O orçamento
8 Outubro, 2024
É proibido fumar nas escolas.
É proibido usar telemóvel nas escolas.
É permitido usar livros digitais nas escolas em telemóveis desde que gigantes.
Dizem que ainda há escolas.
Servem para aprender a taxar gorjetas.
Discute-se aborto. Discute-se eutanásia. Discute-se.
Telemóveis são proibidos nas prisões.
Temos prisões de “alta segurança”.
Toque à campainha para saber se pode parir aqui ou se deve ir para outro distrito para retirar a criatura que não abortou a tempo.
É o orçamento, o orçamento, o orçamento…
Acabaram os incêndios. Venham as cheias.
Em Março planeia-se a limpeza dos bueiros. Faça-se um grupo de trabalho e de inquérito e de macro-coiso sobre a micro-coisa.
Invada-se a Rússia. Estão a precisar da democracia da boa. Desta.
5 comentários
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Invadir a Rússia!? Para quê!? Deixe-os lá estar, não queremos é que venham para cima de nós com toda miséria endémica a que foram vetados por quem os rege. Fora os bandos de misseis e drones com que a Muscovia ataca alvos militares(calão muscovita para hospitais e apartamentos) em Kyiv, lá respira-se um ar mais limpo e mais livre do que nos feudos do Tsar.
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Desabafos…
Ou sensações, como dizia o outro a propósito do aumento da criminalidade…
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Devia ser proibido.
PROIBIR.
Pois devia!
Mas se fosse proibido.
Proibir.
todos gozavam do apetecido.
desatavam a mandriar.
A comer do ganhado
Por outros está claro.
com tanta liberdade até começavam a cubrir.
Toda a espécie de gado.
Com cornos ou sem cornos tudo marchava.
Trabalhar até podia virar pecado.
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Este orçamento é bem mais rasca do que aquele que qualquer cidadão faz quando decide fazer obras lá em casa.
O empreiteiro-mor, que até é morcão e praticou vólei de praia, recusa-se a orçamentar em duodécimos, e o outro, que não lhe encomendou a obra nem o sermão, é filhinho de papá rico, e prefere opositar, não vá ele perder a a chefia da oposição.
Neste impasse bem à portuguesa, em que nem o orçamento sai nem a obra avança, os cidadãos espartilham-se conforme as suas preferências, e se há uns que querem eleições antecipadas, outros, como o Marcelo das cunhas, acham que não, outros ainda, estão mais preocupados como nevoeiro da Choupana.
Como diria o outro, sem orçamento não há jantar para ninguém, e o povo que anda há anos a jejuar, não porque lhe tivesse subido o ramadão à cabeça, mas porque a inflacção nacional lhe chegou à algibeira, continua a aguardar pacientemente por uma consulta ou cirurgia, em longas listas de espera galegos, porque a vida é resiliente e a morte sempre pode condescender.
Que país de Camões e Pessoa queremos hoje preservar, abandonado que está à ignomínia da extinção acelerada, pela chegada abrupta e descontrolada de brasileiros, africanos, muçulmanos e asiáticos?
O que conta são as minudências políticas do faz-de-conta, das aparências ilusórias de que está tudo bem e em perfeita sintonia e harmonia, a que só faltará a aprovação do dito orçamento salvador e libertador, ficcionado, como convém, pelo medo do pensionista que quer proteger a sua parca reforma, pela incerteza da economia que vai asfixiar os coitadinhos dos bancos, pela meteorologia que pode vir a afectar o emprego. Tudo serve para condicionar e acondicionar à vossa vontade.
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