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Apesar de verde, é vermelho.

14 Julho, 2008
by

No número de Julho da edição portuguesa da Le Monde Diplomatique, “os economistas João Rodrigues e Nuno Teles analisam o papel aparentemente paradoxal do Estado na criação de condições favoráveis ao desenvolvimento do mercado. Apesar da hegemonia neoliberal na economia, nos últimos anos a intervenção do Estado tem vindo a reforçar-se e as despesas públicas nos países mais desenvolvidos têm, em muitos casos, crescido.

 

Esta argumentação é assombrosa. A conclusão (a intervenção do estado e a despesa pública não param de crescer) contraria em absoluto o pressuposto (a hegemonia neoliberal ), o que implicaria, desde logo, a refutação da tese.

 

Em vez disso, os autores preferem utilizar um “apesar de”, numa tentativa um tanto ou quanto desesperada de manutenção de alguns sinais de vida ao pressuposto moribundo. Reparem como não seria necessário atropelar a lógica se a frase fosse assim escrita:

 

“A confirmar a hegemonia estatista na economia, nos últimos anos a intervenção do Estado tem vindo a reforçar-se e as despesas públicas nos países mais desenvolvidos têm, em quase todos os casos, crescido.”

 

O problema é que a lógica é inimiga das convicções. O objectivo dos Ladrões é este admirável contra-senso de defender a bondade das economias socialistas com recurso a argumentos técnicos que transmitam uma imagem de sofisticação ao pensamento económico da esquerda, camuflando um lamentável registo histórico de dezenas de experiências tentadas e que falharam todas, rotundamente, sem excepções. É difícil agarrar em casos tão desesperados. São coisas que só se fazem com muito, muito amor à camisola.

48 comentários leave one →
  1. simon permalink
    14 Julho, 2008 13:42

    Pois sim.

    E o “Comité de Apelo da Uefa decide manter o Porto na Liga dos Campeões.” Sic, 13.21

    A declaração vai ser anunciada amanhã.

    E eu sempre tive a ideia que, desde que o Porto é o único detentor da razão não lhe fugiria a sorte que lhe toca, para mais quando um bate na mãe outro envolve pneus em pó verdadeiro e os dois vão rezar a mesma cartilha para a Uefa, uma entidade que se gere de leis, de regras, e não de intriga e invejas.

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  2. 14 Julho, 2008 14:08

    “A conclusão (a intervenção do estado e a despesa pública não param de crescer) contraria em absoluto o pressuposto (a hegemonia neoliberal ), o que implicaria, desde logo, a refutação da tese”.

    Não necessariamente. Basta ver a necessidade de intervir perante a falência eminente de instituioções financeiras. Ou a necessidade sentida nos Estados Unidos de intervir para compensar as perversões de um sistema de saúde absurdo. Por outro lado, a simples “lógica de mercado”, pode deixar sem investimento sectores económicos de menor rendibilidade, mas com importância social reconhecida, o que obriga a medidas correctivas por parte do estado.

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  3. Anónimo permalink
    14 Julho, 2008 14:09

    A produtividade só vai aumentar quando acabarem com os RSI, casas sociais, subsídios disto e daquilo.Imaginem a quantidade de gente que teria que ir trabalhar

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  4. 14 Julho, 2008 14:13

    Onde se lê “eminente”, deve ler-se “iminente”, claro

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  5. Sem Anestesia permalink
    14 Julho, 2008 14:15

    Nem de propósito, JCD …

    Estava aqui a pensar se, num sistema que não fosse a economia de mercado, se haveria um iPhone.

    É que a lista de inovações da saudosa União Soviética é deslumbrante!
    Ah, o Lada … hmm … Lada …. grlgrlglr

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  6. 14 Julho, 2008 14:23

    Sem Anestesia:

    Economia de mercado e liberalismo, não são sinónimos.

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  7. 14 Julho, 2008 14:28

    Caro JCD,

    Falamos depois de ter lido o artigo, ok?

    No nosso artigo não existe nenhum “apesar”. Fica aqui o link para a introdução:

    http://pt.mondediplo.com/spip.php?article202

    Sempre é mais do que já leu.

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  8. Red Snapper permalink
    14 Julho, 2008 14:34

    A ideia neoliberal segundo a qual o jogo das forças de mercado opera no sentido da igualdade, isto é, que existe um processo natural de convergência de rendimento, está a desmoronar-me como um baralho de cartas. Quer dizer, já poucos acreditam que a ideia de que a lei da oferta e da procura se encarrega de proporcionar um relativo equilíbrio económico e social. Na verdade o jogo das forças no mercado normalmente tende a aumentar, ao invés de diminuir, as desigualdades. Não admira, por isso, a crescente intervenção do Estado para corrigir a falência desses pressupostos neoliberais. No fundo, para garantir a própria existência do mercado!

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  9. lucklucky permalink
    14 Julho, 2008 14:35

    É uma questão de fé.

    Não percebem que o neoliberalismo só cresceu nos países em vias de desenvolvimento. O Ocidente balofo está cada vez mais Socialista.

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  10. 14 Julho, 2008 14:37

    “E o “Comité de Apelo da Uefa decide manter o Porto na Liga dos Campeões.” Sic, 13.21

    A declaração vai ser anunciada amanhã.”

    como é q isso é possível se, as partes só iam começar a ser ouvidas às 13 horas?

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  11. 14 Julho, 2008 14:44

    Muita “bacorada” anónima por aqui se lê… a produtividade aumentaria sim, se o “estado” se reduzisse, as contribuições/impostos baixassem, as benesses/mordomias de alguns acabassem, se a justiça funcionasse, a “saúde” existisse e, acima de tudo, a educação produzisse mais e melhores cidadãos. É que gente… há muita por aí, mas com sentido de cidadania?!…
    Claro que há subsídios a mais e, nem serão os de desemprego, os de maior valia. Porventura, serão os subsídios aos (ex)produtores, precisamente para não produzirem, os que mais acabam por pesar, directa e indirectamente, neste nosso miserável quotidiano sem esperança (e sem trabalho).
    Querer trabalhar, hoje, não chega. É preciso que essa “forja” exista e bem acesa e, esta, pelos vistos, está mais que apagada. Daí que, cada vez mais, nos apercebamos que trabalho há, mas só para aquecer… a compensação justa do trabalho efectuado não está na ordem do dia.
    É por isso que “todo o mundo” quer ser “doutor” (preferívelmente, advogado)… a única maneira de chegar, num qualquer “corredor” político, a ser “alguém” mesmo que asno sentado… ou, porque não, cantaroleiro, futeboleiro, jornaleiro, alternadeiro, etc… enfim, tudo “artistas”… num cenário perfeito – o Portugal que hoje temos.

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  12. 14 Julho, 2008 14:56

    Acerca da hegemonia estatista, creio que seja verdadeira, porque controladas pelo Estado, muitas empresas entregam ao mesmo a sua gestão a nível económico e laboral. Já não é o mesmo Estado nacionalista dos anos 80. E assim, aumentarem as responsabilidades e as consequentes despesas do Estado na esfera empresarial.
    Esta é um visão socialista da coisa, agora se me perguntarem se é vantajosa em relação a outras, não o sei dizer.

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  13. Sem Anestesia permalink
    14 Julho, 2008 15:11

    Zé Bonito,

    economia de mercado altamente regulamentada é economia planificada.

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  14. 14 Julho, 2008 15:36

    O BCP do Vara cai a pique. O segundo maior banco da economia pode estar à beira da ruptura.

    Este pode ser o “tiro no porta aviões” do Regime. Se o banco se for…..a Economia não se segura, sem uma intervenção catastrófica.

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  15. 14 Julho, 2008 15:37

    Para lá do Muro, antes de 1989, eram Todos IGUAIS na miséria. Com excepção das “torneiras de ouro” do Ceausescu e da restante Nomenklatura.

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  16. VERDADE permalink
    14 Julho, 2008 16:05

    HÁ UMA CERTA GENTINHA POR AÍ QUE ODEIA O SOCIALISMO DE MORTE.
    MUITOS DELES DESCENDEM DE FAMÍLIAS DE PIDES E FASCISTAS.
    POIS BEM, CAROS AMIGOS, O SOCIALSMO SEMPRE EXISTIRÁ COMO O PCP SEMPRE EXISTIRÁ A CONTRÁRIO DOS APOLOGISTAS DAS DESGRAÇAS QUE ADVOGAVAM O FIM DESTE PARTIDO APÓS A QUEDA DA URSS.

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  17. simon permalink
    14 Julho, 2008 16:13

    “Apesar da hegemonia neoliberal na economia, nos últimos anos a intervenção do Estado tem vindo a reforçar-se e as despesas públicas nos países mais desenvolvidos têm, em muitos casos, crescido.”

    Mas é verdade o que aí dizem os autores, dessa forma e não da arranjada pelo jcd, of course, logo à primeira leitura mais despreocupada.

    E veremos se a economia pública dos States ainda vai a tempo de salvar as duas maiores empresas de empréstimo ao crédito de casas.
    De qualquer forma, sintomático dos tempos, mormente nessa pátria da liberal concorrência, que assim esbanja à toa o contributo público dos impostos.

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  18. 14 Julho, 2008 16:29

    Sem Anestesia:
    Não tenha medo das palavras: é necessária alguma planificação, caso contrário estamos na “selva”. O que é criticável, é que a intervenção do Estado se faça ao sabor dos interesses conjunturais de um qualquer Governo(i.e., sem regras definidas, sem objectivos definidos, tudo dependendo das conjunturas, dos calendários eleitorais ou dos pedidos dos “amigos”). Agora, uma intervenção reguladora que evite o extremar de problemas sociais e garanta a existência de serviços de pouco interesse para a iniciativa privada, ou, ainda, de relevante interesse público (ordenamento do território, saúde, segurança, etc.), claro que é necessária.

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  19. 14 Julho, 2008 16:34

    “Nuno Teles Diz:
    14 Julho, 2008 às 2:28 pm e
    Caro JCD,
    Falamos depois de ter lido o artigo, ok?”

    O que li foi o que a revista me enviou, por e-mail, tendo como teaser aquela frase citada.

    Segui o seu link mas só está online o início. E o resto?
    Não me diga que tenho que comprar a revista…

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  20. Anónimo permalink
    14 Julho, 2008 16:49

    Qual neoliberalismo ou socialismo?

    Esta mistura manhosa é uma espécie de corporativismo moderno.

    Vejam o que está a acontecer nos EUA, apesar dos elevados princípios fundadores, privatiza-se os lucros e socializa-se a dívida, capitalismo assistido para quem pode e socialismo coxo para o resto.

    Crises políticas e ideológicas, financeiras e económicas, energéticas e ambientais.

    May you live in interesting times.

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  21. campeão permalink
    14 Julho, 2008 16:58

    ” O estado somos todos nós”
    ” Se todos pagarem , nós pagaremos menos”
    ” Além do estado regulador , a Selva”

    Estes são os miseraveis Chavões do neo-socialismo e como tal do politicamente correcto actual .
    O estado são “eles” os que gastam os nossos impostos e os distribuem por 3 castas . A casta dominante que se apropriou do aparelho do estado , com vencimentos mensais elevados para o padrão portugues , mais que uma reforma antes dos 50 anos e planos de saude vip diferenciado ;
    A casta “serva” que trabalha pelo vencimento padrão , uma reforma baixa apos os 65 anos de idade e um sistema de saude miseravel da segurança social ; A casta das minorias etnicas ou imigrantes que não trabalham e exigem e obtêm habitação , agua , luz , gratis e ainda subsidio para comprar comida e roupas;

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  22. JP Ribeiro permalink
    14 Julho, 2008 17:03

    1. Há alguém com discernimento que leia o Monde Diplomatique?

    2. A religião não se discute. Pratica-se. Quando falta a razão usa-se a fé.

    3. Está a haver uma campanha generalizada da esquerda para culpar os falhanços do socialismo na “ideologia neoliberal”. É uma desculpa com raizes históricas: o que faltou sempre nas experiências socialistas foi o não terem sido mais frentistas. E assim até à vida eterna e ao paraíso final.

    4. Dentro de um ano estarão a acusar o Obama de ser neoliberal.

    5. Haja pachorra. Ver ponto 2.

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  23. campeão permalink
    14 Julho, 2008 17:05

    Quanto mais impostos pagarmos mais eles (estado) gastarão mal , tal como se tem provado nos ultimos anos.
    Quanto á selva , penso que é o estado quem a fomenta pois nada faz para que a justiça funcione.Mete o bedelho em tudo o que não deve e paraliza tudo o que mexe lançando-lhes os cães do fisco e da asae . Entretanto não faz o que deve no que respeita a segurança , justiça e educação .

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  24. 14 Julho, 2008 17:11

    Embora com muita relutância, tenho que dar razão ao João Miranda quando põe em causa a designação do modo económico actual como neoliberal. O único momento de economia neoliberal neste país deu-se durante o último governo de Cavaco Silva. Para existir liberalismo económico não basta ser permitido (tolerado?)o livre investimento (que por acaso também não existe): É preciso que haja incentivo ao investimento que crie uma boa perspectiva de sucesso empresarial.
    O grande erro de Cavaco foi não ter percebido que em Portugal não existia, nunca tinha existido, uma cultura de empresariado e que, por essa razão, muitas das iniciativas empresariais então encetadas estavam desde o início destinadas ao fracasso por mera falta de planeamento, ou a ainda mais básica compreensão dos pressupostos comerciais.
    O estado actual da economia é um gambito: não é liberal, mas também não é planificada. A oferta e a procura são (teoricamente) livres mas o mercado tem sistemas de regulamentação completamente asfixiantes. Enfim, esta (espécie de) economia que vigora actualmente neste país deverá designar-se como economia do quase – é quase tudo e não chega a ser verdadeiramente nada.
    Com estes incompetentes que o governam, este não é um país de oportunidades mas antes um país de oportunismos. E a prova está por aí abaixo, nos comentários: À boa maneira portuguesa, muyitos são os que falam do que não sabem, muitos são os que não sabem do que falam.

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  25. Moderação Blogs permalink
    14 Julho, 2008 17:20

    Olá sou proprietário dos blogs wordpress mais visitados no Brasil, e gostaria de saber se você quer trocar laços de parceria?
    meu blog tem 26 mil acessos por dia.
    http://blogaodoflamengo.wordpress.com

    Estou aguardando uma resposta.

    agradecimento e abraços!

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  26. 14 Julho, 2008 17:36

    Atenção à Guerra Eleitoral Americana:

    Monday, July 14, 2008
    The Rasmussen Reports daily Presidential Tracking Poll shows Barack Obama attracting 44% of the vote while John McCain earns 42%. The candidates had been tied at 43% for the past two days.

    When “leaners” are included, it’s Obama 47% and McCain 46%. For most of the past month-and-a-half, Obama has led McCain by approximately five percentage points

    Link

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  27. 14 Julho, 2008 17:40

    Vale a pena ver Obama, aqui:

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/7505953.stm

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  28. the chimp who can comment permalink
    14 Julho, 2008 17:45

    O Indymac reabriu com um novo nome, Indymac FEDERAL Bank.

    A Fanny mae e o Fredy mac vão pelo mesmo caminho.

    A irresponsabilidade dos otários que dirigiam estas instituições aliada à das pessoas que se endividaram até ao tutano iludidas numa espiral consumista está a ter resultados dramáticos.

    Isto no bastião dos mercados livres. Esperem para ver quando chegar a Portugal…
    Na minha pequena cidade do interior cuja população decresce impiedosamente há décadas, florescem prédios e bairros suburbanos, apesar dos últimos a serem construídos e da cidade dentro de muralhas estar às moscas. Vá-se lá saber… Mas quando a bolha rebentar ficamos todos salpicados de mer**, não são só os irresponsáveis que alinharam neste esquema ponzi.

    Nunca existiu um verdadeiro mercado livre, tem demasiados inimigos, custa muito a proteger dos interesses sectários, infelizmente mercado livre não é compatível com a natureza humana, tal como a patranha das economias planificadas por iluminados.

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  29. Sem Anestesia permalink
    14 Julho, 2008 17:50

    Zé bonito, mas esse é o problema geral.
    O que começa com boas intenções, degrada rapidamente para uma selva de burocracias, interesses ocultos que se escondem atrás de “regras”.

    O que seria melhor?
    Se tivermos dois ou três grupos a interpretarem o que acham de melhor para uma estratégia, esses grupos se rodarem pelo poder, vão usar essa estratégia como a entendem.

    O que a ausência de regulamentação diz é que é melhor que o sistema se regule, para ninguém ter comandos invisíveis, nem aplicar uma agenda.
    Ou, como nosso caso Português, em que cada grupo vá mudando a agenda de X em X anos.
    E as coisas são sempre mutáveis ao longo dos tempos: com regras rígidas, elas podem nunca mudar e estar-se a perder uma série de benefícios.
    Sem regras, o sistema vai-se adaptando.

    Faltam os inadaptados.
    Mesmo em crendo que há muitos inadaptados que se recusam a adaptar (pessoas que não querem contribuir positivamente para a sociedade; não estou a incluir os revolucionários pois destes algo é sempre acrescentado ao sistema), há uma grande margem que vai sendo excluída. E injustamente excluída.
    Cabe aos homens e mulheres da sociedade organizarem-se em associações livres para melhorar a situação dessas pessoas: sem qualquer intenção educacionista – seria o “eu ajudo porque ajudo, e não porque sou obrigado”.

    Os sentimentos que prevalecem em cada sociedade são sempre resultado dessa mesma sociedade.

    Se em Portugal somos mais egoístas (ou menos consciencilazados) que os nórdicos … é o retrato do país. E o factor que pode alterar isso assenta na educação: ou no acesso à educação.

    Como temos visto, a Educação em Portugal tem tido várias agendas: a voga hoje é que ninguém deve ser avaliado porque traumatiza. Isto tem algum sentido?
    Porventura se não houvesse estas agendas todas, talvez tivéssemos um país melhor.

    O Portugês gosta de exibir poder (e bate nos mais fracos, se puder), e o Estado é a melhor forma de exercer poder. Tendo o Estado tanto poder, temos as pessoas que lá temos.

    Mas acima de tudo, seria bom convencermo-nos que ambos os sistemas são idealistas na essência: o regulamentado como apresenta, e o liberal.
    A questão aqui é que o liberal, por definição, deixa os idealismos para a esfera do indíviduo. O regulamenteado mantém os idelismos na sua própria esfera.

    regards.

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  30. Sem Anestesia permalink
    14 Julho, 2008 17:52

    (escusem-me as aliterações que forem encontrando :))

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  31. 14 Julho, 2008 18:13

    the chimp who can comment

    Parabéns, pela sua reflexão. Sobretudo esta:

    “Na minha pequena cidade do interior cuja população decresce impiedosamente há décadas, florescem prédios e bairros suburbanos, apesar dos últimos a serem construídos e da cidade dentro de muralhas estar às moscas. Vá-se lá saber… Mas quando a bolha rebentar ficamos todos salpicados de mer**, não são só os irresponsáveis que alinharam neste esquema ponzi”.

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  32. lucklucky permalink
    14 Julho, 2008 18:33

    A Fanny Mae(Federal National Mortgage Association) e o Freddy Mac(Federal Home Loan Mortgage Corporation) são empresas com especial missão Federal. É claro quando as colocaram em bolsa foi uma daquelas operações trafulhas para ganhar dinheiro dos investidores ao mesmo tempo que do Estado enqunato não precisam de respeitar todas a regras do mercado de empréstimos.

    Estão especialmente ligadas ao Partido Democrata.

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  33. Luis Moreira permalink
    14 Julho, 2008 19:51

    J 14

    leia o que escrevi ao tempo da bacorada do BCP.Disse aqui várias vezes que o que se passava no BCP punha em causa o déficit (3%) se o governo não conseguisse,com os seus boys, controlar a tempo os estragos!Algum governo punha em causa a sua idoneidade e independência se não fosse algo de muito grave? Nos US vão pelo mesmo caminho.Lucros privados,prejuízos públicos!

    De um lado o peso do Estado clientelar.Do outro a ganância dos santarrôes!

    Tirem-me daqui!

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  34. 14 Julho, 2008 20:19

    JCD: não precisa de comprar a “revista”. Porque não se dirige a uma biblioteca pública?

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  35. MigPT permalink
    14 Julho, 2008 20:33

    o comentário 35 do Rui Tavares enferma da miopia socialista. Ao referir
    “não precisa de comprar a “revista”. Porque não se dirige a uma biblioteca pública?”
    Ele subentende que sendo pública é grátis. Mas como todos sabem tal não é verdade. Para os Ruis Tavares deste mundo poderem ler as suas revistas, todos os contribuintes pagam, independentemente de gostarem ou não de determinada revista. E quem escolhe as revistas que a biblioteca pública deve ter? Mais uma vez, os Ruis Tavares deste portugalito.

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  36. 14 Julho, 2008 21:48

    “JCD: não precisa de comprar a “revista”. Porque não se dirige a uma biblioteca pública?”

    Grande ideia, Rui. Obrigado. Nunca tal me tinha passado pela cabeça. Vou já apanhar um transporte público para ir consultar a revista à Biblioteca Pública.

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  37. Rodolfo Antunes permalink
    14 Julho, 2008 22:11

    “A conclusão (a intervenção do estado e a despesa pública não param de crescer) contraria em absoluto o pressuposto (a hegemonia neoliberal )”

    Fast-food político. Lição nº 1:

    + Estado = Socialismo
    – Estado = Neoliberalismo

    A segunda lição fica para depois de bem digerida a primeira (para a semana).

    MigPT,

    Preciso de lhe agradecer a nova, mas se me consentir, continuarei no defeso da enfermidade socialista, que é como todos sabem, o local onde os fundos para os serviços públicos aparecem na sementeira.

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  38. portela menos um permalink
    14 Julho, 2008 22:50

    Publicado por Gabriel Silva em 14 Julho, 2008

    (…) «As acções conjuntas do senhor Paulson (secretário do Tesouro) e do senhor Bernanke (Reserva Federal) mostram o que vale, na “hora da verdade”, a proclamada independência dos banqueiros centrais: zero. Em mais uma acção concertada, Tesouro e Reserva Federal dos Estados Unidos tomam medidas para impedir as dolorosas liquidações necessárias à limpeza do mercado (e que o próprio mercado está a forçar), criando condições para continuarem a manter aberta a torneira política do crédito fácil com dólares fresquinhos e cada vez mais desvalorizados (…)

    Até os estatistas, socializantes, públicos e norte-coreanos Paulson & Bernanke, desmentem jcd e demais filhos de chicago!

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  39. permalink
    15 Julho, 2008 10:57

    “O que a ausência de regulamentação diz é que é melhor que o sistema se regule, para ninguém ter comandos invisíveis, nem aplicar uma agenda.”

    Lê-se muitos disparates por parte de neoconeiros mas isto bate tudo…
    É o “chama-lhe puta, filha, antes que ela te chame a ti.”

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  40. AAC permalink
    15 Julho, 2008 11:28

    Até as bibliotecas publicas são censuradas…ao que isto chegou. Eu costumo levar livros de uma biblioteca, à semana, para os ler em casa. Estou-vos a roubar um bocadinho de livro todas as semanas, prendam-me por favor.

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  41. Sem Anestesia permalink
    15 Julho, 2008 13:12

    O problema intrínseco dos socialistas é que são meros aprendizes de capitalismo.
    E tentam conjugar economia planificada com economia de mercado.

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  42. 15 Julho, 2008 13:59

    Sem Anestesia:
    “E tentam conjugar economia planificada com economia de mercado”.

    Suécia, Finlândia, Dinamarca… são países socialistas? Isto para não falar do “livre mercado” mais proteccionista do mundo, os Estados Unidos.

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  43. 15 Julho, 2008 15:05

    Ora essa, JCD, não precisa de agradecer. É o que eu faço com frequência.

    MIGpt: pode sempre candidatar-se à sua Câmara Municipal, Círculo à Assembleia da República, ou entrar na carreira política para propôr a extinção das socialistas e míopes bibliotecas públicas, que eu também pago com os meus impostos para que o JCD possa lá ir ler o Le Monde Diplomatique (enquanto a publicação for subsistindo) como eu ia ler a Atlântico (até deixar de haver mercado para ela). A extinção de bibliotecas públicas é um programa político que dá sempre imensos votos, dos EUA a Singapura.

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  44. Zé do Boné permalink
    15 Julho, 2008 17:21

    As respostas do JCD aos comentários aqui deixados são uma prova da desonestidade intelectual utilizada no sei post.
    Além de não ter lido na integra o artigo que comenta, responde com “fogo de artificio” para desviar as atenções do tema principal.
    Lamentável e ao mesmo tempo demonstrativo do espirito do blog

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  45. contestatario permalink
    16 Julho, 2008 09:14

    Tanta “tinta” gasta com terminologias!

    Facto 1: As nacionalizações estão de volta, seja em que formato for. Ou real ou através de regulação que limita a participação no sistema capitalista geral;

    Facto 2: Os partidos gostam de termos porque sabem que as pessoas têm memória curta mas, ao mesmo tempo, lembranças de um passado demasiado longínquo. Os partidos actuais vivem à custa de nomes como Mário Soares, Francisco Sá Carneiro e outros. Se o eleitorado imaginasse o PS como sendo um partido fundado e representado por Sócrates, nunca votaria nele. O mesmo se aplica aos outros. Isto aconteceu na altura em que os portugueses deixaram de se importar com a política e entenderam que já não precisavam de protestar de forma real.

    Facto 3: A gestão política (não estou a falar do governo e sim da falta de ideologia) não existe e é demasiado associada ao poder económico que muitas vezes até cria/destrói.

    Facto 4: Por muito que interesse falar destas coisas, não dá de comer a ninguém. Por isso mesmo, não passa de conversa “elitista, sulista e liberal”. O engraxador de sapatos não fala disto, fala de gajas.

    Facto 5: Discutir a política é um pau de dois bicos – tem consequências na economia. Discutir a economia é um pau de dois bicos – tem consequências na política.

    Facto 6: Em Portugal o problema é particularmente grave pela dualidade de princípio: políticos saídos de modelos anglo-saxónicos a moverem-se num parlamento que aprova regulação num formato germânico. Nem carne, nem peixe. Cherne, talvez.

    Zé Bonito: Facto 7: Suécia, Finlândia e Dinamarca são alguns dos países da Europa que em termos formais, mais facilmente de “socialistas” podem ser denominados. Mais propriamente, numa vertente “social democrata” real ou seja (e vocês esquecem-se disso constantemente), uma espécie de comunismo não ortodoxo de redistribuição de riqueza de forma piramidal pela sociedade.

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  46. 17 Julho, 2008 14:27

    Jcd, realmente, que disparate, sugerirem-lhe que leia um artigo antes de o comentar. Gente maluca. Tsc, tsc.

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  47. brennofaro5 permalink
    5 Outubro, 2008 07:48

    Parabéns pelo seu blog!
    Muito Legal, Adorei…

    Visita também o meu site :
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