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Saramago

20 Junho, 2010

«O líder bloquista apelou, este sábado, ao Presidente da República para que se faça representar no funeral de José Saramago, esquecendo a «perseguição política» contra o escritor.» Vamos lá ver se nos entendemos:   Um secretário de Estado não incluiu um livro de Saramago numa lista de candidatos a um prémio – bizarro prémio esse cujos escolha dos finalistas depende de secretários de Estado! – como certamente não incluiu centenas de outros potenciais candidatos.  Saramago sempre exigiu (e quase sempre conseguiu)  que o  poder político o tratasse com  veneração coisa que o dito secretário de Estado não fez.  Saramago não foi vítima de censura nem de qualquer perseguição. A única censura aos livros de Saramago foi feita pelo próprio quando censurou as dedicatórias que fizera a Isabel Nóbrega . Do papel de Saramago enquanto censor de jornalistas não creio ser necessário falar mais. Saramago não defendia a liberdade antes pelo contrário apoiava ditaduras e ditadores. Estava no seu direito.  Com tudo isto acho que o Presidente da República devia ir ao funeral de Saramago e não fazer-se unicamente representar. Morreu um português com um reconhecimento importante e como tal a Presidência da República devia marcar uma presença que não se limitasse ao Chefe da Casa Civil.   

Por fim e face ao panegírico instituído da figura de Saramago convém lembrara que ser escrito, pintor, artista não é um certificado de bom comportamento ou de cidadania. Frequentemente é precisamente o inverso que acontece. Meteu-se na cabeça das pessoas, em boa parte por culpa dos jornalistas, que os artistas e intelectuais são pessoas interessantes e cidadãos exemplares. Alguns sê-lo-ão mas muitos não o são. Nem têm de ser. A não ser para os marxistas leninistas que apenas aceitavam a arte e o artista politicamente comprometidos, a arte vale por si. De Saramago ficam os livros. Pessoalmente penso que Saramago vai ter o destino do tão chorado Guerra Junqueiro que hoje ninguém lê e ao certo ninguém sabe quem já quem foi. Sendo que acho Saramago melhor que o Guerra Junqueiro ou que o tão elogiado Torga e muitissimo melhor que uns textos, para livro falta-lhes muito, supostamente jovens e modernos que por aí andam. Saramago não foi um Camões ou um Pessoa. Foi um bom escritor e isso já é muito e não está ao alcance de qualquer um.

98 comentários leave one →
  1. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 11:51

    era uma boa altura para aprender a ler, em vez de dizer asneiras e botar faladura do que não sabe, entende ou desconhece.

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  2. 20 Junho, 2010 11:52

    Morreu a luz, pulverizando a fraga,
    Morreu a poeira, alimentando a seara;
    Morreu a seara, que gerou o trigo;
    Morreu o trigo, que deu vida à carne;
    Morreu a carne, que nutriu desejo;
    Morreu desejo, que se fez pecado;
    Morreu pecado, que floriu em dor;
    Morreu a dor, para nascer o Amor!

    E só o Amor na vida sepulcral
    É infinito e é imortal!

    Guerra Junqueiro, in ‘Poesias Dispersas’

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  3. Sulista farto de ser chulado pelo do norte permalink
    20 Junho, 2010 11:56

    *Pois esta senhora gosta mais da Rebelo coisa e tal…pessoalmente até nem gosto muito do Saramago mas admiro o homem algumas das suas ideias e reconheço que foi um grande vulto da literatura…
    Curioso foi ver o discurso do representante do governo espanhol na Câmara de Lisboa…
    Quanto a não ser lido duvido mas com a mongolândia que vai por cá e que se começa a estender a outros países não me admira que daqui a cem anos só 10 ou 20 por cento da população
    mundial entenda mais do que um livro do tipo Corin Tellado…Helena cresça e arranje homem que isso passa-lhe…

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  4. Sulista farto de ser chulado pelo do norte permalink
    20 Junho, 2010 11:59

    Já viram o que nós poupávamos e eles não fizessem exames e não chumbassem?

    Insucesso sai caro ao Estado
    Chumbos no básico e secundário custam mais de 600 milhões de euros por ano

    Sem apresentar estimativas globais para o impacto económico que o insucesso escolar tem, o exemplo foi dado pela ministra da Educação: “Se o Estado gasta por ano três mil euros com um aluno, quando ele repete vai custar seis mil no ano seguinte”. Ou seja, contabilizando os cerca de 170 mil que chumbaram em 2006/2007 (100 mil no básico e 70 mil no secundário) e multiplicando pelo custo por aluno, chega-se a um valor superior a 600 milhões de euros.

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  5. Eleitor permalink
    20 Junho, 2010 12:12

    Como escritor universal, Saramago fez (e continuará a fazer) mais por Portugal do que Cavaco e similares, todos juntos. Fica na história, Cavaco desaparece (e na sua pequenez mesquinha e provinciana, isto há-de doer-lhe)
    As ausências de Cavaco e Jaime Gama (os mais altos magistrados do País)dizem bem do nível a que chegámos, e são bem reveladoras da importância que as nossas “elites” atribuem à cultura e ao mérito.

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  6. 20 Junho, 2010 12:19

    Muito bem Helena.

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  7. RomRom permalink
    20 Junho, 2010 12:33

    Que tristeza.

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  8. Sulista farto de ser chulado pelo do norte permalink
    20 Junho, 2010 12:39

    Le Vampires

    Toi qui, comme un coup de couteau,
    Dans mon coeur plaintif es entrée;
    Toi qui, forte comme un troupeau
    De démons, vins, folle et parée,

    De mon esprit humilié
    Faire ton lit et ton domaine;
    — Infâme à qui je suis lié
    Comme le forçat à la chaîne,

    Comme au jeu le joueur têtu,
    Comme à la bouteille l’ivrogne,
    Comme aux vermines la charogne
    — Maudite, maudite sois-tu!

    J’ai prié le glaive rapide
    De conquérir ma liberté,
    Et j’ai dit au poison perfide
    De secourir ma lâcheté.

    Hélas! le poison et le glaive
    M’ont pris en dédain et m’ont dit:
    «Tu n’es pas digne qu’on t’enlève
    À ton esclavage maudit,

    Imbécile! — de son empire
    Si nos efforts te délivraient,
    Tes baisers ressusciteraient
    Le cadavre de ton vampire!

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  9. 20 Junho, 2010 12:46

    Faltou o autor
    Beaudelaire

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  10. 20 Junho, 2010 12:48

    ops
    Bau, pas Beau!

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  11. lop permalink
    20 Junho, 2010 12:48

    falando de educação-
    não percebo é por que motivo os professores hão-de ser pagos para corrigirem exames!

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  12. José permalink
    20 Junho, 2010 13:26

    Não é por ser escritor que Saramago concita estes panegíricos e estas reportagens em uníssono. O Público de hoje dá-lhe outra vez meia dúzia de páginas, quase.

    Para mim, o fenómeno é outro: Saramago é dos últimos moicanos do comunismo clássico, a Esquerda verdadeira e que marcou o Portugal destes últimos 30 e tal anos.

    Saramago é um símbolo disso, dessa nostalgia de um passado que teima em não morrer apesar de estar morto há muito.

    O comunismo em Portugal tem uma força que nunca teve noutros países e a culpa é dos primeiros líderes do 25 de Abril de 74. Se em Novembro de 1975 o comunismo tivesse sido ilegalizado como alguns pretendiam e provavelmente com razão antes do tempo, se calhar este epifenómeno saramaguesco não teria qualquer expressão.

    Estão a ver uma coisa destas em França? Em Espanha? Em Itália?

    Claro que não. E é por isso que somos um povo da gaivota da Ermelinda Duarte.

    Acabei de ouvir uma “popular” na TVI a desejar que Saramago esteja junto de Deus. A repórter, diz-lhe que Saramago não era crente, mas a mesma não desarma: Deus perdoa tudo…

    Fica tudo dito com isto.

    Só por último, lamento este espectáculo comicieiro e despudorado das tv´s. Já o considerei aquando da morte de Sá Carneiro.

    É uma autêntica vergonha nacional e que suscita a minha mais profunda repulsa.

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  13. tric permalink
    20 Junho, 2010 13:38

    Portugal está de Luto Nacional por causa de Saramago, porquê!!?? se ele era “Espanhol”…e ainda querem coloca-lo no Panteão Nacional de Portugal lol uma pessoa que dividiu constamente os Portugueses, nomeadamente atacando os Cristãos Portugueses!! esta pessoa tem alguma vez lugar no Panteão Nacional? por acaso, até tem, aquilo que se chama de Panteão Nacional é praticamente um Panteão MAÇÓNICO…é a praticamente o Panteão da Esquerda, praticamente não tem nada de Nacional!!

    mas enfim…ha certos portugueses que pela sua genialidade, ficam, não no Panteão Nacional=Maçónico, mas sim no Panteão da Memória dos Portugueses!!!

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  14. 20 Junho, 2010 13:44

    A “popular” da TVI é realmente simbólica.
    Se calhar este sentimento generalizado e estas páginas nos jornais não têm nada a ver com a religião ou o partido de Saramago.
    Terão mais a ver com o nosso prémio Nobel de literatura e uma obra literária aplaudida em todo o mundo, levando longe o nome de Portugal.
    E sem ser necessário andar aos pontapés na bola.

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  15. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 13:54

    Pior que o Saramago é o Anacleto. Não há cú para aturar essa abécula.

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  16. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 14:40

    #13 – “Estão a ver uma coisa destas em França? Em Espanha? Em Itália?”

    o caga a ver se ultrapassa o peluche. não deves ter visto, nem ouvido ou tampouco lido o que a comunicação social estranja tem passado, da bbc ao nyt, passando pelos comunistas do fígaro e do correio da serra, e olha que não é da malveira. a ministra da cultura espanhola se calhar veio cá à corrida da rtp.

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  17. Anti Socialista permalink
    20 Junho, 2010 14:52

    #13

    Em Itália houve o Pasolini. Era comunista e homossexual. Sabem qual foi o seu destino?

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  18. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 14:56

    Coisa curiosa, todos os que defendem Saramago ou são anónimos e falam rasca, ou ameaçam os que não gostam. Chamam-lhes nomes chulos e taxam-nos de analfabetos. Olha se isto fosse um paraíso comunista! Até os fígados lhes comeriam. Belo exemplo de cultura marxista. Saramaguejante? Ou cultura “religiosa” siberiana?

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  19. zazie permalink
    20 Junho, 2010 15:02

    Junta-se a saloiice ao mito escardalho e só pode dar santinho ateu.

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  20. Batista permalink
    20 Junho, 2010 15:02

    Saramago já foi, depois anoja-me um pais e um governo que eleva um traidor desta natureza a uma espécie de herói nacional, Mário Soares outro conspirador contra Portugal já deve uns anos largos à terra, e o anarquista do Louça podia-lhe passar um comboio por cima hoje que também não se perdia nada.

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  21. José permalink
    20 Junho, 2010 15:09

    “a ministra da cultura espanhola se calhar veio cá à corrida da rtp.”

    Fico impressionado, ferreira. Esmagado.

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  22. Sulista farto de ser chulado pelo do norte permalink
    20 Junho, 2010 15:11

    A coisa actualmente que mais se parece com um patriota é um bosta de vaca seca com sífilis…

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  23. 20 Junho, 2010 15:53

    Que ninguém snife as suas cinzas!

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  24. john permalink
    20 Junho, 2010 16:21

    Enfim, despeito que baste, Saramago revolucionou a escrita e, autêntico poeta da vida, tem esse defeito de agarrar um leitor à primeira e segunda página, para o não deixar mais. Eu tive azar de emprestar exemplar de “O Memorial do Convento”, com dedicatória do autor, a uma cigana colega da Madeira, que nunca mais mo devoveu. Rais parta a cigana, pensou onte e hoje e viva o Saramago, dos maiores entre os primeiros de todos os nossos, que revolucionou a escrita mais que quantos poetas o sonharam, desde e antes já de Marinetti, sem entrave da poetização de toda a vida que lhe enche os livros e é que prende quem, sem maior preconceito nem doentia inveja, parta à descoberta de leitura de si mesmo, hoje e daqui a cem, duzentos anos, enquanto literatura houver.

    Que eu tenho que, rebelde e iconoclasta das regras, Saramago se eleva à altura dos nossos maiores, falando de talento e suor, que em questão de sinceridade e coragem, omo de empenhamento e vivência de vida, tirando o nosso vate, sobraçando páginas de “Os lusíadas” com uma mão, enquanto com a outra nadava, nenhum mais o bate.

    E é esta coragem, esta vivência e sinceridade, mais que a melhor imitação das regras, que prende as pessoas que o lêem, que sentem, como uma bênção, tomar-lhes a voz e o alento. Que sempre há-de haver assim gente, gente boa assim.

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  25. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 16:25

    «« Um secretário de Estado não incluiu um livro de Saramago numa lista de candidatos a um prémio – bizarro prémio esse cujos escolha dos finalistas depende de secretários de Estado! – como certamente não incluiu centenas de outros potenciais candidatos. »»

    Penso que Sousa Lara vetou o livro de Saramago (cortou-o de uma lista) por motivos religiosos. Isso é diferente de não incluir e não aconteceu com centenas de potenciais candidatos.

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  26. JJ Pereira permalink
    20 Junho, 2010 16:31

    Perfeitamente entendível , num país analfabeto, a admiração parola e ignara face a um sub-produto, comercialmente bem sucedido,das multinacionais publicitárias da esquerdalhada.
    Além do mais, ibérico (como o “jamon”) – coisa que não deixou de ser muitíssimo bem utilizada pela gente além – Caia…

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  27. Fátima Moreira permalink
    20 Junho, 2010 16:38

    Olá muita boa tarde, queria apenas dizer algumas coisinhas a certas pessoas, que infelizmente pelos comentarios negativos que têm feito sobre Saramago, associam o Homem , a pessooa, a humildade que lhe é atribuida e que ganhou o prémio Nobel da Literatura, com o PARTIDO que ele escolheu,bem como qualquer um de nós, somos livres de poder escolher , porque o condenam? as pessoas têm que aprender a usar o cerebro para distinguir que uma coisa não invalida a outra.
    Gostaria de saber, se algum de vocês o conheciam como pessoa e não como comunista.
    Existe tanta maldade por este mundo fora,cerebros distorcidos,:( Tenho muita pena:(

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  28. 20 Junho, 2010 16:41

    «a ministra da cultura espanhola se calhar veio cá à corrida da rtp»

    Como espectáculo televisivo foi muito melhor a «corrida da RTP» (que pena não se poderem matar [touros] no Campo Pequeno) que o funeral de Saramago, com o caixão coberto pela bandeira da selecção de futebol da república portuguesa; bandeira por bandeira não seria mais adequada a bandeira da selecção «roja» espanhola?

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  29. 20 Junho, 2010 16:42

    «E é por isso que somos um povo da gaivota da Ermelinda Duarte»

    Para aqueles a quem esta referência, a que o Caro José aludiu, possa passar despercebida ou não ser entendível e para aqueles outros cuja memória só reteve uma versão em vernáculo “pesado” da canção em causa, convido-os a visitarem esta página (tem áudio).

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  30. Reis permalink
    20 Junho, 2010 16:43

    São Homens como o José Saramago que tornam grandes os países pequenos. Devemos-lhe isso, pelo menos.

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  31. john permalink
    20 Junho, 2010 16:46

    #27

    Já o JJPereira,
    como o primo dele jppereira,
    para subprodutos lá têm os discursos
    do António das Botas Oliveira.

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  32. 20 Junho, 2010 17:02

    Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro.

    Citação de Saramago

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  33. Anónimo permalink
    20 Junho, 2010 17:41

    Saramago teria como escritor algumas qualidades, uma vez que se tanta gente em tantos países o leem, e se lhe deram o nobel da literatura, é porque ele o mereceu.
    Mas Saramago escritor, e Saramago pessoa, eram de certeza coisas diferentes. Por aquilo que me foi dado observar de algumas atitudes que tomou, e já nem falo da triste historia do DN, mas do apoio à ditadura de Cuba, e nem uma palavra sobre colegas seus escritores que foram presos por quererem escrever em liberdade, não faz dele de certeza boa pessoa. Ou o apoio que sempre deu ao regime Sovietico, que nunca criticou, antes pelo contrario, onde milhões de pessoas, ao longo de mais de 70 anos, incluindo muitos escritores como bem sabemos, sofreram nos Goulags, e nas masmorras do KGB por quererem ser livres. E como sabemos pelas suas afirmações de fé pelo regime sovietico, Saramago achava bem.
    A obra dele com os meritos que lhe encontram, provavelmente ficará para a posteridade, já o Saramago homem, tenho as minhas duvidas.
    Relembro aqui duas persogens cujas obras ficaram para a posteridade, mas que como pessoas eram execraveis: Hemingway, que tambem foi Nobel da literatura, e Picasso.
    Já li em varios locais que Saramago é o melhor escritor portugues do sec XX; para mim, Aquilino, está uns bons furos acima de Saramago. Mas isso é só a minha opinião.

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  34. 20 Junho, 2010 17:54

    Estou de acordo com a autora do post em quase tudo. Isto é, apenas discordo da parte em que diz que o sujeito era “um bom escritor”.
    A Helena é historiadora, se não erro. O crítico sou eu.
    Aproveito para dizer que a Presidência da República não tinha nada que mandar lá seja quem for e muito menos o chefe da Casa Civil. Ou seja, devia ter deixado a terceiros o exclusivo da hipocrisia, que já estava bem entregue…

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  35. john permalink
    20 Junho, 2010 18:04

    Muito bem, crítico, que me
    parece aqui atrás o JPPereira,
    em ditribe igual de inveja,
    expressar-se assim, dessa maneira.

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  36. 20 Junho, 2010 18:07

    28, Eduarda Moreira

    Para lhe tirar as dúvidas, devo dizer que o conhecia há uns 40 anos (antes mesmo do 25A, portanto) e sempre o achei intratável.
    Quanto à qualidade da sua escrita, já disse atrás o que tinha a dizer.
    Olhe, fixe esta: os mitos passam, o país fica. E o seu querido escritor terá o destino de tantos outros que, não o merecendo, também foram contemplados com o Nobel graças à acção de “lobbies” momentâneos.

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  37. 20 Junho, 2010 18:43

    #28
    Será que vc conheceu pessoalmente o Salazar?
    Já que põe essa premissa para se poder falar dele…..siga o raciocínio.
    Onde foi buscar que Saramago era humilde? só se foi nas origens….
    Amiga Fátima.
    Pessoalmente não posso testemunhar mas através de um amigo íntimo, ex-governante num país africano que se interrogava sobre os “campos de reeducação” promovidos pelo seu partido,em conversa com Saramago se interrogava da humanidade de tais actos. A que Saramago lhe respondeu que era pouco e que as condições (sub-humanas) eram muito boas para “tal gente” e que “povo” não deveria sequer dar-se ao trabalho de os “reeducar”.
    Não sei se entende o que está implícito nas palavras que usei.
    Sei sim que esse meu amigo depressa abandonou a politica e se refugiou como empresário turístico numa ilha.
    Um homem não pode ser apenas a sua escrita, mesmo que essa possa ser o que a gente quiser.

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  38. Meira Soares permalink
    20 Junho, 2010 18:49

    Saramago vai ter, ou já tem, para doze anos de imortalidade.
    Sente-se no que escreveu um ar de pequenez que a certa altura é intragável.Material para jangos boa-bocas como o ignóbil Soares e camarilha afim.
    Como pessoa era um doce alfenim, um querubim…mas em estilo Jdanov. E untuoso quando lhe convinha.
    E aquela de ter censurado o Torga, impedindo-o de ser metido numa antologia, com o pretexto de que era um inimigo de classe? Ou fingem que não sabem?
    Um pequeno esbirro travestido de homem livre. Livre, enquanto os seus colegas metiam as pessoas na prisão, para maior glória do “proletariado”.
    E aquela de ter abandonado por uns tempinhos o Fidel, quando este mandou fuzilar 3 tipos que queriam sair de Cuba? Estava a ficar desmascarado, teve de simular…
    E depois admiram-se os colegas que o consideremos um…genial marxista? Haja deus (ou não haja, carago).

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  39. 20 Junho, 2010 19:31

    No livro “Caim” – último que publicou -, o agora finado escreveu que Deus é um “filho da puta” (sic).
    Tenho para mim que o sujeito se julgava Deus e estava a ver-se ao espelho.

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  40. 20 Junho, 2010 19:54

    Gostaria dizer daqui ao professor Felipe Aquino que José Saramago não é “doutor”, coisa nenhuma. Só podemos considerar José Saramago como “doutor” na medida em que o é um burro carregado de livros. José Saramago não tem uma licenciatura ou qualquer grau universitário que possa justificar o epíteto de “doutor”, e um eventual Honoris Causa não lhe dá a autoridade de facto.

    Saramago foi um jornalista de muito má qualidade porque nunca foi capaz da imparcialidade e da objectividade que distingue a política do jornalismo ― nunca conseguiu o sucesso do distanciamento em relação ao mundo político necessário à busca da verdade que caracteriza o bom jornalista. Se José Saramago nunca conseguiu ser objectivo na sua profissão de jornalista, como podem os livros dele conter um vislumbre de objectividade e de verdade?

    É óbvio que não podemos dizer que todas as pessoas que não tenham uma licenciatura, são naturalmente burras. Porém, com José Saramago, dá-se a infeliz coincidência da burrice se aliar à falta de preparação na área de Humanísticas. José Saramago é burro, e pouca gente ainda se deu conta disso. É um burro a quem correram bem as coisas, o que não é tão invulgar como se pode pensar. Não é por acaso que o burro lança o seu livro “Caim” na cidade portuguesa de Penafiel, que é tradicionalmente conhecida como “a terra das albardas”; não poderia ele anunciar o seu último livro em circunstâncias tão apropriadas.

    A qualidade da sua escrita ― com excepção de um único livro dele que foi publicado nos anos 80, com o título “Viagem a Portugal”, em que ele foi capaz de imitar, no estilo descritivo, o realismo de Eça de Queirós ― é sofrível. A maioria de quem sabe, vê que o rei vai nu mas nada diz para não dessacralizar o Nobel.

    continua no Blog!

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  41. zazie permalink
    20 Junho, 2010 20:00

    Por acaso isso é verdade. Ele era muito ignorante. Demasiado, até, para lhe terem entregue a tradução do Tempo das Catedrais, do Duby que ficou cheio de erros.

    O ateísmo dele era jacobinismo por ignorância. Disso não há literatura nem forcinha que consiga esconder.

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  42. zazie permalink
    20 Junho, 2010 20:03

    Claro que podia ter sido ignorante e inteligente. Mas dificilmente um ignorante em questões que exigem grande domínio teórico pode produzir pensamento literário.

    O ateísmo dele é do mais básico possível. Apenas demonstra que nunca estudou sequer História da Alta Antiguidade.

    E ainda menos a Medieval ou sequer domínio de léxico técnico. As traduções que fez reflectem essa ignorância.

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  43. zazie permalink
    20 Junho, 2010 20:06

    Uma pequena provocação para alguém que por aqui apareceu e não contou outros detalhes que lhe incomodam no Saramago.

    Teve uma virtude- tratou os sionistas como eles precisam- a pontapé.

    E a propósito deste romance do Caim, mandou a boca mais gira que se podia ter mandado, ao bater naquela estranha moral do Antigo Testamento.

    Disse que não tinha sido para ofender os católicos e que se os judeus se enxofrassem, ele se estava nas tintas.

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  44. zazie permalink
    20 Junho, 2010 20:09

    Entupiram todos. Foi mesmo a imagem que guardo dele em directo na tv. Em tom cool a dizer que não era ofensa para católicos e que se os judeus se arrepelassem, era problema deles a que não ia pedir perdão.

    ahahahaha

    E não houve nem católico de papel passado, nem ateuzinho militante que se lembrasse de citar isto. Foi xeque-mate em beleza. Porque nem é guerra Israelo-palestiniana- era treta de tradições de fé e religião.

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  45. fgcosta permalink
    20 Junho, 2010 20:22

    Então as cinzas primeiro eram para ficar na sua oliveira em Lanzarote, depois para ir metade (?) para a Azinhaga e outra para as Canárias, e agora ficam todas em Lisboa??? Que o escritor detestava?
    Diz a inefável Pilar que foi um desejo “nos últimos segundos de vida”? (será influência da linguagem futebolística?).
    Será que as benesses da Casa dos Bicos (fadado nome), os respectivos subsídios e cargos inerentes não têm nada a ver com este alteração de ultima hora, anunciada pelo presidente da câmara?
    Não é estranho o silêncio dos jornalistas sempre tão prontos a levantar suspeitas?
    Não é algo de esperar de alguém que fez mudar o apoio e voto de Saramago ao PCP pelo apoio ao PS a troco da dita casa e fundação? Não será tudo mais um bico?
    FGCosta

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  46. john permalink
    20 Junho, 2010 20:34

    #41

    Dona Palmira,
    senhora, embora,
    deu-se de inveja,
    qual burra histérica,
    por ser doutora.

    De tal sisa
    que até o Homero,
    sem canudo, e o Cervantes,
    como o Camões, ó meus irmões, se
    se envergonharam, num pranto.

    A pedir-lhe, Dona Palmira,
    misericórdia, perdão, nos mande ao
    inferno, se lhe dá jeito, conquanto
    nos poupe a ira, Dona Palmira
    em despeito.

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  47. zazie permalink
    20 Junho, 2010 20:39

    Mas quem é a Palmira candidata a Nobel da literatura que o perdeu para o Saramago, ó Bacci ou lá qual é o nick desta vez?

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  48. john permalink
    20 Junho, 2010 21:02

    #43
    “Mas dificilmente um ignorante em questões que exigem grande domínio teórico pode produzir pensamento literário.”

    Essa é boa, Zazie, a leitura de variada escrita, quanta baste, com domínio das regras a ponto de as subverter todas em nova regra de liberdade e poesia, aliado a uma apurada reflexão do mundo e da vida, não chegam para produzir pensamento literário?

    Curioso que das obras a ler de Saramago, Clara Ferreira Alves ainda ontem, a encimar uma lista das obras a ler de Saramago, apontasse um “Tratado de Pintura e Escrita”, nem de propósito. Mas eu não vejo que um grande livro, romance, drama ou poema, deva incluir regra de ouro de ouro, à Horácio ou Aristóteles, se não Roland Barthes.

    Toltoi não o fez, de minhas leituras, nem Neruda ou o tal Céline, no livro que li dele.

    Me perdoe, contudo, se não li direito. Mas também agora, parece que vale tudo, que a Palmira, Doutora em Física e Matemática, além de de coisas do Além, mais Astronomia, tem certo que quem não foi doutor ou engenheiro não pode escrever verso ou linha para lá de notário, como a dar razão ao nosso Primeiro.

    E já bem eu sabia que a pequena Anne Frank era fraude, aquilo, aquela obra-prima em diário deve-se a algum curador (diga-me um nome qualquer, que seja doutor, de perseguidor de nazis do diabo).

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  49. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:08

    V. acha que alguém pode produzir pensamento acerca de questões que desconhece?

    É apenas isto.

    Pode-se fazer literatura de muita coisa mas, quando se entra em domínios que requerem profundos conhecimentos, não há inteligência que contorne o défice.

    Foi isto que eu disse. Se me demonstrar que tal não é preciso…

    Podíamos até pegar apenas neste último romance Caim. Mas é questão que já foi dita demasiadas vezes.

    Houve até um excelente programa na tv que está por aí linkado.

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  50. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:09

    Mas v. disse que a Palmira é despeitada e eu fiquei intrigada pois não conheço nenhuma Palmira candidata a Nobel que o tenha perdido pelo Saramago.

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  51. zazie permalink
    20 Junho, 2010 21:11

    Mas desde quando esta Palmira é a endemoninhada?

    Esta é um “este” do RIAPA.

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  52. lucklucky permalink
    20 Junho, 2010 21:23

    Cavaco deveria dizer que não vai a funerais de Comunistas, anti-semitas, pró-terroristas e anti-liberdade, ou seja quem precisamente odeia a nossa civilização.

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  53. john permalink
    20 Junho, 2010 22:01

    Finalment, mes amis, en atendant le link, dans l’année 20008, les traductions de José Saramago, portugais superent les 24 titles, queque chose, a mon avis,

    Click to access 4460.pdf

    Eh, eu fui ali ver e que vi?, que de entre os nossos grandes, em 2008, a exemplo, Saramago é dos mais traduzidos, se não mesmo o rei, ó crítico, ó Palmira, ó cara Helena et tous, a mon avis.

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  54. zazie permalink
    20 Junho, 2010 22:07

    Mas esta lista é o quê?

    Todas as traduções feitas no mundo ou apenas a listinha que a faculdade tem?

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  55. john permalink
    20 Junho, 2010 22:07

    É claro, 2008. Mas veja-se como a verdade se impõe, que sem eu o querer, me deu mais dez vezes, plus au moins, desde aqui a Jesus Cristo, outro grande, que, sem diplomas nem doutoramentos, ousou enfrentar os doutores.

    E “o homem mais sábio que eu já conheci não sabia ler nem escrever, mas foi meu avô”. J Saramago

    Que até acaba a ser giro, isto, ao fim.

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  56. zazie permalink
    20 Junho, 2010 22:09

    Onde é que v. foi buscar isto. Está a dizer que apenas existe uma tradução da Crónica do Zurara em francês?

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  57. zazie permalink
    20 Junho, 2010 22:10

    Esta lista está errada. Há-de ser uma mera lista de livros que a faculdade tem.

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  58. john permalink
    20 Junho, 2010 22:10

    É a que diz o link, falando de traduções de escritores portugueses, em 2008, tomados albafeticamente, sem pruridos de mais doutoramento ou quê. Quando ainda Saramago não morria. Além de que não fui eu que a fiz.

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  59. J.F.Transmontano/beirão permalink
    20 Junho, 2010 22:11

    Depois do jogo Brasil Costa do Marfim assisti na RTP a 15 minutos de pura propaganda iberista, José Saramago retratado como um mito, como um herói nacional, ou seja, segundo o João Adelino Faria, eram milhares nas ruas.

    Que enorme empolamento da realidade, eram algumas centenas, a grande maioria comunistas entoando a máxima “A luta continua”, seguidos depois pelos xuxas, e pela comunidade espanhola em Lisboa, que já não é assim tão pequena quanto isso, há que começar apensar em formas de os correr daqui, até a bruxa da ministra espanhola da cultura veio animar a festa, bem me admira, não fosse este traidor iberista deste Saramago uma das suas principais armas na sua cruzada iberista contra Portugal, sendo também usado como arama de dissuasão contra os ataques e espirros independentistas do bascos e Catalães.

    Mais chocado fiquei ainda quando vi a bandeira Portuguesa em cima do caixão do dito cujo, verdadeiramente inadmissível para alguém que apregoava aos 7 ventos o desaparecimento de Portugal como estado soberano, que autentico atentado.

    O presidente Cavaco é quem ainda vai podo os pontos nos is, e apesar da “pressão” excercida pelo anarco- trotskista do Louça, não pôs os pés no funeral deste senhor, fez muito bem.
    O Ramalho Eanes é que não sei que foi lá fazer, devia ter ficado em casa.

    Mas farto da propaganda iberista da RTP 1, mudei para a RTP 2 e não é que estava a dar um programa sobre a passagem da monarquia borbónica por Portugal, como se não nos bastasse o canal história todo minado e iberizado, que por vezes aparece com a designaçãoCanal de História Ibéria, veja-se bem ao ponto que isto está a chegar, canal este emitido a partir de madrid pela chello multicanal, com documentários em que Portugal é apresentado como um acidente histórico, e que nos brinda com documentários legendados em castelhano, bem como a publicidade toda em castelhano, agora ainda vem fazer propaganda ao rei de Espanha para a RTP 2.

    Haja paciência, a TVI e a RTP já estão ao serviço de espanha, só falta a Sic do Balsemão.

    Mas os canais do cabo estão todos minados pelos castelhanos, o odisseia, discovery, Biography channel está tudo castelhanizado com legendas e publicidade em espanhol, uma autentica vergonha, não se admite.

    Eu já escrevi para o canal de historia, resposta nem vê-la, nós próximos dias vai seguir carta para a ERC e para a Presidência.

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  60. zazie permalink
    20 Junho, 2010 22:13

    Logo vi que foi por link.

    É uma treta. Listas de livros existem muitas. Esta não é nenhuma lista das traduções dos autores portugueses.

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  61. Euro2cent permalink
    20 Junho, 2010 22:14

    > é dos mais traduzidos

    Há textos que ganham muito na tradução.

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  62. john permalink
    20 Junho, 2010 22:23

    Se não este,

    http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/06/veja-repercussao-da-morte-do-escritor-portugues-jose-saramago.html

    mas é brasileiro, que diz Saramago o escritor português mais conhecido e mais traduzido no mundo, o que a ser verdade, cadê, ó Palmira e seu crítico, a ordem das coisas que devia ser?!

    Ai, me vou já daqui, que não posso mais, não.

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  63. john permalink
    20 Junho, 2010 22:29

    #60 Trans-montas

    Não, o mito és tu, Transmontano, ó ressabiado, que em dizendo Norte ele é Lisboeta, falando-se fute, ele é benfiquista, traidor, qual os varas, vendidos à turba e mourama, que mais lhe dão bago. E ele há gajos assim, já Maquiavel nos dizia, nbão olhes a meios, se mesquinho fores.

    E Goscini, num livro a Cizânia, divide, ó cobarde, leva só peçonha, se queres ter amo à feição.

    TYipos espertos, invejosos, sempre em guerra e sem alma, servis.

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  64. J.F.Transmontano/beirão permalink
    20 Junho, 2010 22:31

    L’Osservatore Romano traça o verdadeiro retrato de Saramago, um populista e extremista de ideologia anti-religiosa e marxista.

    http://www.publico.pt/Cultura/jornal-do-vaticano-define-saramago-como-populista-e-extremista_1442720

    Só faltou acrescentar que também era um traidor à pátria iberista.

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  65. john permalink
    20 Junho, 2010 22:54

    #50

    “V. acha que alguém pode produzir pensamento acerca de questões que desconhece?”

    Ó Zazie, tão sábia, tão culta, que domina em verbe até S. Thomas, se não o Demóstenes, acaso Jesus Cristo sabia o Evangelho para o aprender na vida e assim o ditar?

    Ora então não é escrevendo que se aprende a escrever, mormente depois de se ler?
    E isso até Isabel Alçada há muito que o sabe, de uma cartilhinha, nem sei ora o nome, como Da Leitura à escrita, e é dito e sabido que antes de se pôr a escrever, junto ao trabalho e prática de vida, José Saramago se deitou a ler.

    De mais, diz Oscar Wilde, como alguém que sabe:

    Duas regras há para escrever um bom livro:

    – a primeira, ter o que dizer;

    – segunda, deitar-se a escrever.

    Claro que aí conceberá a correcção, o aprimorar da frase e palavra, que nem Pessoa evitou, quando, de uma assentada, escreveu O Pastor de Rebanhos, de Alberto Caeiro, para horror de um Professor-Doutor, que veio a descobrir que ele riscou, sim, corrigiu e emendou.

    Como se o poeta não fosse isso mesmo, um buscar de perfeição. Que só António Machado num poema a uma dama, de 28 versos, acabou em onze, restando da origem só dois. Contado por Eugénio de Andrade, para arrepio da Palmira, que acha que escritores se fazem da lição dos mestres do curso que os fezs doutores. E então, Zazie, cara, o meu reparo foi esse, que a Palmira, pessoa que prezo de a l.er, tantas vezes, não tem pingo de vergonha, ridícula, quando lhe dá na venta a inveja, que a não faz escritora o só ser doutora com todas as regras quando não aceita o óbvio, que Homero não foi doutor, Cervantes e nem Don Quijote e nem Sancho Panza, mesmo sabedores.

    Pois faz-me pena que gente inteligente se estenda ao comprido por questões de fígado e má disposição.

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  66. Licas permalink
    20 Junho, 2010 23:00

    Ó Fatinha, ó #28, quem escohe um Partido de que tem Estaline como figura tutelar só pode sofrer a exprobação de gente decente. ESTÁ BEM?

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  67. john permalink
    20 Junho, 2010 23:02

    #66 Faqgundes,
    ó Transmontano, desculpa lá, pá, mas tu és tão estúpido ou sóo fgazes disso que vais ao obsservatore saber a verdade? E se eu te disser que Cristo o expulsou do Templo a azurrague, que achas, então? E lá é da mistura que tens de forçado montano e beirão.

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  68. Portela Menos 1 permalink
    20 Junho, 2010 23:11

    post, alguns comentários, enfim, parece que não é só cavaco que NÃO presta.

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  69. zazie permalink
    20 Junho, 2010 23:12

    John,

    Não era essa Palmira. V. não seguiu o link?

    Não era a Palmira dos ateus militantes e do reino da macacada. Era um link do RIAPA.

    Ora confirme.

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  70. zazie permalink
    20 Junho, 2010 23:13

    Ora clique no nome Palmira e veja onde vai dar:

    Saramago

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  71. john permalink
    20 Junho, 2010 23:14

    “exprobação de gente decente”

    diz Licas, a #67, ladrões, oh, gente indecente, que em pós o padrinho, sem democracia, o das botas, nos levou à desgraça, a famelga de assaltantes de bancos e boys, seus m… amém.

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  72. john permalink
    20 Junho, 2010 23:16

    Já vi, já vi, seguindo o seu dito, lá atrás. Graczie tante, e o que vi é m… que mais bem lhe assenta, se eu tinha razão, afinal.

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  73. zazie permalink
    20 Junho, 2010 23:17

    Pois é um facto que aquilo vinha com exagero.

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  74. john permalink
    20 Junho, 2010 23:19

    Ai, mais lhe assenta, atenção, à riapppa, rais parta, parola y inton.

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  75. john permalink
    20 Junho, 2010 23:21

    E vou-me a um café, a ver se amanhã estou fino e vejo a Korea du Nord à mão.

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  76. Licas permalink
    20 Junho, 2010 23:21

    34.Anónimo disse
    20 Junho, 2010 às 5:41 pm
    Saramago teria como escritor algumas qualidades, uma vez que se tanta gente em tantos países o leem, e se lhe deram o nobel da literatura, é porque ele o mereceu.
    Mas Saramago escritor, e Saramago pessoa, eram de certeza coisas diferentes. Por aquilo que me foi dado observar de algumas atitudes que tomou, e já nem falo da triste historia do DN, mas do apoio à ditadura de Cuba, e nem uma palavra sobre colegas seus escritores que foram presos por quererem escrever em liberdade, não faz dele de certeza boa pessoa. Ou o apoio que sempre deu ao regime Sovietico, que nunca criticou, antes pelo contrario, onde milhões de pessoas, ao longo de mais de 70 anos, incluindo muitos escritores como bem sabemos, sofreram nos Goulags, e nas masmorras do KGB por quererem ser livres. E como sabemos pelas suas afirmações de fé pelo regime sovietico, Saramago achava bem.
    A obra dele com os meritos que lhe encontram, provavelmente ficará para a posteridade, já o Saramago homem, tenho as minhas duvidas.
    Relembro aqui duas persogens cujas obras ficaram para a posteridade, mas que como pessoas eram execraveis: Hemingway, que tambem foi Nobel da literatura, e Picasso.
    Já li em varios locais que Saramago é o melhor escritor portugues do sec XX; para mim, Aquilino, está uns bons furos acima de Saramago. Mas isso é só a minha opinião.
    ______________________________-

    Não ficará para a posteridade. Saramago é um epifenómeno que em certa altura encontrou audiência nas hostes Maçónicas
    Quanto à sua difusão pelo Mundo não admira: as Editoras constituem um Polvo com ramificações por toda a parte e a BLASFÈMIAS (as verdadeiras) são cada vez mais populares.
    Resta acrescentar que não sou crente, portanto por maioria de razão , não estou defendendo a Igreja Católica. PARA QUE FIQUEM CIENTES.
    Olhe , ao Aquilino junte-lhe o José Crdozo Pires, por exemplo.

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  77. luis Noronha permalink
    20 Junho, 2010 23:25

    Quem é a helenafmatos?

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  78. J.F.Transmontano/beirão permalink
    20 Junho, 2010 23:54

    53.john disse
    20 Junho, 2010 às 10:29 pm

    57.john disse
    20 Junho, 2010 às 11:02 pm

    Em primeio lugar dê-se ao respeito, porque eu respeito toda a gente.

    Depois nunca lhe deitei palha.

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  79. 21 Junho, 2010 10:52

    Deixe-me citá-lo, Eleitor #5 – “Como escritor universal, Saramago fez (e continuará a fazer) mais por Portugal do que Cavaco e similares, todos juntos. Fica na história, Cavaco desaparece (e na sua pequenez mesquinha e provinciana, isto há-de doer-lhe)”, e acrescentar: quando um homem dá voz a um povo, não há mediocridade que o consiga enterrar.

    Podem fazer as estátuas que quiserem ao Cavaco, ao Alberto João, e por aí fora, a História encarregar-se-à de imortalizar quem o merece.

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  80. 21 Junho, 2010 10:53

    (errata/typo: “à” por “á”, como é óbvio)

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  81. john permalink
    21 Junho, 2010 11:35

    Per caso, tem graça, que
    nem resposta carecia, não
    fosse dar-lha eu, de manhã
    à tarde, com maçaroca de milho
    e bué de reineta maçã, tal
    hoje e amanhã, cada dia.

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  82. António Lemos Soares permalink
    21 Junho, 2010 12:20

    José Saramago foi ontem a enterrar.

    O Presidente da República não esteve presente.

    Penso que deveria ter estado. Pelo simples facto de, quer se goste quer não da sua obra, Saramago ter sido o maior represente da literatura portuguesa, nos últimos 40 anos.

    Ficaria bem ao presidente da república demonstrar que, pelo menos na morte, as divisões do passado se encontram, de todo ultrapassadas.

    Suscitou-se, de imediato, a polémica acerca da falta de independência do mais alto magistrado da nação.

    Sinceramente, não a entendo.

    Um presidente da República nunca pode ser «de todos os portugueses.» É esse o drama de qualquer presidente: ele será sempre o representante da percentagem dos cidadãos que o elegeu.

    É verdade que, desde Mário Soares, os presidentes começaram a dizer que, são «de todos os portugueses». Mas a ideia de que, a partir da inicial divisão de votos em eleições, se atinge a unidade da nação por habituação, não passa de uma mera quimera.

    Em Monarquia Constitucional acontece, precisamente, o contrário. Parte-se do «uno» que é o Rei ou a Rainha; o qual ou a qual, por isso mesmo, não é eleito ou eleita. Permite-se a cada um dos cidadãos, a seguir, ser o que lhe aprouver, em cada momento.

    Até se admite, como é evidente, que a «República» prefira, em vez da forma monárquica, ter, como forma de regime, a republicana.

    Cavaco Silva agiu como um Presidente ao faltar ao funeral; como é óbvio, não foi «de todos os portugueses.»

    Tenho a certeza que se Portugal tivesse um Rei; ele seria o primeiro a comparecer nas exéquias.

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  83. António Lemos Soares permalink
    21 Junho, 2010 12:22

    José Saramago foi ontem a enterrar.

    O Presidente da República não esteve presente.

    Penso que deveria ter estado. Pelo simples facto de, quer se goste quer não da sua obra, Saramago ter sido o maior represente da literatura portuguesa, nos últimos 40 anos.

    Ficaria bem ao presidente da república demonstrar que, pelo menos na morte, as divisões do passado se encontram, de todo ultrapassadas.

    Suscitou-se, de imediato, a polémica acerca da falta de independência do mais alto magistrado da nação.

    Sinceramente, não a entendo.

    Um presidente da República nunca pode ser «de todos os portugueses.» É esse o drama de qualquer presidente: ele será sempre o representante da percentagem dos cidadãos que o elegeu.

    É verdade que, desde Mário Soares, os presidentes começaram a dizer que, são «de todos os portugueses». Mas a ideia de que, a partir da inicial divisão de votos em eleições, se atinge a unidade da nação por habituação, não passa de uma mera quimera.

    Em Monarquia Constitucional acontece, precisamente, o contrário. Parte-se do «uno» que é o Rei ou a Rainha; que, por isso mesmo, não é eleito ou eleita. Permite-se a cada um dos cidadãos, a seguir, ser o que lhe aprouver, em cada momento.

    Até se admite, como é evidente, que a «República» prefira, em vez da forma monárquica, ter, como forma de regime, a republicana.

    Cavaco Silva agiu como um Presidente ao faltar ao funeral; como é óbvio, não foi «de todos os portugueses.»

    Tenho a certeza que se Portugal tivesse um Rei; ele seria o primeiro a comparecer.

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  84. 21 Junho, 2010 14:46

    83 e 84 (!!!), António Lemos Soares

    Pela sua prosa, concluo que não era o Saramago mas V. quem devia ter ido a enterrar. Talvez neste caso o PR comparecesse, deixando-o a si muito contente.
    Desejo-lhe as melhoras.

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  85. helenafmatos permalink
    21 Junho, 2010 15:19

    78- Ninguém

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  86. António Lemos Soares permalink
    21 Junho, 2010 17:01

    Exmo. sr. Dundum:

    Começo por me desculpar pela repetição do «post». Foi, obviamente, sem querer.

    Agradeço-lhe os votos de melhoras, que sei sinceros e que agradeço com toda a humildade cristã. No entanto, não tenho andado adoentado ultimamente.

    Quanto ao desejo implícito de me ver e enterrar, apenas lhe posso dizer, que espero que seja tarde e bem. Mesmo assim, quando acontecer, faço votos que V. Ex.ª esteja de saúde, para poder assistir.

    Sabe, a morte é coisa que não se deseja a ninguém. Uma vez, ouvi um homem novo, dizer que um velho que passeava na rua, devia morrer. Sabe o que aconteceu?

    O jovem faleceu muitos anos antes do velho.

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  87. Tribunus permalink
    21 Junho, 2010 17:52

    Quanto custou ao contribuinte portugues a adulação do saramago?
    Quanto gastou guterres para o fazer nobel?
    dimensione-se o comportamento literario e desumano e o negócio só foi bom para a Pilar!

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  88. Nascimento permalink
    21 Junho, 2010 18:33

    Curiosa esta Sra Helena,verdadeira, de causar espanto; reparem: “Um secretário de Estado não incluiu um livro de Saramago numa lista de candidatos a um prémio – bizarro prémio esse cujos escolha dos finalistas depende de secretários de Estado! – como certamente não incluiu centenas de outros potenciais candidatos”!! Sobre a forma e modo de exclusão do livro: niente!!! Tudo banal ,normal…isto sim è de uma “honestidade”;nem existem palavras.
    Quanto ás zázis ou zonzas, se escutassem/lessem o que foi dito/escrito por governo e oposição em Espanha,talvez não vomitassem tanto fel.
    Mas como dizia o defunto em análise: “a Ignorançia quando se junta à estupidez não há nada a fazer”!

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  89. anónimo permalink
    21 Junho, 2010 18:41

    #86 – “Ninguém”

    quem respondia com esse nick era o romeiro

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  90. Nuno permalink
    22 Junho, 2010 05:12


    Foi um bom escritor?! Quem é que disse isso? Só se foi a Zazie, ou melhor, a “Zazinha” à mpda dos braziletas…

    hehehehe

    Nuno

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  91. 22 Junho, 2010 17:18

    Para mim o facto de considerarem o Saramago um grande escritor é um dos grandes enigmas do Universo. O Harold Bloom, o crítico literário aclamado, autor do Cânone Ocidental considerou-o o maior novelista vivo! O saramago devia ter um tradutor para língua inglesa, e já agora para sueco, absolutamente genial. Eu fiz um esforço: tranformei-me, por assim dizer, num especialista em inícios de romances deste senhor, mas não ousei descobrir como acabam. Assim de repente estou-me a lembrar de uma lista de prosadores portugueses do século XX melhores que o José Saramago: Jorge de Sena, Raúl Brandão, Torga, Cardoso Pires, Lobo Antunes. O Saramago era um gajo com imaginação e alguma capacidade criativa, mas com uma escrita maçadora e intragável, e que se perdia em páginas medíocres e reflexões patéticas. E o Nobel não lhe fez bem nenhum.

    http://www.mindjacking.wordpress.com

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  92. 22 Junho, 2010 17:20

    A Caverna foi uma das coisas piores que alguma vez comecei a ler.

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  93. 22 Junho, 2010 17:28

    Quanto à polémica da não ida do Cavaco às cerimónias tenho a dizer duas coisas: era melhor ter ido. Não precisava de ser muito hipócrita. Podia muito bem dizer que tinham tido as divergências, mas que respeitava o homem. Mas compreendo-o. às vezes é melhor cortar a direito, do que entrar neste jogo de aparências que são as homenagens públicas.

    http://www.mindjacking.wordpress.com

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  94. Anónimo permalink
    22 Junho, 2010 18:58

    cona da tua mãe é que nhanhazinaha, ó nuno.

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  95. antonio permalink
    22 Junho, 2010 19:31

    Morreu um homem mau! Paz à sua alma! Vamos falar de outras coisas…

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  96. 23 Junho, 2010 19:12

    O anacleto vuvuzela conseguiu o que queria. Vitimizar o homem. Deixem as suas cinzas em paz!

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  97. Licas permalink
    26 Junho, 2010 22:08

    A peor imbecilidade em que uma pessoa pode cair é a de que tem a solução salvadora da Humanidade.
    saramago, além de faccioso, mostra como é da praxe um ressabiamento mesquinho por não ter sido seguido.
    MORREU UM HOMEM MAU (estou citando).

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