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O fiscalizador era procurador do fiscalizado

11 Novembro, 2008

Manuel Sebastião (actual presidente da Autoridade da Concorrência) foi procurador de Manuel Pinho

A SIC Notícias revelou ontem que Manuel Sebastião foi procurador de Manuel Pinho, e que há alguns anos o presidente da Autoridade da Concorrência “fazia parte da equipa de administradores que acompanhavam Vítor Constâncio no Banco de Portugal (BdP)”.

No mesmo período, e segundo a mesma fonte, Pinho era então um alto dirigente do Banco Espírito Santo, um das instituições financeiras que o Banco de Portugal supervisiona e fiscaliza.

Há dias falava-se de regulação do sistema bancário. Pois, isto é a regulação na prática.

17 comentários leave one →
  1. alice permalink
    11 Novembro, 2008 16:58

    O Sabastião é careca e do alto da sua petulância já aprendeu com este governo, quando, bronco, por nada responde a ninguém.

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  2. permalink
    11 Novembro, 2008 17:12

    Como os intervenientes na regulação são muito maus a solução passa por não haver regulação nenhuma.
    É isto que quer dizer, João Miranda?
    Nesse caso o que propõem para acabar com os assaltos a bancos neste país?
    Talvez descriminalizá-los?

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  3. Rute Marlene permalink
    11 Novembro, 2008 17:16

    De facto é um argumento brilhante.
    As eleições elegem políticos corruptos. Acabe-se com eleições !

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  4. JoaoMiranda permalink*
    11 Novembro, 2008 17:18

    ««Como os intervenientes na regulação são muito maus a solução passa por não haver regulação nenhuma.»»

    A solução passa por passar mais de 5 minutos a pensar no que é que isso implica.

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  5. olen permalink
    11 Novembro, 2008 17:18

    Palavras para quê?Está tudo dito…O Sebastião é um mini-Constâncio o BES está a ser investigado pelo Furacão e o Pinho é do BES.É a supervisão socialista made in Portugall!!!E não podem ser demitidos porque como dizia o outro que também está na lista do Furacão não se pode substituir ninguém quando a crise internacional é forte.Quanto mais desacreditados estão interna e externamente mais necessários são.Outra especificidade nacionall.

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  6. 11 Novembro, 2008 17:21

    O Portugal político é uma grande família; a sua principal vocação é a representação. Somos governados e elegemos autênticos governos-sombra que estão por detrás dos porta-estandartes das siglas partidárias.

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  7. Rute Marlene permalink
    11 Novembro, 2008 17:33

    “Na práctica” o regulador é corrupto -> substitui-se.
    “Na prática” sem regulação -> nacionalizações
    Qual é preferível ?

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  8. 11 Novembro, 2008 17:34

    «…isto é a regulação na prática.»

    É verdade. Mas é como se o João Miranda, ao assistir a um acidente grave de trânsito, viesse, em grande gritaria, reclamar que se acabasse com o Código da Estrada e com a Polícia de Trânsito:
    – Eu ainda ontem vi um desses chuis e estava bêbado! – gritava, justamente indignado o João Miranda, admitindo que usava desta linguagem desbragada. – Acabe-se com essa palhaçada toda e deixe-se morrer na Estrada quem muito bem entender.
    E tinha toda a razão. Quem gosta de correr riscos que vá para a estrada: poupa-se em muita burocracia e à grande nos ordenados.
    É assim?

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  9. JoaoMiranda permalink*
    11 Novembro, 2008 17:48

    ««“Na práctica” o regulador é corrupto -> substitui-se.»»

    Na prática, quem tem poder para substituir o regulador também é corrupto.

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  10. José Fonseca permalink
    11 Novembro, 2008 18:26

    Nesse caso, na práctica também, substitui-se quem tem o poder.
    A não ser que todos os políticos sejam corruptos, continua a ser solução menos má. Parece-me.

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  11. 11 Novembro, 2008 18:47

    Se é regular regulados e reguladores serem corruptos, regularize-se a corrupção.

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  12. Stevens permalink
    11 Novembro, 2008 19:03

    Isto é regulação na prática, e seja bem-vinda, com a excepção da incompatibilidade de funções, que não faz parte da regulação, pelo contrário, apesar de tentar dar a entendê-lo.

    O que não quero é falta de regulação que originam BPN’s ou Nacionalizações, do agrado de todos os partidos.

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  13. nody permalink
    11 Novembro, 2008 19:14

    Regulem o que quiserem. Quero é que cobrem menos impostos (vá, 10% e uns pós de iva). É que quanto menos dinheiro dos contribuintes tiverem, menos poder têm para corromper.
    E melhor ainda é o dinheiro ficar do lado de quem o ganha, para podermos, nós os contribuintes, corromper tb!

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  14. lucklucky permalink
    11 Novembro, 2008 19:24

    Heheh, porque é que julga que tantos falam da regulação? É para manipular as regras, impedir competidores…

    “É que quanto menos dinheiro dos contribuintes tiverem, menos poder têm para corromper.”

    Nem mais. Quanto menor os Estado menos corrupto é.

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  15. 12 Novembro, 2008 00:30

    Perguntas ao João Miranda:

    Quando o BCE reuziu as taxas de juro foi aqui sugerido que o mercado não ia acompanhar a descida. Desde essa altura a Euribor baixou de 5.4% para 4.3%.

    Quer explicar o que sucedeu? Deu em Mestre Alves?

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  16. Pizarro permalink
    12 Novembro, 2008 01:33

    Então é para aqui que vai o dinheiro dos meus impostos:

    “O Estado vai ter que injectar 900 milhões de euros no Banco Português de Negócios (BPN) para que a instituição possa cumprir as novas exigências relativas aos rácios de solvabilidade do sistema financeiro”.

    Uma coisa que tento encontrar e não consigo, quanto é que o BPN tinha em depósitos?

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  17. Riks Ubermensch permalink
    14 Novembro, 2008 01:19

    Estranho apenas que as seguintes perguntas ainda não tenham sido feitas:
    1. O Professor Manuel Sebastião (será que o Obama se lembra dele?) pagou 300.000 em dinheiro vivo ao Dr. Manuel Pinho e/ou a uma empresa detida por este senhor: alguém declarou a transacção? Foram pagos impostos por este “adiantamento”? há recibos do mesmo pagamento?
    2. Alguém já pediu ao Banco de Portugal que verificasse em quantas reuniões nas quais se deliberaram assuntos relativos ao Grupo Espirito Santo esteve presente o Professor Manuel Sebastião? E em quantas ele declarou que era procurador de um admnistrador do grupo Espirito Santo ou que fazia negócios com o Grupo ( e não estou a falar de uma conta-ordenado…)?
    3. Alguém já pediu ao Banco de Portugal para explicar se a relação entre um administrador do Banco de Portugal e um administrador de uma entidade supervisionada (e ao que parece, uma relação da maior confiança entre ambos) viola o código de conduta da instituição?
    4. Qual foi o critério de selecção dos membros do actual Conselho da AdC? O Professor Manuel Sebastião nada sabe de concorrência (mas deve conhecer o Obama); o professor Andrez tinha acabado de pedir a exoneração do IAPMEI por motivos de saúde; o licenciado Noronha ninguém o conhece (a não ser quem o nomeou), e quem vir o CV dele no site da Autoridade fica a perceber a profundidade dos conhecimentos do senhor em concorrência.
    5. O que é que aconteceu às investigações sobre os ginásios? E o que é vai acontecer aos famosos inquéritos sobre os combustíveis? E a compra dos postos do carrefour pela Galp, vai ser recusada ou aprovada?
    6. Ninguém achou estranho que a primeira multa aplicada por estes senhores à PT tenha sido de 2 milhões, quando no ano passado o Abel Mateus aplicou uma de 38 milhões à mesma empresa? Será que o Professor Manuel Sebastião também tem uma procuração do Bava, ou este é um gajo mais porreiro que o Granadeiro?
    Vamos ver quantas decisões e coimas estes senhores tomam até ao final do ano, ou quantos processos arquivam “por falta de prova”… E depois ainda fazem conferências sobre cartéis…
    Volta “Guarda Abel”, estás perdoado.

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