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Neo-malthusianismo

15 Junho, 2008

O neo-malthusianismo voltou a estar na moda. Estamos a caminho do esgotamento inexorável dos recursos. Espera-nos a guerra, a fome e a miséria. E a culpa é do neo-liberalismo. Claro que sabemos que o neo-malthusianismo está, no essencial, errado por razões de princípio. Primeiro, a eficiência com que se usam os recursos é mais importante que a finitude desses recursos. Segundo, estamos muito, mas mesmo muito longe dos limites de eficiência na utilização de recursos. Terceiro, recursos que estão próximos de estarem esgotados têm substitutos próximos da viabilidade económica. Quarto, a escassez de recursos é uma oportunidade que no momento certo será aproveitada pelos agentes do mercado. Quinto, qualquer investimento prematuro em tecnologias alternativas é equivalente à antecipação do esgotamento do recurso que se deseja substituir. Sexto, o investimento prematuro em tecnologias alternativas é um erro porque a evolução tecnológica torna cada vez mais viáveis as tecnologias alternativas. Sétimo, o aumento e enriquecimento da população torna o progresso tecnológico mais rápido porque contribui para o aumento da divisão do trabalho. Oitavo, mesmo que exista um recurso escasso e insubstituível, a economia pode reduzir significativamente o consumo reestruturando-se sem que se verifique uma redução apreciável da qualidade de vida.

52 comentários leave one →
  1. alvaro permalink
    15 Junho, 2008 12:36

    Sr Presidente Cavaco:

    deve saber que a UE é a Europa dos Cidadãos e não a Europa das Nações. Mais uma confusão do Sr. Presidente como entre Dia de Portugal e Dia da Raça…

    http://criticademusica.blogspot.com/

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  2. Anónimo permalink
    15 Junho, 2008 12:41

    Portanto:
    Chegou a altura de te mudares para a defesa do TGV e das energias alternativas, não é?

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  3. 15 Junho, 2008 12:52

    JM,

    Parabéns pelo brilhante “post”.

    Contudo, a hipótese de “guerra” é muito possível dado que o modo de vida do Ocidente (EUA, UE, Canadá, Austrália, Israel e afins) é muito diferente do modo de vida dos emergentes (BRIC’s, México, Malásia, Vietname e afins).

    Ou seja, no seu pressuposto, temos que nos aproximar mais do

    Cenário 1: terminar com a A1 e os seus BMW’s e Audi’s a 170 km/hora, e adoptar o modelo Indiano da estrada rural com vacas pelo caminho?

    Cenário 2: transformar Beijing e Kuala Lumpur em A1’s e esgotar rápidamente os recursos que se utilizam no modo de vida actual?

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  4. Pêndulo permalink
    15 Junho, 2008 13:04

    O João Miranda deve ser fã dos churrascos e da cozinha a carvão.

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  5. alvaro permalink
    15 Junho, 2008 13:05

    Opaca (e cinzenta) UE

    O ministro do Interior alemão, Wolfgang Schaeuble, propôs hoje a eleição directa do futuro presidente do Conselho Europeu para superar a crise da União Europeia após o “não” ao Tratado de Lisboa no referendo irlandês.

    http://criticademusica.blogspot.com/

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  6. 15 Junho, 2008 13:06

    Assine a “Nova Águia”

    Assine a “Nova Águia”, uma revista de cultura para o século XXI:

    Como é sabido, A Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Carneiro, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
    A NOVA ÁGUIA pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado aos nossos tempos, ao século XXI.

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  7. 15 Junho, 2008 13:07

    Assine a “Nova Águia”

    Assine a “Nova Águia”, uma revista de cultura para o século XXI:

    Como é sabido, A Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Carneiro, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
    A NOVA ÁGUIA pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado aos nossos tempos, ao século XXI.

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  8. Pêndulo permalink
    15 Junho, 2008 13:07

    “Primeiro, a eficiência com que se usam os recursos é mais importante que a finitude desses recursos.”

    Esta frase é uma pérola. Já estou a ver o João a resolver eficientemente a fome em África com uma só saca de Farinha Amparo.

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  9. maradona permalink
    15 Junho, 2008 13:11

    Muito bem! Mas, por exemplo, na frase “Quarto, a escassez de recursos é uma oportunidade que no momento certo será aproveitada pelos agentes do mercado.” se a expressão “agentes do mercado” fosse substituida por um eufemismo qualquer, este post teria muito mais hipóteses de sucesso de vener os corações de quem não percebe tanto disto como nós. O joão miranda tem que começar a tomar mais atenção a estes pormenores. é essencial. principalmente se quer ganhar quota no mercado das ideias (enfim, esta era escusada).

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  10. alvaro permalink
    15 Junho, 2008 13:15

    Referendo em UK

    A medida que pasan las horas, la dimensión de la crisis se agranda. El primer ministro del Reino Unido, Gordon Brown, “está recibiendo crecientes presiones de la oposición, su propio partido y de los medios de comunicación para que no siga con el proceso de ratificación y convoque un referéndum”, comentan medios diplomáticos británicos.

    http://criticademusica.blogspot.com/

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  11. anonymouse permalink
    15 Junho, 2008 13:35

    joão pangloss miranda.. sempre no melhor dos mundos possivel.

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  12. doomer permalink
    15 Junho, 2008 13:38

    JoãoMiranda,

    Por razões de principio o Malthus estava certo.
    A eficiência tem um limite teórico de 100% que nunca poderá ser atingido e a substituição de recursos esbarra no facto da terra ser finita e limitada.

    O Malthus só precisa de estar certo um dia, os optimistas da super abundância precisam de estar certos para sempre.

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  13. 15 Junho, 2008 14:07

    Almocei coelho à caçador, de coelho manso, mas com arroz em vez de batatas.
    Em que teoria económica estará inserido ?

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  14. 15 Junho, 2008 14:08

    Bem observado Doorner.
    Já agora, quando se fala em esgotamento de recursos, a maioria pensa no petróleo. E que tal pensarmos na água? faça lá o João Miranda o seu raciocínio com esta… “pequena” alteração.

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  15. Rui Costa permalink
    15 Junho, 2008 14:09

    Boa tarde

    Este post é muito interessante. No entanto não entendo como aplicar algumas destas considerações a, por exemplo, a água.
    Ou seja, se cada vez há menos água potável e cada vez menos acesso, em determinadas regiões do planeta a esse bem essencial, como explica que a sociedade se vai restruturar em torno desse facto.
    Eu penso que podemos aumentar o preço pago pela água, mas isso levará muitas franjas da população a não conseguir aceder a este recurso e à existencia de tensões sociais.
    No caso de haver uma restruturação da população a nível mundial, podemos ter rejeição de certos movimentos migratorios e possiveis guerras como resposta a esta situação.
    O seu post é verdadeiro tendo em conta que uma percentagem muito grande da população mundial vai ter que sofrer imenso, para que uma pequena percentagem não sofre muito, ou estou enganado?

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  16. Anónimo permalink
    15 Junho, 2008 14:12

    Podem existir recursos que cheguem e eles ficarem inutilisáveis em quantidade suficiente. Até pelo clima. Por isso nao se deve fiar em teorias.

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  17. Anónimo permalink
    15 Junho, 2008 14:15

    “Espera-nos a guerra, a fome e a miséria.”

    Isso já existe e por falta de recursos. Há, claro. O nós é cá o pedaço na Europa.

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  18. 15 Junho, 2008 14:27

    Portanto, imagino que o João Miranda discorda daqueles que dizem que as reduções das emissões de CO2 previsto por Kyoto e afins terão grandes custos para a economia?

    Afinal, emitir um poluente é comparável a consumir uma matéria-prima, logo aplica-se o mesmo raciocínio.

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  19. Carlos III permalink
    15 Junho, 2008 14:54

    Os argumentos do post do JM estão bem delineados e podem-nos reconfortar durante algumas dezenas de anos na medida em que demonstram que é possível adiar bastante o problema. Mas a questão essencial formulada por Malthus não deixa de ser pertinente: os recursos são finitos e por isso tendem para a escassez e mesmo para o desaparecimento. E aí não haverá muito que possa ser feito. Faltou referir o papel fundamental das energias da Natureza (basicamente o Sol), mas mesmo este não é eterno.
    Quem cá estiver, verá.

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  20. 15 Junho, 2008 14:59

    Quinto, qualquer investimento prematuro em tecnologias alternativas é equivalente à que se deseja substituir.

    Se retirarmos a frase “prematuro” a frase até fica aceitável.

    Haverá mal na “antecipação do esgotamento do recurso” se este deixar de ter utilidade (passando aliás de “recurso” a inerte”)?

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  21. 15 Junho, 2008 15:03

    Carlos III propõe um tema interessante para debate num blog politico : quando se esgotar o sol (daqui a 4.000 milhões de anos) como será substituído. Julgo que Kyoto deve ser revisto para incluir esse cenário.

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  22. Nuspirit permalink
    15 Junho, 2008 15:04

    As leis sobre a população e os rendimentos de crescentes de Malthus e Ricardo, têm no mundo de hoje mais virtualidades do que há 100 anos. È certo que os progressos tecnológicos conseguiram atrasar a sua efectiva vigência, mas chegou a hora da verdade. O esgotamento progressivo dos recursos não renováveis e a poluição vão pôr mesmo um travão no crescimento. Nos países desenvolvidos está-se a entrar no princípio do fim. Um novo Padrão de desenvolvimento emergirá.

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  23. Nuspirit permalink
    15 Junho, 2008 15:10

    A destruição do equilíbrio ecológico, a deterioração da qualidade de vida nas grandes cidades, a poluição do ar e das águas, a acumulação de detritos industriais, as perspectivas de esgotamento de certas matérias-primas, a crise generalizada da energia, entre outros, deitam por terra a ingénua fé de um aumento ilimitado dos recursos humanos. Está na altura de revisitar Malthus e mudar o padrão de desenvolvimento, enquanto é tempo.

    ( rendimentos decrescentes queria eu dizer)

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  24. 15 Junho, 2008 15:30

    “Ou seja, se cada vez há menos água potável e cada vez menos acesso, em determinadas regiões do planeta a esse bem essencial, como explica que a sociedade se vai restruturar em torno desse facto”.

    Exactamente igual ao petróleo, ao arroz ou à soja.

    Quem tem os recursos, tenta rentabilizá-los.

    Naturalmente, que pode haver um problema, ….as pessoas não têm culpa de terem nascido num sítiop árido, sem petróleo ou sem água!

    É a vida.

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  25. essagora permalink
    15 Junho, 2008 15:32

    Eu, por exemplo, estou preocupadíssimo com o day after do apagão do Sol.
    Mas, se tudo correr bem o sol acaba numa supernova, certo? Que é a modos que uma explosão de proporções gigantescas, ou seja, liberta muita energia.

    Mmmm, talvez com uns acumuladores e tal colocados em locais estratégicos dê para a malta se aguentar mais uns miléniozitos.

    Quando isso não chegar, então haverá que ir recrutar energia a outras estrelas das “redondezas”. É certo que ficam bastante loge, mas tenho esperanças que daqui a 4.000 milhões de anos (a fazer fé no comentário 21 do Rei) a malta tenha arranjado um modo eficiente de contornar esse problema.

    Podemos até fazermo-nos pastores e arrebanhar umas quantas estrelas para nosso uso pessoal. Ou então mudamos as trouxinhas para o centro da galáxia, já que elas têm uma certa tendência para se concentrarem lá.

    Ok, então e quando a última estrela da galáxia se extinguir? Será que teremos tido tempo para aprender a dar o salto para outras galáxias?

    E quando a última galáxia se for?
    Acho que é então que vem o Doomer dizer “Estão a ver? Eu bem vos avisei!”

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  26. Anónimo permalink
    15 Junho, 2008 15:45

    Vi noutro dia um carrito japones que está para ser comercializado movido a h20. Basta ter 1 litro de água e ele move-se e desde que tenha 1 litro de água ele anda. Tinha uma ideia melhor. Se o carro anda a água também anda a xixi..lol
    Alguém devia inventar essa coisa.

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  27. Anónimo permalink
    15 Junho, 2008 15:46

    .. Já imaginaram? Nem era preciso ter de parar para ir os putos irem fazer xixi. Era um must.

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  28. balde-de-cal permalink
    15 Junho, 2008 15:47

    capem os inimigos

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  29. doomer permalink
    15 Junho, 2008 15:47

    Essagora,

    Isso é que é visão a longo prazo, mas entretanto há uns problemas a resolver, que sem dúvida serão resolvidos, em ultimo caso, pela natureza.

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  30. lucklucky permalink
    15 Junho, 2008 15:53

    ” o modo de vida do Ocidente (EUA, UE, Canadá, Austrália, Israel e afins) é muito diferente do modo de vida dos emergentes (BRIC’s, México, Malásia, Vietname e afins).”

    Não não é. China tem o segundo parque automóvel do mundo.

    A Tata Indiana acabou de comprar a Jaguar e tem participação no Grupo Fiat. Só alguns exemplos.

    “Afinal, emitir um poluente é comparável a consumir uma matéria-prima, logo aplica-se o mesmo raciocínio.”

    O que é um poluente? CO2 é essencial á vida na Terra. E se a matéria prima for reciclável?

    “Esta frase é uma pérola. Já estou a ver o João a resolver eficientemente a fome em África com uma só saca de Farinha Amparo.”

    Mais um que não percebe porque é que há(agora menos) fome em África. Chama-se segurança e confiança para investir algo que é impossível de acontecer com guerras e experiencias comunistas.

    “Ou seja, se cada vez há menos água potável e cada vez menos acesso,”

    Quem é que diz que há menos água potável? O aumento extraordinário na esperança de vida em todo o mundo indica precisamente o contrário.

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  31. doomer permalink
    15 Junho, 2008 16:16

    «Quem é que diz que há menos água potável? O aumento extraordinário na esperança de vida em todo o mundo indica precisamente o contrário.»

    Aqui está o optimismo da superabundância em todo o seu esplendor. Sem duvida que hoje utilizamos mais água potável do que em qualquer outro momento, falta-lhe ver o outro lado da questão, maior parte dos aquíferos estão a ser sobre produzidos, e também produzimos a maior quantidade de água contaminada de sempre, mas nem toda a água depois de utilizada volta à natureza em condições de ser consumida, na verdade pode contaminar volumes muito maiores, a capacidade de auto depuração da natureza também tem um limite e os métodos de tratamento da água consomem muita energia e recursos.
    E depois ainda pode encaixar os conceitos de dinâmica de populações, capacidade de carga, overshoot, princípios ecológicos irrelevantes…

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  32. 15 Junho, 2008 16:25

    “Não não é. China tem o segundo parque automóvel do mundo”.

    Caro Lucklucky,

    Com umas contas simples:

    – Os EUA têm cerca de 200 milhões de veículos, para cerca de 300 milhões de habitantes. Se a China tiver a mesma relação que os EUA, deverá vir a ter 900 milhões de automóveis para cerca de 1350 milhões de habitantes.

    Acha que o mundo aguenta? E quer fazer as mesmas contas para a India? E quer fazer as mesmas contas para televisores e frigoríficos? E….

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  33. lucklucky permalink
    15 Junho, 2008 16:37

    Como tal é possível esse catastrofismo? Se se colocasse todas as pessoas do Mundo dispersas igualmente na Europa que é apenas 2-3% da àrea Terrestre a densidade populacional de Lisboa baixava.

    Os desperdícios de água potável nas canalizações, em casa ou em muitos outras actividades são enormes em alguns casos atingindo 50% se formos para certas cidades . 40% da água potável consumida nas Habitações em Portugal(já depois dos desperdícios nas canalizações) é gasta em autoclismo e sanitários. Por fim acha que os aproveitamentos de águas de chuvas estão minimamentes optimizados?

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  34. lucklucky permalink
    15 Junho, 2008 16:43

    “Caro Lucklucky,

    Com umas contas simples:

    – Os EUA têm cerca de 200 milhões de veículos, para cerca de 300 milhões de habitantes. Se a China tiver a mesma relação que os EUA, deverá vir a ter 900 milhões de automóveis para cerca de 1350 milhões de habitantes.

    Acha que o mundo aguenta? E quer fazer as mesmas contas para a India? E quer fazer as mesmas contas para televisores e frigoríficos? E….”

    Espero que sim!!! Tem mais um Bilião de pessoas inteligentes na economia Mundial a procurarem soluções para os problemas, essas pessoas vão avançar a Ciência a um nível nunca visto, depois de as suas capacidades terem estado congeladas na longa noite comunista. Se tivesse sido mais cedo talvez avanços para cura do cancro e muitas outras já teriam sido descobertas.

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  35. 15 Junho, 2008 16:44

    O Lucklucky referia-se não ao índice de motorização da China mas aos parques de estacionamento lá existentes. O Gobi, por exemplo, é muito desafogado.

    Quanto ao caminho que a China está a fazer é em direcção ao futuro. E como dizia um fotógrafo brasileiro para se ter uma ideia do futuro do mundo basta visitar a Europa, o Canadá ou os EUA.

    A propósito – já repararam como a elite brasileira está léguas á frente da nossa?

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  36. 15 Junho, 2008 16:44

    J do comentário 24:

    Não percebi bem se estava a ser irónico quando escreveu isto: “Naturalmente, que pode haver um problema, ….as pessoas não têm culpa de terem nascido num sítiop árido, sem petróleo ou sem água!
    É a vida”.

    Se não estava, substitua a conclusão final por “é a guerra”. Aliás, este cenário já era previsto pelo estado-maior da Nato há mais de 40 anos.

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  37. lucklucky permalink
    15 Junho, 2008 16:45

    As pessoas esquecem que os avanços cièntíficos e tecnológicos tem sido restritos a uma pequena faixa da Humanidade: Nos ultimos 50 anos essencialmente os EUA com a Europa a colaborar mas a não conseguir atingir esse patamar.

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  38. 15 Junho, 2008 16:47

    Dizia o brasileiro, claro. Porque em Meca há um futuro alternativo ( mas não estou a ver os chinocas com paciencia para o islão radical … digo eu!)

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  39. 15 Junho, 2008 16:49

    Os chinocas e os indianos.

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  40. 15 Junho, 2008 16:58

    “Tem mais um Bilião de pessoas inteligentes na economia Mundial a procurarem soluções para os problemas, essas pessoas vão avançar a Ciência a um nível nunca visto”

    Muito optimista, Caro Lucklucky.
    ———————————–

    “Se não estava, substitua a conclusão final por “é a guerra”.”

    De acordo…..”real politics”.

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  41. 15 Junho, 2008 17:00

    “Os chinocas e os indianos”.

    Cuidado com as “superiordades”, que podem vir a custar caro….num futuro não muito longínquo.

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  42. Carlos III permalink
    15 Junho, 2008 17:16

    Retorno ao essencial de uma versão da teoria de Malthus muito simplificada. Com ou sem Sol, a questão básica seria saber o que cresce mais depressa: é a produção de recursos ou é o consumo dos mesmos? É óbvio que esta questão está a incomodar muita gente o que significa que não está resolvida.
    Agora uma coisa é verdade, o mundo dito desenvolvido vai ter que alterar radicalmente os seus hábitos, caso contrário…

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  43. Nemo permalink
    15 Junho, 2008 17:18

    Para os meus caros amigos optimistas:não faltará muito tempo (dez, quinze anos?) para todos nós começarmos a pagar a factura. Por acaso pensam que partes sinificativas da humanidade se vai deixar morrer de fome ou de sede pacificamente?
    Se a guerra não for aqui será, necessariamente, ali. Mas não é por ser ali que o preço será menor.
    Parece-me que algo está a acabar. Não sei como será o recomeço.

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  44. 15 Junho, 2008 17:42

    Não é superioridade, mas concedo que parece. E em boa verdade nos blogs “o que parece é”. Um ponto para o J.

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  45. Luis Moreira permalink
    15 Junho, 2008 17:55

    O que estamos todos aqui,piedosamente, a dizer,é que não voltaremos a ter uma guerrazita mundial que limpa 50 000 000 de individuos de uma só vez!É que assim é que os problemas da humanidade têm sido resolvidos,quando os recursos começam a faltar.

    O Hitler dizia que a culpa era dos “não areanos”! O Busch diz que são os terroristas muçulmanos.Os neoliberais dizem que é o Estado social,os comunas que são os capitalistas “acumuladores de riquesa”…

    Se calhar seria melhor colocar a inteligência ao serviço da humanidade em vez da ganância e do terrorismo!

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  46. 15 Junho, 2008 18:44

    Acontece que o nosso corpo é formado por 70% de água e não de petróleo.

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  47. 15 Junho, 2008 18:59

    JM,

    O quinto ponto do post é interessante e merece mais desenvolvimento. Gostava que explicasse melhor isso.

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  48. lucklucky permalink
    15 Junho, 2008 19:03

    “Muito optimista, Caro Lucklucky.”

    Não penso que seja optimista. Aliás muitos me chamaram o mesmo nome quando disse que a saída da Europa de Leste India, China das teorias económicas socialistas iria despoletar um crescimento económico extraordinário. Vieram com as teorias da conspiração do costume e ideologia vigente nos media: Os Capitalistas isto e aquilo iriam explorá-los e tornar impossível o desenvolvimento.

    ——
    A Terra é ainda grande demais para os Humanos que ocupam só uma pequena parte. Aliás até por cá basta ver como os campos têm sido abandonados. Para alguém tratar deles ou é por zero Euros ou valor simbólico. Ora isso são recursos que podem vir a ser utilizados em caso de necessidade.
    Só se pode comprar gasolina(com impostos a 60%) ou água que ainda é mais cara porque houve crescimento económico e desenvolvimento. No início do Século por cá em Portugal em que muitos não podiam comer carne a não ser em dias especiais a maioria dos recursos era devotada á alimentação e ao vestir, mesmo que tivessem tido um carro não o poderiam utilizar.
    O que limita as nossas possibilidades é a riqueza e capacidades induzidas pelo fraco crescimento económico.

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  49. A.R permalink
    15 Junho, 2008 22:29

    “Quinto, qualquer investimento prematuro em tecnologias alternativas é equivalente à antecipação do esgotamento do recurso que se deseja substituir.”
    Correcto .. há gente a investir em energia fotovoltaica com painéis tendo um rendimento de 14%. É um perfeito disparate: o retorno do investimento demora quase 10 anos, mesmo vendendo a preços preferenciais, como os que estão em vigor. Os custos de manutenção vão se calhar prolongar o retorno por mais 1 ou dois anos. Ao fim de 15 anos teremos ganho cerca de 1% ao ano. Tenho pena de quem se deixou iludir pela cenoura e se inscreveu para produzir.
    Agora falam no carro a hidrogénio: pura demagogia. Há o principio da conservação de energia: para produzir o hidrogénio é preciso tanta energia quanto a que se vai obter.

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  50. elimão permalink
    15 Junho, 2008 22:29

    Ah… Só não percebo se é para fugir já para o cimo do monte ou se é para começar a comprar latas de conserva…

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  51. lucklucky permalink
    15 Junho, 2008 22:49

    Eheh!

    June 14, 2008
    [b]Scientists find bugs that eat waste and excrete petrol[/b]
    Silicon Valley is experimenting with bacteria that have been genetically altered to provide ‘renewable petroleum’

    “Ten years ago I could never have imagined I’d be doing this,” says Greg Pal, 33, a former software executive, as he squints into the late afternoon Californian sun. “I mean, this is essentially agriculture, right? But the people I talk to – especially the ones coming out of business school – this is the one hot area everyone wants to get into.”

    He means bugs. To be more precise: the genetic alteration of bugs – very, very small ones – so that when they feed on agricultural waste such as woodchips or wheat straw, they do something extraordinary. They excrete crude oil.

    Unbelievably, this is not science fiction. Mr Pal holds up a small beaker of bug excretion that could, theoretically, be poured into the tank of the giant Lexus SUV next to us. Not that Mr Pal is willing to risk it just yet. He gives it a month before the first vehicle is filled up on what he calls “renewable petroleum”. After that, he grins, “it’s a brave new world”.

    Mr Pal is a senior director of LS9, one of several companies in or near Silicon Valley that have spurned traditional high-tech activities such as software and networking and embarked instead on an extraordinary race to make $140-a-barrel oil (£70) from Saudi Arabia obsolete. “All of us here – everyone in this company and in this industry, are aware of the urgency,” Mr Pal says.

    The arithmetic of crude oil

    What is most remarkable about what they are doing is that instead of trying to reengineer the global economy – as is required, for example, for the use of hydrogen fuel – they are trying to make a product that is interchangeable with oil. The company claims that this “Oil 2.0” will not only be renewable but also carbon negative – meaning that the carbon it emits will be less than that sucked from the atmosphere by the raw materials from which it is made.

    LS9 has already convinced one oil industry veteran of its plan: Bob Walsh, 50, who now serves as the firm’s president after a 26-year career at Shell, most recently running European supply operations in London. “How many times in your life do you get the opportunity to grow a multi-billion-dollar company?” he asks. It is a bold statement from a man who works in a glorified cubicle in a San Francisco industrial estate for a company that describes itself as being “prerevenue”.

    Inside LS9’s cluttered laboratory – funded by $20 million of start-up capital from investors including Vinod Khosla, the Indian-American entrepreneur who co-founded Sun Micro-systems – Mr Pal explains that LS9’s bugs are single-cell organisms, each a fraction of a billionth the size of an ant. They start out as industrial yeast or nonpathogenic strains of E. coli, but LS9 modifies them by custom-de-signing their DNA. “Five to seven years ago, that process would have taken months and cost hundreds of thousands of dollars,” he says. “Now it can take weeks and cost maybe $20,000.”

    Because crude oil (which can be refined into other products, such as petroleum or jet fuel) is only a few molecular stages removed from the fatty acids normally excreted by yeast or E. coli during fermentation, it does not take much fiddling to get the desired result.

    For fermentation to take place you need raw material, or feedstock, as it is known in the biofuels industry. Anything will do as long as it can be broken down into sugars, with the byproduct ideally burnt to produce electricity to run the plant. (…)

    http://www.timesonline.co.uk/tol/news/environment/article4133668.ece

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  52. 16 Junho, 2008 02:05

    «há gente a investir em energia fotovoltaica com painéis tendo um rendimento de 14%. É um perfeito disparate: o retorno do investimento demora quase 10 anos, mesmo vendendo a preços preferenciais, como os que estão em vigor. Os custos de manutenção vão se calhar prolongar o retorno por mais 1 ou dois anos. Ao fim de 15 anos teremos ganho cerca de 1% ao ano. Tenho pena de quem se deixou iludir pela cenoura e se inscreveu para produzir.»

    Eu também tenho pena, mas do que não investiram antes do gasóleo subir. 🙂 Repare que existem alternativas, mas quem fez contas há dois ou três anos atrás, está neste momento a esfregar as mãos de contente. Você ainda não deve ter actualizado as suas contas. Temos pena.

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