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ESG e Acordo de Paris: intervencionismos bacocos

22 Janeiro, 2025

Os justiceiros sociais, os presunçosos comentadores na comunicação social, a esmagadora maioria dos nossos patéticos políticos, grande parte dos hipócritas homens de negócios tugas e a quase totalidade da triste academia portuguesa manifesta-se chocada com a reversão das políticas e regulamentações ambientais, sociais e de governação – vulgo ESG – anunciada por Donald Trump.

Desde o início desta imbecil moda que o ESG não é mais do que um conluio entre interesses corporativos, um pequeno grupo de activistas alucinados, e decisores políticos degenerados em governos nacionais ou instituições multilaterais como as Nações Unidas.

O movimento ESG é uma invenção das elites, sem qualquer apoio de base ou sustentação real. As políticas ESG têm vindo a ser impostas às empresas através de ameaças veladas de futuras represálias legais e políticas. Os proponentes dos burlescos princípios ESG não têm feito cerimónia em alertar as empresas que se recusam a aderir a esta tendência patética que poderão sofrer “riscos reputacionais” por irem contra um suposto curso virtuoso da história e do desenvolvimento. Mas esse risco é falacioso. As penalizações são apenas criadas artificialmente pela seita fundamentalista do ESG, precisamente para evitar comportamentos e opções não conformes à narrativa sinalizadora de falsa virtude que querem impôr a todos.

Faz, pois, muito bem Donald Trump em desprezar esta classe de fanáticos woke e, em vez de politizar à força os investimentos financeiros e as opções das empresas, optar antes por criar um contexto de negócios neutro e livre para o mercado funcionar com menos distorções.

Assim como é acertada a decisão de Trump de fazer sair os Estados Unidos do chamado Acordo de Paris sobre o clima, que tem sido utilizado como instrumento de controlo económico e social, destruindo aliás o tecido industrial e empresarial da União Europeia.

Defender o ambiente e o clima implica mais liberdade económica e não intervencionismo bacoco.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

3 comentários leave one →
  1. J's avatar
    22 Janeiro, 2025 22:59

    Trump não segue o liberalismo, o protecionismo ou capitalismo

    Na certa que não segue o socialismo. No entanto aparenta um pouco de estalinismo cómico nas suas decisões bombásticas.

    Estamos pois perante uma nova corrente económica o Trumpismo.

    Como é que a economia que mais ganha com o mercado livre se adapta ao protecionismo.

    Estamos perante um aprendiz de Napoleão.

    O clima vai continuar lixado.

    A América volta ao século XIX com Trump. Surge de novo a ideia de expansão territorial com conquistas e colónias.

    A ideia do continente americano só para americanos do século XIX ganha peso.

    Os dinamarqueses vão ser expulsos da Gronelândia. No entanto o quinhão que interessa ao pessoal do petróleo é a Guiana Francesa com petróleo que pode ser produzido a menos de trinta dólares.

    Vai ser difícil convencer os franceses a largar a sua dependência da América do Sul. Mas Trump quer ficar na história.

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  2. Ricardo Sebastião's avatar
    Ricardo Sebastião permalink
    23 Janeiro, 2025 10:17

    “As políticas ESG têm vindo a ser impostas às empresas através de ameaças veladas de futuras represálias legais e políticas. Os proponentes dos burlescos princípios ESG não têm feito cerimónia em alertar as empresas que se recusam a aderir a esta tendência patética que poderão sofrer “riscos reputacionais” por irem contra um suposto curso virtuoso da história e do desenvolvimento.”

    Não é ameaça de riscos reputacionais. Existe uma Diretiva Europeia que obriga à compliance das grandes empresas.

    “A AICEP faz parte do Ponto de Contacto Nacional para as Diretrizes da OCDE para as Empresas Multinacionais, recomendações dirigidas às empresas multinacionais para uma Conduta Empresarial Responsável.

    PCN Português fornece ainda uma plataforma (não-judicial) de mediação e conciliação para a resolução de instâncias específicas contra as empresas sobre alegadas inobservâncias das Diretrizes.”

    As PMEs portuguesas exportadoras já estão a sentir na pele os efeitos das políticas ESG. Estas já são aplicáveis às grandes empresas e por arrastamento toda a cadeia de valor é afetada. Não é à toa que clientes das PMEs portuguesas estão a enviar questionários extensíssimos com perguntas do tipo qual é a pegada de carbono da empresa etc etc.

    E se não se cumprir com isto, simplesmente fica-se fora do grupo de fornecedores dessas empresas.

    Isto está no terreno HOJE a afetar as PMEs portuguesas HOJE.

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  3. César Campos's avatar
    César Campos permalink
    23 Janeiro, 2025 13:12

    Caro Telmo Fernandes(permita-me que o trate assim),

    completamente de acordo assino por baixo. Nestes tempos em que o desporto mundial de algumas elites e pseudo influnciadores da opinião alheia sofrem do TSD-Trump Derangement Syndrome- ou , dito de outro modo, o “tiro ao Trump.

    incapazes de compreender o mundo em que vivem, atarantados por a realidade não se enquadrar nos seus desejos, estas almas naufragadas, agem como certo aninal numa arena.

    Parabéns.

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