A Esquerda festeja o quê?
Depois dos resultados das eleições legislativas Catarina avançou que BE saiu reforçado. PCP disse que o acordo das esquerdas unidas funcionou e se o seu partido não obteve mais votos foi porque foi feita uma campanha de difamação (coitadinhos). Costa atribuiu esta “vitória” ao sucesso da Geringonça. Mas qual sucesso minha gente? Bateram com a cabeça nalgum lado?
O PC perdeu 110 000 votos e 5 deputados; o BE perdeu 60 000 votos e por pouco não ia um deputado à vida; os três partidos “geringonceiros” perderam no seu conjunto, cerca de 50 000 votos; os verdes “evaporaram-se”; o PS não só não obteve a maioria absoluta quase garantida durante um bom par de meses pelos média que andaram com eles ao colinho, como só cresceu 120 000 votos em relação à sua derrota em 2015 e a votação de 2019 foi ainda menor que a da PAF em 2015, mas ao contrário destes, com uma conjuntura nacional e internacional amplamente favorável ao passo que o executivo anterior teve de governar sob um resgate financeiro severo. Entrou ainda o CHEGA e o IL, duas forças, uma de direita outra liberal que vieram revolucionar a forma de fazer política em Portugal. Então festejam o quê?
A juntar a isto há que lembrar que tivemos uma abstenção recorde e subida de brancos e nulos. Querem melhor mensagem de que a maioria silenciosa está a dizer BASTA a esta miséria de socialismo e social democracia que nos desgoverna desde que existe?
Os “geringonceiros” tiveram 4 anos completos para mostrar o que valem unidos nas suas poucas diferenças a aprovar todos os OE de Centeno, todas as medidas “milagrosas” de aumento camuflado de austeridade de Costa para acabar com a austeridade (quanta ironia) e no fim nem uma votação melhor que a que tiveram com Passos Coelho conseguem? Não era suposto com um governo “tão bom” e cheio de “sucessos” ser exactamente o oposto?
A verdade é que esta união das esquerdas foi um autêntico “flop” que levou o país outra vez a secar todas as suas provisões e colocá-lo de novo na corda bamba a um passo de colapsar caso a economia internacional se constipe. E as pessoas ao contrário do que quiseram fazer crer, não estão a dormir.
De nada valeu abafar as vozes críticas a esta alternativa de desgoverno. De nada adiantou silenciar os novos partidos. De nada valeu escrever artigos a granel a ameaçar com a “extrema-direita” e suas “consequências”. As pessoas não são parvas. A maioria sentiu e sente que não houve qualquer melhoria nesta país, bem pelo contrário. A maioria percebeu e percebe que tudo isto é só uma grande farsa. A maioria só não se mobilizou mais, ainda, porque apesar de se rever nalguns partidos novos, jamais acreditou que esses votos poderiam mudar alguma coisa (a tal estória do voto útil).
Por isso, não foi ainda desta vez que a viragem à direita se tornou expressiva mas será daqui a uns anos. Anotem aí.
A entrada no Parlamento do IL e CHEGA é só o começo de uma nova etapa política.

Com gaguez(que só dá mais descrédito ao parlamento seja qual for a cor da pessoa) ou sem gaguez eis o que temos novamente (com a excepção de um outro que fazem falta para abalar o charco) um parlamento de renovados papagaios(e não me refiro agora ao mor).
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A politica é uma Maratona. A Direita chegará ao Poder e não será com partidos fofinhos como o CDS ou PSD.
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“…há que lembrar que tivemos uma abstenção recorde e subida de brancos e nulos. Querem melhor mensagem de que a maioria silenciosa está a dizer BASTA a esta miséria de socialismo e social democracia que nos desgoverna desde que existe?”
Alto lá, D. Miranda. Este regime podre ignora a abstenção e os votos brancos/nulos; mas não queira v. apropriar-se deles, ou fingir que estão ao serviço do seu clube.
Este BASTA não é ao seu mítico ‘socialismo’ – há-de explicar onde é que os trabalhadores controlam os meios de produção, ou a gestão da sociedade – nem à esquerda, nem à direita, nem a outro lado qualquer.
Este BASTA, digo-lhe eu que nunca votei outra coisa que não nulo, é a este esgoto partidário e a esta partidocracia podre: a TODA ela, não apenas à parte que lhe irrita o nariz.
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Será que é do meu “club” político? Teste: o Filipe Bastos acha, como eu, que : A Politica é demasiado importante para ser tratada por políticos?
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Sim. Aliás, em Portugal não há política; só há pulhítica.
Os partidos não passam de viveiros de chulos e trafulhas. Alguns são piores que outros, mas é impossível haver lá gente decente. O esgoto partidário não deixa. Ou são contaminados, ou são afastados.
Política requer uma democracia a sério. Mais directa. Temos de responsabilizar a canalha pulhítica; e temos de tomar parte nas decisões relevantes. Precisamos de factos, não de propaganda, e de cidadãos mais informados, de forma a tomar melhores decisões.
Ninguém fala disto. Cada um só puxa pelo seu clube, seja esquerda ou direita, como se rodar o tacho para estes ou aqueles fosse uma solução mágica. Esquerda e direita, no mundo actual, são cantigas para embalar carneiros.
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Em geral, na sua grande maioria, são afastados, caro @Filipe.
Os decentes e inteligentes são afastados pelas intrigas malvadas do esterco da humanidade.
Poucos são aqueles, que se deixam contaminar, salvo erro. Claro.
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Filipe Bastos e Jornaleca estamos no bom caminho. Em breve começaremos o assalto ao poder. A primeira coisa que deu muito trabalho foi podermo-nos exprimir de forma clara. A seguir vem a acção … como em 26.
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Mas quando aparece um Estadista que põe Primeiro os interesses de Portugal os portugueses continuam a preferir os trafulhas…. e depois lamentam- se…
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Lamento dizer, d. Cristina, mas no campeonato do festejo de derrotas, Rui Rio conseguiu bater todos os outros por larga margem.
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O texto é sobre o festejo triunfal das esquerdas
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A grande derrota é do Povo Português, preferiu um trafulha a um Estadista! E a direitalha a ajudar! Agora gramam o Costa! O Regime continua a apodrecer…
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Esqueceu-se. O PAN é de extrema esquerda, quando tivermos a próxima Grande Fome Marxista
O The Economist já anda a promovê-la:
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Muito bem, cara autora. Muito bem.
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Do universo de eleitores, votaram 44% (51% abstenção e 5% brancos e nulos).
Estima-se que a clientela eleitoral comprada ou seguidora é de cerca de 20%.
O Costa foi eleito com cerca de 18% de votos do universo dos eleitores.
Ergo: os abstencionistas elegeram o Costa.
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