Legitimidade
Alguns leitores defendem a acção da polícia com o facto de ela ter sido legítima. Se os assaltantes estavam armados e ameaçavam os reféns, então é legítimo matá-los. A acção da polícia seria portanto inquestionável. O problema é que os padrões pelos quais a polícia se deve reger são um pouco mais elevados, por razões de princípio e de eficácia. Por um lado, a ideia de que se podem matar criminosos sempre que existe legitimidade para o fazer é incompatível com os princípios pelos quais se rege o sistema de justiça vigente. A pena de morte não é proibida por ser ilegítima, mas por ser desumana. Por outro lado, atacar os criminosos constitui um risco para reféns inocentes. Do facto de uma operação ter corrido bem não se pode concluir que ela se encontrava isenta de riscos. O facto de uma operação ter riscos implica que a legitimidade não valida por si só a acção polícial. A acção policial pode e deve por isso ser questionada a dois níveis:
– A acção foi compatível com os princípios que regem o sistema de justiça?
-A acção minimizou os riscos para os reféns?
Claro que devem tentar apanhá-los vivos mas nunca se pode chamar a uma situação destas “pena de morte”.
Não há a menor comparação. Se não houvesse refens e atirassem a matar, sim, era crime declarado. Em havendo reféns já se sabe que a coisa nunca acaba da “melhor maneira”.
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quem não soubesse da situação, ao ler o seu post dá a impressão que a policia chegou lá e passado cinco minutos tratou de atirar a matar.
deve-se estar a passar algo aqui neste blog que está a alastrar a todos os membros… o nível disto anda a decair imenso… pode ser do verão…
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E não se trata de “poder matar criminosos”. Trata-se de como salvar reféns.
Por outro lado, se fosse um dos reféns que conseguisse tirar uma arma e abater o sequestrador era pura legítima defesa. E esta legítima defesa é coisa tão básica que também pode significar abater alguém que nos entre em casa.
E vamos com isso dizer que há incompatibilidade com um sistema jurídico que nem permite prisão preventiva a uma agressão física de um assaltante?
Se calhar sim. E o que está errada é a lei positiva, não é a lei natural.
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Isto é brincadeira nerd do João Miranda. Ele gosta muito da lógica escolástica de jogos de computador.
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com a utilização dos snipers a atirar à cabeça, os riscos foram muito menores do que parece.
Os meliantes cometeram o erro de se terem exposto.
Agora se a operação necessitasse do arrombamento e acesso ao local, é que o risco teria sido tremendo.
Foi pena os snipers não terem apanhado o “melhor especialista do mundo” em assuntos da “melhor polícia do mundo”, aquela autarca ribatejano.
O homem está insuportável na cátedra da criminologia. Como é que um curso de história o habilita a saber tantas coisas se nunca passou de agente ?
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O João está a escrever como se o abater os sequestradores fosse a primeira coisa que a polícia fez ou pensou fazer quando lá chegou. Esta medida foi usada em ultimo caso, porque as negociações estavam a falhar e porque os sequestradores começavam a ameaçar os reféns.
Não é pena de morte. É legítima defesa.
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Podiam contratá-lo para as GOE.
Quem sabe se um nerd numa situação destas não era uma excelente ideia. Passavam ali a tarde a jogar argumentos na consola e ainda acabavam a beber umas bejecas todos juntos.
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Mortos e bem. Por uma vez!
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««com a utilização dos snipers a atirar à cabeça, os riscos foram muito menores do que parece.»»
Há um ou dois segundos entre o primeiro e o segundo tiro. Um dos reféns só não morreu porque o segundo assaltante não tinha nenhuma intenção de matar.
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É difícil tomar uma posição sem se conhecerem os pormenores do que se passou.
Em teoria, a operação seria um êxito se não houvesse mortos nem feridos e refens libertados.
A alternativa entre deixar fugir os sequestradores ou abatê-los, será de os deixar fugir.
Houve ali um problema, talvez mal explicado.
As pessoas moradoras no local sem acesso às suas casas. Quem lhes pagava o jantar ?
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O João Miranda como investigador sabe decerto o que é tomar decisões pragmáticas com base naquilo que se tem diante dos olhos, e não como se estivesse “flying a desk”… ou não? Sinceramente. Já se escreveu de mais sobre isto. Assaltante sabe ao que vai, assaltado tem que poder defender-se ou ser defendido.
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««Esta medida foi usada em ultimo caso, porque as negociações estavam a falhar»»
Há 3 indícios que sugerem que as negociações não estavam a falhar:
– foram libertados vários reféns
– os assaltantes aproximaram-se da saída de boa fé
– mostravam-se à vontade e até com alguma falta de jeito
Não conheço nenhum indício de que estavam a falhar.
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Comentário 9:
– então a polícia não tinha objectividade para decidir mas o assaltante já tinha?
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Ainda não percebi essa referência recorrente à pena de morte. Estará o João Miranda a tentar aniquilar toda a dogmática das causas de exclusão da ilicitude? Ou a dogmática das causas de exclusão da culpa? O João Miranda não aceita a legitima defesa, a legitima defesa de terceiro, etc? O que está aqui em causa é saber se face ao caso concreto o GOE agiu ilicitamente ou licitamente. E se agiu ilicitamente saber se o fez culposamente ou não.
Leia a parte geral do Código Penal e encontra aí a resposta a esta questão.
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Caro João Miranda,quem sabe qual era,naquele momento,a intenção do assaltante?? É lamentável a perda de uma vida,mas quem,ontem,esteve real e dramaticamente em perigo, foram os reféns,nenhum dos que aqui tranquilamente opinamos !! Não penso que esses reféns estejam,agora,com demasiada pena do assaltante abatido…
Pois é, queiramos ou não, o Mundo está mesmo perigoso.
Abraço
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A acção pode e deve sempre ser questionada, ninguém põe isso em causa.
Mas para começar você e todos nós nem sequer sabemos os pormenores da acção, não sabemos o que negociaram, não sabemos o que precipitou os acontecimentos. Se faz essas perguntas só para se informar, 100% de acordo, se está a fazer essas perguntas já com juizos de valor, então está a precipitar-se e mais vale estar calado.
Eu pelo que vi acho que a situação chegou a um impasse perigoso, eles queriam sair do banco com os refens, provavelmente um meio de fuga, e a entrega constantemente adiada já à porta do banco.
E você sabe que nenhuma polícia do mundo deixaria sai-los do banco com reféns se tivesse oportunidade de os impedir. E essa oportunidade foi dada por eles mesmos, ao se exporem os dois ao mesmo tempo à porta do banco.
A situação de facto tornou-se muito perigosa para o refém masculino pois entre o 1º e 2º disparo passaram uns 2 segundos demasiado longos. Mas tenho poucas duvidas de que noutro lado qualquer não teria sido feito da mesma forma mesmo sem saber ainda a situação que levou à decisão.
E lembre-se que estas decisões são muito dificeis, não é tão fácil como escrever uns quantos post’s um bocado para o retóricos sobre o assunto. Quem a toma coloca a vida dos refens em jogo mas também muito provavelmente toda a sua carreira. Não foi certamente tomada de animo leve, alguma coisa levou a que fosse tomada.
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««Estará o João Miranda a tentar aniquilar toda a dogmática das causas de exclusão da ilicitude? Ou a dogmática das causas de exclusão da culpa?»»
Eu digo claramente no post que a acção é legítima. Claro que também digo que a legitimidade não é o único critério.
«« O João Miranda não aceita a legitima defesa, a legitima defesa de terceiro, etc?»»
A legitima defesa e a defesa de terceiros não justifica o assassínio em todos os casos, quer porque os critérios de justiça vigentes são mais apertados, quer porque o risco para os reféns pode ser maior.
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E chegados aqui surge uma pequena dúvida. Se algum dos reféns ou policia tivesse morrido mereceria tanta preocupação como os assaltantes (vulgo, heróis do politicamente correcto)?
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Há 3 indícios que sugerem que as negociações não estavam a falhar:
– foram libertados vários reféns
– os assaltantes aproximaram-se da saída de boa fé
– mostravam-se à vontade e até com alguma falta de jeito
Não conheço nenhum indício de que estavam a falhar.
Discordo totalmente. Eles queriam sair do banco, indicador de que se chegou à ultima etapa, provavelmente faltava algo que foi prometido na negociação, o tempo foi passando à porta, a tensão vai aumentando. Vê-se por lá um plastico que seria usado para fugirem com os refens debaixo dele. A polícia jamais os deixaria sair com os refens. Eles exposeram-se, e alguém viu aí uma oportunidade.
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««Caro João Miranda,quem sabe qual era,naquele momento,a intenção do assaltante??»»
Se não sabemos qual é a intenção dos assaltantes como é que sabemos que os snipers são a melhor opção? A taxa de erro de uma acção de snipers é muito elevada e o risco para os reféns também.
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««Leia a parte geral do Código Penal e encontra aí a resposta a esta questão.»»
Felizmente, o Código Penal ainda não substitui o cérebro. Temos o direito e o dever de questionar o código penal.
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“Alguns leitores defendem a acção da polícia com o facto de ela ter sido legítima. Se os assaltantes estavam armados e ameaçavam os reféns, então é legítimo matá-los. ”
Sim se não houver alternativa a neutralizá-los de outra maneira e sem aumentra os riscos. Tal como uma pessoa deve ter direito á legítima defesa de si e da sua propriedade.
“A pena de morte não é proibida por ser ilegítima, mas por ser desumana.”
Não. A inexistência da pena de morte é que é desumana. Mostra que não há limites para a tolerância ao Mal.
“Por outro lado, atacar os criminosos constitui um risco para reféns inocentes. Do facto de uma operação ter corrido bem não se pode concluir que ela se encontrava isenta de riscos. O facto de uma operação ter riscos implica que a legitimidade não valida por si só a acção polícial. ”
Totalmente de acordo. Mas esqueceu-se dos riscos de nada fazer. E os dois têm de ser pesados com larga bonificação para a vítima.
Pelo facto de a neutralização dos raptores-assaltantes não ter sido simultânea a operação esteve longe de ser perfeita.
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Excelente post. Parabéns.
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É claro que JM ao começar com uma “execução” já tem as questões feitas e as perguntas respondidas.
As questões são sucintamente:
1-Poderia neutralizar-se os assaltantes que ameaçavam a vida de dois inocentes de outra maneira?
2-O que é que falhou para os dois assaltantes não terem sido neutralizados ao mesmo tempo?
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Não. A inexistência da pena de morte é que é desumana. Mostra que não há limites para a tolerância ao Mal.
Isto é uma absoluta imbecilidade.
A pena de morte é uma monstruosidade que nunca devia ter sido chamada ao caso.
Só um espírito monstruoso pode achar legíma uma retaliação, muitas vezes passados anos e anos depois do crime, em vez de prisão perpétua.
E nada disto se prende com legítima defesa.
Em casos destes o ideal é capturar vivo e também não aplaudo mortes de chantagistas.
Mas daí a ter de defender, à tabela, a trampa merdosa da pena de morte, nunca.
Nunca.
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– A acção foi compatível com os princípios que regem o sistema de justiça?
Não. A lei protege os criminosos. A lei só interessa aos criminosos. Os cidadãos honestos têm que que mudar a lei mas em Portugal parece que não temos Direita partidária.
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Sim
Sim
ps:. Sao as respostas as duas perguntas caso nao tenha percebido.
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O imbecil que deu o exemplo é um daqueles casuísticos que vive de palavras. “Uma consciência alugagada” E esses, ja´dizia o Quevedo, nem no caminho para o Inferno se consegue agarrá-los.
Um advogado mata cem vezes mais com uma pasta debaixo do braço.
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Uma morte é sempre uma morte. Agora, os assaltantes cometeram um grande erro: esqueceram um provérbio que a Polícia lá do Brasil usa: “Ladrão morto não volta a roubar”.
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Isto de nerd já passou a conversa de “simplesmente maria”.
Agora vêm os sissy hawks a aproveitarem-se para dizer que o mal é não termos pena de morte.
Puta que os pariu. Porque são estes trampas que depois defendem as políticas de porta aberta.
E estas sim, são a única questão racional e política que devia ser pensada.
Até porque não temos tradição de crimes deste género e esta imigração desenfreada está a trazer problemas para os quais não temos sequer legislação adequada.
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Quem me dera que a policia portuguesa resolvesse tao eficazmente todos os outros problemas…..
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Se não sabemos qual é a intenção dos assaltantes como é que sabemos que os snipers são a melhor opção? A taxa de erro de uma acção de snipers é muito elevada e o risco para os reféns também.
JM, para tentar compreendê-lo, qual julga que era a intenção dos assaltantes ?
a) Renderem-se
Não faz sentido, para rendição não se apontam armas aos refens, nem estariam ali tanto tempo à porta
b) Fugiram sozinhos
Também não faz sentido, os refens foram algemados por eles e preparavam-se para fugir com
c) Fugirem com os refens
Hipotese mais provável, mas nenhuma policia do mundo deixaria sair os assaltantes com refens, pois passariam de uma situação com algum controlo para uma situação totalmente imprevisivel, e de uma situação de risco para os refens ssar-se-ia para uma situação desconhecida com risco ingógnito e ninguém inteligente deixaria descontrolar a situação dessa forma podendo ter uma oportunidade de a impedir mesmo correndo riscos.
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«A lei protege os criminosos. A lei só interessa aos criminosos. Os cidadãos honestos têm que que mudar a lei mas em Portugal»
Não podem mudar porque por cá a lei foi mudada num ápice para se fazer o mesmo que no Brasil- conseguir impunidade absoluta a todo o político.
Ladrão. limita-se apenas a apanhar a boleia.
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O João está a escrever como se o abater os sequestradores fosse a primeira coisa que a polícia fez ou pensou fazer quando lá chegou. Esta medida foi usada em ultimo caso, porque as negociações estavam a falhar e porque os sequestradores começavam a ameaçar os reféns.
Não é pena de morte. É legítima defesa.
O JM da por descontado que a culpabilidade há que atribui-la a policía británica por que foi quem modelou e patentou a forma de operar e atuar ante os criminossos brasileiros…
http://www.flickr.com/photos/21845095@N06/2690026163/
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Há que entender que a reacção ‘popular’ no sentido da aprovação da acção da polícia está intimamente relacionada com a impunidade sistemática (ou, no mínimo, com a sua “desvalorização”) com que a criminalidade tem vindo a ser tratada nos últimos tempos:
Paralisação do país pelos camionistas; tiroteios na Quinta da Fonte (mas não só); assaltos a tribunais; agressão de juízes; carjacking; assaltos a bancos…
Nos poucos casos em que há presos, eles são, quase sempre, soltos. Claro que, teoricamente, virão a ser chamados para julgamento. Sim, claro, pois, com certeza, sem dúvida…
Perante isso, a ideia do «Chiça! Até que enfim!» pode ser perigosa e condenável, mas é inevitável.
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Em primeiro lugar não é costume o GOE usar-se deste tipo de acções para neutralizar sequestradores. De quase todos os casos a negociação surte o efeito desejado. E quando não surte, são empregues outros meios como ainda recentemente um jovem sequestrador que ameaçava o refém com uma faca foi imobilizado com uma Taser.
Em segundo lugar não sabemos o teor das conversas com os negociadores, tão pouco percebemos alguam coisa de negociação.
Se esta fosse a prática corrente do GOE ainda se admitiam dúvidas, agora sabemos que assim não é, sabemos que os reféns tinham pistolas apontadas à cabeça, sabemos isso tudo e criticarmos o trabalho da polícia é CRITICAR POR CRITICAR.
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Nunca o titulo deste blog deve ter feito tanto sentido como depois deste post.
Se calhar… era suposto que a policia, depois de mais de 8horas de negociação, desistice e cedesse um helicopetro com piloto aos assaltantes e ainda um saco para transportarem o dinheiro e outros bens de valor.
Não caiam no rídiculo. Todo o assaltante, ainda para mais provido de uma arma de fogo é uma ameaça para a sociedade e como tal deve ser controlado com os meios que na altura se mostrem os mais eficazes.
Foi assim aqui e será assim em qualquer país do mundo.
Se os assaltantes tivessem morto os reféns, seria algo do género:
policia inoperante “assassina” reféns.
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Desde que os sequestradores assomaram à porta da agência bancária, ameaçando os reféns, passaram cerca de 30 minutos até a polícia agir, às 23h22, após sucessivas ameaças por parte dos assaltantes, que chegaram a apontar as armas, não só aos funcionários do banco, mas também aos operacionais que estavam nas imediações.
Meia hora na qual se pode comprovar a afirmação do João Miranda “os assaltantes aproximaram-se da saída de boa fé”. Estavam era a brincar para aparecer na TV.
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De resto, o problema é apenas técnico.
Não faz sentido continuar-se a usar armas de fogo em situações destas. Até para se apanhar animais de grande porte existem pistolas especiais que em vez de bala, lançam anestésicos.
E pronto, também tenho direito ao meu momento geerk do dia
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Zazie
O pior é que os animais não adormecem logo.
Se calhar o recurso a um hipnotizador seria mais eficaz.
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como parece ser vontade do JM aqui vai a minha posta..
Esta discussão nunca terá fim, nem chegará a lado nenhum..
“A acção minimizou os riscos para os reféns?”
Ninguém aqui conseguirá responder a essa questão!
Quem aqui falou com os sequestradores? percebeu as suas motivações, grau de sanidade, perigosidade para os refêns?
São são mais dúvidas q certezas.
Mas um facto parece-me óbvio..
Se todos os refens sairam pelo seu pé, são e salvos, então a opção, relativamente aos refêns, foi a correcta!
Se podia ter outro desfecho?
Se se podia tb salvar a vida do sequestrador!?
Todos sabemos q seria essa a solução óptima!
Mas ninguém(pelo menos aqui!)alguma vez saberá se tal era possível ou não!
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Finalmente concordo com João Miranda.
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JM
Com o devido rspeito, meu caro, não faz a mínima ideia do que fala.
6 horas de negociação e a ameaça aos reféns, durante os últimos 30m, indiciam que os sequestradores nunca quiseram entregar-se.
A ameaçã é real. Repare que até uma pequena desconcentração do bandido poderia ter resultado num disparo acidental e fatal para um dos reféns.
Sobre o tempo de intervalo entre os disparos da polícia está enganado.
O primeiro disparo atinge fatalmente o sequestrador e o segundo sequestrador foge e cai puxando o refém para si protegendo-se, com este movimento não tem forma de dispoarar sobre o refém o que leva a crer que o seu disparo foi acidental e reactivo ao movimento em si e não propriamente um acto deliberado.
O segundo disparo feito pela polícia demora um segundo (!), logo se quisesse o sequestrador tinha matado o refém. pelo que já disse antes não. e a fracção de tempo que demora o segundo disparo policial só revela o profissionalismo e prontidão do polícia queo faz.
Repare que não entraram a atirar em tudo o que mexesse. tiveram a calma suficiente para, naquele stress, atingir apenas o sequestrador. Isto é de um sangue frio, mas responsável que o meu amigo JM, nem imagina.
Acredite que sei do que estou a falar.
Quanto às perguntas que faz:
– Sim.
– Sim.
Sem qualquer sombra de dúvida.
Aliás, nem se admire se amanhã esta operação for objecto de estudo por parte de outras polícias, estrangeiras inclusive, de perfeita que foi, como exemplo a seguir.
O que, convém lembrar, não é a primeira vez que acontece.
Parabéns a todos os polícias envolvidos.
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É… já agora, os bancos também podiam incluir exemplar de ladrão embalsamado para efeito dissuasivo.
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O BES ainda é capaz de criar um jinggle de propaganda à custa disto.
Se vem por bem, emprestamos; se vem por mal- no BES também embalsamamos.
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o regime, o “engenheiro”, o rui ‘falinhas mansas’ pereira, e os “novos” corpos de policia “especializada” , precisavam de uma acção “espectacular” para, mais uma vez, distrairem a manada, para provarem que a “lei e a ordem” serão regra no infecto rectângulo – até já dizem – cretinamente, como os que defendem a pena de morte – que isto serve de lição a futuros candidatos a criminosos…
portanto, a actuação da bófia foi um show para servir interesses políticos.
durante todo aquele tempo, tiveram oportunidades, meios, conhecimentos e capacidades para neutralizarem os inaptos assaltantes sem dispararem um único tiro. (deve haver por aí gente que percebe do que estou a falar) e não os usaram porque não daria espectáculo e não serviria os interesses da camarilha que mencionei mais acima!
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“Há um ou dois segundos entre o primeiro e o segundo tiro. Um dos reféns só não morreu porque o segundo assaltante não tinha nenhuma intenção de matar.”
Não sou especialista na matéria, mas pelo que julgo saber, só existe intervalo entre os tiros se a operação estiver mal montada. Cada target está visado por 3 a 4 snipers de angulos diferentes e a voz de fogo é dada em simultâneo via rádio. Desconfio que não haja intervalos temporais significativos entre os diversos impactos das balas. Mesmo que algum sniper falhe o tiro, há mais 2 ou 3 que acertam. E visam a cabeça, não por maldade, mas porque é o mais eficaz em termos da imobilização do indivíduo. Atingido na cabeça ninguém prime o gatilho. Questão diversa é se a ameaça do sequestrador consistir num mecanismo que, sem pressão da mão, por exemplo, despolete um explosivo. Mas em caso de ameaça com arma de fogo, o alvo é mesmo a cabeça.
Reafirmo, por isso, que o risco para os sequestrados foi mínimo, a partir do momento em que os sequestradores se exibiram aos snipers.
Outra questão – e nessa dou-lhe razão – é a questão da necessidade de atirar a matar. Mas, se calhar, nestes casos, não há meio termo. Ou se deixa os meliantes fugir e ficamos á espera que eles amanhã se vão entregar a uma esquadra, ou se atira a matar.
No caos concreto ou os snipers atiravam a matar – como fizeram – ou procurava-se o Prof. karamba para imobilizar os meliantes através de mau-olhado ou outro ritual igualmente eficaz e protector dos direitos humanos.
Ademais, este episódio foi o que de mais importante aconteceu desde 1974 em termos de prevenção geral no crime de sequestro antecedido de roubo armado. Durante uns tempos não vão ocorrer muitos assaltos destes… digo eu.
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Ora tava a ver que não. Finalmente alguém falou verdade. Meus amigos isto não foi nada mais que uma cabala do governo para nos entreter.
O caso foi exactamente como o comentador luikki disse: Foi uma acção espectacular para entreter… Vocês vão ver se não foi o Governo, em conluio com o BES (mais uma vez o clientelismo do governo) que contratou os assaltantes e que depois mandou mata-los, só porque as armas de tiro de precisão precisavam de ser disparadas, que já estavam a ganhar ferrugem. Amigo Luikki já pensou dedicar-se à escrita criativa? é que tem jeito.
JM eu queria ver se pensava assim se fosse o dignissimo a ter sido feito refém. É por causa de pessoas como o senhor é que a nossa polícia é inoperante. Se puxam da arma e disparam, passam eles a serem criminosos. Os verdadeiros criminosos andam ai a fazer o que querem porque sabem que a polícia está de mãos atadas e os tribunais até são cooperantes. Os que escolhem fazer vida do crime nunca têm a culpa, foram empurrados para essa vidinha… Por isso temos todos de tolerar os seus actos.
Belo exemplo que estamos a dar aos nossos filhos, mostrando-lhes que em Portugal o crime compensa.
P.S. JM sabe o que é fazer 2 tiros de precisão com um segundo de diferença? GRANDE ATIRADOR o nosso. Vá lá enriquecer o seu conhecimento e ler sobre o assunto, porque pela sua opinião já vi que está mal informado.
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“Há um ou dois segundos entre o primeiro e o segundo tiro. Um dos reféns só não morreu porque o segundo assaltante não tinha nenhuma intenção de matar.”
Os reféns só têm utilidade enquanto vivos…
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Completamente de acordo com o seu texto.
Parabéns pela sua isenção e recuo analítico.
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“Eu digo claramente no post que a acção é legítima”.(sic JoaoMiranda)
O Miranda começa por afirmar que a acção é legitima para posteriormente questionar: “A acção foi compatível com os princípios que regem o sistema de justiça?”.
O meu caro dá a resposta logo no inicio ao afirmar a legitimidade da mesma. Se a conduta não enferma de antijuridicidade, sendo legítima (como você peremptoriamente a classificou) logo é compatível com aquilo a que você chama de “principos do sistema de justiça”.
Perdoe-me a afirmação sincera: há muita confusão conceptual no seu texto…
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Ó JM tenha paciência… só faltava mais esta, então dois criminosos apontam armas à cabeça de reféns ao fim de oito horas de suspense e o JM quer-me fazer querer que a intervenção das forças de segurança não foram ponderadas e executadas da melhor forma possível?
Será que só é legítimo para o JM disparar sobre um criminoso de arma em punho apontada à cabeça de um refém quando este dispara e fere mortalmente o refém…
O que o JM diz é ficção… demagogia…
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JoaoMiranda Diz:
8 Agosto, 2008 às 12:46 pm
Há um ou dois segundos entre o primeiro e o segundo tiro. Um dos reféns só não morreu porque o segundo assaltante não tinha nenhuma intenção de matar.
Foi o momento mais delicado e a única falha que se pode encontrar nesta operação, até porque tudo indica que o 2º disparo não foi feito através de um sniper mas já do comando que avançou para a porta, disparo arriscado se não foi feito por sniper e ainda para mais através de vidro e num angulo complicado.
Julgo que as razões que levaram a esta falha foi porque quer o assaltante que o sequestrador se aproximaram no instante do disparo do 1º tiro de sniper. E depois obviamente recolheu-se.
Se tinha ou não tinha intenção de matar isso já é outra historia, o que se vê nas imagens é um choque e pavor e um natural instinto de se proteger com o corpo do refem ao mesmo tempo que se abaixa.
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Os dois homens que ontem assaltaram a dependência do BES de Campolide, em Lisboa, recusaram-se a negociar com as autoridades e ameaçaram durante o processo de conversação com a polícia, que se prolongou por cerca de nove horas, executar as duas pessoas que mantiveram sob sequestro.
Estranha forma de mostrar a boa fé.
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O JM faz-me lembrar certo jornalismo que tanto atacam o cão que morde no polícia como com outros humores atacam o polícia por ter mordido ao cão…
Merda para os direitos humanos filosóficos.Crime sem castigo sai-me muito caro bem como o desgoverno provocado por filosofias semelhantes ás do JM quanto á imigração e nacionalização da pobreza do mundo.
Isto quer queiram ou não é como a competiçãona selva.Ou se ganha ou se perde.E os Portugueses só têm vindo a perder desde há 34 anos conduzidos por filósofos e sociólogos tipo JM, Louçã e companhia…
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Se um dos reféns fosse a sua mulher ou um dos seus filhos de certeza que não pensava assim. Antes de escreve parvoíces, ponha-se no lugar deles para não dizer tantas alarvidades
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A todos os “defensores” dos Assaltantes do BES…
Quem e Pai/Mae pensem se fosse os vossos filhos….mudariam de opiniao? E a continua impunidade existente em Portugal como podemos verificar num dos casos de CarJacking em que os “coitados” dos meninos sairam a rir do tribunal.
Eu ja foi assaltado por 5 individuos armados com facas e pistola, pistola essa que esteve encostada na minha cabeca, a culpa e da sociedade? Na minha opiniao nao, convivi com pessoas de um bairro “famoso” que hoje sao formadas apesar de terem vivido com bastantes dificuldades e com a vida de crime ao lado.
Por isso acabem com as teorias de “coitadinhos” quem ameaca a vida de outro da forma como estes “animais” fizeram nao mereciam outro final (so fico preocupado com o dinheiro que os contribuites estao a gastar com o que esta ligado a maquina).
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Os assaltantes eram brasileiros? A Policia apenas lhe fez o favor de se sentirem na sua terra Natal.
Estes senhores de filosofias baratas que não estiveram no local, que não ouviram as negociações e se põe a escrever sobre coisas que não têm a mínima consciencia das condições em que ocorreram e porque ocorreram, deviam era poupar as teclas do computador e escrever sobre coisas concretas em vez de divagar sobre teorias.
Deviammorrer, não deviam.. . Se e quando forem transcritas as conversas das negociações, opinem. Até lá façam um estágio na Quinta da Fonte.
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Caro João Miranda,
Independentemente dos reféns serem meus familiares ou o que forem, uma situação destas é sempre de elevada tensão, onde a racionalidade dos raptores poderá ser perdida a qualquer instante, logo, pecar por exsesso, infelismente, é melhor que pecar por defeito, temdo em conta a integridade dos reféns.
Se a situação fosse encarada com cautela e morresse um refém, a conversa seria outra.
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Três pontos:
1.Nenhum refém morreu ou ficou ferido.
2.Nenhum policia ou negociador morreu ou ficou ferido.
3.Os assaltantes não roubaram o dinheiro.
Posto isto se tivessem apanhado os assaltantes com vida seria um bónus. Morreu um , azar o dele, quando fez os reféns sabia que a coisa podia acabar assim. O outro que ficou ferido espero que sobreviva para apodrecer na cadeia.
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Esta coisa dos coitadinhos dos assaltantes dá-me a volta ao estomago.
Quem não tem intenção de matar não aponta uma arma à cabeça de ninguem! E eu sempre achei que a reciprocidade é um principio fundamental da boa educação.
Boa parte daquilo que chamamos Sociedade assenta num conjunto de regras, das quais as mais importantes, na sua grande maioria, são claras para todos aqueles que a ela pertencem.
É pois do conhecimento geral que assaltar e fazer refens é um crime, e que esse tipo de acção acarreta um conjunto de riscos.
Os assaltantes fizeram-no com plena consciencia do que poderia acontecer e tiverem nada mais nada menos aquilo que seria esperado numa situação destas.
Isto é algo tão normal como existir uma maior probabilidade ser atropelado na rua por passar um sinal de peões vermelho, com a agravante de ser impossivel não reparar, por distração, que se está a assaltar um banco.
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Mas qual sistema de justiça existe em Portugal? estilo Casa Pia? Vale de Azevedo? deixem-se de tretas, porque comprou a policia 15.000 pistolas sem coldre? para ir aos passaros?
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“A pena de morte é uma monstruosidade que nunca devia ter sido chamada ao caso.
Só um espírito monstruoso pode achar legíma uma retaliação, muitas vezes passados anos e anos depois do crime, em vez de prisão perpétua.”
Para Saddams, Hitlers, e Estalines, exterminadores de Tutsis ou de Hutus é menos do que o merecido. Quando Saddam foi enforcado não ouvi nem vi ninguém que protestou escrever: foi injusto. Só ouvi preocupações estéticas.
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Que baboseira…
Estivesse o autor deste post entre os reféns e provavelmente ansiava baixinho pela acção “monstruosa” dos snippers…
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Neste ponto discordo com o tom geral dos blasfemos … tratou-se de uma mera execução da política do mal menor, com os recursos disponíveis.
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Então foi porque não leu bem, Lucky, porque muita gente escreveu e eu também.
Não se trata de justiça- trata-se de barbárie. Essa trampa do histerismo com o circo da morte do Sadddam até deu direito a uma série de postes em resposta a uma imbecilidade de Tiago Cavaco no Trento na Língua. Chamou-lhe ele (o bom do pastor evangélico) a pena de morte oferecida no sapatinho como prenda de Natal. O texto imbecil, segundo o próprio, até era para sair na Atlântico. Eu respondi-lhe logo e muito mais gente, incluindo uma brilhante charge do Dragão (para variar).
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E sim, também é uma questão estética. Estética e ética coincidem. E a falta delas, idem.
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E é um facto que a este propósito é que nem há comparação possível. A pena-de-morte é o crime mais nojento que só por absoluta cobardia pode ser defendida.
A HM escreveu qualquer coisa a esse propósito num post mais acima, e até eu sou obrigada a concordar com ela…
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A intervenção da Polícia ( um sniper abater um assaltante)foi execessiva.
Na altura em que o sniper “abateu”o assaltante ele falava com uma refém à entrada do banco. Das imagesn que vi, a refém nãoe stva manietada, nem havia nenhuma contacto físco do asslatante com ela, nem este não estava a forçá-la fisicamente, ou a imobilizá-la. Mesmo existindo uma ameaça de arma, não me pareceu uma situação em que a refém corresse imediato risco de vida.
Não houve nenhum tiro disparado pelos assaltantes, nem cotra os reféns nem contra polícia.
Sinceramente, tive a noção de que este caso, que se pretende “exemplar” na conduta policial, é um caso muitíismo triste. Um homem foi morto, outro luta contra a morte.
Sejam estes homens o que forem – não podem ser abatidos como cães.
Sim, foi uma sentença de morte.Sem julgamento.Sem recurso.
SEi que vou contra a opinião corrente, mas sinto-me desconfortável com o desfecho sangrento do episódio e, mais uma vez, com a mediatização da violência e a euforia que se apossa dos media com estas situações de morte em directo.
Outras reflexão que fiz foi a facilidade com que se rotula os “criminosos”. Eram imigrantes,em situação irregular.
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