Saltar para o conteúdo

A revolução dos (es)cravos

23 Abril, 2024

Hoje, começo o meu texto com um excerto de um documentário da RTP:

As motivações da criação do Movimento dos Capitães começaram por estar relacionadas com problemas de carreira e com o descontentamento crescente nas Forças Armadas pela manutenção da guerra. A aprovação pelo governo de dois decretos-lei  – 353 e 409, de julho e agosto de 1973 – para responder às necessidades da guerra colonial criou um forte descontentamento profissional entre os oficiais que tinham tido uma formação militar de quatro anos. Estes não aceitavam poder vir a ser ultrapassados pelos novos oficiais milicianos, cuja formação seria feita apenas em dois semestres.

O Movimento dos Capitães, de natureza clandestina, organizado para a defesa dos seus interesses corporativos não se desfez, mesmo após terem conseguido que Marcello Caetano suspendesse os decretos. Os capitães continuaram a reunir-se para discutir o que se passava na guerra colonial.”

Ler mais…

Uma democracia de «Aiatolas» de esquerda

17 Abril, 2024

Ontem, um Presidente de Câmara Municipal mandou cancelar e impedir que continuasse a decorrer uma conferência em que participavam reputados intelectuais e académicos, destacados políticos incluindo um primeiro-ministro europeu em funções, um candidato presidencial, diversos ex-ministros, deputados e até um cardeal da Igreja Católica.

Este Presidente de Câmara ordenou que as forças policiais cercassem o edifício onde o evento estava a decorrer, impedindo a entrada do público e dos conferencistas, proibindo a distribuição de comida e bebidas a quem já estava dentro da sala há horas e preparando-se para cortar a electricidade ao espaço, fazendo dos participantes reféns.

O local onde decorre esta conferência é privado, e o seu dono foi ameaçado de lhe ser retirada a licença de exploração da sua sala de eventos caso não cumprisse a ordem do autarca, que estava a ser posta em prática através da força pela polícia.

Tudo isto decorreu em Bruxelas, nas barbas e quiçá com a conivência de toda a classe de dirigentes e burocratas da União Europeia. Para estes actos absolutamente antidemocráticos e totalmente contrários à defesa das liberdades humanas básicas foram apresentadas, por escrito, pelo próprio presidente da Câmara local, razões que se prendem com o facto de o evento juntar personalidades com uma visão da sociedade de pendor conservador-nacionalista, uma atitude eurocéptica e que, portanto, seria gente conotada com a extrema-direita e que isso acarretaria riscos de perturbar a ordem pública na cidade.

Entretanto, numa decisão judicial de urgência, um tribunal superior belga revogou a ordem do autarca e determinou que o congresso deveria ter lugar livremente e que o segundo dia da conferência decorresse sem qualquer restrição.

Infelizmente, esta inclinação para a censura, o silenciamento, o restringir da liberdade de expressão, o uso da força e da coação para impor um pensamento único, a segregação de quem pensa diferente, a estigmatização de gente desalinhada com a narrativa no poder e todos os tiques e ferramentas totalitárias estão na essência da nossa actual Esquerda política e até em alguma Direita dita “moderada”. Na Bélgica e em toda a Europa, incluindo Portugal.

Basta ver a reação da oligarquia e dos comentadores às recentes intervenções públicas de Pedro Passos Coelho para perceber que há demasiada gente que não veria com maus olhos a instauração no nosso país de um califado progressista ou de uma democracia de aiatolas de esquerda.

Como disse o saudoso Vasco Pulido Valente: “Quando se raspa um socialista acaba sempre por se encontrar um tiranete”.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Chega a primavera, chegam as folhas e as páginas

11 Abril, 2024

Passos Coelho apresentou um livro. Vai ser comprado pelas pessoas do circuito de livros políticos portugueses e serve para promover a aparição do ex-primeiro-ministro no circuito de notícias que não são sobre aquecimento global ou relacionadas com fotos que personalidades e pseudo-personalidades publicam no Instagram. Mais de 20 (e menos de 100) vão mesmo ler a coisa de uma ponta à outra, incluindo o depósito legal.

Entretanto, não vamos ficar a saber como fica espectacular o corpo de uma quarentona alegadamente conhecida completamente nua (leia-se, com um fato de banho numa piscina de um hotel exótico em instantâneo devidamente encenado). Também não ficaremos a saber nada de novo sobre “a família”, que parece ser o tema do livro.

Famílias há muitas. Além do antigo modelo de homem, mulher e dois filhos e meio, há também outras configurações, como a de um rancho folclórico, um grupo de conspiracionistas do 4chan ou até o das pessoas que frequentam apresentações de livros políticos.

O mundo está igual ao que estava antes da publicação do livro e continuará igual após todas as indignações habituais do pós-grandoladas. Fascismo nunca mais! Hoje havia uma manifestação do PCP em Campanhã sobre um assunto qualquer, como haverá outra amanhã em qualquer outro lugar sobre outro assunto igualmente digno de pretexto para manifestação. Não passarão, pelo menos por passagem de nível com guarda.

Diz-se que a Tesla não está muito bem. Parecem assuntos não-relacionados, mas são mesmo não-relacionados. Ou então não são. Estamos a viver o dia mais quente desde o Big Bang, pelo menos em Gaza. Ou em Kiev, ou noutro sítio qualquer onde aconteça mesmo alguma coisa. Isso sabemos pela t-shirt do Zelensky e por vários estudos de várias universidades por vários investigadores de várias questões de género.

Os jasmins ainda não floriram, mas está para breve. Se conseguir manter os pássaros afastados será um ano bom para as ameixas. Ainda não meti as alfaces e se apanho o gato que arrancou um pepino… acabo a dar-lhe comida como aos outros cinco. É toda uma excitação suburbana, saber quais dos pimentos são os vermelhos e quais são os verdes. Lá está, há muito a dizer sobre família, mas perder o sono é mais sobre forma de proteger os morangos da bicharada socialista que vive de usufruir do trabalho dos outros.

Chega! Ou Basta! Ou qualquer coisa. Que saudades do Big Brother original. Ao menos queríamos mesmo saber do destino do Zé Maria.

Linhas vermelhas a Passos Coelho

10 Abril, 2024

A gritaria e choro convulso a propósito da apresentação por Pedro Passos Coelho de um livro sobre temas ligados à família parece uma versão ligeiramente mais moderada da reacção fanática e ensandecida à publicação no final dos anos 80 do “Versículos Satânicos” de Salman Rushdie.

À porta da livraria lisboeta estiveram até manifestantes de cara tapada enfurecidos com a blasfémia que o livro apresentado por Passos supostamente representa. Estes chanfrados foram travados pela polícia de colocarem em causa a segurança dos presentes na sala.

Já nas televisões assistimos em directo à apoplexia da cangalhada comentadeira, furiosa pela heresia de Passos Coelho não ter vergonha de dizer em público aquilo que pensa pela sua própria cabeça, algo inconcebível para invertebrados subservientes a agendas ideológicas distópicas.

Como seria de esperar, a esquerda rafeira protestou o mais que pode e curiosamente alguma esquerda da direita, incluindo destacados elementos do PSD e da Iniciativa Liberal, fizeram questão de se demarcar dos comentários políticos que Pedro Passos Coelho aproveitou para fazer na ocasião.

Para além do folclore das reacções ridículas há, portanto, uma leitura política a se fazer de tudo isto, nomeadamente para o espaço da Direita. Muita gente no PSD ainda não percebeu a razão de terem tido um resultado eleitoral magríssimo e do Chega ter tido um crescimento gigante. É que várias das bandeiras que o Chega levanta são preocupações e assuntos que interessam muito a uma camada significativa da população. O Chega deu voz a esse eleitorado que foi totalmente esquecido pela restante Direita.

Mas as «linhas vermelhas» não foram só ineficazes. Foram sobretudo contraproducentes. Em vez de o PSD integrar esses temas no seu discurso político e dar maior consistência e racionalidade à análise de questões como a defesa da família, os malefícios da ideologia de género, os problemas da imigração, o PSD deixou esse debate político exclusivamente ao Chega.

Seria, portanto, suicida e uma estupidez que os dirigentes do PSD deixassem passar a ideia de que o seu partido pretende reincidir no erro, ainda mais grave, que é o de criar um cordão sanitário, uma nova «linha vermelha» agora em relação a Pedro Passos Coelho.

A peixeirada que a Esquerda faz sempre que Passos Coelho fala tem um objectivo: impedir que o PSD cresça e passe também a tratar dos temas que deram votos ao Chega. Se o PSD cair novamente nesta armadilha da Esquerda, então, efectivamente, não serve para nada.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

AD e as eleições Europeias

4 Abril, 2024

Os novos ministros tomaram posse e não há como não notar o contraste de dignidade institucional em relação ao anterior executivo socialista. Veremos agora como o governo de Luís Montenegro se acabará de constituir, nomeadamente com a escolha dos secretários de estado.

Seja como fôr, para ser capaz de cumprir a vontade de mudança que Portugueses claramente sinalizaram nas eleições, Luís Montenegro e a sua equipa deverão ser hábeis e inteligentes o suficiente para procurar assegurar à sua Direita a aprovação das medidas reformistas que se impõem, vincando um claro registo de diferença e descontinuidade em relação ao Partido Socialista. Uma coisa é Montenegro durante o seu discurso de posse chamar o PS à sua responsabilidade democrática. Outra coisa será Montenegro governar na expectativa de que o PS viabilize as propostas do governo, querendo evitar que o PSD negoceie com o Chega. Havendo uma claríssima maioria de Direita no Parlamento, se Montenegro se deixar manietar pela agenda política socialista, de nada terá servido o resultado das recentes eleições legislativas.

Pedro Passos Coelho, na única intervenção pública durante a campanha eleitoral, afirmou de forma escorreita a ideia fundamental de que cada Português deve reganhar o direito a definir, controlar e criar o seu próprio destino. Ora, há a sensação de que muitas das políticas que Luís Montenegro vier a adoptar são decididas em Bruxelas e não em São Bento. Parece que as elites da União Europeia se arrogam saber o que é melhor para nós.

Nesse sentido, ao contrário dos louvores unânimes do comentariado nacional sobre a presença no governo de vários ministros com grande experiência política nas questões europeias e da absoluta necessidade do governo executar rapidamente e em força o PRR, a mim tal deixa-me desconfortável e desconfiado sobre se alguns dos ministros de Montenegro não serão serventuários de ideias esdrúxulas e destrutivas como as da neutralidade carbónica, do exército único europeu, das ansiedades climáticas, da sufocante regulação dos mercados, das agendas woke e do multiculturalismo, ou das fascizoides politicas de combate ao suposto discurso de ódio.

Em Junho temos eleições Europeias e veremos então se se confirma a radical alteração do padrão de voto dos Portugueses das legislativas, nomeadamente dos eleitores mais jovens. Montenegro deverá anunciar em breve o cabeça de lista da AD. Seria conveniente alguém com sentido crítico e não um mero papagaio da burocracia europeia politicamente-correcta.

A minha crónica-vídeo de ontem, aqui:

Um presente envenenado

2 Abril, 2024

Sem surpresas, após 8 anos de desgovernação total por António Costa e com o país mergulhado no caos social e económico, eis que a “velha” coligação AD vence as eleições. Sempre foi assim: o PS afunda a nação; o PSD é chamado para a fazer emergir. 

À rasquinha – porque agora, ao contrário de outros tempos em que a política estava refém dos dois únicos grandes partidos, há o elefante do CHEGA na sala responsável pelo esvaziamento dos partidos do sistema -, a velha AD venceu estas eleições contribuindo para uma viragem expressiva à “dita direita” dando-lhe uma maioria relativa no governo e absoluta a nível parlamentar, totalizando 138 deputados, contra apenas 93 da ala socialista.

Ler mais…

Emigrantes: reserva de esperança para Portugal

20 Março, 2024

(nota: crónica-vídeo publicada hoje às 16h30, antes da confirmação oficial da perda de mandato de ASS)

Augusto Ernesto Santos Silva exerce ainda o cargo de Presidente da Assembleia da República, tendo sucedido ao consulado inenarrável de outro socialista de má memória, Eduardo Ferro Rodrigues.

Indivíduo com uma indisfarçável ultrainsuflada auto-estima, o mandato de Santos Silva notabilizou-se pelo facciosismo, arrogância caceteira e desrespeito reiterado de diversos representantes eleitos pelo Portugueses para o Parlamento.

No exercício de funções que exigiriam sobriedade e gravitas, este socialista teve diversas intervenções sectárias, desbragadas e até coléricas que contribuíram para abandalhamento das instituições, chegando ao desplante de introduzir censura prévia e à posteriori a intervenções de deputados na Assembleia, supostamente a casa da Democracia. Esta subversão dos princípios democráticos recebeu manifestações de concordância por parte da Esquerda parlamentar, mas curiosamente também de deputados (presidente e ex-presidente) do partido dito Liberal, que na altura aplaudiram de pé e por pelo menos duas vezes as indecências de Santos Silva.

Durante dois anos o objectivo político de Santos Silva foi o de perseguir, destratar, silenciar e avacalhar o eleitorado que a terceira maior força política do país representa, ao ponto de ter afirmado que o CHEGA envergonha o nome de Portugal.

À hora que publico esta crónica ainda não está confirmado oficialmente e em definitivo que Santos Silva perdeu agora o seu mandato de deputado. Mas só a alta probabilidade de o homem ser expulso do Parlamento em resultado de uma expressiva votação dos Portugueses no Chega deixa claríssima a estrondosa derrota pessoal de Augusto Ernesto. Pelo menos os emigrantes são gente que preza a decência democrática e rejeita soberba e tiques de tiranetes dos socialistas. Há, pois, lá fora uma reserva de esperança para o nosso país.

A minha crónica, em vídeo, aqui:

Abstenção boa e abstenção má

13 Março, 2024

Durante mais de uma década as nossas ditas elites mostraram-se preocupadíssimas com o grave risco para a Democracia dos elevados níveis de abstenção, assim como com o alheamento dos jovens da política.

Não me recordo de algum dirigente partidário ou fazedor de opinião que não tenha escrito rios de tinta com apelos ao voto e à mobilização da juventude para a causa pública. Sempre consideraram que votar é um dever cívico e que a abstenção representava uma demissão da responsabilidade de fazer escolhas e uma forma de deixar aos outros decidir o nosso destino colectivo.

Não houve um político no activo ou na reserva que deixasse de registar como extremamente negativo o afastamento dos partidos das camadas mais novas da população. Desenharam-se campanhas e definiram-se estratégias para motivar a juventude a ir às urnas.

Ora, no Domingo passado o nível de abstenção baixou muito significativamente, tendo o Chega sido o principal responsável por fazer dos abstencionistas novos votantes. Aliás, não é à toa que o Chega teve um milhão e cem mil votos. Registo também que mais de 300 mil eleitores do partido de André Ventura e Rita Matias são pessoas com menos de 35 anos.

Aparentemente estes dois factos iriam precisamente ao encontro do grande desígnio nacional de baixar a abstenção e atrair os jovens. A menos que essas bandeiras fossem apenas hipocrisia e cinismo de quem afinal acha que a Democracia deve ser apenas para alguns, os da casta certa.

No final da minha crónica-vídeo disponível aqui, breves excertos da emissão especial da Sic-N de Domingo passado.

Todos, todos, todos?

6 Março, 2024

Paulo Portas é de um cinismo e de uma falta de vergonha na cara monstruosas. O facto de saber comer à mesa, ter lido livros e ser bem-falante tem enganado muita boa gente sobre a personagem política sinistra que verdadeiramente é.

Ontem, seráfico e angélico, invocou o Papa Francisco para defender que o princípio do «todos, todos, todos» deve ser aplicado na política portuguesa. É extraordinária a ousadia soez de sinalizar a sua suposta virtude cristã, quando ao mesmo tempo é um dos políticos que mais acerrimamente tem defendido que o terceiro maior partido deve ser afastado de quaisquer entendimentos e é um advogado das chamadas «linhas vermelhas», o que na prática exclui os representantes de centenas de milhar de portugueses de participarem no diálogo com outras forças políticas.

É tão cega a obsessão de Paulo Portas com o Chega, que nas suas homilias televisivas de domingo, independentemente do tema que esteja a tratar, tenta sempre colar o partido de André Ventura ao extremismo. Há dias, a propósito das eleições na Galiza, Portas disse literalmente que esta província espanhola era «um paraíso porque tinha deixado os extremistas do Vox e do Podemos fora do parlamento». A sua desonestidade intelectual é tanta que no afã de deixar uma subtil crítica ao Chega, Portas se esqueceu que em segundo lugar na Galiza ficou um partido marxista-leninista.

No mesmo sermão televisivo, Portas sugeriu ainda que as manifestações dos polícias estavam a ser manipuladas por André Ventura e disse explicitamente que Trump tem um acordo secreto com Putin. Isto não serão «teorias da conspiração»?

O Paulo Portas de hoje do «todos, todos, todos» é o mesmo que no passado escreveu e cito: «a última coisa que convém ao português médio é um cigano ou um negro que concorrem no mercado e pesam no Estado». Esta afirmação é recordada por um investigador em Ciências Sociais em livro publicado em 2022 pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

E o Paulo Portas do «todos, todos, todos» é também a mesma criatura que durante dois anos foi um dos mais destacados evangelistas de uma sociedade fascisto-sanitária, defendeu a segregação de cidadãos, lançou anátemas de chalupas e negacionismo sobre pessoas com sentido crítico e uma avaliação de risco-benefício diferente da dele próprio, promoveu a vigilância electrónica dos Portugueses, fez a apologia dos confinamentos e pretendia instaurar a proibição de circulação entre concelhos.

Luís Montenegro e a AD acham mesmo boa ideia trazer para o palco indivíduos com estas características éticas e morais?

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Da tinta verde a Passos Coelho

29 Fevereiro, 2024

Sobre o ataque desta manhã com tinta verde a Luis Montenegro trata-se única e simplesmente de um crime sobre o qual deve ser apresentada queixa formal na polícia. Revela um problema de segurança, pequena criminalidade e de impunidade de delinquentes reincidentes. Não há nada mais, nem menos a dizer sobre o caso.

Quanto à situação política e ao momento eleitoral no país penso que um discurso agregador de todo o espaço da Direita não seria demasiado difícil de encontrar. Concentrar todo o eleitorado, do PSD ao Chega, numa frente de combate ao Partido Socialista não deveria ser problemático, sobretudo quando o país vive uma profunda crise ética e institucional protagonizada por Costa e após oito anos de um governo PS que atirou para o caos e a degradação total os serviços públicos de Saúde, Educação, Segurança e Forças Armadas, enquanto esmifrou os contribuintes, penalizou as empresas e quebrou todas as iniciativas privadas susceptíveis de criar riqueza.

Tratar os Portugueses como adultos e gente autónoma, mobilizando o país para um caminho de progresso e desenvolvimento não implica entrar num vórtice de apresentação de propostas políticas ou num pregão de medidas para todas as áreas de governação.

Bastaria apresentar um outro modo de ver o mundo em que cada pessoa, família ou empresa é capaz de prosseguir o seu próprio projecto de vida, livre do espartilho de um estado centralizador e voraz. Seria suficiente defender a transformação de um Estado dirigista num Estado ao serviço da sociedade, libertando os portugueses da obediência à oligarquia.

Ainda assim, seria bom apresentar uma esperança reformista e uma oportunidade para fazer diferente dos socialistas responsabilizando a classe política pelos resultados, mas tendo a humildade de reconhecer que não são os partidos que mudam o país, mas antes cada Português.

Não se deveria deixar de alertar para a necessidade de combater e reagir à doutrinação cultural e ao pensamento único que se tenta impingir às crianças e jovens nos vários níveis de ensino. Nem deixar de chamar a atenção para riscos de insegurança ou reivindicações identitárias de minorias numa sociedade cada vez mais heterogénea.

Luís Montenegro, André Ventura e Rui Rocha jogam no campeonato da pequena táctica eleitoral, das arrogâncias imberbes de linhas vermelhas, metidos num galinheiro de egos e sinalização de supostas virtudes, agastados com ressentimentos e quezílias pessoais.

Pelo contrário, Pedro Passos Coelho veio dizer o que era preciso ser dito, com um nível e autoridade a anos-luz da dos actuais dirigentes partidários da Direita. Tomara que estes tenham aprendido a lição, pelo menos para o pós-eleições quando muito provavelmente será necessário que os três da vida airada assegurem condições políticas a um governo de Direita se quiserem manter o PS afastado do poder.

A minha crónica-vídeo de ontem, aqui:

Querido amigo, de Pedro para Pedro.

21 Fevereiro, 2024

O amigo e companheiro político de Pedro Nuno Santos perdeu clamorosamente as eleições locais realizadas no fim de semana passado na Galiza. O PSOE teve o seu pior resultado de sempre nesta região de Espanha. O partido socialista espanhol é agora a terceira força política com apenas nove deputados.

Por seu lado, o Partido Popular, de centro-direita, o principal partido da oposição em Espanha, venceu solidamente as eleições com 40 deputados, o que lhes confere uma confortável maioria absoluta no parlamento regional.

As eleições na Galiza, demonstraram mais uma vez a debilidade do poder do partido socialista no país que tenta forçar uma lei de amnistia inconstitucional e desculpadora de terroristas para tentar assegurar uma legislatura, mas que só é possível com alianças a forças políticas de extrema-esquerda, antidemocráticas e revolucionárias. Este asqueroso concubinato entre as várias Esquerdas para a manutenção no poder, é algo muito semelhante aos compromissos que em Portugal, Pedro Nuno Santos admite realizar com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista.

Entretanto o primeiro-ministro espanhol, amigo e companheiro político de Pedro Nuno, está envolvido em mais um escândalo relacionado com o uso de fundos públicos para viagens e férias pessoais. Apesar de tribunais e comissões independentes terem já exigido explicações ao socialista, Pedro Sánchez recusa-se a esclarecer gastos e despesas suas e de convidados seus durante 88 dias de férias que gozou em diversas residências oficiais do Estado, assim como não responde às suspeitas da utilização indevida do avião Falcon do Estado para viagens pessoais, de cariz estritamente partidário e de campanha eleitoral.

Este padrão de comportamento e o à-vontade com que políticos socialistas se apropriam de meios públicos para benefícios privados é algo que, infelizmente, não nos é estranho em Portugal.

Já conhecemos bem quem são os amigos de partido de Pedro Nuno Santos. Mas o secretário-geral do PS escolhe também a dedo as suas companhias no país vizinho. É caso para invocar o dito popular do “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Ou é isto ou é aquilo

19 Fevereiro, 2024

Novas eleições, nova lufada de ar reciclado para o circo mediático agarrado à bóia dos debates sobre os debates. Para um meta-país, meta-sobrevivência parasítica a comentar o que se comenta nos comentários dos comentadores. Exactamente como este post, tão descabido como tudo o resto.

Está a decidir-se se Montenegro deve ser primeiro-ministro ou se é melhor deixar a palhaçada como está. Em acréscimo, discute-se se os evangélicos devem ou não redefinir o papel do Estado, passando do modelo de negociatas obscenas para negociatas santificadas pela obscena moral de cruzadas burguesas (ou burgessas).

Há IL, a pretender substituir-se ao CDS de 2011 — repetindo até faces — e há AD, para se votar no caso de se querer a substituição dos facilitadores do esbulho pela necessidade de substituição destes na administração pública; há todos os outros para manter o regime bem regulado no esbulho por experiência demonstrada nos últimos anos. Há também o Ventura, sozinho, no papel de bispo de uma IURD qualquer a garantir que, seja qual for o resultado, não há forma plausível de esconder uma borbulha purulenta sem a rebentar.

Tudo o resto é conversa de adormecer meninos. Estou farto disto, logo voto aquilo.

Chegaram os saldos políticos

19 Fevereiro, 2024

Confesso que não tenho paciência para a forma como se fazem, desde sempre, as campanhas eleitorais no nosso país. Já falei disso aqui, em crónica. É profundamente penoso ouvir candidatos que anunciam de forma irresponsável, todo o tipo de promessas sem medir o que dizem. Na verdade, parece uma feira onde cada vendedor, de megafone na mão,  tenta persuadir – com tudo o que lhe vem à cabeça -, que o melhor produto é o seu.

O problema é que essa forma de fazer campanha, cai em descrédito junto dos mais informados. Do salário mínimo e pensões que vão ultrapassar a Espanha em 4 anos, às portagens e o IUC que, por artes mágicas vão agora desaparecer, não se aguenta!

A realidade nacional é bem diferente desta fantasia que nos querem vender:

1- O aumento de salários está intimamente ligado ao desempenho da economia do país (com as suas inevitáveis variáveis) e este, intimamente ligado à estabilidade fiscal, incentivos, liberalização e desburocratização do sector;

2- O aumento das pensões está intimamente ligado a reestruturação da Segurança Social e desempenho da economia;

3- A redução de impostos está intimamente ligada à redução do aparelho do Estado;

4- TODAS estas medidas estão intimamente ligadas ao COMBATE contra as AGENDAS globalistas. Sem este combate em TODAS as vertentes da agenda 2030, o país não parará de empobrecer.

Se não houver coragem de colocar primeiro estas questões em cima da mesa, que estão interligadas entre si, tudo o resto é pura demagogia.

Há coragem suficiente para o dizer em campanha e cumprir estas 4 metas durante o mandato, para depois e só depois, começar a melhorar a qualidade de vida da população? Essa é a minha questão.

Propaganda é fácil de fazer (daí a minha aversão). Política séria e de compromisso, não. Porquê? Porque não é popular. Cria até algum desconforto em eleitores que dependem do Estado (e são muitos em Portugal pois são mais de metade da população activa, isto sem falar das clientelas – o polvo). 

A política de verdade não caça votos fáceis mas absorve muito voto da abstenção (acima de 40% e mais difícil de captar) porque é aí onde estão os descrentes na política por estarem fartos de ouvir promessas não cumpridas e outras, impossíveis de cumprir do jeito que são anunciadas. Fartos da política do faz de conta, da mentira descarada, da conversa para “boi dormir”.

É na abstenção que reside o maior cepticismo, a revolta, a descrença. É aqui que se diz “não vale a pena votar porque é tudo farinha do mesmo saco. Prometem o céu sem saber se o podem comprar.”

Ninguém pode prometer sem dizer “preto no branco”,  e antes de qualquer outra promessa,  “o Estado tem de encolher 50%” e que para este objectivo tem de “auditar todo o aparelho do Estado” para o tornar mais eficiente, mais leve, menos oneroso e totalmente transparente. O aparelho do Estado não produz riqueza logo não pode ser o maior sugadouro de impostos dentro do país. Veja-se a Holanda, Suécia, Suíça, Irlanda e outros países com a mesma dimensão geográfica de Portugal e com um Estado mais pequeno onde tudo funciona com excelência. 

O socialismo fez crescer exponencialmente o aparelho do Estado apenas para aumentar o seu eleitorado e isso tem de ser urgentemente revertido. 

Observemos através de números de 2022, no PORDATA, esta triste realidade:

Total de população: 10.444 milhões (2022)

População activa:

  1. no sector privado: 4.582.115
  2. no sector público: 
  • empresarial: 196.953
  • funcionários administração pública: 745.707

Total: 942.660

População inactiva  beneficiária de: 

–  pensões: 3.638.367

– RSI: 87.052 (dados de 2006 Pordata)

– desemprego: 163.824

Total: 3.889.243

Total de dependentes do orçamento do Estado (população inactiva e trabalhadores do Estado): 4.831.903

Podemos observar que em 2022, havia mais dependentes do Estado do que população activa, fora do Estado. Significa isto, que 4.582.115 contribuintes suportam os custos dos 4.831.903 dependentes do aparelho do Estado

Como é que um país pode crescer com uma asfixia assim? Ah! e não me venham aqui com a ladainha de que os empregados do Estado também pagam impostos para justificar que não são um peso na economia do país. Na verdade, pagar impostos (lembro que o salário mínimo nao paga IRS) não é suportar os custos salariais. Nada tem a ver. Esses custos, na realidade são na sua maior parte,  suportados pela entidade patronal, aqui neste caso, o Estado. 

Portugal está com uma dívida colossal, não tem dinheiro nos cofres e a UE não é garante de liquidez, muito pelo contrário. Quanto mais dependemos financeiramente da UE e do Banco Central, mais reféns ficamos da ditadura desses oligarcas da Europa que definham o país.

A primeira promessa tem de ser, REDUZIR todo o aparelho do Estado, uma medida estrutural urgente que foi sistematicamente ignorada por todos os governos até ao presente.

Porque o Estado é uma casa desgovernada, sem controle, onde quem detém o poder usa-o a seu bel prazer, sem responsabilidade e até de forma dolosa.  Está mais do que provado pelos inúmeros casos que quase diariamente surgem na comunicação social, e que são apenas  a “pontinha do iceberg”. 

Eis como, na minha opinião,  deveria ser:

  1. auditar todo o aparelho do Estado: cortar no desperdício, nos excessos, no inútil;
  2. tolerância zero para déficit nas empresas públicas que ao longo de décadas absorveram biliões de euros e mesmo assim continuam com déficits crónicos vergonhosos e qualidade deficitária –  a carris; a TAP; a STCP; a CP – recorrendo às parcerias público privadas em todos os sectores do Estado onde há prejuízos;
  3. criminalizar a gestão dolosa: impedir cargos públicos aos condenados por corrupção e gestão danosa, obrigando-os  a responder pela dívida com os bens pessoais. Tem de haver punição para a gestão dolosa porque só assim se desincentiva o roubo ao erário público
  4. Estado reduzido ao seu papel de regulador e fiscalizador – com parcerias público privadas na saúde, no ensino, nos transportes. ADSE para todos os trabalhadores;
  5. eliminar observatórios que não observam nada:https://oinsurgente.wordpress.com/2012/05/05/lista-de-observatorios-portugueses/
  6. transparência absoluta nos concursos públicos; acabar em definitivo com os oportunistas no Estado; os concursos públicos são sempre inflacionados por muitos milhões; fiscalização contínua aos processos concursais e a gestão camarária.
  7. as PPP rodoviárias são criminosas e tem de ser revertidas: https://eco.sapo.pt/opiniao/ppp-repetir-os-erros-do-passado/
  8. aumentar a confiança no Estado: plataforma digital com prestação de contas semestrais do Estado para sabermos para onde vão os impostos; o povo ser chamado a pronunciar-se sobre propostas políticas fracturantes através de referendo;
  9. tolerância ZERO para resgates de bancos; nem um cêntimo sem auditorias externas a esmiuçar toda a contabilidade para averiguar se houve gestão dolosa; obrigar os acionistas a cumprirem com a directiva da UE e serem os primeiros a responder financeiramente por prejuízos.

E depois, imediatamente a seguir:

  1. estimular a economia e investimento com estabilidade fiscal, liberalização e desburocratização do sector; redução/isenção de encargos fiscais; reformas fiscais atractivas para o sector, colocar o Estado a pagar todas as responsabilidades a 20-30 dias da factura, no máximo (o Estado caloteiro é a pedra na engrenagem da economia que endivida todo o país); estas medidas de apoio às PME acompanhadas de uma eficiente fiscalização, desincentivam a economia paralela que não é mais do que o resultado  da asfixia fiscal em que o socialismo deixou o país. Usar como modelo a Irlanda.
  2. reestruturar a segurança social. Como? Aqui: 

Começando a GERIR (as contas da segurança social não estão a ser geridas mas sim, usadas sem qualquer responsabilidade, para investir em fundos – até tem acções da Coca Cola e Luis Vitton –  e servindo até para tapar buracos do governo) essas contas de forma transparente e responsável:

  1. colocando o dinheiro dos descontos do trabalhador à parte, sem possibilidade de movimentar a não ser para atribuir as respectivas reformas. 
  1. Os descontos das empresas para a segurança social, referente a cada salário pago, noutra conta, para efeito de pagamento de baixas médicas, tratamentos de saúde e apoios sociais a TRABALHADORES
  2. Os restantes apoios sociais, a não trabalhadores, noutra conta gerido com fundos do OE e UE (esta conta seria a única a poder sofrer cortes ou aumentos  consoante a evolução sócio-económica).

Tudo separado. Sem possibilidade de usar estas verbas para outros fins. Porque o que é do trabalhador tem obrigatoriamente de lhe ser devolvido para uma reforma condigna. É preciso parar o desfalque.

APENAS depois destas medidas se pode avançar com a correcção às políticas danosas que prejudicaram várias classes profissionais, jovens  e reformados deste país, lesados décadas a fio por uma classe política irresponsável, e em muitos casos, criminosa: os professores, os médicos, os enfermeiros, os agentes de autoridade, jovens recém formados e tantos tantos outros, roubados e maltratados pelo Estado. 

É muito fácil prometer e depois, chegar ao governo e dizer: “ups! afinal não podemos fazer nada do prometido porque não há dinheiro, a culpa é do “Costa”. Assim, também eu prometo a Lua.

Esta forma de fazer política tem de acabar. Não precisamos que nos prometam o paraíso. Precisamos que se comprometam a gerir com responsabilidade os recursos do país, estancando imediatamente as fugas colossais de dinheiro público (por via  da obesidade mórbida do aparelho do Estado e  gestão dolosa e criminosa dos detentores de poder), para assim, ser possível fazê-lo crescer, torná-lo mais próspero, mais seguro, com serviços públicos de qualidade e acessíveis a todos.

Porque quem muito promete sem condições, pouco cumpre. Poucas promessas mas com sentido de responsabilidade e bem sustentadas, aumentam a credibilidade e esperança. O contrário, não.

Fica aqui a dica.

O meu voto vai para…

16 Fevereiro, 2024

O meu artigo de hoje para a coluna da Oficina da Liberdade no Observador pode ser lido aqui ou na transcrição abaixo:

Estou convencido de que uma esmagadora parte do eleitorado de Direita deseja um resultado das próximas eleições legislativas que permita cumprir três grandes objectivos:

  • Tirar o PS do poder.
  • Manter o PS afastado do poder.
  • Reduzir a intervenção do Estado nas nossas vidas.

A questão é que entre os não-socialistas nem todos concordam com os melhores caminhos para que estas vontades se concretizem. Ainda assim, será consensual neste campo político a constatação de que para impedir Pedro Nuno Santos de ganhar as eleições e afastar o PS do poder por tempo higienicamente recomendável, importa desde logo convencer os Portugueses a fazerem opções eleitorais que retirem o maior número possível de votos ao PS e que sejam criadas condições que permitam a manutenção de um governo de Direita cuja sustentabilidade política seja tanto mais facilitada quanto maior for o universo de eleitores que o suporte.

Por mim, gostaria que a Direita se afirmasse simultaneamente com medidas consistentes para redução de despesa pública e com uma postura que não cedesse ao wokismo ou ao desenho da sociedade por via legal. Mas para este desiderato não vislumbro no actual panorama partidário qualquer agremiação que mereça o meu voto.

Contudo, first things first, e baseando-me nos dados de uma recente sondagem política elaborada pela Universidade Católica (UCP) e na minha própria análise da dinâmica eleitoral, concluo que para tirar o PS do poder o ideal é que cresça o abstencionismo dentro das hostes socialistas e diminua no campo não-socialista. Segundo a UCP, mais do que a Aliança Democrática (AD), é a Iniciativa Liberal (IL) e o Chega (CH) que vão buscar votos à abstenção. Verifica-se também que, hoje, a maior transferência de votos socialistas (do PS em 2022) para Direita, tem como destino a AD e o CH, por esta ordem. Sucede que tanto o CH como IL tiram relativamente mais votos à AD do que ao PS, mas apesar de tudo o CH tira mais votos ao PS do que a IL. Aliás, a IL não tira votos ao PS, segundo o relatório da Católica. O voto na IL apresenta-se assim como “inútil”.

Por outro lado, embora não bem formuladas, das perguntas usadas pela UCP para sondar os inquiridos sobre quais os arranjos parlamentares e de governo melhores para o país pode inferir-se que o eleitorado AD tem clara preferência por um governo minoritário com apoios à sua Direita. A abertura para negociar que o eleitorado AD sugere dá, no entanto, primazia à IL, mas não rejeita alargar conversações ao Chega se necessário fôr para a maioria parlamentar. Ou seja, aparentemente o «não-é-não» é uma linha mal sintonizada com as preferências do eleitorado da Aliança Democrática.

Claro que para aumentar a probabilidade de a AD vencer as eleições em vez do PS, nada como votar na coligação. Apesar do facto de, infelizmente, as políticas do PSD e PS não serem substancialmente distintas, já seria positiva a mudança de protagonistas e de decisores políticos. Se bem que Luís Montenegro garante alguma dignidade institucional, coisa que não acontece com Pedro Nuno Santos.

Mas quem como eu viu a intervenção de Paulo Portas na apresentação da coligação e os entusiasmados aplausos dos dirigentes da AD aos dislates desprezíveis, mentirosos e repugnantes que nesse momento ecoaram na sala, sente-se moralmente impedido de colocar na urna um voto numa agremiação que tem uma criatura politicamente sórdida como sua eminência parda e que durante dois anos foi um dos mais destacados evangelistas de uma sociedade fascisto-sanitária, bio-totalitária, repressiva, segregadora, permissiva de abusos de poder de toda a ordem e privadora das mais elementares liberdades e direitos básicos das pessoas. Ainda para mais, sendo eu eleitor no círculo do Porto, torna-se visceralmente impossível votar no respectivo cabeça de lista da AD, por razões semelhantes.

A Iniciativa Liberal seria à partida a minha escolha pelo mal menor. O seu cabeça de lista revelou-se um dos nossos melhores deputados, admiro-o pela sua inteligência, e é alguém em quem já votei mais do que uma vez. Porém, esteve publicamente silencioso durante o período do maior ataque à Liberdade e Democracia que o nosso país viveu nos últimos 50 anos – os chamados “tempos da pandemia” – quando espantosamente não estava sequer condicionado por qualquer espartilho partidário (e ainda que estivesse!), já que à altura era responsável por um ThinkTank chamado +Liberdade.

Uma omissão que seria relevada não fosse o caso de a Iniciativa Liberal evidenciar cada vez mais traços da sua génese e essência fundadora, ou seja, seguindo activamente toda e qualquer agenda dita progressista, sinalizadora de suposta virtude, fazendo concessões morais em troca de ser aceite pelo bem-pensismo urbano-relativista em questões como o aborto ou a eutanásia, ou alimentando fantochadas e folclore da cultura woke, importando para o nosso país os piores e mais reles preceitos que se vão adoptando noutras sociedades podres e enfermas.

Na área económica a IL continua também sem perceber que antes da baixa de impostos é preciso reduzir a despesa pública. Não só em termos relativos, mas sobretudo em valor absoluto. A liberdade das pessoas aumenta não pela maior eficiência da utilização de verbas provenientes do roubo fiscal nem pela competência no uso do dinheiro dos impostos, mas pela inequívoca e corajosa redução estrutural e permanente do tamanho e âmbito do Estado. Objectivo este de que continuamos sem ouvir palavra relevante da IL.

Sabe-se que é da natureza dos partidos querer transpor os seus programas para letra de Lei e, por isso, só o acne dos hiperbólicos activismos políticos e fantasias adolescentes impedem constatar que a liberdade das pessoas tende a ser inversamente proporcional ao número de ideias que os partidos têm para a sociedade.

Não obstante, ao Chega não faltam ideias e propostas. Tantas que se contradizem entre si num emaranhado de promessas para todos os gostos e grupos de interesses, revelando a inconsistência doutrinária deste partido e o desvio cada vez mais acentuado de uma rota populista que, assim, provavelmente já vai tarde demais para se orientar num caminho de verdadeira direita conservadora e nacionalista (que em todo o caso não é da minha preferência). O estatismo do CH é sobretudo claro na área económica e surpreende-me até quem só recentemente disso se apercebeu. É pena que assim seja porque como comentou em Novembro Pedro Passos Coelho além de não ser antidemocrático o Chega tem trazido para o debate temas muito relevantes esquecidos pelas restantes formações políticas e tem dedicado uma atenção especial à chamada “guerra cultural” contra o wokismo, é apologista de um travão à agenda globalista das sinistras elites internacionais e partilha de um sensato e necessário eurocepticismo nas questões que envolvem o posicionamento nacional no quadro da União Europeia. Ao invés, o Chega resolveu vender banha-da-cobra durante esta campanha eleitoral, apresentando um conjunto de medidas contraproducentes e demagógicas que repelem gente como eu, pouco dada a lirismos económicos neo-marxistas.

Em eleições não se pretende escolher amigos nem convivas para jantares. A cada um assiste o direito de excluir de sua casa visitas por quem não tem especial simpatia. Mas isso é bem diferente da antidemocrática indisfarçável repugnância e apartheid que dirigentes e formadores de opinião da nossa Direita querem que se faça a uma parte dos Portugueses que votam, representem eles 20% ou 2% do eleitorado. Além de tristes reminiscências trotkistas de uma Direitinha serventuária da Esquerda, as «linhas vermelhas» replicam o mesmo e exacto desumano esquema mental em que histérica e facilmente se pretendeu segregar, castigar e quiçá eliminar os «negacionistas» e não-“vacinados” contra a covid19.

Este precedente de excluir o Chega do diálogo, compromissos e acordos com outras forças políticas, além de hipócrita e contraproducente é uma atitude assente num plano inclinado que vê críticos e desalinhados como gente deplorável, algo cuja sequência lógica e rapidamente resvala para uma sociedade fechada e uma distopia totalitária. Somos todos Charlie Hebdo. Somos todos Ucrânia. Somos todos Chega?

Basta esta circunstância para desejar que o Chega tenha uma grande votação nas eleições legislativas de 10 de Março. Já agora, suficientemente elevada para ser incontornável, ajudando a forçar o espaço da Direita a reformar-se e a encontrar lideranças adultas, recuperando a maturidade democrática e o respeito pelo voto livre de Portugueses. Até porque, como escrevi em Julho passado, o melhor que poderia acontecer ao PSD e à IL seria o Chega integrar um governo de Direita. E o pior que poderia acontecer ao Chega seria fazer parte do Executivo.

Então, no fim de contas, não havendo um Javier Milei português, qual a opção de quem considera um imperativo categórico tirar o PS do poder? Em que partido vota alguém que por razões tácticas é incapaz de subverter os seus princípios morais votando AD, mas simultaneamente não quer tirar votos à coligação para evitar o mal maior?

Não vota em nenhum.

Carros Eléctricos e Fascismo

7 Fevereiro, 2024

No Reino Unido, o comité da Câmara dos Lordes encarregue de tratar das questões do meio ambiente e alterações climáticas veio, pesaroso, informar que a adoção de veículos eléctricos pelo cidadãos tem sido mais lenta do que os defensores da neutralidade carbónica desejariam.

Uma das curiosidades é que dos 13 membros desta comissão da Câmara dos Lordes, apenas dois conduzem eles próprios veículos eléctricos. Apesar da evidente hipocrisia estes políticos têm a distinta lata de impingir e obrigar os outros a gastar dinheiro em veículos eléctricos que não querem.

De tal forma esta gente é fanática que criam leis que vão proibir a comercialização de novos automóveis a gasolina ou diesel a partir de 2035.

Mais: esta seita eco-fascista cai no ridículo de produzir um relatório de 128 páginas sobre o tema e onde se procura responsabilizar Rowan Atkinson pelas fracas vendas de carros elétricos e pela má percepção pública acerca destes veículos.

Rowan Atkinson, recordo, tornou-se famoso pela sua personagem «Mr Bean» e pela série humorística «Blackadder». Atkinson, além de actor, é formado em engenharia eléctrica e de sistemas de controle e apesar de ter comprado o seu primeiro carro híbrido há quase 20 anos e um totalmente eléctrico há 10 anos, descreveu num artigo de opinião do ano passado que os  veículos eléctricos “não têm alma” e que apesar de ser um entusiasta por novas tecnologias e novas formas de energia se sentia “enganado” vaticinando que “a lua de mel com carros elétricos está a chegar ao fim, e que isso não é mau”.

O actor sustentou as suas opiniões em factos e argumentos de vária ordem, mas o que impressiona é que hoje em dia qualquer opinião desalinhada com a narrativa das classes dirigentes é logo catalogada de «negacionista», procurando-se censurar e silenciar quem não segue a cartilha dos políticos, lançando-se sobre as vozes críticas o anátema de que prejudicam o «bem comum».

Portanto, pouco importa se o custo de aquisição de veículos eléctricos é mais elevado, se as infra-estruturas de carregamento são insuficientes, se há questões com as baterias, se é duvidoso o benefício ambiental dada a pegada de carbono na construção e abate dos carros.

O que o Estado e a oligarquia dominante pretendem é que as pessoas deixem de escolher por si quais carros a comprar e conduzir. Há que submeter o povo à vontade de sinalização de suposta virtude dos «iluminados», nem que para isso seja necessário esquecer o mundo real em que vivemos.

Ou seja: o que verdadeiramente polui a sociedade são as pulsões fascizoides e totalitárias dos nossos políticos.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

IL marimba-se para emigrantes

31 Janeiro, 2024

Cerca de 2,3 milhões de portugueses estão a viver fora do país e destes mais de 850 mil jovens residem no exterior. Portugal tem a taxa de emigração mais alta da Europa e uma das maiores do mundo, sendo que 30% dos portugueses entre os 15 e os 39 anos deixaram o país.

Não admira por isso que participação dos emigrantes nas eleições para a Assembleia da República em 2022 tenha tido um número recorde de votantes, aumentando em 63% face às Legislativas anteriores. Mas, por incompetência e desorganização do Estado, mais de 80% dos votos dos emigrantes no círculo da Europa foram considerados nulos.

Na altura a Iniciativa Liberal foi – e bem – um dos partidos mais vocais a repudiar esta pouca-vergonha, afirmando tratar-se de uma clara diminuição da qualidade da democracia e um total desrespeito para com centenas de milhar de portugueses lá fora. Além disso – e bem – a IL tem-se tentado posicionar como a voz dos Portugueses que foram forçados a emigrar em busca de uma vida melhor.

Porém, todas estas virtudes vão por água abaixo quando as preocupações da Iniciativa Liberal se revelaram entretanto uma farsa, ou uma triste e populista desfaçatez.
Explico:

Quando João Cotrim de Figueiredo decidiu abandonar a liderança do partido deixando um sucessor dinástico designado, muita gente alertou para o que diziam ser um cambalacho para lhe arranjar um poiso mais bem remunerado no Parlamento Europeu. Logo vieram os activistas partidários do costume indignar-se perante tamanho sórdido processo de intenções, mas na verdade a IL acabou por anunciar Cotrim como primeiro candidato nas Europeias de Junho.

Todavia, já depois deste anúncio, a Iniciativa Liberal decidiu apresentar Cotrim também como cabeça de lista pelo círculo da Europa nas eleições legislativas de 10 de Março próximo.

Ou seja, a IL torce os seus princípios e trai o eleitorado que diz defender. Na prática sinaliza que um voto nas legislativas em Cotrim de Figueiredo é uma inutilidade e uma fraude, pois não poderá ser ao mesmo tempo deputado da nação e deputado em Estrasburgo.

Provavelmente a IL não acredita que vá eleger Cotim nas legislativas, mas então o seu dever patriótico seria o de coligar-se ou recomendar o voto na AD no círculo da Europa para não desperdiçar votos a favor do PS.

Mas se a IL acredita na eleição de Cotrim nas Legislativas, que sentido tem ser cabeça de lista para as Europeias? Vai ficar deputado em Lisboa por meia dúzia de meses? Ou o partido quer garantir um tacho a Cotrim de Figueiredo caso não tenha votação suficiente nas Europeias?

Em política o que parece é. E parece que a IL desconsidera os jovens e, sobretudo, está-se a marimbar para os nossos emigrantes.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

O Chega está apatetado, ou apenas parece?

24 Janeiro, 2024

O disparate inconsequente das chamadas «linhas vermelhas» e do «não, é não» tem permitido instalar-se na sociedade a ideia de que o Chega é um partido diferente de todos os outros. Acresce que o facto de PSD e Iniciativa Liberal ostracizarem o Chega de um eventual entendimento para governar o país, tem dado a André Ventura a oportunidade de capitalizar ainda mais essa distinção radical do Chega com uma liberdade acrescida. Saber que não terá responsabilidadess governativas imediatas, dá-lhe espaço para propôr medidas políticas que atraem a atenção e popularidade junto de camadas alargadas da sociedade descontente com o estado do país, e para quem a consistência doutrinária ou exequibilidade dessas ideias não são análises a que se dediquem.

Mas conviria ao Chega não exagerar no pregão de banha-da-cobra, arriscando um registo de conto-do-vigário ao apresentar um chorrilho de medidas económicas que só não são absurdas porque são mesmo absolutamente erradas e profundamente estúpidas. É que, a dada altura, o eleitorado de Direita que vê o PSD como uma matiz alaranjada do socialismo do PS, e vê a Iniciativa Liberal como um recreio de crianças woke que querem pagar menos impostos mas que não “deslargam” o Estado, esse eleitorado de direita – dizia eu – não é parvo de todo e acaba por não ter mais disposição para discursos próprios da “esquerdalha chavista” como a demagogia dos supostos «lucros excessivos» da banca ou das gasolineiras, ou lirismos incalculados de pensões de valor igual ao salário mínimo.

Nem tão pouco algum eleitorado potencial do Chega fica agradado com o novo coelho que Ventura tirou da cartola: o combate à economia paralela. Quem não aprecia a economia paralela reduz a despesa do Estado e com isso baixa impostos. Não promete mundos e fundos a uns com o dinheiro dos outros.

Se o Chega não quer perder uma certa imagem de ser uma “verdadeira oposição” ou um veículo eventualmente útil para forçar o realinhamento e reagrupamento do espaço da Direita no combate ao PS, talvez valha a pena acautelar que na loja do Mestre André a falta de homogeneidade ideológica própria de um partido populista não atinge níveis tão extremos que lhe quebrem o crescimento potencial.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Agricultores e Extrema-direita

17 Janeiro, 2024

Na Alemanha, o governo preparava-se para desviar as verbas que tinha alocado para fazer face aos problemas gerados no país pelas suas próprias más decisões a pretexto da Covid para suportar um enorme gasto e desiquilíbrio geral das contas públicas. Mas um Tribunal alemão proibiu a marosca.

A par desta decisão judicial, como o governo Alemão continua empenhado em fazer cumprir a narrativa apocalíptica da urgência em atingir a chamada “neutralidade carbónica”, mesmo que isso empobreça a generalidade da população e coloque em risco largos sectores vulneráveis da sociedade, o executivo de Olaf Sholtz decidiu acabar com os benefícios fiscais sobre o gasóleo agrícola, passar a taxar a circulação e os veículos para a agricultura, entre outras sevícias dirigidas aos empresários do sector primário.

A reacção dos agricultores não se fez esperar, atingiu enorme dimensão e arrastou entretanto a solidariedade de outros sectores. Face ao aumento de impostos e a imposição acrescida de normas e regras justificadas com lirismos eco-fascistas mas que aumentam o custo de produção de bens agrícolas, o povo saiu à rua em protesto.

Logo a classe política e os comentadores vieram catalogar as manifestações dos agricultores como sendo de extrema-direita e ensaiaram a justificação sobre a subida dos preços dos bens alimentares com a ganância das cadeias de supermercados.

Em Portugal estas notícias não passam nas televisões nem nos jornais mainstream. Talvez porque se o fizessem tivessem também de registar que o descontentamento com as políticas dos governos esteja a colocar em segundo lugar nas sondagens e em primeiro lugar nas regiões da antiga Alemanha de Leste a AfD – o partido alemão equivalente ao Chega.

Políticas erradas e desfasadas da realidade ou necessidades concretas da população são prado fértil para os populismos. O silenciamento da indignação das populações é rastilho para extremismos. O crescimento da AfD e do Chega são sintomas. Quanto mais tentarmos apagar ou esquecer os sintomas, mais alastra a verdadeira doença que é a putrefacção dos regimes e oligarquias dominantes.

No final do vídeo, deixo algumas imagens impressionantes das manifestações na Alemanha que provavelmente não viu.

A Imprensa do Regime

10 Janeiro, 2024

Marcelo Rebelo de Sousa anda há pelo menos 6 anos a defender e manobrar para que a imprensa e a comunicação social receba apoios do Estado. A lenga-lenga é a cotumeira fantochada mendaz da preocupação com a defesa da democracia e da liberdade. Como se ao longo da história a censura e o controlo político dos media não tivessem sido sempre introduzidos em nome do bem comum e do interesse nacional…

Marcelo, um dos mais ocos e mimados políticos que conhecemos, fez dinheiro e adquiriu notoriedade em homilias semanais nas televisões e criou uma rede de influência servindo de gerador de notícias, casos e intrigas na imprensa. Usa e abusa de relações de confiança com jornalistas para manobras politicas e espanta-se agora que vários orgãos de comunicação social estejam pelas ruas da amargura.

Há dias, veio mais vez dizer que é urgente um «acordo de regime» para salvar os media. Sucede que grande parte dos media fazem parte do próprio regime conforme interessa à oligarquia que coloniza o Estado. Há empresas de comunicação social alapadas ao poder, veiculando recados e recebendo orientações de dirigentes políticos.

Mesmo assim, o presidente clama por ainda mais controlo público dos media. Outtras vozes patetas vieram juntar-se à reivindicação: Uma directora de um pasquim dito de referência exige a nacionalização imediata de jornais em dificuldades; um autarca acusado de peculato pela Justiça acha que o JN deve figurar na lista de Património Cultural Imaterial da UNESCO; o edil do Porto que os Chineses querem fazer transitar para a EDP e o PS quer afastar de candidato às Europeias afirma que “não se pode deixar morrer o JN” e entristece-se por a Lei não lhe permitir usar mais dinheiro dos contribuintes para apoiar os títulos da cidade. E até o bispo Linda vem fazer feia figura ao juntar-se ao entertainer Abrunhosa para enaltecer o chamado jornalismo portuense.

Que diria esta gente sobre a nacionalização dos media ou apoios do estado à comunicação social se no Governo estivesse André Ventura ou, elevando o exemplo para outro patamar de craveira política, e se Passos Coelho fosse primeiro ministro?

Sendo verdade que um pacto de regime não alteraria o actual panorama de subserviência dos jornais ao poder, o que é certo é que uma ainda maior dependência financeira do Estado seria o golpe mortal para a credibilidade da imprensa portuguesa. E garantiria ainda a ausência de incentivos para a melhoria e inovação tão necessária às empresas de comunicação.

A componente de culpas da má gestão empresarial na crise dos media são contingências da iniciativa privada e, a menos que queiramos instaurar um regime fascista com tudo dentro de o Estado e nada fora do Estado, em vez de invocar a proteção da liberdade e da democracia em vão, convinha compreender que o estado calamitoso de muitos media se fica a dever em grande medida à promiscuidade e conflitos de interesse entre jornalistas, comentadores, políticos e homens de negócio do regime.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

De saco cheio com o calvário do SNS

3 Janeiro, 2024

Ao mesmo tempo que tragédias e desumanidades como esta (ver excerto inicial do vídeo acima) vão acontecendo um pouco por todo o país a muitas famílias Portuguesas, é impressionante a quantidade de pessoas que permite que os decisores políticos se dediquem a temas de fantochada e sem qualquer relevância: (ver vídeo aos 0m51s)

Nota-se que há quem tenha orgulho de ocupar as suas simples cabecinhas a determinar quem é bom ou mau cidadão consoante o seu grau de observância de comportamentos sociais ridículos, ditos ecológicos.

Parece que o governo socialista atrasou entretanto a regulamentação da aplicação deste novo imposto, e os 4 cêntimos por saco transparente só passarão a ser cobrados aos consumidores depois das eleições legislativas. O que é curioso…

Importa recordar que em 2019 o Parlamento aprovou por unanimidade a proibição da disponibilização nos supermercados destes sacos de plástico ultraleves, embora depois se tenha optado por aproveitar a oportunidade por cobrar mais um imposto em vez da proibição, embrulhando a decisão em lero-lero ambiental sobre «sustentabilidade» e «economia circular» para diminuir a resistência dos contribuintes.

Mas uma coisa é certa: estes proto-fascistas ecológicos sentem-se ungidos e destinados a salvar o mundo e nos seus devaneios de húbris mental não hesitam em se socorrer da força da lei para introduzir de forma capciosa na sociedade a sua estética de sinalização de suposta virtude e impôr a observância e o cumprimento de certos comportamentos que entendem úteis para massajar os seus próprios egos. Mas isto não é mais do que um modo preguiçoso de ver o mundo, uma degeneração de valores éticos e morais bem como um atentado à liberdade das pessoas.

E entretanto outros avós de outros jovens Vitor Macias continuam entregues ao calvário do SNS socialista.

O Cabaret do Presidente e dos Bispos

27 Dezembro, 2023

Depois de celebrações bem regadas e brindes vários, não é de estranhar e até se releva que uma qualquer pessoa faça afirmações disparatadas ou tenha piadas de mau gosto. Mas o caso de Marcelo é extraordinário porque isso acontece antes mesmo de beber ginginha e sem qualquer gota de alcool no sangue (ver vídeo aos 0m26s).

Como se constata pelas suas declarações, em plena véspera de Natal, para cuidar da sua imagem e popularidade, Marcelo não hesita em mandar o seu filho para debaixo do comboio, atribuindo-lhe todas as culpas pelo processo das cunhas, sugerindo que o seu filho mentiu ou omitiu ao pai e que o desiludiu. Marcelo chega ao requinte de já nem sequer tratar o seu filho por “Dr. Nuno”. Agora, pura e simplesmente refere-se ao filho como o “Alguém”.

Ou seja: entre a manutenção da dignidade de uma relação familiar e a manutenção dos niveis de popularidade em sondagens, Marcelo escolha a segunda opção.

Por falar em falta de dignidade, inversão de valores e tristes figuras, alguns destacados membros da hierarquia da Igreja têm também contribuído para este ambiente de degradação moral.

O presidente da conferência episcopal D. José «Cunhas» Ornelas tentou agradar à oligarquia espalhando fake-news sobre as gémeas brasileiras e dizendo patetices várias a propósito do caso. Já o actual bispo de Setúbal e estrela Pop da Jornada mundial da juventude não hesita em ir vestido à Cardeal a uma taberna para emborcar ginginha na companhia de um septuagenário e com isso dar espectaculo à populaça.

As imagens que se seguem mostram o fiel retrato da nossa actual sociedade em que Estado e Igreja se aliam para fazer do país uma tasca de má fama e deixar o povo embriagado com cabaret pagão: ver video aos 04m43s.

A crónica-vídeo completa de hoje, aqui:

Governo discrimina Portugueses

13 Dezembro, 2023

O secretário de estado da saúde Ricardo Mestre assinou em Fevereiro passado um despacho que objectivamente discrimina e penaliza os Portugueses que estão emigrados. A notícia vem só agora ao conhecimento geral porque apenas em Outubro passado as Unidades de Saúde familiares tomaram conhecimento dela e logo a notícia abriu polémica e revolta junto das comunidades portuguesas no estrangeiro.

Em mais uma medida para salvar o SNS até ao seu enterro final, o governo decidiu que os portugueses residentes no estrangeiro passam a ter de pagar o custo do atendimento sempre que usarem um serviço do SNS português, ao contrário do que acontecia até agora em que pagavam apenas as taxas moderadoras tal como qualquer residente no nosso país. Esta decisão terá especial impacto nos Portugueses residentes fora do espaço Europeu uma vez que não dispõem do Cartão Europeu de Seguro de Doença que lhes permite receber assistência médica dentro da Europa.

É uma medida esdrúxula e aberrante por variadíssimas razões, e à cabeça por na prática sinalizar que só é Português quem paga impostos em Portugal. O país deixa de ser uma nação de Portugueses, para ser uma unidade administrativa que junta contribuintes bem-comportados e servis ao Estado. Em vez dos laços históricos, familiares e culturais, a pátria Portuguesa renasce apenas como um código electrónico central de registo de submissão de declaração de IRS ao Fisco.

Esta resolução socialista discrimina não só entre Portugueses de primeira e Portugueses de segunda, mas também entre os Portugueses que sairam do país e os estrangeiros a viver no nosso país, muitos deles que nem sequer trabalho têm, mas que já podem beneficiar gratuitamente do nosso SNS. E não estou a falar do caso das gémeas brasileiras nem das mães estrangeiras que vêm ter partos de borla a Portugal e regressam a seguir aos seus países de origem.

Duas questões por exemplo: um Português emigrado em Moçambique passa a ter de pagar uma consulta ou cirurgia no SNS português? E um Português residente em Angola e que tenha o azar de ter cancro deixará de poder recorrer ao nosso IPO e estar junto da família durante o tratamento, beneficiando de idênticas condições aos residentes no nosso país?

Mas se quisermos voltar à questão dos impostos, é sabido que muitos dos Portugueses residentes no estrangeiro, além de já terem pago uma enormidade de impostos em Portugal antes de emigrarem, continuam a ter rendimentos no nosso país taxados pela nossa imoralmente implacável Autoridade Tributária. Continuam pex a ter rendimentos prediais por terem arrendado a casa em que viviam em Portugal. Não têm direito a recorrer ao SNS nas mesmas condições de quem ainda cá vive porquê?

Não faço, nem nunca fiz, a apologia do estado social nem do SNS. Muito pelo contrário. Aliás, por mim desde que me permitissem não pagar qualquer imposto de bom grado dispensaria os serviços públicos de saúde. Mas o ponto aqui é outro. O governo socialista fomenta uma imoral discriminação entre cidadãos Portugueses, beneficia estrangeiros em prejuízo dos portugueses, perverte e abandona a identidade nacional e desmaterializa o conceito de comunidade e nação portuguesa. O PS é uma lástima!

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

O pistolão, a cunha, o Doutor e o Presidente

6 Dezembro, 2023

Já toda a gente percebeu que houve uma grande cunha no chamado caso das gémeas luso-brasileiras. Resta apenas apurar com rigor quais os autores morais e materiais do esquema de favorecimento e privilégio que custou aos contibuintes portugueses mais de 4 milhões de euros, ao mesmo tempo que famílias portuguesas são deixadas a lutar contra burocracias e esperas infindáveis para tratamento médico idêntico para os seus filhos.

Mas há alguns aspectos sobre esta telenovela deprimente que têm sido esquecidos ou pouco comentados e que adensam suspeitas legítimas de ter havido condutas e procedimentos impróprios e éticamente reprováveis por parte do Presidente da República.

Por exemplo, o doutor Nuno, filho de Rebelo de Sousa, não é sequer amigo da família das gémeas (ver video ao 1m17s). Mas, mesmo que fosse, a que título a Presidência da República dá informações sensíveis, extremamente pessoais e reservadas sobre o andamento do processo clínico das crianças ao Dr. Nuno?

A Presidência da República não faz nenhum escrutínio nem averigua se quem dirige pedidos ao Presidente tem legitimidade ou está mandatado pelos beneficiários para o fazer?

O pai do Dr. Nuno, é incapaz de dizer ao seu filho que o seu pedido não tem pés nem cabeça ser-lhe dirigido abusando da relação familiar que têm?

É admissível que tendo Marcelo recebido um email particular do seu filho faça entrar essa mensagem no circuito de trabalho e seguimento dos serviços da Presidência da República?

A pedido do Presidente para se inteirar do caso, uma assessora de Marcelo contactou directamente o hospital de Santa Maria e obteve desta instituição uma resposta clara, e técnicamente fundamentada que deitou imediatamente por terra a pretensão dos pais para que fosse administrado em Portugal o medicamento milionário às gémeas. Sabendo disto, e sendo suposto a Presidência da República seleccionar apenas os casos relevantes e minimamente plausíveis a reencaminhar para o Governo, a que propósito segue um ofício da Presidência da República para António Costa?  

Como se poderá entender que a Casa Civil do Presidente da República force e tente tornar político o tratamento de um caso que deveria ser um processo eminentemente técnico?

A falta de resposta a estas e muitas outras questões dão razão àqueles que entendem que os mais altos cargos da nação são dirigidos como chafaricas e que o regular funcionamento das instituições democráticas está longe de ser regular.

Em Portugal, destituir um Presidente da República por violação grosseira das suas obrigações enquanto chefe de estado é virtualmente impossível. Por isso conviria que Marcelo e o Dr. Nuno dessem explicações cabais e com verdade ao País.

A minha crónica-vídeo, aqui:

SGPCM e a imagem da República Portuguesa

29 Novembro, 2023

É certo e sabido que os socialistas, e em particular os governos de António Costa que José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos integraram, tornaram a administração e os serviços públicos um caos e um emaranhado de problemas, próprios do terceiro-mundo.

Mas a incompetência e folclore de imbecil sinalização de suposta virtude vai ao requinte de inundar os organismos centrais do estado com uma cultura depravada e uma narrativa de lero-lero parolo, indecifrável e estúpido para qualquer pessoa na posse das suas faculdades intelectuais e mentais. Veja-se por exemplo o uso, ou melhor, a falta de uso de género gramatical, promovendo erros objectivos de bom Português.

Ou isto: ver vídeo ao 1m27s.

Ou então a estapafúrdia e incompreensível adulteração do logótipo da República Portuguesa, usado na identidade visual dos documentos oficiais e peças de comunicação do Governo e do Estado.
Como lembrou Nuno Rogeiro há dias na televisão a justificação para tal ter sucedido é de bradar aos céus de ridículo e demencial. Dizem que o novo logótipo é mais inclusivo, plural e laico e que serve o propósito de reforçar uma consciência ecológica. Quando o que acontece é que estragam e retiram a simbologia histórica e cultural das várias componentes que continha.

Esta gente é parva e alucinada.

Não basta pois tirar o Partido Socialista do Governo. Será preciso uma limpeza de algo a baixo em muitos organismos do Estado para remover tantos incapazes e inúteis que colonizam e se dedicam a parasitismo na Administração Pública, em vez de esta estar verdadeiramente ao serviço do público e dos portugueses que lhes pagam os salários.

A minha crónica-vídeo completa, aqui:

A demissão de Costa, Galamba e a Operação “Influencer”

28 Novembro, 2023

Costa saiu de cena. Há motivos para festejos? Ainda não. Guardem os foguetes porque neste país, por tradição, nenhum colarinho branco aquece o lugar na cadeia. Só os políticos e colarinhos brancos de menor importância (leia-se, os que menos segredos sabem que possam incriminar outros sobre as negociatas) é que acabam bodes expiatórios.  Lembram-se do Processo Casa Pia? (recorde aqui e aqui).

Todo o resto safa-se. Porque se abrirem a boca arrastam centenas deles. De todas as cores políticas. Isto é um polvo e o Costa é a cabeça do polvo neste momento, tal como o foi, Sócrates. 

Ler mais…

Derrota em Portugal, vitória na Argentina

22 Novembro, 2023

A Argentina já foi um dos países mais ricos do mundo. No início do sec. XX tinha um PIB per capita superior ao da Itália, Japão e de França. Teve um crescimento anual médio de 6% durante os 43 anos anteriores à Primeira Guerra Mundial, acompanhado por um progresso social sem precedentes.

Mas estes anos de ouro aconteceram no tempo em que a Constituição da Argentina restringia a capacidade do governo em interferir na liberdade económica e nas liberdades individuais. Depois vieram os socialistas, introduziram o controlo de preços, nacionalizaram empresas, restringiram o comércio internacional, aumentaram os gastos públicos e subverteram a constituição.

A Argentina tornou-se uma sociedade corrupta, pobre, rentista, com uma inflação anual de 150%, quase metade da população a viver na pobreza e assistiu-se ao êxodo maciço de jovens para o estrangeiro.

Em Portugal a esquerdalha política do costume, os avençados comentadores das televisões e os colunistas dos jornais, que durante décadas não quiseram saber da Argentina, tentam agora esquecer a triste realidade que o socialismo e a agenda progressista trouxe ao país, apelidando Javier Milei como louco, fascista e um perigoso ultra-liberal.

Nada que não fosse expectável da habitual desonestidade intelectual dos socialistas e neo-marxistas portugueses. O curioso, é que em Portugal também muita gente pertencente à Direita envergonhada e às elites urbanas ditas liberais, acham Javier Milei um irresponsável alucinado e menosprezam a sua vitória dizendo que ganhou apenas porque se apresentava como a alternativa à tragédia peronista e ao desespero dos argentinos por mudança.

Ora, Milei teve o maior número de votos e a percentagem mais elevada em eleições desde o regresso da Democracia à Argentina. A vitória de Milei é uma derrota da máfia política, de jornalistas comprometidos, de sindicalistas corruptos, de artistas parasitas, de homens de negócios amigos do poder, de activistas da ideologia de género.

Mas Milei, com a sua grande consistência intelectual, académica e profissional criou um movimento libertário do nada num país colectivista até à medula. Não é pois verdade que as pessoas que o apoiam o façam principalmente porque rejeitam o sistema actual e querem que alguém radical o castigue. O fenómeno político de Milei parece ter conseguido uma verdadeira uma mudança estrutural na mentalidade de milhões de pessoas – especialmente dos jovens. É sobretudo a vitória da liberdade sobre o medo.

O socialismo trouxe o mal e o colapso à Argentina. Não há mais tempo nem lugar para o gradualismo. Salvar a Argentina exige mudanças drásticas. Os argentinos mais vulneráveis esperam agora que Milei tenha sucesso. Eu também.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Espanha levanta-se, Portugal amoucha

16 Novembro, 2023

Portugal e Espanha estão a mostrar ao mundo um triste e pestilento forrobodó constitucional, a dar testemunho de uma profunda degradação das instituições democráticas e a pôr a nú a pequenez e raquitismo ético dos seus governantes e políticos.

Por cá, Marcelo, envolvido num caso de cunhas e patrocínio de privilégios no hospital Sta. Maria, manipula o calendário político e utiliza uma marosca que é uma fraude à Constituição ao aceitar a demissão do primeiro-ministro, mas anunciando que só a formaliza em Dezembro. Todos os partidos são cúmplices nesta finta terceiro-mundista à Lei.

O primeiro-ministro, apesar de ele próprio demissionário, mantém em funções o arguido Galamba, um ministro com condições políticas putrefactas. Em pífio espectáculo de rua, Costa faz declarações em frente à sede do PS que destroem a réstia de credibilidade e independência do Governador do Banco de Portugal e expõe Centeno e Marcelo a manifestações de arranjinhos, mentiras e presunção. Entretanto Costa renega o melhor amigo numa manobra canalha a que a sua mulher assiste, poeticamente, sentada no chão.

Por seu lado o Ministério Público parece ter parido um rato com as suas suspeitas de prática de crimes, pedindo por defeito a prisão preventiva para grande parte dos visados na operação “Influencer”, medidas de coação essas que um juiz de instrução, sensatamente, recusou por manifesta falta de sustentação de prova indiciária e impreparação de magistrados preguiçosos. Isto, tendo por exemplo como dano colateral que um presidente de câmara tenha sido obrigado a dormir 5 noites nos calabouços da PSP na sua condição de arguido sendo-lhe imputado, porém, crime nenhum.

Este folclore de indignidades e comportamentos rasteiros ficam adicionalmente ilustrados com as cenas patéticas de um chefe de gabinete esconder na residência oficial do primeiro-ministro, entre livros e caixas de vinho, 75.800€ em numerário alegadamente provenientes de serviços de consultoria em Angola; ou escutas e transcrições de conversas com membros do governo num linguajar próprio de gunas.

Em Espanha, o socialista Pedro Sanchez coloca o país em ambiente de pré guerra civil, ao subverter sem pudor e por completo a Lei e a Constituição, reclamando para si o poder de alterar decisões judiciais por conveniência política, fazendo pactos com terroristas, prometendo amnistia para criminosos e chegando ao requinte de dar protecção policial a foragidos à Justiça.

Mas em Espanha, ao contrário de Portugal, o povo sai à rua e manifesta-se contra toda esta pouca-vergonha.

A minha crónica-vídeo de ontem, aqui:

O crime após eleições

8 Novembro, 2023

O saudoso Medina Carreira dizia que o país estava entregue à «gatunagem». Arnaldo Matos foi ainda mais assertivo.

António Costa é discípulo de Guterres e Sócrates. Com o PS tem sido sempre a descer. Do pântano passamos à bancarrota, da bancarrota passamos a um Estado de Direito e a uma Democracia europeia com matizes da República Centro-Africana.

Em oito anos Costa recrutou o refugo das elites e as aparas das classes dirigentes para os seus governos. Os seus executivos ficaram manchados por sucessivos escândalos: nepotismo, favorecimentos, clientelismo, corrupção, incompatibilidades, conflitos de interesse e trapalhadas várias. Quem passou pelos seus governos caracterizou-se invariavelmente por colocar a ética debaixo do capacho. Costa, por acção e omissão, alargou a rede tentacular de interesses e negócios socialistas, colonizou a administração pública de serventuários do PS, minou as instituições democráticas, atropelou a constituição. Além disso presidiu a governos profundamente incompetentes que deixaram o país e os serviços públicos num caos.

Mas, talvez por inércia e chico-espertismo, o povo portugês parece apreciar esta situação. Claro está que não ajuda a desalojar os socialistas do poder o facto de o PSD ser liderado por um homem que não convence nem entusiasma ninguém, e a Iniciativa Liberal por um «Calimero» desenxabido.

Por muito fragilizado que esteja hoje o PS, ainda assim será muito difícil que o PSD mais a IL consigam uma maioria parlarmentar. Montenegro e Rocha declararam a terceira maior força política portuguesa um partido proscrito e estão convencidos que entalam o Chega colocando em André Ventura o ónus de viabilizar ou não um governo dito de Direita. Montenegro e Rocha parecem dois adolescentes imberbes, mas convém que não se esqueçam que com Pedro Nuno Santos uma reedição da geringonça é possível e quiçá, provável.

Se com a fantochada das “linhas vermelhas” o PSD e a IL permitirem ao PS manter-se no poder juntamente com a esquerdalha do Bloco e do PC, isso será um crime de lesa-pátria.

A minha crónica-vídeo, aqui:

Pessoas trans

7 Novembro, 2023

A polémica à volta da Miss Portugal tem toda a razão de ser apesar de haver vozes em contrário. Não se trata de discriminação mas sim, de bom senso. Uma pessoa trans por muito bonita que seja, é uma pessoa trans – nasceu ou homem ou mulher – e transitou para outro género diferente do qual nasceu submetendo-se inevitavelmente a inúmeros procedimentos cirúrgicos. Logo, não pode concorrer nem a concursos de beleza de homens nem de mulheres.

Para estes, deveria haver uma categoria nova que os colocasse com os seus pares em iguais circunstâncias, pois não são esses mesmos que dizem que o mundo não é binário e que há uma centena de géneros por aí? Agora já não querem uma categoria para cada um? É preciso invadir a categoria dos outros? Não, não faz sentido.

O mesmo deveria acontecer no desporto onde assistimos a uma invasão descarada de pessoas nascidas homens a disputar provas com mulheres e, sem quaisquer surpresas, a ganharem todos os títulos em todas as modalidades onde competem.

Ninguém deve ficar indiferente a este problema, sobretudo as feministas que tanto dizem lutar pelos direitos das mulheres, e que, afinal de contas, já não se importam que indivíduos com outra constituição biológica tomem o seu lugar.

A Marina é efectivamente uma pessoa trans muito bonita. Pessoa trans e não mulher como escrevem por aí. Nasceu homem, continua com os cromossomas XY mas transitou, com tratamentos e operações estéticas, para uma pessoa trans do género feminino.

Tem direito, sim, a concorrer a todos os concursos que a vida lhe proporcionar, mas dentro da categoria dela. Se não foi ainda criada é por culpa dos senhores da agendas globalistas que nada mais querem senão provocar o caos social, dividindo para reinar. Porque se a vontade era integrar estas pessoas, já teriam criado uma categoria trans nas competições assim como o fizeram em tempos com a categoria masculina, feminina e de desporto adaptado, por exemplo. Se nunca colocaram todos os grupos a competirem juntos, por que o querem fazer agora?

E não me venham com o vitimismo do costume. Eu também gostava de poder concorrer a modelo, miss, e tantos outros concursos, mas tenho noção das minhas limitações. As regras de selecção não me permitem. Vou revoltar-me por isso? Mas desde quando foi preciso abolir todos os requisitos para incluir tudo e um par de botas? E desde quando os requisitos para selecção nos fizeram sentir mal ou excluídos? Isto é o mesmo que aceitar coxos para jogar numa equipa de futebol apenas para sermos inclusivos e quem se revoltar contra isto, ser chamado de “coxofóbico”! Esta sociedade em que nos transformamos tresanda a doideira.

Já vivi o suficiente para ter visto uma outra sociedade muito mais respeitadora e inclusiva do que esta – a admirar  Fredy Mercury, George Michael, Jodie Foster, Elton John, Martina Navratilova, Ricky Martin, e tantos outros -, pouco se importando com a vida íntima de cada um. Continuavam aos nossos olhos, pessoas que admirávamos. 

Agora faz-se questão em transformar tudo em polêmica para fracturar ainda mais a sociedade, como se a maioria fosse contra a afirmação sexual de cada um. Isto é a Agenda Woke em curso. Nada mais.

Desperte!

O Cardeal Américo e o Secretário Guterres

25 Outubro, 2023

Escolher entre um grupo terrorista de assassinos nazis que pretendem aniquilar o povo judeu e e país democrático a lutar pela sua sobrevivência contra a barbárie não deveria constituir nenhuma dúvida nem hesitação para qualquer pessoa bem formada.

Excepto para o mais recente cardeal português e agora bispo de Setúbal que em resposta ao Jornal de Notícias sobre qual o papel da Igreja perante os acontecimentos na faixa de Gaza Américo Aguiar responde que «o pior que se poderá fazer é tomar partido» e nem uma singela condenação do Hamas foi este clérigo capaz de fazer. A Igreja propõe um caminho de Verdade, Humanidade e Paz, mas Américo Aguiar faz equivaler o Bem ao Mal, o que neste caso equivale a escolher o Diabo.

Mas Américo Aguiar foi eleito autarca do Partido Socialista quando António Guterres era líder do PS e por isso não supreende que estes dois espiritos sejam gémeos e digam iguais disparates abomináveis: ver vídeo aos 1m28s.

No vídeo anterior, vemos o ministro e o embaixador israelitas dizerem quase tudo o que é preciso dizer sobre a boutade de Guterres. Acrescento apenas a informação de que Israel abandonou unilateralmente a Faixa de Gaza em 2005 e que há quase 20 anos não ocupa qualquer território em Gaza.

Guterres foi uma tragédia enquanto primeiro-ministro, com a sua actual cruzada infanto-religiosa a pretexto do clima verificamos que o equilíbrio mental não é o seu principal traço enquanto político, e torna-se agora evidente que é apenas um embaraço e uma vergonha para Portugal.

Dados os actuais padrões de exigência, Guterres tem pois todas as características para se vir a tornar presidente da república.

A crónica vídeo completa, aqui.

DESPERTE!

24 Outubro, 2023

Nesta altura do “campeonato”, infelizmente, quase todos conhecemos alguém que teve, tem ou morreu com problemas da toma do líquido experimental. Nas conversas, um pouco por toda a parte, fala-se ainda a medo sobre este fenómeno das mortes súbitas nas crianças, jovens e menos jovens, sem quaisquer problemas de saúde; das inúmeras pessoas afectadas pela experiência a que chamaram “vacina”. É o começo do despertar à custa da desgraça confirmada.

Ler mais…

Quinta-feira, 26 Outubro – Porto

19 Outubro, 2023

Convite:

De Gaza à Polónia: «jornalismo» de causas

18 Outubro, 2023

Depois dos atentados terroristas perpetrados pelo Hamas em mais uma demonstração das atrocidades desumanas que são a sua essência, pode parecer quase grotesco recordar uma evidência básica: na guerra uma das vítimas é também a verdade.

Daí que o papel do verdadeiro jornalismo fosse fundamental na cobertura noticiosa do conflito em Israel, que aliás ganha cada vez mais contornos regionais e até globais.

Infelizmente, deixo a seguir dois tristes exemplos de péssimo e irresponsável jornalismo. A SIC abre o seu jornal nacional culpando explicitamente Israel pela explosão no hospital em Gaza, tendo por base e fonte única de informação um comunicado do Hamas. Ou seja, a SIC, sem necessidade de contraditório ou dúvida metódica, aceita como verdade insofismável a palavra de um grupo terrorista.
Já a RTP, mais subtil e capciosamente, deixa implícito que o mais provável culpado do sucedido é Israel e por isso toda a peça deste canal de televisão vai no sentido de difundir a narrativa de um dos lados, neste caso do Hamas.

Ora veja o vídeo a partir do 1m48s: aqui

Mudando de cenário e geografia, e passando para o resultado das eleições gerais na Polónia do passado fim de semana, foi curioso registar que os media e a esmagadora maioria dos avençados comentadores dos órgãos de comunicação social nacionais afirmaram como se de um facto se tratasse que a segunda força política polaca «ganhou as eleições». Não disseram que Donald Tusk terá eventualmente mais probabilidade de formar governo. Atribuíram ao segundo classificado o título de vencedor das eleições, apesar de Donald Tusk ter ficado um milhão de votos atrás do partido mais votado.

A corrupção e deturpação jornalística é um dos cancros da sociedade actual.

Polarização

13 Outubro, 2023

No mundo contemporâneo acirrado por polémicas freneticamente escalpelizadas nas redes sociais, tem sido um dos raros pontos de alargada concórdia a crescente polarização do debate político.

O escândalo, a indignação, a denúncia, o “cancelamento”, o embate entre valores tradicionais com novas formas de identificação individual, tudo tem contribuído para esse ambiente carregado de conflitos bem polarizados entre extremos crescentemente inconciliáveis.

A presente obra procura analisar esta nova realidade à luz de diferentes perspectivas, entre elas a histórica, filosófica e política, por forma a melhor se compreender este fenómeno a que commumente se chama polarização, mas sobre o qual pouco se tem escrito ou reflectido.

De onde vem? Para onde vai? Pela mão da Oficina da Liberdade um conjunto de reflexões são aqui apresentadas a um público leigo, mas interessado.

Pré-venda, com desconto: https://www.aletheia.pt/products/polarizacao

Bloco Hamas de Esquerda

12 Outubro, 2023

Na minha crónica-vídeo de ontem mostrei breves imagens sobre uma determinada pessoa para que se possa ter uma ideia da sua afiliação partidária:


A rapariga do vídeo acima foi candidata à Assembleia da República pelo Bloco de Esquerda, foi candidata ao Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda, foi apoiante da candidatura presidencial do Bloco de Esquerda, escreve regularmente no orgão oficial do Bloco de Esquerda. Julgo pois que não restam dúvidas de que esta mulher é destacada figura do Bloco de Esquerda.

Pois bem, depois de palavras bonitas sobre a dignidade humana, esta sujeita disse há um par de dias a propósito dos ataques terroristas em Israel, o seguinte: ver vídeo aos 2m03s.

Decorre daqui – e não há como evitar dizê-lo – que o Bloco de Esquerda apoia a barbárie, o terrorismo, a selvajaria e a prática de atrocidades pelo Hamas. E quem apoia o Hamas apoia qualquer outro animal. Aliás, quem apoia o Bloco de Esquerda ou contemporiza com a amizade, proximidade e solidariedade deste partido para com trogloditas monstruosos não merece qualquer respeito e é apenas um reles canalha.

Quem corta cabeças a crianças, assassina a sangue frio jovens num festival de música, exibe cadáveres de inocentes arrastando-os pelas ruas e coloca vídeos de execução de reféns nas páginas das redes sociais dessas próprias vítimas não merece perdão. Quem, como os dirigentes do Bloco de Esquerda, perante isto procuram encontrar uma justificação, uma atenuante, circunstâncias antecedentes de um suposto contexto é tão somente uma negação do Homem e uma encarnação do Mal.

Laudate Deum: ou a Igreja Católica é apenas mais uma ONG?

8 Outubro, 2023

A propósito da recente Exortação Apostólica «Laudate Deum» do Papa Francisco, Samuel Gregg estreia-se na coluna da Oficina da Liberdade.

Samuel Gregg é Doutorado em filosofia moral e política económica pela universidade de Oxford e Mestre em filosofia política pela universidade de Melbourne. É Distinguished Fellow em Política Económia e Senior Research Faculty na American Institute for Economic Research. É membro da Mont Pèlerin Society e do conselho académico de numerosas instituições internacionais. Autor de 16 livros, escreve regularmente na imprensa internacional e nas mais prestigiadas publicações académicas europeias e americanas, sendo citado com frequência nos media, entre os quais o L’Osservatore Romano e o Christian Science Monitor.

Link para o artigo: https://observador.pt/…/laudate-deum-ou-a-igreja…/

Excertos:

Não temos essa sorte com a Laudate Deum. Há apenas uma reflexão teológica mínima no texto. Grande parte da Exortação consiste na afirmação pelo Papa, com base em partes de dados científicos recolhidos a partir de diferentes fontes e produzidos por organizações como o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), de que o mundo está a aproximar-se de um ponto sem retorno face às alterações climáticas. Não restam dúvidas de que parte do objetivo deste exercício é repreender quem sugira – com base noutras fontes e análises de dados produzidos por cientistas perfeitamente respeitáveis – que as coisas podem não ser tão claras, tão terríveis ou tão definitivas quanto o afirmam ser os activistas da classe média da Europa Ocidental defensores das “emissões zero” e que se colam a monumentos e obras de arte.

É evidente que o Papa Francisco – e quem quer que o esteja a aconselhar sobre tais temas – acredita ser necessário insistir na existência de um consenso irrefutável e imutável sobre tais assuntos. Por outras palavras, as pessoas devem aderir à causa, um ponto infelizmente sublinhado num tom lamentável que permeia a linguagem desta Exortação, num ligeiro desprezo por aqueles indivíduos, grupos e “interesses económicos” não identificados que, aparentemente, são mais cépticos.

Uma nota geral que vale a pena destacar é a de que a Exortação reflete uma deterioração contínua na Doutrina Social Católica. Como eu e outros argumentamos, a Doutrina Social Católica oficial continua “a confundir o ensino da doutrina com extensos comentários de factos e probabilidades que são contingentes, variáveis e passíveis de debate legítimo entre os católicos”; falha “em sublinhar a importância de compreender como as normas negativas e positivas do ensinamento moral católico se aplicam ao abordar questões sociais, políticas e económicas”; e minimiza “o espaço para desacordos legítimos entre os católicos leigos sobre a maioria das questões [sociais, políticas e económicas]”.

O artigo completo, aqui.

Climáximo: crimes eco-fascistas

4 Outubro, 2023

A gruta de onde saem estas alimárias e o viveiro onde estas degeneradas personagens são criadas é a Climáximo.

A Climáximo é uma organização que se dedica à práctica regular de crimes como o ataque a pessoas com tinta, ao corte de estradas, ao bloqueio de ruas, à vandalização de património público, à perturbação de eventos privados, entre outras actividades nada civilizadas.

A Climáximo é uma agremiação extremista, radical, que funciona como um braço armado ao pingarelho do Bloco que Esquerda e é dirigida por João Camargo, genro de Francisco Louçã.

Sucede que o semanário Expresso acolhe Camargo como colunista no seu jornal, sabendo que ele é líder de uma agremiação que instiga e organiza recorrentemente acções anti-democráticas e ilegais, o que obriga a accionar regularmente as autoridades policiais para pôr cobro a esses fenómenos.

É curioso que sendo anti-capitalista e anti-ricos, João Carmargo se dedique a escrever (e provavelmente a ser pago) para um jornal propriedade de um magnata com casa na Quinta da Marinha e cuja família é conhecida por frequentar a socialite da linha de Cascais e Lisboa.

Mas revelador é também que o Expresso dê guarida e palco a desordeiros e meliantes há muito identificados.

É ainda de pasmar que a Bertrand edite livros infantis cujo autor é João Camargo e a sua companheira, Joana Louçã, filha do ex-conselheiro de estado e arcebispo do Bloco de Esquerda.

Sendo figuras com actividade política organizada para provocar distúrbios na vida dos cidadãos comuns, estes negócios e factos deveriam ser conhecidos do público em geral, a bem da transparência.

Termino, louvando a iniciativa pronta, espontânea e meritória dos automobilistas que ontem escorraçaram e impediram os membros da Climáximo de cortar o trânsito na segunda circular em Lisboa, desta forma (ver vídeo a partir do 3min21s)

A crónica-vídeo completa, aqui.

Não, é não!

29 Setembro, 2023

Com o «não é não» Montenegro, coitado, espera ir buscar votos ao centro-esquerda. Ou seja: a franjas do PS e da IL.

Mas alguém acredita que o número de socialistas que, com isto, passem a votar PSD é relevante?

Não tira nenhum voto ao Chega e, com altíssima probabilidade, vai fazer engordar ainda mais o CH.

Em que é que as declarações patéticas de Montenegro ajudam ao crescimento da direira dita «decente»?

Por outro lado, já se percebeu que as classes dirigentes da IL e do PSD estão a dar gás à narrativa hipócrita e asnática de que face aos próximos resultados eleitorais caberá ao Chega o ónus de decidir se apoiará uma maioria de suporte a um governo do PS ou do PSD. Ou seja, IL e PSD jogam a táctica de tentar demonstrar que o Chega é um partido sem espinha dorsal, arrivista e oportunista. Ventura poderá até ser tudo isso, mas esta atitude revela mais sobre o PSD e a IL do que sobre o Chega.

PSD e IL não hesitam em sequestrar os Portugueses e usá-los como munições para politiquices.

Se o PS ganhar com minoria, mas o Chega viabilizar um governo socialista, o PSD e a IL acham que o que os Portugueses pagarão com mais anos de António Costa à frente do executivo é um preço justo para demonstrar as suas teorias partidárias?

Se o PS ganhar com minoria, mas o Chega não viabilizar um governo do PS, que conclusão tirarão o PSD e a IL sobre as prioridades do Chega?

Se o PSD ganhar com minoria, o PSD e a IL acham que o Chega não viabilizará um governo social-democrata?

Se o PSD ganhar com minoria, mas o Chega não viabilizar esse governo, o PSD e a IL acham que o que os Portugueses pagarão com a convocação de novas eleições (e o risco de PS obter então maioria) é um preço justo para demonstrar as suas teorias partidárias?

Ide pentear macacos!

Arruaceiros cavernícolas do clima

27 Setembro, 2023

Os arruaceiros cavernícolas que dão corpo aos ditos “activismos climáticos” são sempre o mesmo grupo de peões amparados pelo Bloco de Esquerda. Trata-se de gente privilegiada e egoísta sob orientação neo-marxista da extrema esquerda actual, que pertence a associações como a «Climáximo», liderada pelo genro do ex-Conselheiro de Estado Francisco Louçã.

Sucede que os orgãos de comunicação social são cúmplices evidentes desta máfia infame e perigosa. Desde logo a RTP. Este canal sustentado com rendimentos subtraídos aos contribuintes portugueses, tem o desplante de assumir a sua condição de organização activista e de ferramenta de propaganda de narrativas fanático-tremendistas nomeiam uma «Editora para a Acção Climática». Os responsáveis e tutela da RTP não têm vergonha na cara de corromperem o mais elementar código deontológico do jornalismo, facto que resulta em peças desculpatórias e poéticas como esta de ontem: ver vídeo ao 1m28s.

Lembro que as jovens destrambelhadas que atacaram o ministro e interromperam a sessão da CNNPortugal, já foram várias vezes convidadas por este canal de televisão e tratadas em estúdio como jovens idealistas salvadoras da humanidade: ver vídeo ao 2m14s

Aos cortes de estrada, fecho de escolas, distúrbios de eventos públicos, danificação de património e outras actividades de calibre sinistro o governo tem respondido com audiências privadas concedidas aos eco-fascistas e compreensão pelas suas atitudes. Por exemplo, em relação a agressões com tinta a ministros, tanto o Governo como a CNN nem sequer apresentaram queixa às autoridades. (ver vídeo aos 3m19s)

Não se trata apenas de desleixo e irresponsabilidade dos nossos políticos. Na verdade, largas franjas da sociedade parecem ter desenvolvido um ou «síndroma de Estocolomo» colectivo manifestando simpatia e admiração pelos seus próprios agressores, num claro distúrbio sádico e masoquista que pagaremos todos bem caro.

A minha crónica-vídeo completa, aqui:

O beijo

26 Setembro, 2023

Começa a ser penoso viver nesta sociedade de “florzinhas” que se ofendem com tudo e com nada. Chega-se ao ponto de não saber como agir, como falar, como pensar para não ofender estas pobres criaturas que sofrem de sensibilidade paranóica. Pior ainda, é ver uma comunicação social (que não é nada inocente no processo) a dar um palco gigante a estas vozes insanas que distorcem a realidade em que vivemos e a transformam num autêntico inferno. 

Ler mais…