, “Este é o vestido que incendiou as redes sociais”, “Etiqueta de roupa da marca indonésia Salvo Sports incendiou as redes sociais”, “Várias personalidades negras de Hollywood entregaram prémios nos Oscars, pormenor que incendiou as redes sociais”, “‘Era tudo maquilhagem’, diz Uma Thurman sobre a polémica que rapidamente incendiou as redes sociais”, “Gustavo Santos voltou a criticar o ‘Charlie Hebdo’, depois de um post no facebook que incendiou as redes sociais”. Pelos vistos, um incêndio perpétuo (semelhante ao do inferno mas, provavelmente, mais intenso) lavra nas redes sociais. Uma turba agita-se para lapidar opiniões, comentários e peças de roupa. E os jornalistas vão atrás, para contabilizar o número de pedras arremessadas

Para que é que esse Sr. Ricardo – e a própia Drª Helena – vêm incendiar esta rede ?
GostarGostar
Os jornalistas em regra estão a soldo do politicamente correto, seguem Goebbels com afinco e trabalham mais na horizontal do que na vertical. Há quem pense que temos os jornalista que merecemos
GostarGostar
O Sr. deve receber por artigo e como nem sempre está inspirado escreveu umas banalidades. Ser ensaísta como Vasco Pulido Valente ou Vítor da Cunha Rego(já falecido) exige muito estudo e trabalho e não é para todos.
GostarGostar
Náo confunda alhos com bugalhos. O homem é um cómico, senhor. E acho que não quer ser outra coisa. É esquerdista-caviar e do benfica (um mal nunca vem só) mas, ao que parece, não vive por conta dos contribuintes.
GostarGostar
o post abaixo da Helena “para perceber a doideira ..pais vizinho ” insere se precisamente na categoria snack bar…q a esquerda tb bebe uns copos ao balcao 🙂
GostarGostar
Parabéns, Helena!
A capacidade de se rir de si própria é notável.
GostarGostar
a) RAP diz o que quer e não incendeia nada.
b) Os jornalistas também acham que se acende um cigarro com o incêndio de um fósforo.
E aqui estamos nesta pasmaceira.
GostarGostar
Parece que as redes sociais enrabam de mais.
GostarGostar
Uma coisa é certa e provada: as redes sociais emprenham os ouvidos dos jornalistas portugueses…
GostarGostar
São mais barrigas de aluguer que outra coisa qualquer.
GostarGostar