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Quem é responsável?

12 Março, 2010

Ninguém. Foi o bullying …

Os educadores portugueses descobriram um novo conceito, suficientemente plástico e indefinido, para justificar tudo aquilo que corre mal nas escolas: o bullying.

Qualquer caso de violência é diagnosticado como um caso de bullying, mesmo que parte da informação seja falsa, exagerada ou enviesada. Mesmo que os detalhes do que aconteceu não sejam conhecidos. Os pedopsiquitras são de imediato chamados à televisão onde elaboram sobre bullying dizendo que a culpa é de todos, que os agressores também são vítimas e que só com muito amor, muita dedicação, muito moralismo e muitos pedopsiquiatras é que o problema se resolve. Mas foi este um caso de bullying (o que quer que isso seja)? Ah, se calhar não foi …

70 comentários leave one →
  1. Jorge permalink
    12 Março, 2010 09:58

    O Miranda quer dizer queo os culpados são o Sócrates & cia

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  2. Anónimo permalink
    12 Março, 2010 10:45

    E o que acontece nos verdadeiros casos de bullying é exactamente o contrário. Actos continuados sobre uma mesma pessoa são vistos como actos isolados. É mais fácil e cómodo.

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  3. Portela Menos 1 permalink
    12 Março, 2010 10:45

    e JM tem informação adicional que possa ajudar a entender/resolver este problema do puto que morreu?

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  4. Portela Menos 1 permalink
    12 Março, 2010 10:46

    ou é só essa moda do politicamente incorrecto contra a “engenharia social”?

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  5. Critico permalink
    12 Março, 2010 10:51

    “Os educadores portugueses descobriram um novo conceito, suficientemente plástico e indefinido, para justificar tudo aquilo que corre mal nas escolas: o bullying.”

    Essa frase diz tudo,é fácil de atabalhoadamente colocar tudo com a mesma etiqueta,para o exercito de psicólogos,sociólogos e eduquezes fazerem o seu trabalho,naturalmente de ilibar o presumível agressor e “cagar” na vítima.
    Esquecem-se que um dos principais factores que influência “o que está mal na escola” é a própria leviandade e ausência de valores na sociedade muito tida em conta por estas milícias paladinas de causas hipócritas.

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  6. 12 Março, 2010 11:10

    quem é responsável? é também a ideologia do se não podes bater os outros, bate noutros… também estes valores têm criado muita confusão nos valores transmitidos nas famílias onde a frustração é superada pela violência, seja ela bulingue, uliganismo ou violência doméstica… e o que fazem os responsáveis nas escolas ou nos tribunais? abafam ou olham para o lado!… e depois é a escalada contínua!…

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  7. Fartinho da Silva permalink
    12 Março, 2010 11:18

    Caro João Miranda,

    Fico muito satisfeito por ter escrito este post, concordo em absoluto.

    A “escola” pública e os “professores” há muito que deixaram de trabalhar para a transmissão do conhecimento e da cultura duramente conquistados pelas gerações anteriores; hoje trabalham para justificar o emprego de terceiros – o lobby das “ciências” da educação.

    E o que mais me assusta é o facto de uma boa parte da população portuguesa, das “escolas” e dos “professores” ainda não se ter apercebido disto. É assustador, porque sem uma população bem instruída não há economia nem sociedade que resista.

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  8. José permalink
    12 Março, 2010 11:23

    As “ciências da educação” não são ciências porque o conhecimento humano das realidades do comportamento humano, não é científico na acepção da palavra que permite dizer que a biologia o será.

    No entanto, a ideologia dominante ( de uma esquerda difusa, essencialmente) quer-nos fazer crer que assim é. De rerum natura não lhes ensina nada. A natureza das coisas pode ter as suas leis, mas do comportamento humano ainda falta que se descubram as regras gerais e abstractas, pelos métodos científicos.

    Daí, nesta terra de ninguém, quem ganha é o bullying ideológico desses teóricos de pacotilha.

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  9. José permalink
    12 Março, 2010 11:25

    O ISCTE é o sítio do coração das trevas. E é na literatura que podemos entender melhor estes fenómenos. Por isso, o estudo literário dos clássicos e a disciplina do saber humanista pode adiantar alguma coisa. Mas não através da sociologia.

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  10. anónimo permalink
    12 Março, 2010 11:29

    já cá está o iscte, só falta o catinga para começar bullying fight.

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  11. 12 Março, 2010 12:01

    se o famoso, que desconheço, ISCTE, é responsável pela degradação da disciplina e aproveitamento escolar… então como pode ser explicado o comportamento violento fora das escolas? como se pode justificar o que se passou aqui:

    http://www.ionline.pt/conteudo/50594-jovem-19-anos-morre-linchamento

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  12. Observador da decadência permalink
    12 Março, 2010 12:12

    “Os educadores portugueses descobriram um novo conceito, suficientemente plástico e indefinido, para justificar tudo aquilo que corre mal nas escolas: o bullying.”

    Mas que treta é esta? já não se lê primeiro o que se escreve antes de publicar? já entrámos nessa fase? ou é propositada a distorção e manipulação?

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  13. José permalink
    12 Março, 2010 12:39

    O ISCTE é o viveiro desta ideologia autêntica. Só por isso. Mudem a coisa, porque o sítio até foi criado por Marcelo Caetano em 1972 para albergar os descontentes do regime virados para a sociologia que então era quase nada de relevante.

    Cria cuervos…é o título de um filme de Carlos Saura, um dos seguidores desta coisa. Cosca, em italiano significa algo de complexo como coisa, mentalidade, costume, tradição perversa. La cosca, dizem eles a propósito da mafia.

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  14. José permalink
    12 Março, 2010 12:40

    ferreira: hoje não me apetece tratar mal ninguém. Nem um sabujo sequer.

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  15. anónimo permalink
    12 Março, 2010 12:44

    “…porque o sítio até foi criado por Marcelo Caetano em 1972 para albergar os descontentes do regime…”

    o pai da democracia portuguesa criou uma escola para formar a oposição ao regime que não falasse das colónias. este caga é o máximo.

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  16. 12 Março, 2010 12:51

    há muitas coscas, umas coscas destronam outras coscas, e outras coscas virão destronar as instaladas no momento… só espero que não sejam as coscas antigas que venham tomar o lugar das que se têm instalado nos últimos anos… sejamos criativos!…

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  17. José permalink
    12 Março, 2010 12:57

    ferreira: além de ignorante és burro. Olha, passou-me o espírito de quaresma.

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  18. DesconfiandoSempre permalink
    12 Março, 2010 13:04

    O conceito de bullying, contrariamente ao que afirma João Miranda, não tem nada de indefinido, está até muito bem tipificado.

    Bullying, como sabemos, é um anglicismo que entrou no léxico português, à menos de uma década, para tipificar a acção continuada no tempo de actos de violência física e/ou psicológica, com o objectivo de intimidar a vítima, muitas vezes humilhada e roubada dos seus pertences (dinheiro, roupa, telemóveis, etc.)
    Também é verdade que o agressor, pode ele também ser vítima de bullying, e isso é explicável pela desestabilização que a vitimação lhe provoca.
    Até aqui nada de novo, o bullying sempre existiu. Novo, novo, só o “palavrão”
    Era comummente aceite a agressão casual, sem outras consequências, entre indivíduos, mais ou menos, do mesmo tamanho utilizando apenas o corpo
    O que se modificou na agressão física e/ou psicológica, foi o código de honra, o código dos valores. Este tipo de agressão (bullying) passou a ser feito utilizando objectos contundentes e cortantes, pelo agressor individualmente ou em grupo.
    Como a vítima é intimidada, o medo da coacção dificulta a queixa. O bullying é uma situação que passa despercebida muita das vezes, por muito atento que se esteja a este fenómeno.

    Uma das soluções passa pela criação, nas escolas, de um Gabinete de Apoio ao Aluno, que por tratar de assuntos de índole diversa, pode, pela discrição que proporciona, motivar a vítima de explicitar o problema que o aflige e a identificar o(s) agressor(es).

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  19. anónimo permalink
    12 Março, 2010 13:09

    “…além de ignorante és burro.”

    ganda sentensa, decerto fundamentada na volatilização da alma. agora vou ali ao sável de escabeche, inté.

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  20. 12 Março, 2010 13:18

    “O conceito de bullying, contrariamente ao que afirma João Miranda, não tem nada de indefinido, está até muito bem tipificado.”

    A prova que é indefenido são as enormes discussões que tem havido nos comentários, tanto do Blasfémias como do Jugular, sobre o que é bullying.

    E…

    “Bullying, como sabemos, é um anglicismo que entrou no léxico português, à menos de uma década, para tipificar a acção continuada no tempo de actos de violência física e/ou psicológica, com o objectivo de intimidar a vítima…”

    “Era comummente aceite a agressão casual, sem outras consequências, entre indivíduos, mais ou menos, do mesmo tamanho utilizando apenas o corpo…”

    Se eu percebe bem, numa linha o DesconfiandoSempre diz que o bullying é continuado no tempo e, pouco depois, inclui no bullying a “agressão casual”?

    Já agora, tem mesmo certeza que é por estarem “intimidadas” que as vítimas não se queixam? Em muitos casos não será mais por uma questão de “código de honra” interiorizado?

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  21. 12 Março, 2010 13:47

    Bullying a professores

    Professor de Música atira-se ao rio para não enfrentar os alunos

    Colegas e familiares asseguram que o professor participou os casos de indisciplina e que a escola de Sintra terá ignorado as queixas

    http://www.ionline.pt/conteudo/50698-professor-suicidou-se-causa-das-ameacas-dos-alunos

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  22. José permalink
    12 Março, 2010 13:49

    “Uma das soluções passa pela criação, nas escolas, de um Gabinete de Apoio ao Aluno, que por tratar de assuntos de índole diversa, pode, pela discrição que proporciona, motivar a vítima de explicitar o problema que o aflige e a identificar o(s) agressor(es).”

    De preferência com apoio legal, numa lei feita de propósito para se responsabilizarem os membros desse Gabinete. Assim é que o círculo se aperfeiçoa.

    E depois, quem trata do “bullying” não tem desculpa para vir dizer que não sabia de nada. Mas como o bullying é um ” fenómeno complexo” lá irá a responsabilidade, a tal “responsabilidade” ficar órfã como acontece na maioria das vezes.

    Já o escrevi: quem espartilha a responsabilidade, da cabo da solidariedade. Soa a algo conhecido? Olha, soa mesmo? É um slogan da esquerda. E por isso um paradoxo. Mais um em que os mesmos são férteis porque tentam sempre inventar rodas que já existem há séculos.

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  23. José permalink
    12 Março, 2010 13:54

    Dantes a “solidariedade” tinha um nome mais prosaico: “Caridade”. É uma das virtudes teologais. Do cristianismo.

    COmo isso não interessava nada como ideologia, porque era “ópio do povo”, acabaram com o conceito. Como? Através da ridicularização do termo. Lembram-se do célebre Barata Moura, um pseudo-tonto que é comunista ainda nos dias de hoje?

    Em meados dos anos setenta, quando ainda acreditava nos “amanhãs a cantar” ( hoje faz de conta que acredita) cantava “Vamos brincar à cadidadezinha”, aproveitando a embalagem da sátira às velhotas dos cházinhos para atacar a ideia de Caridade.

    Inteligente, este catedrático? Pois dizem que sim e muito.

    Então vejam no que deu…

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  24. 12 Março, 2010 13:54

    Professor suicida-se por não aguentar alunos

    Docente era vítima de bullying na escola onde leccionava. Ministério da Educação abre inquérito urgente
    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/professor-escola-suicidio-bullying-tvi24-ultimas-noticias/1146605-4071.html

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  25. 12 Março, 2010 14:00

    «Na mesma escola do Leandro, também um professor se suicidou há tempos… deve ser do miniclima…»

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  26. 12 Março, 2010 14:14

    A culpa foi do professor que não se desviou da cadeira

    Um rapaz de 12 anos agrediu violentamente um professor, na sala de aula e em frente aos colegas, atirando-lhe com uma mochila na cara e batendo-lhe com uma cadeira nas pernas.
    O professor agredido ficou de muletas e psicologicamente abatido. O aluno agressor continua, impávido e sereno, a frequentar as aulas como se nada se tivesse passado. Se a agressão não fosse notícia, levaria, quanto muito, um raspanete. Nada que o maçasse. Uma vez que a situação foi relatada pelos jornais, haverá a instauração de um processo disciplinar. Uma montanha de papeis terá de ser movida pela directora de turma, que é a instrutora do processo, e simultaneamente a maior castigada nesta situação.
    Durante a fase de instrução serão ouvidas as 15 testemunhas, o agredido, o agressor, os encarregados de educação, o cão, o gato e o periquito do aluno, e ainda o sociólogo, o psicólogo, o animador, e o pedagogo, todos eles da escola, ou caso nela não existam, das delegações do PS ou do BE que estiverem mais próximas. Todos alegarão o mesmo de sempre: o aluno não tem culpa de nada, porque é uma vítima inocente da sociedade capitalista; a agressão não passou de uma resposta a uma ordem opressora; e quem vai para professor tem de saber motivar as crianças, centrar o ensino nos seus desejos e ansiedades, e ter agilidade para se desviar de objectos em movimento. Principalmente mesas, cadeiras e sapatos.
    A instrução irá ainda apurar que, no dia da agressão, o professor corrigiu os testes a vermelho, facto por si só traumatizante para a turma, e se esqueceu de dar os bons dias aos alunos.
    Assim, com os representantes do eduquês em maioria, concluir-se-á que o aluno agressor não pode ser responsabilizado, e que o professor agredido é que não cumpriu com as regras de boa educação. Ao docente ser-lhe-á recomendado que, da próxima vez, seja mais rápido a desviar-se da cadeira e que frequente uma formação para melhorar as suas competências de relacionamento inter-pessoal.
    http://www.lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/03/culpa-foi-do-professor-que-nao-se.html

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  27. 12 Março, 2010 14:30

    vergonha
    Incompreensível que o Ministério só abra o inquérito sobre o caso do professor que se atirou da ponte no dia 9 de Fevereiro depois de o caso chegar à comunicação social.
    http://www.31daarmada.blogs.sapo.pt/3833111.html

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  28. 12 Março, 2010 14:33

    «Docente era vítima de bullying na escola onde leccionava»

    Eu li essa noticia e, sinceramente, não me parece que ele fosse vitima de bullying (mas, como diz o JM, é o tal conceito plástico e impreciso) – pelo menos no sentido mais usual da palavra, acho que bullying seria se ele fosse preseguido por outros professores.

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  29. Critico permalink
    12 Março, 2010 15:04

    Eu afirmaria que hoje em dia ser professor ainda é mais perigoso que domar animais selvagens, expostos a todo o tipo de alunos incluindo os animalescos,e como os ditos acabam por ser rotulados de “vitima” caso algum professor perdesse a paciência,pronto não tem seguro,e basicamente estão a jeito a todo o tipo de ideias que passem pelas mentes férteis destes pequenos “animais”.
    Estes mesmos tem a sua protecção garantida por tratadores (psicólogos e matilha limitada), sabem que tem costas largas,se preciso ainda chamam os gorilas lá de casa para defender as suas crias,ou a alcateia,como a escola se transformou num zoo reafirmo o que disse,um professor corre mais riscos que um domador.

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  30. Observador da decadência permalink
    12 Março, 2010 15:20

    Será possível acabar com os absurdos que se acumulam na Escola, desde 25 de Abril de 74? Por mais quanto tempo será a Escola gerida por ignorantes e incompetentes? Quantos analfabetos funcionais e quantos ignorantes serão necessarios em Portugal, para que um qualquer Governo inicie um Plano Nacional para a Educação (desde a creche ao último ano da Faculadde)?
    Quantos?
    Enquanto isso, “discutem-se” e “debatem-se” as parvoíces do actual governo ou as parvoíces dos que mais tarde ou mais cedo o irão substituir. A decadência acentua-se de dia para dia, alegremente, e os seus responsáveis somos todos nós.

    http://www.fernandonobre.org

    FERNANDO NOBRE À PRESIDÊNCIA.

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  31. 12 Março, 2010 15:45

    «Um dos mais graves problemas nas escolas (como o sabemos), é violência psicológica continuada de que são vítimas professores por parte dos fantoches que estão nas direcções das escolas & seu séquito»

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  32. rosa r permalink
    12 Março, 2010 19:56

    Chamem-lhe bullying eu chamo-lhe violência e falta de formação.O problema foi este fosso a que se chegou na educação dos jovens:Ou é porque são eles próprios vítimas de violência em casa, ou são criados como ditadores, não se chama a atenção da criança porque é errado estarmos a criticar o infante, ou se leva uma palmada no rabiosque é considerado violência infantil.No meio claro ainda existem os que são bem formados e conseguem passar pela vida sem prejudicarem ninguém.Ser professor tornou-se, infelizmente um sério problema de segurança e sanidade mental para muitos docentes.De quem é a culpa afinal? Lembram-se da frase “geração rasca”? e esta o que será que lhe podemos chamar?Talvez a geração da liberdade de expressão(embora a adolescente que tanto por ela clamava numa manif há semanas atrás não soubesse o significado…)

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  33. per caso permalink
    12 Março, 2010 19:56

    Coitadas das crianças, das nossas crianças, diz o secratairo da educação da zona Sul, atrás da pedo-psiquiatra, ana vasconcelos, tíbia, burra, incompetente, coitados dos bulls, que são assim, precisam de ser ajudados, pois não sentem. Não sentem, se não lhes dói nada, of course, Já as vítimas, leandros, aquele professor, aquele outro desgraçado travesti brasileiro dos rapazes das oficinas de san josé, no Porto, que ao menos tiram a lição da vida, pois sentem. E esta gente educadora merecia era uns puxões de orelhas, de uns bofetões nas nalgas, nas bentas, a ver se não sentiam, por igual, a tortura de amarais gonçalos, a a dor de tantas e tantas vítimas.

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  34. 12 Março, 2010 21:19

    Sintra: «A direcção parece que tem medo»

    Rui (nome fictício) saiu da escola EB 2/3 de Fitares porque já tinha sido ameaçado e assaltado. Lembra-se vagamente do professor Luís, «um muito quietinho»

    Rui (nome fictício) já saiu da escola EB 2/3 de Fitares, onde leccionava o professor de música que se terá suicidado na sequência de maus-tratos dos alunos. Saiu há dois anos, quando já não aguentava mais.

    «A escola tem professores, funcionários e instalações excelentes. Só que o ambiente é péssimo», desabafou ao tvi24.pt, enquanto tentava recordar o professor Luís: «Não me lembro muito bem dele, era um professor muito quietinho…»

    O jovem de 17 anos conta que sofreu várias «ameaças» de outros alunos e que «só não chegaram a violência» porque a sua mãe foi falar com «eles». «Não valia a pena ir falar com a direcção [da escola]…», acrescentou.

    Uma vez, recorda, «uma aluna atirou uma cadeira a uma funcionária». «Não fizeram nada», lamenta Rui. «A direcção parece que tem medo deles», completa. «Eles», segundo o ex-aluno de Fitares, são de «um bairro problemático» que se situa perto do estabelecimento de ensino.

    E como são «eles» no dia-a-dia? «São violentos, muito violentos. Na atitude, na maneira de falar. Não têm respeito por ninguém», acusa.

    O pai de Rui, de 52 anos, conta que, quando o jovem foi assaltado, chegou «a fazer duas esperas à porta da escola para os apanhar». «Mas não consegui. Felizmente a polícia apanhou-os depois», disse ao tvi24.pt.
    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/escola-sintra-fitares-professor-suicidio-tvi24/1146820-4071.html

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  35. 12 Março, 2010 21:25

    Quem é responsável?

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  36. 12 Março, 2010 21:26

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  37. 12 Março, 2010 21:27

    29 #

    “Estes mesmos tem a sua protecção garantida por tratadores (psicólogos e matilha limitada)”

    E eles apercebem-se disso e manipulam essa matilha com uma perna às costas. À frente da psicóloga são uns santos, e fingem-se empenhados, depois nas aulas viram aquilo do avesso. Culpado? O professor que não motiva as crianças.

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  38. per caso permalink
    12 Março, 2010 21:39

    O professor de música, de música, que só alunos sensibilizados, desejosos de aprender, realmente, haviam de frequentar, após enxovalhos, humilhações, lá sabe deus e uns bulls putos, participou sete vezes (7x) à direcção da escola, queixoso, que era de mais, não aguentava, e diz o sacratairo da educação da zona Sul, um parvolhote, que o dito prof era algo débil, digno de atirar-se da ponte Salazar, que dizem 25 de Abril, actualizada a Lurdes Rodrigues ministra e seu primeiro Sokas. Assassinos, a precisar de ajuda, com esta escola, enquanto o povo, burro, lá sinta.

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  39. DesconfiandoSempre permalink
    12 Março, 2010 22:51

    20.Miguel Madeira disse
    12 Março, 2010 às 1:18 pm
    “Era comummente aceite a agressão casual, sem outras consequências, entre indivíduos, mais ou menos, do mesmo tamanho utilizando apenas o corpo…”

    Se eu percebe bem, numa linha o DesconfiandoSempre diz que o bullying é continuado no tempo e, pouco depois, inclui no bullying a “agressão casual”?

    Não percebeu, e está a tirar conclusões baseadas em afirmações que não escrevi.São dois parágrafos, com referências díspares:
    1. o primeiro refere-se a um agressão casual,com código de conduta, que sempre houve e haverá.
    2. o segundo, mais grave, sem código de conduta, resultante de agressão continuada (bullying)e por isso muito mais preocupante.
    A ilacção de tipificar como bullying as situações 1. e 2. é sua.

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  40. 12 Março, 2010 23:05

    «São Violentos, Muito Violentos»

    Testemunho de um ex aluno normal da escola de Fitares, onde se suicidou o Professor Pedro Carmo:

    Rui (nome fictício) saiu da escola EB 2/3 de Fitares porque já tinha sido ameaçado e assaltado. Lembra-se vagamente do professor Luís, «um muito quietinho»

    Rui (nome fictício) já saiu da escola EB 2/3 de Fitares, onde leccionava o professor de música que se terá suicidado na sequência de maus-tratos dos alunos. Saiu há dois anos, quando já não aguentava mais.

    «A escola tem professores, funcionários e instalações excelentes. Só que o ambiente é péssimo», desabafou ao tvi24.pt, enquanto tentava recordar o professor Luís: «Não me lembro muito bem dele, era um professor muito quietinho…»

    O jovem de 17 anos conta que sofreu várias «ameaças» de outros alunos e que «só não chegaram a violência» porque a sua mãe foi falar com «eles». «Não valia a pena ir falar com a direcção [da escola]…», acrescentou.

    Uma vez, recorda, «uma aluna atirou uma cadeira a uma funcionária». «Não fizeram nada», lamenta Rui. «A direcção parece que tem medo deles», completa. «Eles», segundo o ex-aluno de Fitares, são de «um bairro problemático» que se situa perto do estabelecimento de ensino.

    E como são «eles» no dia-a-dia? «São violentos, muito violentos. Na atitude, na maneira de falar. Não têm respeito por ninguém», acusa.
    in:
    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/escola-sintra-fitares-professor-suicidio-tvi24/1146820-4071.html

    São estes “meninos”, estes bandidos filhos de bandidos, que mandam hoje nas escolas, de norte a sul do País. Porquê, não se sabe…

    Uma mãe de um dos alunos [da escola] acabou de dizer na RTP1 que esta notícia era bullying sobre os alunos, que nem tinham conseguido fazer hoje um teste. Coitadinhos…
    http://www.insignificanteirrelevante.blogspot.com/2010/03/sao-violentos-muito-violentos.html

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  41. 12 Março, 2010 23:09

    Alguém Que Dê A Cara E O Nome Sem Medo

    Neste caso a colega Filomena Ventura da EB 2/3 D. Pedro II. Só é pena que mais ninguém se chegue à frente e revele mais sobre as boas práticas da gestão disciplinar naquelas paragens.

    Porque, no fundo, o caso descrito até é exterior à escola. O problema é que, depois, a nível interno, restam as romarias sorridentes ao Conselho Divertido.

    Mas o que interessa é que os docentes entreguem os OIzinhos a tempo e horas, não é?

    E quem nem piem, correcto?

    Problemas em escola da Moita começaram com aluno violador, alertam professores
    A instabilidade que se abateu sobre a escola D. Pedro II, na Moita, não começou na segunda-feira, com a agressão de um aluno de uma turma de currículo alternativo a um professor. Os problemas começaram uma semana antes, depois de a GNR ter ido à escola buscar um aluno de 14 anos suspeito de ter violado uma mulher.

    Docentes contactados ontem pelo DN admitem que o facto de agentes da GNR terem entrado na escola, dia 2 deste mês, para identificarem um outro menor suspeito de ter violado uma mulher de 20 anos nas imediações da escola, deixou marcas negativas. Sobretudo entre os jovens considerados mais problemáticos. É que o rapaz regressou à escola no dia seguinte “como se nada se tivesse passado”.

    A sindicalista Filomena Ventura, professora de Educação Especial na escola da Moita, foi a única docente a não pedir anonimato, justificando que entre os alunos mais problemáticos da escola “não será fácil perceber o que é responsabilidade quando um colega é levado pela GNR e no outro dia se apresenta na escola de mochila para ir às aulas”, admite a dirigente sindical, reportando-se ao caso do menor que é suspeito de violação.

    Para os professores, este episódio terá precipitado a agressão que, uma semana mais tarde, o aluno infringiu ao docente. Segundo os mesmos relatos, o jovem terá pensado que seria “desresponsabilizado” do seu acto.

    Aliás, há professores que falam mesmo num clima de tensão permanente durante os 90 minutos que duram as aulas da turma de currículo alternativo frequentada pelo agressor.
    http://www.educar.wordpress.com/

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  42. portela menos 1 permalink
    12 Março, 2010 23:49

    9.José disse
    12 Março, 2010 às 11:25 am

    essa fixação com o

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  43. portela menos 1 permalink
    12 Março, 2010 23:51

    9.José disse
    12 Março, 2010 às 11:25 am

    essa fixação com o ISCTE só pode ser doença e deve requer tratamento.

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  44. portela menos 1 permalink
    12 Março, 2010 23:56

    dis josé:
    (…) O ISCTE é o sítio do coração das trevas (…)

    este homem precisa de sair, tomar ar, olhar o mar, beber uma cerveja, sobe pena de se tornar mais uma vitima da “engenharia social” do ISCTE!

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  45. 13 Março, 2010 00:09

    Semearam ventos…

    Maria de Lurdes Rodrigues passou cinco anos a paulatinamente minar a autoridade dos professores e a destruir a Escola.

    Criou um Estatuto do Aluno do Ensino Básico que é um monstro burocrático que esmaga os professores com papeis e mais papeis, esquecendo que estes têm de estar disponíveis para os seus alunos.

    A Escola e quem lá trabalha estão desmotivados, sem rumo, sem forças, nem entusiásmo. A comunidade educativa arrasta-se penosamente e a pequena, e grande, indisciplina encontram o terreno fértil para prosperar. As medidas que agora apressadamente se estão a tomar só são paliativos.

    Como diz o ditado popular “quem semeia ventos, colhe tempestades” e agora vamos começar a pagar com juros o que essa “senhora” semeou!
    http://www.soucontraacorrente.blogspot.com/2010/03/semearam-ventos.html

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  46. 13 Março, 2010 00:11

    Quem é responsável?

    Ninguém. Foi o bullying …

    as “ciências da educação” e as “pedagogias modernas” destruiram Portugal. Portugal transformou-se num lugar populado por brutos, corruptos e mafiosos, educados nas escolas públicas sob a lei do silêncio e a brutalidade dos mais fortes, que rapidamente passam de “jovens com problemas” a “capos” mafiosos e violentos. Para mudar Portugal (ou muda ou desaparece: a longo prazo não existe meio termo) vão ser precisas medidas fortes e contudentes, que não deixem qualquer margem para os brutos continuarem a impor as suas leis e o seu regime de terror. Há gente das “ciências da educação” e das “pedagogias (“psicologias” e outras “ciências humanas”…) modernas” que são os verdadeiros responsáveis pelo estado de brutalidade extrema a que o “reino” chegou. Deveriam ser detidos e julgados em Tribunal Marcial…
    http://www.criticademusica.blogspot.com/search/label/Portul%C3%A2ndia

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  47. 13 Março, 2010 00:16

    quem é responsável? mas num país de cobardes ninguém é responsável!… todos muito fortes em comentários e postas de blogosferas ou à mesa dos cafés, mas face à realidade nada… só diarreia!…

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  48. 13 Março, 2010 00:24

    João Trocado da Mata.
    Secretário de Estado da Educação.
    Quarenta anos (…)
    Sociólogo.
    ISCTE
    http://www.cies.iscte.pt/en/investigadores/ficha.jsp?pkid=155

    Ex-Director geral responsável pelas Estatísticas do ME e “magalhães”, de MLR

    http://www.sg.min-edu.pt/faq2005_02.htm

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  49. 13 Março, 2010 00:28

    José Alexandre da Rocha Ventura Silva.

    Secretário de Estado Adjunto e da Educação
    Das “Ciências da Educação” da Universidade de Aveiro

    www2.dce.ua.pt/docentes/ventura/curriculo.asp

    Ex-Responsável pela Comissão Coordenadora Avaliação Professores (5 de Outubro), de MLR.

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  50. Anónima33 permalink
    13 Março, 2010 00:40

    O bullying não é assim um conceito tão plástico quanto pareça. É a palavra que tem grande dificuldade de tradução em português.
    “Um aluno está a ser provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e, ao longo do tempo, a acções negativas da parte de uma ou mais pessoas.” Olweus (1991,1993,1994), para nomear um autor.
    Essa acção negativa pode ser física, psicológica ou sexual.
    O bullying pode ser conduzido por um indivíduo (provocador ou agressor) ou por um grupo e a vítima também pode ser ela própria um indívíduo ou um grupo.
    Há critérios para o definir: intencionalidade do comportamento (quando tem por finalidade provocar mal-estar e ganhar controle sobre outra pessoa); repetição (não é ocasional nem isolado, mas crónico e regular). Nas dinâmicas do bullying há desequilíbrio de poder. Ou seja: alguém mais forte, que vê na vítima um alvo fácil. Dito de outro modo ainda: quando, por exemplo dois alunos da mesma idade ou tamanho se envolvem numa discussão ou briga, isso não é bullying.
    Que depois a política instrumentalize o conceito para vitimizar quem mais lhe interessa,e que o João caia na ratoeira, isso é toda uma outra história. Mas não se diminuam saberes que demoraram muito tempo a adquirir e podem ajudar-nos a todos a construir não só escolas melhores, como as sociedades onde elas se inserem!
    Não se iluda: se é verdade que a violência não pode ser concebida exclusivamente como um processo de ” fora para dentro”, mas também como algo possivelmente gerado no próprio interior da dinâmica escolar, também não o é menos que ela não pode ser dissociada da problemática da violência presente na sociedade em geral.
    O João faça o seguinte: quando se cruzar no elevador com o vizinho que até leva os seus dois filhos pequenos pela mão, troque o silêncio por um belo sorriso e diga-lhe um boa noite cordial. Está seguramente a contribuir para um modelo saudável de educação.
    Os adultos são quem tem a autoridade. Eles devem exercê-la. Às vezes só não sabem…

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  51. Anónima33 permalink
    13 Março, 2010 00:44

    *… sabem como.

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  52. 13 Março, 2010 01:02

    Bullying Institucional.Poderia ser a caracterização mais rigorosa da acção da equipa anterior do ME (mais o seu ditoso primeiro) sobre a generalidade da classe docente. Sei que é um aproveitamento fácil do contexto actual, mas, que diabos, apetece por uma vez dar o nome à obra…
    In, http://www.educar.wordpress.com/

    Não aplaudiram e continuam a aplaudir A CORJA?

    Os professores estão fartos de AVISAR.

    Ninguém na sociedade portuguesa está excluído das consequências do que se passa nas Escolas portuguesas. ninguém.

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  53. 13 Março, 2010 01:05

    Reveja-se este post, com os comentários

    http://www.blasfemias.net/2010/03/07/tragedias-anunciadas/

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  54. 13 Março, 2010 11:07

    Tenho imensa pena do meu colega suicidário. Por vezes, para todos, as dores profissionais docentes são enormes porque são dores de parto. Não é à toa que o meu lema profissional tem sido e sempre será: «Educar é fácil porque educar é amar. Amar é que é difícil.» Enormes são também as horas de gratificação e sublime, numa sala de aula bem dominada. Provavelmente, nele, no colega-cadente, fez toda a diferença a sua desconfiança em relação ao suporte e apoio que o corpo docente de que fazia parte lhe proporcionaria. Não confiaria, porventura, do que dali viesse. Clima cortante. Tricas. Murmurações. Rivalidades frívolas. Bizantinices cretinas. Isolava-se, portanto, e tão estanque o fazia que não dividiu as suas angústias com ninguém, sossegando. Não partilhou o seu calvário com ninguém, aliviando o fardo. A bem ou a mal, alguém poderia esculpir naquela turma-tormento a justa faceta amável e humana, digna de respeito, de tal infeliz docente-cadente. Doente. Os selváticos e insolentes meninos para com ele poderiam recuar, se apertados por uma malha cúmplice e actuante. A Escola outra coisa não é que espaço privilegiado para dádiva de si, do melhor de si, apesar das distorções urdidas por um Estado que abriu a Caixa de Pandora do estigma sobre o professor, a Porta ao Insulto ao professor, a Janela ao Desprezo do professor, enfraquecendo tudo o mais A Escola outra coisa não é que comunidade de vida, de afectos, de conflitos e sorriso. Cresce-se ali. Salvam-se corações e destinos ali. Urge interagir. Fazer parte. Ser para os outros. Nada mais redentor que afectos, que relativizar-se a si mesmo e ser UM com os demais. Florir. Nada se perde do que se investe em tal Âncora de Vida, a Escola! O que se ganha é incomensurável.

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  55. Anónima33 permalink
    13 Março, 2010 12:05

    Para pensar o Homem, a sociedade e, por arrasto também a escola, relembro Soi-Même Comme un Autre, desse grande filósofo que foi Paul Ricoeur.

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  56. enrabado pelo bullie permalink
    13 Março, 2010 12:38

    «Ainda o fantasma de Maria de Lurdes Rodrigues, como gangrena inoperável do Tecido Educacional Português»

    Sou uma pessoa pouco dada a falar de doenças: prefiro o Sol, o Mar, a Música e as Artes.
    Só o saber que vou ter de reinvocar aqui o nome de Lurdes Rodrigues é para mim penoso, mas a noite obriga-me, por dever de cidadania, a fazê-lo.

    Se me perguntassem quem contaminou, e destruiu, para sempre, o nosso Sonho Europeu, eu responderia, Aníbal Cavaco Silva.
    Se me perguntassem quem escolheria para epígrafe de uma futura crónica dos Anos Negros do Chavismo Socratista, eu escolheria Lurdes Rodrigues, o busto da ignomínia de todo este período.

    Desde Cavaco, a família tradicional degenerou numa coisa, em forma de alforreca, que inclui, invariavelmente, um drogado, um desempregado de longo curso, um gajo com costumes sexuais exóticos, e muitos rendimentos obtidos na Economia Paralela. Com o tempo, ou seja, com o Socratismo, depois de uma breve deriva guterrista, que foi o Ovo da Serpente, todos se converteram em pensionistas antecipados, alcoólicos, divorciados e proxenetas do Estado.

    Um belo dia, por desfastio, resolveram pôr os filhos na Escola.

    Como Foucault dizia, e muito bem, o Sistema de Ensino apenas tende para cristalizar as assimetrias culturais e económicas, fazendo com que os mais miseráveis perpetuem os seus miserabilismos, e os mais ricos, o vazio da sua pobre riqueza. De quando em vez, é certo, há um talento, que dá um chuto no Sistema, e, então, faz-se História, mas, pelo meio, perderam-se gerações, e o “Titanic” rasgou-se ainda mais, na ponta do seu icebergue.

    Eu sei que o tema não me agrada, e também não é ingenuamente que a Comunicação Social vem agora desenterrar, simultaneamente, um suicídio de um aluno perseguido, e de um professor acossado, mas eu posso aproveitar a boleia, e dizer o que me apetece, e não o que lhes convem, e vou fazê-lo, embora sem grande vontade.

    Há muito que defendo a existência de uma Carta de Procriação, tal como existe a Carta de Condução: ou passa-se, ou chumba-se, e há penalizações por pontos. A partir de um determinado patamar, o núcleo macho/fêmea é, pura e simplesmente, impedido de se reproduzir, e de lançar mais ruído humano, numa sociedade, já de si, traumatizada.
    Uma larga faixa de Portugueses devia ser impedida de ter filhos, por incompetência, inexistência de padrões morais e de condições mínimas de Humanidade, e esta frase é fatal, porque vai colidir com uma das mais perniciosas instituições do Ocidente, a Igreja de Roma, coio de criminosos cúmplices do latrocínio, da intimidação, da tortura, de ditaduras, do Nazismo e da Pedofilia, entre outros pequenos luxos.
    Para mim, não-cristão, alheio ao valores do determinismo do casamento, fervoroso combatente contra a procriação a todo o custo, e pagão, de emoções e razões, ponho já aqui o dedo na primeira ferida, porque todas as outras não são mais do que obscenas consequência desta.

    No séc. XXI, a pior forma de poluição é, portanto, a poluição humana, e todos os discursos moralistas e ambientalistas contornam, um atrás do outro, esta frase, como se de um anátema se tratasse. Para mim, pelo contrário, nem é sequer uma hipótese, e antes se trata de um rígido axioma, no qual radica a maior parte dos problemas mundiais presentes.
    Quando quiserem corrigir a crise da Contemporaneidade, comecem por aqui, e enquanto não forem por aí, não contem comigo para nada.

    A Família média, portanto, tornou-se num cancro representativo social, e num obstáculo ao desenvolvimento das sociedades: é o berço e a estufa dos vícios, do vale-tudo, da proveta do desenvolvimento dos pequenos monstros, futuros analfabetos funcionais, estrangulados entre dias inteiros de televisão, jogos de violência, e padrões de relacionamento social infetado de todas as porcarias imagináveis, desde os preconceitos de hierarquização aos lugares comuns do politicamente correto sexual.

    No fundo, e estava agora a recordar a recente história da Madalena e do pombo, coisa que só eu eu ela sabemos do que se trata, que piedade poderei eu sentir, perante um canalha, de 15 anos, que está, à porta da escola, entretido, a torturar um animal, e sente, como um abuso, quando a mão de uma professora, lhe tenta tirar a vítima da mão?
    Objetivamente, se não estivéssemos num mundo que perdeu as defesas, era esbofeteá-lo à antiga portuguesa, com o recado de vai agora contar à tua mãezinha que te partiram, e bem, a cara, à porta da escola.

    O Leandro matou-se, porque a Dona Lurdes, quando começou a apertar os cordões à bolsa, esqueceu-se de que a sua tutela era a forma de todas as almas futuras, e, quando ali cortasse nos gastos, estaria a cortar na própria Civilização, como fizeram todas as culturas, quando entraram no seu típico período de decadência.
    Maria de Lurdes Rodrigues, esse monstro inominável, com as suas hipóstases, o Hipopótamo da DREN, o Caniche Valter Lemos e mais um quantos afins, pura e simplesmente, procedeu ao enterro dos derradeiros vestígios do Iluminismo, trazendo uma Idade das Trevas, que, aliás, já estava prevista no seu sinistro fácies de figura miserável, criada nos meandros de tortura e humilhação da Casa Pia, dos abandonados pelo pai.

    As Escolas, por inerência, e por isso ela as odiava tanto, ainda são retaguardas de pessoas que defendem valores inalienáveis, os tais medalhados da sombra, cujos atos nunca verão a luz, mas que suportaram os embates dos abdómens de infinitos problemas diários. Como dizia o Poeta, há certas crenças e pensamentos que nenhum machado cortará, e isso era insuportável para essa Besta, pré-humana, chamada Lurdes Rodrigues.

    Entre a Família, destroçada, perversa, ou inexistente, e a Cúpula Amoral do Estado, representada por Sócrates, Aníbais, Varas, Pintos da Costa, Júdices, Pedrosos e aberrações semelhantes, havia, e ainda há, uma fina barreira, em forma de filtro, que impediu que a barbárie estendesse a mão de Cima, para encontrar a garra perfilada, de baixo.

    Como um chapéu de chuva protetor, em muitas escolas deste país, o jovem foi simultaneamente protegido do flagelo da Família e da chuva ácida dos maus exemplos do Estado e da Sociedade.
    Para os canalhas, que nos governam, e para os cegos que, como coelhos, procriam, isto é insuportável.
    A gravidade da coisa estendeu-se esta semana à mancha de óleo de outra insuportabilidade: a grande trituradora, posta em marcha por essa não-pessoa, Lurdes Rodrigues, e deixada em roda livre pela medíocre contadora de histórias, Isabel Alçada, começou a minar as suas últimas barreiras protetoras: suicidam-se os alunos, porque a coisa se lhes tornou insuportável, e matam-se os professores, a pretexto de convenientes “fragilidades psicológicas”(!).
    A verdade é, todavia, outra: à falta do “Paraíso” Finlandês e do Pragmatismo Empresarial Americano, onde os gajos, quando se chateiam, agarram em metralhadoras e limpam o cenário, nós, Portugueses, vítimas de uma República decadente, de uma não-democracia cada vez mais explícita e de carrascos dos valores morais, como Lurdes Rodrigues, preferimos, país de poetas, morrer às escondidas, sozinhos, como animais encolhidos num canto, os suicidados de uma nova geração perdida, o clube dos poetas mortos deste miserável Portugal do início do séc. XXI, que será, no Futuro, lido como um dos períodos mais vergonhosos da nossa História.

    (Quarteto de sombras, no “Arrebenta-SOL”, no “Democracia em Portugal”, no “Klandestino” e em “The Braganza Mothers”)

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  57. 13 Março, 2010 13:09

    totalmente de acordo com esta passagem do comentário 56:

    “Não confiaria, porventura, do que dali viesse. Clima cortante. Tricas. Murmurações. Rivalidades frívolas. Bizantinices cretinas. Isolava-se, portanto, e tão estanque o fazia que não dividiu as suas angústias com ninguém, sossegando. Não partilhou o seu calvário com ninguém, aliviando o fardo. A bem ou a mal, alguém poderia esculpir naquela turma-tormento a justa faceta amável e humana, digna de respeito, de tal infeliz docente-cadente. Doente. Os selváticos e insolentes meninos para com ele poderiam recuar, se apertados por uma malha cúmplice e actuante.”

    até diria que a escola é uma grande família e como numa grande família tem de estar atenta aos problemas que se passam dentro dela. por muito eficiente ou ineficiente que seja um ESTADO e as suas hierarquias ministeriais, é a escola e as famílias que têm de estar atentas ao que se passa dentro delas, sob pena de deixar proliferar os comportamentos disfuncionais e a infelicidade dos seus membros.

    muitas famílias, por incapacidades várias incluindo a emocional e cultural, são incapazes de gerir os disfuncionamentos que se vão instalando, deixando os mais fracos entregues a si próprios e a comportamentos delinquentes ou suicidários… nas escolas, pelo nível cultural e de formação dos membros, social e profissionalmente os mais responsáveis, não há desculpa para que, pior que a indiferença ao que se passa fora do exercício estrito do desempenho profissional ainda se instale um clima de intriga e de exclusão de um ou mais dos seus membros… em suma, uma cobardia arrogante!…

    depois não venham dizer que é o ESTADO que tem todas as responsabilidades. com o tempo, o Estado vai ter de optar por exigir responsabilidades às famílias que não exercem os seus deveres de educadoras, como já se faz a nível penal noutros países… e só tem de começar a fazê-lo também em relação às escolas

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  58. 13 Março, 2010 14:02

    Directora escondeu carta a professores

    Luís Vaz do Carmo atirou-se da ponte 25 de Abril. Família alega que não aguentava maus tratos infligidos pelos alunos. Quase todos os dias ambulâncias do Cacém são chamadas a escolas.

    Luís Vaz do Carmo, solteiro, tinha 51 anos. Era professor de Música. Tocava flauta e saxofone. Licenciado em Sociologia, foi jornalista

    Conheça todos os pormenores sobre o professor que se suicidou na edição papel do jornal ‘Correio da Manhã’.
    http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=F3811848-0042-4652-A892-687FABA4895B&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&h=11

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  59. anonimo permalink
    13 Março, 2010 14:14

    o sindicato dos magistrados queixa-se do mesmo, os juízes estão a ter problemas cardíacos e dizem que não é do cozido à portuguesa.

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  60. 13 Março, 2010 14:43

    Na escola do professor que se matou os casos de violência são constantes
    13.03.2010 – 08:49

    Na Escola Básica de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, continua a imperar o silêncio. Mas agora vem acompanhado de apreensão. De ainda mais medo. Muitos docentes olham para o caso do professor de Música que se suicidou e revêem-se no seu desespero. Luís atirou-se da Ponte 25 de Abril a 9 de Fevereiro por não aguentar a indisciplina dos alunos. Não era caso único. Era a ponta de um novelo que, ao ser desenrolado, revela histórias de professores agredidos por alunos e pais. Insultos verbais. O último caso grave aconteceu na semana passada. Uma professora de Educação Visual desmaiou depois de ter sido empurrada pelos alunos. Teve um traumatismo craniano.
    http://www.publico.pt/Sociedade/na-escola-do-professor-que-se-matou-os-casos-de-violencia-sao-constantes_1426893

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  61. 13 Março, 2010 15:04

    Bully Dance…

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  62. 13 Março, 2010 15:26

    esclarecedor de como a confusão está instalada também entre quem deveria estar menos confuso, neste comentário lido neste artigo: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1517940

    “Os professores são educadores mas não são Pais dos alunos. A maior parte dos problemos são da responsabilidade dos Pais que não educam os filhos. No Verão de 2008, pelas 2 horas da manhã, uma Brigada de Trânsito viu um miudo de cerca de dez anos a caminhar pela berma da estrada com um saco na mão. Os Agentes perguntaram-lhe o que levava no saco e para onde ia. Acabou por dizer que se tinha zangado com a mãe e que levava no saco uma almofada e um cobertor e que ia dormir para praia (local ermo). Os Agentes levaram-no a casa. Sabem o que aconteceu? O pai atendeu os Agentes e da janela do 1º andar a mãe começou a disparatar porq1ue ao levarem-no a casa numa viatura da GNR podiam traumatizar o filho. Isto é verdade. PAI MÉDICO – MÃE PROFESSORA”

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  63. 13 Março, 2010 18:07

    como dizia esta senhora, não só a realidade das escolas mudou muito em 30 anos como, só daqui por duas gerações, pelo menos, se vejam mudanças significativas, comparando com as escolas dos países nórdicos, quanto à disciplina e aproveitamento:

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  64. 13 Março, 2010 19:33

    PATOLOGIA grave da “psicóloga”. Novas Oportunidades (!)

    “Em declarações recolhidas por Margarida Davim, no Sol de ontem, junto da psicóloga Helena Sampaio da APAV* (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) pode ler-se:

    Os agressores têm problemas de saúde mental [concordo!], maior probabilidade de se sentirem deprimidos e infelizes [pois, será por isso que tentam que os outros fiquem pior do que eles?], em risco de cometer suicídio [o quê???].

    Ahhhhh…. está tudo explicado. Afinal os potenciais suicidas são os agressores, não os suicidas mesmo.
    http://www.educar.wordpress.com/2010/03/13/o-culto-da-desresponsabilizacao/

    * A APAV é totalmente subsidiada … por nós.

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  65. 13 Março, 2010 19:35

    “Também ontem o director regional de Educação de Lisboa esclareceu que, a par do inquérito aberto na sequência da morte do professor, tudo será feito para ajudar os alunos. ” Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Trata-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar”, defendeu José Joaquim Leitão, que adiantou que contarão com uma equipa de psicólogos. No último ano, a escola obteve uma média 2,95 valores (numa escala que vai até cinco) nas provas nacionais do 9.º ano e ficou no lugar 611 no ranking das escolas. (Público)”

    Sem palavras.

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  66. Zé Povinho permalink
    13 Março, 2010 23:52

    Ninguém. Foi o Zé Povinho …
    O Zé Povinho descobriu um novo conceito, suficientemente plástico e indefinido, para justificar tudo aquilo que corre mal nas escolas: Os professores.
    Qualquer caso de violência é diagnosticado como um caso má formação dos docentes, mesmo que parte da informação seja falsa, exagerada ou enviesada. Mesmo que os detalhes do que aconteceu não sejam conhecidos. O Zé Povinho vai de imediato para a porta das escolas organizando rixas aos professores dizendo que a culpa é das escolas, que os agressores são vítimas e que só em casa é que recebem muito amor, miminhos e dedicação dos Zés Povinhos minimizando assim os seus problemas. Não será esta a realidade da educação em Portugal?

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  67. 14 Março, 2010 00:10

    o governo corleone fartos de pedir a todos os partidos politicos uma investigação ao casino estoril devido ao despedimento de 112 familias não vão atacar o pingo doce que dá trabalho e não despede ninguem será que os corleones do governo mandam tambem nos partidos da oposição digo isto porque não se vê ninguem preocupado com o despedimento no casino estoril que com lucros despede gente.

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