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Agricultores e Extrema-direita

17 Janeiro, 2024

Na Alemanha, o governo preparava-se para desviar as verbas que tinha alocado para fazer face aos problemas gerados no país pelas suas próprias más decisões a pretexto da Covid para suportar um enorme gasto e desiquilíbrio geral das contas públicas. Mas um Tribunal alemão proibiu a marosca.

A par desta decisão judicial, como o governo Alemão continua empenhado em fazer cumprir a narrativa apocalíptica da urgência em atingir a chamada “neutralidade carbónica”, mesmo que isso empobreça a generalidade da população e coloque em risco largos sectores vulneráveis da sociedade, o executivo de Olaf Sholtz decidiu acabar com os benefícios fiscais sobre o gasóleo agrícola, passar a taxar a circulação e os veículos para a agricultura, entre outras sevícias dirigidas aos empresários do sector primário.

A reacção dos agricultores não se fez esperar, atingiu enorme dimensão e arrastou entretanto a solidariedade de outros sectores. Face ao aumento de impostos e a imposição acrescida de normas e regras justificadas com lirismos eco-fascistas mas que aumentam o custo de produção de bens agrícolas, o povo saiu à rua em protesto.

Logo a classe política e os comentadores vieram catalogar as manifestações dos agricultores como sendo de extrema-direita e ensaiaram a justificação sobre a subida dos preços dos bens alimentares com a ganância das cadeias de supermercados.

Em Portugal estas notícias não passam nas televisões nem nos jornais mainstream. Talvez porque se o fizessem tivessem também de registar que o descontentamento com as políticas dos governos esteja a colocar em segundo lugar nas sondagens e em primeiro lugar nas regiões da antiga Alemanha de Leste a AfD – o partido alemão equivalente ao Chega.

Políticas erradas e desfasadas da realidade ou necessidades concretas da população são prado fértil para os populismos. O silenciamento da indignação das populações é rastilho para extremismos. O crescimento da AfD e do Chega são sintomas. Quanto mais tentarmos apagar ou esquecer os sintomas, mais alastra a verdadeira doença que é a putrefacção dos regimes e oligarquias dominantes.

No final do vídeo, deixo algumas imagens impressionantes das manifestações na Alemanha que provavelmente não viu.

6 comentários leave one →
  1. J's avatar
    18 Janeiro, 2024 00:43

    Altruísmo? Sinónimo de alemão?
    Não.
    Também há na Alemanha pessoas com ideias desacertadas. A ideia do eletrizar o automóvel, quando detinha dominio no gasóleo! Entregar de bandeja toda a indústria automóvel à China!
    Vai custar muito caro à economia alemã.
    Dentro de 10 anos à indústria automóvel alemã vai ficar pior do que a da Inglaterra.
    A desindustrializacão da Alemanha começou. Se os ecologista também querem acabar com a agricultura subsidiada é porque projetam uma nova sociedade em que todos andam de bicicleta e comem uma refeição por dia. Se calhar querem viver da forma ecológica que viviam os chineses com o governo do Mao.

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    • Mário Marques's avatar
      Mário Marques permalink
      18 Janeiro, 2024 18:00

      Caro amigo, só não estou de acordo com a parte da uma refeição por dia, penso, que será mais uma por semana.

      Há que descarbonizar o planeta!.

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  2. Mário Marques's avatar
    Mário Marques permalink
    18 Janeiro, 2024 15:51

    Tenho a mania de fazer perguntas a mim próprio já há umas dezenas de anos, principalmente quando se deslocalizou a indústria para a china, quando a nível estratégico isso não fazia sentido, para mais os governos indemnizarem os indústriais para iniciarem a deslocalização.

    Depois foi um rol de acontecimentos que nunca mais acaba, e ninguém repara.

    E nem agora acordam, o que será preciso fazer para se aperceberem que o “barco” está a meter água, em risco de ir para o fundo brevemente …

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  3. voza0db's avatar
    voza0db permalink
    20 Janeiro, 2024 12:29

    A Alemanha era/é na Europa o principal alvo a abater pelo Império em Queda: Os Estados Unidos do Terrorismo (EUT).

    Os primeiros a ser atacados pelos Impérios em queda são os “aliados” fortes.

    Ao explodirem com engenhos nucleares os 2 gasodutos NS1 e 2 a capacidade industrial alemã foi-se. A energia barata oriunda da Rússia for forçadamente trocada pela energia cara dos EUT.
    Reuters 30Jan23!
    “German industry to pay 40% more for energy than pre-“USofT N1&2 attack
    Nada de novo mas que o autor da pseudo blasfémia prefere como tantos outros fazer de conta que não existe.

    Algo que só mesmo os mais distraídos boçais continuam a fazer de conta que não sabem/não querem saber.

    Graças a um período de estupidez colectiva elevada (votos em excesso nos “verdes”) a Alemanha tem sido destruída sistematicamente com as fraudulentas políticas “verdes”. Daí o ataque aos agricultures, seguindo tal e qual o mesmo código do que foi feito na Holanda.

    E para culminar os que ainda estão com as patas no pote nazi andam a balbuciar tangas sobre a Alemanha ter que entrar em modo de guerra directa (hoje em dia estão em modo de guerra indirecta) contra a Rússia. Ele há otários para tudo! Levem os magníficos Leopard que vão longe!

    Pessoalmente acho tudo isto divertido, visto que as manadas de escravos boçais por esta Europa fora continuam a fazer conta de que tudo está fantástico!

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  4. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    20 Janeiro, 2024 21:06

    “Políticas erradas e desfasadas da realidade ou necessidades concretas da população são prado fértil para os populismos. O silenciamento da indignação das populações é rastilho para extremismos. O crescimento da AfD e do Chega são sintomas.”

    Esta parte do texto completamente errado.
    Porque é que as políticas do governo Alemão não são classificadas como extremistas que o são e apenas como erradas pelo autor?

    O Extremismo do Centro político não é um paradoxo, o Centro já não existe.
    O falso centro hoje é feito por politicos que querem substituir a população por emigrantes e julgam que controlam o clima e toda a economia.

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    • Chopin's avatar
      Chopin permalink
      21 Janeiro, 2024 23:12

      O fake climate change é um estratagema para impor a agenda, ordenhar os cofres dos Estados e obter o controlo total sobre a população.

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