Nem sedição, nem desvio
Alguns dos antigos governantes da Catalunha foram condenados por crime de sedição e de desvio de fundos. Mas sucede que eles deram seguimento a decisões do parlamento da Catalunha, de realização do referendo e de uso de fundos. Face à lei catalã, e às decisões do parlamento representativo da sua população, não cometeram qualquer crime e apenas agiram em consequência de determinações do poder regional legitimo. Dir-me-ão que o Estado central considerou que violaram leis do Reino. Certo. Mas o direito à auto-determinação não está dependente de ser reconhecido pelas constituições centrais dos estados. É inerente às comunidades realizarem os actos políticos necessários para se auto determinarem, se o pretenderem realizar de forma pacifica e democrática, como era o caso.
Na Catalunha foi um erro tremendo (como afirmado na altura), o estado central ter impedido a realização do referendo, pois bloqueou qualquer solução política restando agora apenas lugar ao radicalismo e quem sabe, à violência. Poderia o estado espanhol ter aprendido com o Reino Unido como liderar com movimento independentista. Na Escócia, quando determinaram realizar o referendo, a lei do Uk não o permitia, mas, sendo um povo democrático que muito preza a liberdade, rapidamente a mudaram de forma a o povo escocês se poder auto determinar. O que eles fizeram e decidiram permanecer livremente no Reino Unido. Os catalães foram impedidos de dizerem o que queriam. Tal bloqueou, quiçá definitivamente, uma solução política e deu azo a que os radicais se instalassem no poder e a violência nas ruas.

O “liberal” ou talvez melhor o novoliberal, é aquele que bate no peito pela auto-determinação dos “locais” não ter de estar dependente de ser reconhecido pelas constituições centrais dos estados nação. Mas berra quando o proletariado decide se “auto-determinar” e tomar conta das corporações capitalistas, independente de ser reconhecido pelas constituições centrais das mesmas e esganiçando pelo seu “direito de propriedade” .
O neoliberal é na verdade um comunista e internacionalista do capitalismo corporativo.
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Olho no Costa, olho no Costa.
O magano queria que não houvesse Brexit, mas havendo acordo com a U.E., o magano já diz que acha bem. Habilidoso, não é?
O magano queria uma nova geringonça, mas como o PCP já não quer acordo escrito para poder dar largas ao Arménio Carlos para berrar, berrar a favor dos trabadores, assim também já não quer.
Explicação:
O PCP percebeu que agarrado ao PS era sempre a perder votos e deputados, como aconteceu.
O PS também percebeu ( o Costa é habilidoso) que fazendo uma geringonça só com o BE era um erro. Os comunas atiravam-se a ela com a correia de transmissão sindical e os bloquistas não aguentavam a coisa.
Assim, sem qualquer acordo que os agarre a todos ao PS, fica também o PS com as mãos livres para quando o Costa começar a sentir o rabo entalado (porque isto não se vai aguentar eternamente), saltar a tempo de evitar uma derrota eleitoral estrondosa.
Note-se que o PS quando se vir na necessidade de entregar o poder ao Rui Rio para este ir compor a coisa, precisa de perder as eleições mas ficar a poucos pontos do PSD para na próxima oportunidade de assaltar o poder estar por ali perto, ou seja, manter a máquina de militantes no aparelho do Estado.
Capito?
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Se não existir um acordo entre Madrid e os catalães (com a libertação dos independentistas), nunca mais haverá possibilidade de entendimentos com o governo central (e com o rei), nem paz naquela região, e em Espanha.
Depois, não esqueçamos, há outras regiões também à espreita de desejadas independências…
A violência dos últimos dias tem de parar, prejudica eventuais “aproximações” Madrid-Barcelona.
Pode uma Catalunha independente autosustentar-se e progredir ? Pode. Espanha sofrerá consequências por tal ? Sem dúvida.
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https://www.tsf.pt/mundo/manifestantes-cortam-via-de-acesso-a-bilbau-no-pais-basco-11421736.html
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“Líderes, o povo
Não é paisagem
Nem geografia
Para a voragem
Do vosso olho”.
(Hilda Hilst)
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O referendo era ilegal: foi realizado ilegalmente e, ainda por cima, sem qualquer controlo democrático. Há que repor a legalidade constitucional coisa que o estado espanhol tem evitado dando sucessivamente mais regalias e mais dinheiro a uma hierarquia profundamente corrupta -veja-se o Pujol e camaradas-e que afunda economicamente a Catalunha. Zapatero criou este caldinho e agora cai-lhes no colo: a eles, PSOE, os artífices da guerra civil.
Trata-se de um nacionalismo fabricado criando uma língua, proibindo outra, exaltando uma raça, perseguindo quem fala e etiqueta produtos em Castelhano, doutrinando ódio nas escolas e rádios/televisões públicas, criando instituições paralelas ao Estado.
Não me recordo de um escritor de relevo que tenha escrito em catalão.
Acima de tudo é uma minoria tentando impor aos outros as suas ideias à custa de anarquistas, muitos importados de França, e da pura e simples baderna de rua. É um caminho perigoso pois há zonas da Catalunha que sairão da Catalunha se esta se tornar independente.
Por isso não quero regionalização em Portugal: ainda fazem o Mirandês uma língua agregadora de uma região.
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Espanha não autorizou o referendo porque sabia que o ia perder. A Inglaterra, pois é realmente dela que falamos quando dizemos ‘o Reino Unido’, autorizou o referendo porque esperava ganhá-lo, como ganhou – embora por pouco – através de não pouca chantagem económica. Até o Royal Bank of Scotland ameaçou sair da Escócia caso o Sim ganhasse.
Dizer que foi porque os ingleses são “um povo democrático que muito preza a liberdade” é de uma ingenuidade tocante. Os ingleses, ou melhor, a upper class dominante, da qual o tão celebrado Churchill fazia parte, preza a liberdade… quando e para o que lhe convém. Sempre assim foi. A canalha americana é da mesma escola.
O que os os escoceses não sabiam era que vinha aí o Brexit. Já há quem fale num novo referendo; pode não ser já, mas há-de ganhar força. E ainda bem. Goste-se ou não do resultado, um referendo é democracia. A verdadeira democracia. Não a farsa a que chamamos democracia, estes pseudo-representantes, esta partidocracia de pulhas.
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Em Portugal, peço somente que se a região Norte partir para a independência, não registe a patente nem proíba de Antuã para baixo, a confecção de tripas à moda do Porto.
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Os radicais são os fascistas dos independentistas. Lá e em toda a parte e desde sempre.
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Com a mobilização da geração I. Pod,
os instalados no Govern, lutam perante uma opressão e exploração como não se via desde Franco. Da antiga burguesia dominante, a uma burguesia popular prepotente.
Sintomas sociológicos: cansados de estar bem na Catalunha; Idem na Grâ-Bretanha.
Alá os proteja.
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Estou-me lixando… por mais que seja sustentada a sua comunicação …estou-me lixando…e se vier de mais, continuando lixando,,, nem a história da Catalunha é a da Região Norte, nem esta se confunde com a da Catalunha… bom senso é o que se pede,,, é ler o que se passou em 1641 lá e o que se passou aqui…permitam-me um desabafo… o que se passou foi pornografia completa… e nós tivemos 28 anos de guerras. Só peço um pouco de estudo… e como a Catalunha se virou República e se estendeu às mãos dos franceses… comparar o que se passou lá e com um reino instituído, é honestamente uma falácia
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É difícil dizer tanto disparate em tão poucas palavras.
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Um texto corajoso e verdadeiro. A Catalunha, tal como Portugal, velhas nações da Península Ibérica tem direito à sua independência e liberdade.
E muito cuidado com o imperialismo espanhol que ainda não se esqueceu de abocanhar Portugal.
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Era a nossa sorte !
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Da-me a impressao que as Forcas Armadas de Espanha, que se puseram em pe de guerra com uns marroquinos que subiraM a um ROCHEDO no Mediterraneo, nunca permitirao a separacao de nenhuma regiao autonoma. O Sanchez e o Rei sabem disso. Uns tolos em Barcelona ainda nao.
P.S. O autor do post eh muito imaginativo. Comparar o caso da Escocia com a Catalunha eh o mesmo que igualar meloes e marmelos. A Catalunha nunca foi um Reino independente.
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Não comparei a Escócia e Cataunha pelos respectivos pergaminhos históricos, para o direito à autodeterminação tal é irrelevante. Comparei dois estados europeus, democráticos que tem duas regiões dotadas de autonomia politica que pretenderam realizar referendos sobre a sua autodeterminação e as leis internas o impedia. No caso escocês o Reino Unido alterou as leis de forma a tal ser possível. No caso espanhol não, o que foi um erro, no meu entender, como se comprova pela actual situação.
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Julgo que os casos não são comparáveis. Em Espanha há uma constituição que estabeleceu as bases do Estado e da autonomia e que foi referendada por todo o país de forma igual. Não é o caso do Reino Unido.
Julgo que a constituição Espanhola não prevê o direito à sessessão das regiões autónomas. Portanto, o que os autodeterminados da região autónoma designada Catalunha (julgo que saberá que há muito boa gente a falar de uma Catalunha bem maior que a atual região autónoma, e que incluiria também uma boa parte da Comunidade Valenciana) deveriam fazer era uma campanha para alterar a constituição por forma a poderem ter o enquadramento legal para a autodeterminação.
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