Retratos de um país
6 Novembro, 2010
«[António Mota] Líder da Mota Engil foi constituído arguido há ano e meio, mas só ontem foi ouvido no DCIAP de Lisboa». (p)
10 comentários
leave one →
«[António Mota] Líder da Mota Engil foi constituído arguido há ano e meio, mas só ontem foi ouvido no DCIAP de Lisboa». (p)
Escrito assim pode parecer o que não é. Por isso há outra hipótese: para se aplicar o insituto da suspensão provisória do processo é preciso ouvir expressamente o arguido sobre isso. Pode não ter acontecido até porque o juiz Carlos Alexandre discordava dessa hipótese, mas como perdeu três recursos ( ou dois, não sei bem) já admite. Por isso esta é uma explicação.
A outra, que prefiro é a de se tratar de assunto novo: corrupção pura e simples e que não é a mesma coisa que fraude fiscal.
Por isso e para escrever sobre estas coisas é preciso pensar sempre que os profissionais normalmente são bons profissionais e não são uns nabos como por vezes estes escritos pretendem fazer crer.
É que desta forma quem passa por nabo, não são eles/as…
GostarGostar
ainda dizem que não há 2 justiças !!!
GostarGostar
Acho que o josé ainda não percebeu/não quis perceber o cerne da questão, assim atira-nos para a parte técnica da coisa, que nós, comum dos mortais, nem percebemos nem queremos perceber.
A únic a verdadeira razão para o hiato de tempo referido é estarmos em portugal, um País onde não há verdadeira justiça. Tudo o resto é folclore. Deixe-se enganar quem quiser.
GostarGostar
Mais um processo para ser “Candida mente” arquivado!!!!!!!
GostarGostar
Quando se trata dos “boys” surge sempre a conversa técnica!
GostarGostar
De vez em quando aparece uma coisa que se pode ler:
*** Quando se trata dos “boys” surge sempre a conversa técnica!***
CERTÉRRIMO !!!
GostarGostar
Existem fretes, que têm que ser feitos, até ao arquivamento final.
GostarGostar
Meu caro:
Já devia saber, que neste país, além de andar a carvão, a justiça tem as rodas furadas, e quando convém até anda sem rodas
GostarGostar
Porque razão não se diz que há pelo menos duas justiças ? Não olham para mim ?
Mas que tristeza …
GostarGostar
José,
A questão é simples: uma pessoa é constituída arguido por existirem suspeitas da pratica de um crime.
Pode-se torcer todo o código penal, juntar as teorias mais relevantes da Escola jurídica Alemã, e argumentar o diabo a quatro, que não tira o facto de um cidadão estar constituído arguido (que como é sabido não é situação simpática em termos pessoais e sociais), durante ano e meio sem que seja sequer ouvido pela justiça (que o considera suspeito de um crime, note-se) .
Ao considerar-se algum como potencial criminoso, que é o que significa em voz corrente arguido, a justiça deverá ter algum interesse em descobrir a verdade. O mínimo, mas mesmo mínimo dos mínimos, seria ouvir o dito cujo.
Assim, ao passar ano e meio sem que sequer se interessem em ouvi-lo parecerá que a constituição de arguido ou foi errada, ou desnecessária ou, ( e aqui é ainda pior) sanção por si mesma, o que configura uma punição, ainda que de caracter social, absolutamente inaceitável.
Note-se que o sujeito deste caso tem a enorme vantagem de pessoal e profissionalmente , , atendendo ao estatuto social/economico de que goza, nem sequer ser demasiado afectado, e pode ver estes casos denunciados na imprensa. O que aflige mesmo é a justiça actuar assim, com o cidadão (o anónimo) totalmente indefeso, prejudicado na sua profissão, social e pessoalmente. Sujeito á arbitrariedade e abuso de poder daqueles que deveriam fazer justiça, sem que ninguém seja responsabilizado, e ainda se tente «explicar» o inexplicável.
GostarGostar