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É um trabalho duro

24 Agosto, 2010

Em Setembro de 2009 os Abrantes citavam Pedro Adão e Silva a dizer que o fim das deduções fiscais faz parte de um programa político velho e assustador. Na altura interessava atacar o Bloco de Esquerda que defendia o fim das deduções fiscais. Por esses dias também citavam o Krugman a defender que os défices salvaram o mundo.

Agora interessa aumentar impostos, porque afinal os défices não salvam ninguém. O fim das deduções já não é um programa político velho e assustador. Por isso recorrem a um texto de Correia de Campos que defende o fim das deduções.

18 comentários leave one →
  1. António P. Castro permalink
    24 Agosto, 2010 09:27

    Se fossem apenas troca-tintas, isso já seria condenável. Acontece que são também desonestos e trafulhas, como aliás seria de esperar do chefe que têm.
    Mas o pastel de Belém acha que o país pode continuar a ser governado por uma camba de troca-tintas, desonestos e trafulhas…
    Pelos vistos, é preciso que o poder caia na rua para que as coisas mudem.

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  2. António P. Castro permalink
    24 Agosto, 2010 09:28

    cambada, é claro.

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  3. essagora permalink
    24 Agosto, 2010 09:37

    Já vem do tempo do Guterres.
    Defendem uma coisa e o seu exacto contrário ao sabor das conveniências.

    Quem tiver um mínimo de memória passa o tempo a rir à gargalhada. Até começar a chorar…

    Só dá vontade é de largar tudo e abalar para um país decente.

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  4. Pi-Erre permalink
    24 Agosto, 2010 09:38

    Duas pernas bom, oito tentáculos melhor.

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  5. José permalink
    24 Agosto, 2010 09:56

    Pedro Adão e Silva? O Santos Silva dos pequeninos. Um proto-maçãozito nascido de cepa maçã.

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  6. 24 Agosto, 2010 10:59

    O próprio Professor de Coimbra contribui para o enredo na sua crónica hoje no Público:

    «As deduções fiscais no imposto sobre o rendimento redundam quase sempre num privilégio dos titulares de mais altos rendimentos, que são quem mais pode aproveitar delas. Isso é assim especialmente quando as deduções não têm “tecto”, sendo uma percentagem das despesas efectuadas, como sucede com os encargos com saúde. Mas ainda é assim quando existe um limite, como é o caso dos encargos com educação e com os relacionadas com imóveis. Com a agravante de neste último caso tal subsídio ser socialmente ainda menos justificável do que a dedução fiscal com despesas de saúde e de educação.
    (…)
    É altura de rever esta política de subsídio fiscal ao crédito à compra de casa (…)
    (…)
    Em vez de subsidiar tendencialmente todos os contribuintes de IRS, o Estado deveria assegurar o direito à habitação de quem não tem meios para o conseguir por si mesmo, subsidiando os encargos com aquisição ou arrendamento de casa somente dos que não dispõem de rendimentos acima do limiar tecnicamente considerado suficiente para esse efeito. A poupança da actual despesa fiscal com as deduções (mesmo mantendo, como é devido, as actualmente existentes) deveria ser desviada para esse novo benefício social, agora destinado a quem realmente precisa.(…)»

    Apenas um “pequeno” detalhe: são esses infames “titulares de mais altos rendimentos” que compram casas (um “privilégio” obsceno) que pagam toda esta vastidão a que se chama Estado. Está encontrada mais uma fonte de baixar o défice («já o fizemos uma vez e sabemos como o voltar a fazer», como disse o outro). Esprema-se a teta mais um bocadinho que ainda não será desta que se precisará de cortar na despesa.

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  7. Tiradentes permalink
    24 Agosto, 2010 11:54

    Claro que um gajo que poupa e ainda tem de pedir emprestado para comprar uma casa é um rico. Ora bolas!!
    O que ele devia fazer era sentar-se na esplanada e esperar que o estado lhe garantisse a habitação. E ele há muitos que o fazem.
    Claro que um gajo que compra ou paga material escolar ou gasta mais num colégio para que o filho possa aprender mais qualquer coisinha também é um rico.
    Claro que um velho que exponencialmente vai precisando de mais e mais medicamentos é o pior dos ricos mesmo que os seus rendimentos sejam para aí de 600 e tal euros. Ò rico tens de pagar!!!
    Depois nesta velha treta da suposta justiça fiscal no texto de Correia de Campos , mais uma vez lá vem ele com a demagogia que se não pagam de uma maneira pagam de outra. Supõe-se então que vão diminuir o IVA é?
    Este monstro que é o Estado é um sorvedouro do dinheiro dos outros e nada lhe chega.

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  8. Fernando permalink
    24 Agosto, 2010 12:15

    Mas se o objectivo é estrangular a economia, o aumento de impostos é uma excelente estratégia.

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  9. 24 Agosto, 2010 12:57

    Já não é novidade o facto de essas pessoas serem incoerentes. A mim o que me impressiona é que não tenham vergonha na cara. Bem dizia Campos e Cunha no seu artigo no Público de 6ª feira passada…

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  10. e-ko permalink
    25 Agosto, 2010 01:08

    “O Prémio Nobel conclui que “a Europa está em risco de entrar de novo em recessão” devido a estes cortes orçamentais.

    A opinião de Stiglitz diverge das efectuadas por outros especialistas. Ainda ontem a Moody’s veio reforçar o apelo à necessidade de os países do euro efectuarem cortes na despesa nos Orçamentos para 2011.”

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=440405

    cada cabeça, cada sentença… depois veremos quem tem razão!… essas coisas só se medem no fim do campeonato…

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  11. 25 Agosto, 2010 02:50

    Mas infelizmente o povo não se apercebe desses camaleões porque os media não realçam as contradições.

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  12. 25 Agosto, 2010 10:33

    E-Ko:

    A Economia é uma ciência oculta. Por isso, as mezinhas são da praxe.

    Os feiticeiros, esses, são todos aprendizes. Mas julgam-se os mestres da sabedoria universal.

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  13. e-ko permalink
    25 Agosto, 2010 12:02

    a economia não é uma ciência oculta. só não é uma ciência exacta… mas de exactas as ciências têm muito pouco… pour muitos modelos e equações que os economistas produzam, a economia é mais aparentada à física do que à matemática ou mesmo à algebra.

    a economia – a real e não a ficção dos teóricos – é um sistema de vasos comunicantes em que os diferentes actores, com poderes para isso, colocam umas torneiras para reduzir ou aumentar os fluxos, mas depois esses fluxos são ainda potenciados ou reduzidos por condições que escapam ao controle de quem manipula as torneiras, que por vezes vêm os fluxos, em excesso ou em falta, rebentar-lhes os tubos, por onde passam, na frente do nariz… e enquanto se reparam os estragos, são, os outros, os que não controlam as torneiras, mas os que produzem para os fluxos, que suportam as consequências…

    é evidente que se ao reduzir fluxos de um lado, vai faltar volume circulante do outro… bom senso. Stiglitz apenas o mostra!…

    sem bom senso, os economistas são efectivamente aprendizes feiticeiros!…

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  14. e-ko permalink
    25 Agosto, 2010 13:07

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  15. e-ko permalink
    25 Agosto, 2010 13:22

    o filme da banda sonora “Cleavelande contre Wall street”, que se pode ver acima, saiu nos cinemas franceses e suiços no dia 18 deste mês, em Portugal nem uma referência nem possível data de exibição, onde se podem ver alguns dos protagonistas das fotografias de Anthony Suau, premiadas no word press photo de 2009, e de que me servi, há um ano, para fazer o seguinte vídeo:

    aproveito para corrigir um erro que estou a ver no meu último comentário: é vêem e não vêm. sorry.

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  16. Francisco Colaço permalink
    25 Agosto, 2010 14:37

    #14, E-ko,

    E a julgar pelos resultados, os economistas que nos governam também tiram a licenciatura por Fax, ao Domingo, numa universidade tão credível quanto a exportação de salsichas para a Arábia Saudita. Creio também ter ouvido de fontes tão credíveis quanto a universidade em apreço que a directora de curso era a Maia— a astróloga, pois a abelha tinha de trabalhar.

    Vamos lá a uma anedota russa:

    Krushev foi visitado pela sua mãe e passou com ele as férias. O Nikita mostra-lhe a casa onde vive, um palácio no Kremlin, os carros limusinas com que se desloca, a sua dacha a poucos quilómetros de Moscovo, a sua casa de praia na Crimeia, o barco particular, o jacto particular, o pessoal de serviço. A mãe, assustada, pergunta ao Secretário Geral:

    — Nikita, filho, e se chegam aqui os bolcheviques?

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  17. joao andre permalink
    25 Agosto, 2010 17:22

    note-se que o adao e silva tambem escreve no camara corporativa sob anonimato

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