O regresso da censura
A lei eleitoral obriga, desde 1975, ao tratamento igualitário pelos jornalistas dos vários partidos concorrentes a eleições. E a Constituição também fala em tratamento igual para todos, embora não deixe claro que isso se aplica ao tratamento dado por agentes privados ou às notícias.
Durante anos essa lei foi sensatamente interpretada, o que permitiu que o líder do PS não tivesse que debater com a Carmelinda Pereira. Até que as televisões começaram a ser multadas e a ter processos em tribunal, o que as levou a cancelar os debates em período eleitoral.
Portanto, a censura sempre esteve na lei, e, graças ao bom senso, foi mitigada na prática, até que …
Como é que isto se resolve? Pelo muito português método da quadratura do círculo. Não se pode excluir a Carmelinda Pereira, não se pode pré-aprovar planos de cobertura das eleições, não se pode fazer uma lei que limite os jornalistas e espera-se que as TVs organizem debates. Vejam a opinião dos inconstitucionalistas, para ver se não é assim.
Logo, fica tudo como até aqui. Mantém-se em vigor a lei do Vasco Gonçalves que regula estas coisas e não haverá debates.
PS- Isto também é conhecido pela “solução mirós”. Fazer muito barulho, muita indignação e depois as coisas ficam pior de todos os pontos de vista.

Lá que a lei obrigue os meios de comunicação do Estado ao tal igualitarismo, ainda se aceita. Obrigar os privados é uma ingerência que repudio.
Se os senhores deputados não têm mais nada para fazer, que façam uma lei que reduza o seu número.
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Está aqui sinteticamente explicado o problema.
Os pequenos homens que nos governam, e os outros que nos querem governar, continuam a não distinguir Estado de privado.
No fundo todos eles do PSD à deputada fantasma de Os Verdes querem que o Estado regule tudo ou de preferência mande em tudo.
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comparada com a lei que queriam aprovar a do vasco até é boa…
referir-se a inconstitucionalistas é um enorme sinal de pequenez.
e essa azia tem tratamento…
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A ausência de debates é a situação mais querida do PCP. Com a capacidade única de movimentar-se nas acções “subterrâneas” dos sindicatos e das chefias intermédias do poder público, faz os seus “debates” presenciais.
E o PCP, mais que outros, odiaria debater na TV com “Carmelinda Pereira”, mas está caladinho. Só que nem um rato, mas como um gato.
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Aos partidos e aos deputados (nadinha inteligentes no caso) que congeminaram à sucapa essa tentativa de regulamentar, rebentou-lhes a “bomba nas mãos”.
E para agravar a situação, nas vésperas do 25 de Abril…
O P”S” foi o menos molestado, porque não governa e não será por este episódio que perderá votos; atraíu para uma ratoeira mediática e para a vox populi os ingénuos P”SD” e C”DS”…
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Ah Sim ? Que giro. É tão modernaço ser contra a censura.
Deixem-me tentar.
É para festejar o regresso da dita que este blog se dedica a expulsar os bloggers que saiam da linha do partido ?
Já está.
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