Não sabem o que querem
4 Novembro, 2010
Pessoas que sempre defenderam o investimento público, a educação pública, a saúde pública, a cultura subsidiada, aumentos das pensões de reforma, rendimento mínimo, salários elevados, direitos dos trabalhados etc etc andam agora a dizer que a culpa do crescimento da despesa pública é dos governos do Cavaco. Cavaco que governou num tempo em que o peso do Estado ainda não tinha atingido o limite do insuportável. Que expandiu, ainda dentro do razoável, todos aqueles sistemas que os seus críticos consideram indispensáveis.
BLASFÉMIAS 
Segundo tenho lido, o estado cresceu com cavaco.
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…
Considero que a culpa do estado trágico a que Portugal chegou é de todos os governos desde o 25 de Abril e também do Povo que, na sua ignorância e sem saber de todo o que fazia – e tem feito -, não soube votar.
O Cavaco é um presumido que, do alto da sua pesporrência, teve a sorte de se “encontrar no sítio certo na hora certa” e arranjou umas coroas que na altura fiseram um jeitão. Porém, foi basófia excessiva e, quando as coisas descaminharam, perdeu a pedalada. Hoje, é um boneco que não actua como deveria.
Além disso, tem uma “primeira dama” que aplaudiu o aborto. Está tudo dito.
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Será que o Cavaco também não teve nenhuma responsabilidade na destruição da nosa frota de pescas, no definhamento da agricultura, etc.
Não teve culpa de nada!…
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errata: fizeram um jeitão…
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Foi Cavaco que abriu essa caixa de pandora.
Empresas públicas; PPPS; empresas municipais; institutos; mais funcionalismo público nacional, gestores públicos/vícios privados, funcionalismo regional e autárquico; observatórios; alterações das tabelas salariais; progressões na carreira; reformas milionárias e douradas para a clientela; reformas antecipadas que rebentaram a a CGA,etc., tudo isto foi feita durante estes últimos vinte anos com a cumplicidade da classe politica do PS e do PSD.
Já há estudos que provam que no tempo de Vasco Gonçalves – o tal das nacionalizações selvajens – o Estado tinha muito menos peso na sociedade e na economia.
De facto o cavaquismo foi a antecâmara do socialismo (e do «sucialismo» tout court) e este a antecâmara do estatismo totalitário e expropriador.
Hoje em dia até o sector privado está completamente refém e dependente do Estado e quase já trabalha só para sustentar o estado, e quem tem casa e carro tem mais impostos em cima de si do que na Rússia soviética.
Cavaco, Sócrates, Barroso, Santana e principalmente Sócrates são estatistas confessos.
As grandes reformas que fizeram são aquelas que ora usufruem ou que os seus amigos do partido auferem escandalosamente.
Com esta classe politica novecentista Portugal não vai a lado nenhum.
É pena os portugueses não terem um «Tea Party».
O que os portugueses estão habituados é ao caminho da servidão.
É deprimente como «tudólogos» e «politólogos», que desfilam nas tvs nativas, não verem estas realidades e não tentarem educar o povo para a Liberdade!
É pena!
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Cavaco tem culpa de muita coisa: opções erradas, desbaratamento de fundos, incapacidade para deter o crescimento de uma corja de interesseiros, etc. Mas… em 1985 Portugal tinha menos de 200 quilómetros de auto-estradas (à A1 falatava o troço entre Aveiras e Condeixa), os funcionários públicos ganhavam pior que os do sector privado e em 1995 ainda só eram cerca de 500 000 (depois de Guterres, eram 700 000), o acesso dos portugueses à saúde era fraco, pouca gente frequentava a universidade, etc. E, mais importante, durante todo o “consulado” Cavaco o défice externo manteve-se razoavelmente equilibrado (Jorge Costa já colocou o gráfico no Cachimbo de Magritte um par de vezes: http://cachimbodemagritte.blogspot.com/2010/10/viver-credito-morte-certa.html). O que se passou depois foi muitíssimo pior – foi a total incapacidade para antever problemas e tomar medidas. De certa forma, mais valia não termos tido governos porque só agravaram as fragilidades e nunca se propuseram a resolver os problemas.
E eu nem gosto de Cavaco.
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E Cadilhe?
https://packardemrodagem.wordpress.com/2010/11/04/pergunta/
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jaa:
Concordo com os seus argumentos e comentário, com uma ressalva de tomo:
O problema actual é o monstruoso défice das contas públicas. Quem o provocou directamente foram os governos deste Inenarrável que nem se enxerga para reconhecer os erros graves e os desmandos ainda piores.
Mas a questão de fundo, ligada ao nosso modelo económico de desenvolvimento, essa é imputável todinha ao Cavaco e seus governos. A meu ver, Alfredo Barroso fez a análise certa quanto a isso.
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José:
Eu não discordo. Num debate da campanha de 2006, Cavaco chegou mesmo a reconhecer ter cometido erros (coisa rara, nele e nos restantes políticos nacionais; ou talvez até mesmo em quase todos os portugueses) no sistema de educação (pensou que bastaria aumentar o número de alunos e que a qualidade se seguiria à quantidade). Mas, em quinze anos, não era possível ter alterado o modelo de desenvolvimento? É ainda Cavaco o responsável pelas três auto-estradas Lisboa-Porto (felizmente parte da terceira foi pelo cano quando deixou de haver dinheiro), pelas PPP que foram celebradas desde então ou pelo sempre crescente peso do Estado na economia? Em relação a muitas coisas, Cavaco acha hoje (e já achava há mais de dez anos) o contrário do que pensava em 1990. Isso é natural: as circunstâncias mudaram (o nível de necessidade de infraestruturas reduziu-se, surgiram a globalização e o euro, o défice externo subiu desmesuradamente, etc, etc.). Por que diabo não foi possível adaptar o modelo de desenvolvimento às circunstâncias? Será Cavaco a única pessoa com capacidade para implantar modelos de desenvolvimento neste país? Eu recuso-me a dar-lhe assim tanto crédito.
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Ah, e só mais uma coisa: João Miranda tem toda a razão; as pessoas criticam Cavaco por ter aplicado (há 20-25 anos) medidas que elas continuam a defender hoje, em circunstâncias completamente diferentes. Ninguém dá pelo paradoxo?
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Como citei num post ai mais atrás, segundo Jorge Lacão, no Prós e Contras, “as receitas e despesas correntes aumentaram mais nos 16 anos de governos PSD do que nos 14 anos de governos PS” (veremos o que dirão as estatísticas após mais 3 anos de Sócrates, coadjuvado, por omissão, pelo PSD). Ainda não vi ninguém refutar fundamentadamente estes números. E só vêm confirmar que PS e PSD são filhos da mesma linha política e duas faces da mesma moeda socialista.
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Cavaco não tem nada a ver com as decisões politicas dos ultimos 15 anos, que aumentaram a divida pública para valores gigantescos. Foram os Governos de Guterres e Sócrates os responsáveis pelo descalabro.
No entanto Cavaco nunca teve grandes ideias em como fazer progredir o país, nem as tem no momento, assim como 95% dos economistas mais famosos.
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Cavaco=Cavaquistas(Dias Loureiro,Oliveira e Costa , etc…=diz-me com quem andas …)) e socialistas (Mario Soares, O advogado que veio de Moçambique cujo nome não me lembro , Jaime Gama , aquele deputado do Açores que “roubou” os gravadores , etc…) é tudo farinha do mesmo saco !!! Só nã0 vê quem não tenha aceso à informação disponivel na Internet …
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“Nos últimos 30 anos, a despesa pública aumentou de 29% para 45% do PIB. Um aumento do peso do Estado na economia de 16,3 pontos percentuais, dos quais 12,1 p.p. (75%) aconteceram em governos liderados pelo PSD e apenas 4,2 em governos PS.”
Se quiserem conferir, ou discutir – http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=386210&template=SHOWNEWS_V2
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