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Altos princípios

27 Janeiro, 2009

Parece que um dos critérios dos países europeus para receberem presos de Guantánamo é a inocência. Pensava eu que o problema de Guantánamo estava relacionado com a violação dos direitos dos acusados. Essa violação é independente da culpa do preso, culpa essa que só devia poder ser determinada após um julgamento com todas as garantias de defesa. É por isso surpreendente que os países da União Europeia se façam agora de esquisitos e pretendam receber apenas os “inocentes”. Se esses países estivessem à altura dos seus princípios, estariam dispostos a receber todos os presos de Guantánamo, porque todos eles são inocentes até prova em contrário, e não apenas aqueles que são considerados inocentes à luz do processo que é contestado.

22 comentários leave one →
  1. Luís permalink
    27 Janeiro, 2009 10:34

    No meu tempo de tropa a resposta que o João obteria era: O meu amigo não está aqui para pensar.
    O acto de pensar é negativo, que vão agora dizer agora esses países europeus?

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  2. 27 Janeiro, 2009 10:43

    Não há inocentes nem culpados. António Vitorino ontem explicou que há três categorias de prisioneiros em Guantánamo que, salvo erro, são: os já julgados e condenados, os com julgamento em curso (julgamentos agora suspensos pelo Obama) e os que ainda nem sequer foram acusados. Estes últimos, quasi todos yemenitas, por razões que desconheço, serão presos se voltarem ao país de origem.

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  3. Francesco permalink
    27 Janeiro, 2009 10:56

    Não é uma questão de aplicação de justiça ou de DH. É uma questão de desacreditar e envergonhar os USA.

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  4. Mentat permalink
    27 Janeiro, 2009 10:59

    “Parece que um dos critérios dos países europeus para receberem presos de Guantánamo é a inocência.”

    Se assim é, não sei porque é que só agora o dizem.
    Parece que há por lá uns 50 que os americanos já disseram há muito tempo que eram inocentes, mas que não saiem de lá, porque não tem para onde ir.
    .

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  5. Mentat permalink
    27 Janeiro, 2009 11:10

    Outra coisa que não percebo.
    Se a Europa só recebe inocentes quer dizer que os EUA podem fazer o que quiserem com os culpados?
    E quem é que decide quem é culpado e quem é inocente?
    Os militares dos EUA?
    As coisas que me afligem…
    Como se não houvesse mais nada com que me preocupar.
    .

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  6. Mentat permalink
    27 Janeiro, 2009 11:17

    Pode ser estranho da minha parte, mas a verdade é que a Suécia e a Austria é que tem razão.
    O problema foi criado pelos EUA, eles que o resolvam.
    Uma coisa tenho a certeza, com tanto “humanismo” à solta, deve haver muito desgraçado no campo de batalha, que se calhar sobreviveria e seria recuperável, se fosse detido, mesmo sem todos os seus “direitos” garantidos e que agora se deve tornar uma “baixa”.
    .

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  7. Filipe permalink
    27 Janeiro, 2009 11:18

    Porque razão a Europa deverá receber seja quem for? Inocentes ou culpados. A europa é que criou a base de Guantánamo? A Europa é que os foi buscar ao Afeganistão?

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  8. hora-porra permalink
    27 Janeiro, 2009 11:23

    principios, meios, fins e afins
    “la solita cagata”

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  9. Francesco permalink
    27 Janeiro, 2009 11:26

    E o Chavez não quererá receber algum desse pessoal de Guantanamo? Ou mesmo o Castro de Cuba (fica mesmo ao lado)?

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  10. anónimo permalink
    27 Janeiro, 2009 11:32

    Se esses países estivessem à altura dos seus princípios, estariam dispostos a receber todos os presos de Guantánamo, porque todos eles são inocentes até prova em contrário

    Se esses paises estivessem a altura dos seus principios, nao estariam dispostos a receber presos de Guantánamo qualquer eis que fosses inocentes ou nao.

    E se nesta altura ainda nao conseguirao em Guantanamo averiguar quais sao os inocentes dos culpaveis, entao…

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  11. 27 Janeiro, 2009 11:44

    Já pensaram se os EUA receberiam os prisioneiros retidos ilegalmente por um qualquer país europeu ?

    A maneira mais “correcta” de resolver a questão é os EUA recolocarem cada prisioneiro no local do país onde o capturou.

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  12. Mula da Comprativa permalink
    27 Janeiro, 2009 11:48

    No “NADA CONTRA A NAÇÃO” de outrora não caberiam os traidores que gritaram “nem mais um soldado para as colónias” e que agora nos inundam de pobres e terroristas que é para o zé povinho com o desassossego nem ter tempo para pensar na enrabadela que os “democratas” e “humanistas” lhes andam a fazer.
    Uma das despesas do Estado que deveria ser profundamente reduzida era a dos “diplomatas” que na sua maioria só nos andam a arranjar chatices e despesas e a passar uns belos tempos de férias pagas pelo erário público.Com o tamanho reduzido, com a insignificância dum país em falência, que qualquer macaco injuria deveriam ser reavaliadas as representações diplomáticas existentes e os seus actores piores, como o caso da Sra Ana Gomes metidas na reforma…

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  13. Luís Lavoura permalink
    27 Janeiro, 2009 12:14

    Exatamente, é isso mesmo: todos eles são inocentes até prova em contrário.

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  14. caramelo permalink
    27 Janeiro, 2009 12:15

    blablabla… continuamos sem perceber o que pensa o João Miranda sobre Guantanamo.

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  15. Mula da Comprativa permalink
    27 Janeiro, 2009 12:34

    ESTES INOCENTES JÁ ANTES LIBERTADOS DA “TORTURA”:
    WASHINGTON (AFP) — Two men released from the US “war on terror” prison at Guantanamo Bay, Cuba have appeared in a video posted on a jihadist website, the SITE monitoring service reported.

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  16. João permalink
    27 Janeiro, 2009 14:07

    Se estão efectivamente inocentes, não há qualquer razão para virem para a Europa. Podem ser recambiados de imediato para os seus paises de origem. A Diplomacia europeia continua a dar uma péssima imagem do que efectivamente vale.

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  17. caramelo permalink
    27 Janeiro, 2009 15:43

    Ó João, não sei se já se apercebeu, mas o problema de Guantanamo não é exactamente a “diplomacia europeia”… eu acho óptimo e muito sensato que a Europa só aceite recolher inocentes, se é que é essa a verdadeira história. Os States que se amanhem e decidam quais, afinal, são inocentes e culpados. Fair enough?

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  18. 27 Janeiro, 2009 16:30

    Mas isto está a ser uma óptima oportunidade para Portugal liderar mais um processo humanitário, como está a acontecer. Descobrimos a nossa vocação: asilo de todos os párias e desprotegidos do mundo. Era bom que nos preocupassemos com os nossos desprotegidos, o que não temos sido capazes de fazer com alguma eficiência. E com a nossa segurança que anda pelas ruas da amargura. Não damos conta do nosso recado e estamos tão preocupados com os outros!

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  19. JoaoMiranda permalink*
    27 Janeiro, 2009 16:32

    ««eu acho óptimo e muito sensato que a Europa só aceite recolher inocentes»»

    Mas o ponto de vista da Europa não é susposto ser que não existem culpados até haver um processo que respeite os princípios que a Europa defende? Como é que sem esse processo se distinguem os culpados dos inocentes?

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  20. caramelo permalink
    27 Janeiro, 2009 16:45

    João Miranda, mas a questão é exactamente essa. Os europeus, esses empata-fodas cobardolas, que têm a mania que é necessário um processo legal claro para decidir quais são os inocentes e os culpados, devem estar à espera que os americanos se decidam sobre isso. Lá que é preciso ter lata, é.

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  21. OLP permalink
    27 Janeiro, 2009 16:54

    Cuba e Castro ali mesmo ao lado?
    Porra mas para aí os “inocentes” é não querem ir porque supõem que na prisa do lado de lá da baía será seguramente pior e nunca terão os “europeus” a “gritar” por eles.

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  22. anti-liberal permalink
    28 Janeiro, 2009 04:52

    #12
    Reforma mas descontando o que já meteram na algibeira – ou noutro sítio…

    #13
    Pois. Estão todos inocentes até prova em contrário. Mas a gente já tem cá muitos gandulos daqueles e ninguém os põe na ordem.

    #16
    Exactamente.

    #19
    Parece que você está muito confuso.

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