Portugal no seu melhor*
7 Agosto, 2008
Um serviço público no Porto. Para nele entrar, é necessário vencer alguns degraus. Cumprindo-se a Lei, mandou-se instalar uma máquina que permite o acesso a cidadãos com mobilidade reduzida. Para proteger as instalações, alguém se lembra, aparentemente pouco tempo depois, de mandar instalar um estore metálico de protecção. A calha do dito estore, solidamente presa ao chão, impede o funcionamento da máquina, mas não faz mal. O que interessa é que ela existe, ainda que não sirva, agora, para mais do que ocupar espaço.
*Título descaradamente roubado ao Independente.
** A bicicleta é apenas um adereço.
20 comentários
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Isso é mesmo uma tristeza.
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É o faz de conta que… tão português como o Galo de Barcelos. Questão de EDUCAçÂO não só no sentido amplo do termo (boas maneiras, civismo, cidadania…) como no sentio restrito: gente incapaz de perceber o sentido das coisas. E, por isso, faz coisas estúpidas. Ou seja, realiza acções cujas consequências não são boas para ninguém, nem para quem as pratica!
🙂
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Com um vídeo percebia-se melhor.
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Porque não apresentar o nome do serviço?
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Há um caso semelhante em Entrecampos, em Lisboa: apesar de já ter sido estrela do «Nós por cá», da SIC, lá continua, como monumento ao desperdício, à incúria e à incompetência. Fotos estão [aqui].
Nota: na mesma ordem-de-ideias, o tapete-rolante de Alcântara, que custou 6 M€, está inoperacional há anos e vai ser desmantelado…
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“jorge Diz:
7 Agosto, 2008 às 1:31 pm
Porque não apresentar o nome do serviço?”
Edificio da ex-DGV no Porto
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Mas para ajudar à festa… os “porteiros-seguranças” do imtt do Porto, não gostam que os portadores de deficiencia e gravidas tenham prioridade no antendimento… dizem eles que “…o senhor tem de esperar como os outros esperam, já viu se todos passassem à frente…”. Esta situação passou-se com um familiar, apresar de devidamente identificado como deficiente fisico, pois tem metade de umas das pernas amputada!!!
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Essa imagem pode ser representativa do país. Por um lado os positivos, os que querem mudar, os que nao encontram impossíveis, os que pretendem o melhor. Estes sao os da máquina.
E depois, os bota-abaixo, aqueles que nada serve para nada, que tudo é meu ou pior, que nada vale a pena e que o melhor é fechar tudo e nao respeitam nada. Estes sao os da calha. Empatam tudo.
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.. agora imaginem quem é que eu penso que sao os da calha.
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O segurança liga à secretaria que estão lá uns senhores para instalar a porta. “ Qual porta?”, a secretaria do departamento doutor G (que está fora em serviço) tenta averiguar. “Isso são coisas do Dr H do equipamento”. O instalador da metalomecânica “Então como fica?” – A secretária tenta ligar ao serviço do dr H, que está em runião e ali ninguém sabe de nada – “É que o patrão mandou-me estar às três noutra obra.” Questionado pela secretaria (a mim não me pagam para isto e farta de problemas ando eu) O segurança recua “ eu? eu é que não sei, se dá para o torto a culpa é ainda minha, querem lá ver…”. o metalomecânico “Decidam lá isso. E depois não sei quando será.” Fez-se. A metalomecânica, 6 meses passados a exigir o pagamento, de departamento em departamento, não tem nada a ver com isso, fez o que lhe pediram. Quanto à porta, os doutores G e H já mudaram, e os doutores I e J, que entretanto os substituíram, provavelmente nunca lá passaram. Também a comissão de defesa dos deficientes, nunca mais deu notícias. O único deficiente que precisou desistiu de esperar à porta que alguém ajudasse a operar o elevador ( foi o segurança que o guindou na cadeira) (as instruções perderam-se e ninguém chegou a ser autorizado ou instruído a mexer-lhe). A empresa instaladora de elevadores já deixou de representar a marca há muito.
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Que manda fazer uma m… destas,
tambem é capaz de continuar a mandar fazer estudos para o TGV Lisboa-Porto.
Já lá vão mais de 70ME, não é?
O trinfo da estupidez.
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O gajo que mandou pôr o estore, pensava que a maquineta era um multibanco. Querem apostar?
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Quando é que os senhores deixarão de ver estes factos como resultantes da estupidez? A estupidez é toda de quem paga impostos! Eles são é muito espertos, e ainda conseguem passar por burros. Comecem a investigar as empresas que trabalham para o Estado, quem financia a dívida do mesmo e ganha com os juros que vamos pagando, quem irriga os partidos com dinheiro e as relações públicas e não públicas deles todos.
Posso vos garantir que fazem todos parte da mesma rede de influência que vai nos domesticando há uns duzentos anos.
Um país de cordeiros está destinado a ser comandado por lobos.
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Certo, Bonifácio.
Alguem que passe ao lado do Estádio Nacional e que fotografe, para o Blasfémias, as quatro torres de iluminação do estádio.
Iluminação para quê e para quem? Para quantas noites por ano?
Estou a ver o filme:
um qq Secretário de Estado ou aparentado;
uma qq arquitecto ou engenheiro seu amigo com ideias luminosas;
Uma empresa de alguem conhecido.
Nagócio feito:
Paga o Estado (o pôvo), ganharam os amigos.
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Quem foi a alimária que mandou fazer uma coisa daquelas? Um incompetente sem dúvida nenhuma que vai ficar impune.
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Já alguém se lembrou de chegar lá e pedir o livro de reclamações, em vez de mandar bitaites?
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‘Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião,um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas…’
(Guerra Junqueiro escrito em 1886)
Se em 1886 existisse blogosesfera seria o próprio Guerra Junqueiro a escrever aqui, tenho a certeza. Presto-lhe homenagem usando as suas palavras para nos descrever, portugueses de 2008, que já nem conseguimos abanar as orelhas para sacudir as moscas….
…não podemos mostrar os dentes porque estão cariados e os tratamentos são caríssimos e, no que respeita aos coices, as artroses impedem semelhante exercício e o preço das “ferraduras” está pela hora da morte…
Onde está o livro de reclamações deste país mal frequentado????
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porque e que bosses nao metem mais fotogafias carmba pa biba o porto
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