Saltar para o conteúdo

Salário mínimo (outra vez)

22 Dezembro, 2010

Aumento do salário mínimo para 500 euros terá impacto “moderado” nas empresas

.

A notícia, e o estudo subjacente, ilustram a forma ignorante como a questão do salário mínimo é tratada em Portugal. O salário mínimo é pago a trabalhadores específicos em empresas específicas, sectores específicos etc. É por isso irrelevante analisar impactos médios do aumento do salário mínimo, mesmo que se considerem médias regionais ou por classe de tamanhos de empresa. Os impactos médios são irrelevantes. Há empresas em que 90% dos trabalhadores recebem salário mínimo e outras em que nenhum trabalhador recebe o salário mínimo. Em média o impacto é pequeno. Mas o que interessa é o impacto nas empresas em que o salário mínimo é dominante.
.
Também não é muito relevante se o impacto este ano é pequeno, sobretudo porque esse argumento é usado há vários anos consecutivos. O impacto acumulado dos aumentos do salário mínimo já é muito significativo. Nos últimos 10 anos de estagnação económica o salário mínimo subiu 50%.
.
E também não interessa muito se os custos do salário mínimo se diluem no resto dos custos da empresa. Não é assim que os gestores raciocinam. Um gestor está interessado em saber se um trabalhador específico produz acima do salário que lhe é pago. Se o trabalhador dá lucro. Se o trabalhador não dá lucro, não é contratado. As empresas de facto são pouco afectadas pelos aumentos do salário mínimo, pela simples razão que, ou fecham, ou evitam as contratações.  Os trabalhadores que ficam no desemprego é que são afectados.

32 comentários leave one →
  1. 22 Dezembro, 2010 08:34

    O salário mínimo é pago por todos os desempregados e micro e médias empresas, na sua maioria do interior que nem sequer existem. É um mal invisível.

    A falácia é também ver apenas o impacto na actividade que já existe (e nesta aplica-se esta excelente análise do JM), porque custo é em toda a actividade económica e emprego que nem sequer tem lugar porque no interior os tais 500€ são incomportáveis para o interior. É imaginar de que forma uma mercearia duma aldeia pode ter um aprendiz com esse valor.

    Os 500€ se parecem inócuos em Lisboa é porque esta tem um rendimento per capita do dobro do interior, assim seria equivalente a elevar o salário mínimo em Lisboa para 1000€ já que o é em países com o dobro do rendimento per capita da grande Lisboa.

    As pessoas que apoiam o salário mínimo, e falemos dos economistas, são uns deshumanitários por preguiça mental e jacobinismo, proíbem as pessoas de aceitar empregos que necessitam para seu próprio bem.

    Gostar

  2. 22 Dezembro, 2010 09:03

    Sem salário mínimo teriamos empresas e criação de novas empresas a pagar 350 mês? 1º duvído que alguém fosse trabalhar por 350 mês. 2º existe um mínimo para o que é humano e 350 mês é uma forma de escravatura moderna (outra forma de trabalhar e ter como compensação a cama e a sopa, só.). A não existência de salário mínimo em teoria poderia dar em ajustes de mercado mas na prática não dá em nada. Se em Portugal uma empresa não pode pagar 500 mês que feche as portas. Não se continue em erros sem futuro. Empurre-se para o país para caminhos com futuro. Utilize-se a solidariedade social para acudir às vitimas da mudança.

    Gostar

  3. Ricciardi permalink
    22 Dezembro, 2010 09:06

    Nos ultimos 10 anos a inflação foi de 24%.

    Pelo que, o aumento real do salario minimo foi de, nestes ultimos 10 anos, 2,6% ao ano.

    O impacto do salario minimo sobre os custos totais de uma empresa (exclusivamente assente em salarios minimos), em média, é na ordem dos 0,75% ao ano.

    Meu caro JM, o que os gestores portugueses discutem, nomeadamente as empresas que vão ganhando dimensão e capacidade de se internacionalizarem, não é se os 0,75% ano lhes retiram competitividade externa, mas sim de uma forma mais contundente, iniciar a deslocalização para marrocos contratando força de trabalho que trabalhe por 150€ por mês.

    Portanto, assente que está de que, em negócios assente em mão-de-obra barata, com pouco valor acrescentado, pouca inovação, concorrendo num mercado pleno de concorrencia asiatica, o mais provavel é que fechem e deslocalizem para outros paises emergentes, qual seria a sua solução para contrariar esta tendencia?

    RB

    Gostar

  4. 22 Dezembro, 2010 09:19

    Que o JM é um adepto do modelo chinês, já percebemos há muito. Agora, essa do “gestor” querer saber se o trabalhador produz acima do que ganha, quando estamos a falar de ordenados mínimos e temos os tais “gestores” mais bem pagos da Europa, só mesmo para rir. O “gestor” de que estamos a falar, está-se nas tintas para o que o trabalhador produz, mas sim com o que pode ganhar com todo o tipo de jogadas que possa fazer com uma empresa. Mantê-la a produzir não tem sido, em Portugal, a maneira de “pensar” desses gestores. Tudo o resto, são pequeníssimas empresas que, em grande parte dos casos, têm como trabalhadores os próprios proprietários. Se alguém não produz acima do que ganha… são esses tais “gestores” que, na realidade, merecem outro nome.

    Gostar

  5. 22 Dezembro, 2010 09:34

    “Sem salário mínimo teriamos empresas e criação de novas empresas a pagar 350 mês? 1º duvído que alguém fosse trabalhar por 350 mês.”

    Se você duvida, mais uma razão para deixar as pessoas decidirem isso e não você. Gostava de saber de onde vem esse direito iluminado a proibir alguém de aceitar um emprego se a pessoa achar que é o melhor para si dadas as alternativas.

    Esse raciocínio é válido a pensar em pessoas de formação média a viver na Grande Lisboa que tem o dobro de PIB/capita do interior. Por aí, a Grande Lisboa teria de ter 1000 € de SMN dado que existem outros países que o têm.

    Gostar

  6. Alf permalink
    22 Dezembro, 2010 10:48

    Isto é mesmo doentio.
    Sempre que venho a este blog há sempre um post
    a pretender que se matem os mais fracos (vulgo eutanásia);
    a pretender que se acabe com assistência médica aos pobres;
    a pretender que se acabe com a educação gratuita;
    a pretender que baixe ou acabe o salário mínimo;
    Vocês devem ser uns infelizes.
    O vosso grande desejo parece ser espalhar a miséria.

    Gostar

  7. Bulimunda permalink
    22 Dezembro, 2010 11:09

    Nem sei porque ainda falam em salário…o trabalho não liberta? Então para quê CONSPURCAR TRABALHO COM O Salário? QUEM TRABALHA POR GOSTO NÃO PENSA EM RECEBER SALÁRIO..ISSO É PARA OS CHULOS…TENHO DITO…

    Gostar

  8. Guillaume Tell permalink
    22 Dezembro, 2010 11:15

    De toda a maneira, patrão que depende inteiramente dos salários dos seus trabalhadores para fazer lucro só pode ser mau patrão. Ao continuarmos neste fundamentalismo dos sálarios nunca havermos de progredir. É a continuidade da mediocridade, do medo, da inveja… enfim do salazarismo.

    Agora, é verdade que os CUSTOS UNITÁRIOS do trabalho (sálarios+impostos sobre o trabalho+consumos intermédios) aumentaram de maneira derazonáveis em Portugal desde há cerca de dez anos (sobretudo devido ao aumento da carga fiscal e do preço da energia), mas isso é um problema porque a productividade não acompanhou este movimento.

    Gostar

  9. 22 Dezembro, 2010 11:40

    Caro Guillaume Tell

    Quer por favor focar-se na questão em causa, porque é a preguiça mental aliada a bacoca auto-sensação de humanismo que prejudica as pessoas as pessoas mais pobres e desabilitadas e regiões mais atrasadas com esta falácia que o salário mínimo é benéfico e humanista.

    Gostar

  10. PMP permalink
    22 Dezembro, 2010 12:16

    A importância da existência de um salário mínimo razoável para o desenvolvimento económico e social já foi comprovada há mais de 70 anos.
    Trata-se de impedir que os salários desçam paulatinamente, por efeito da concorrência entre firmas.
    Só a subida continua dos salários permite o crescimento económico.
    .
    Mas a questão da disparidade inter-regional de rendimentos deve ser tida em conta, o que pode ser feito por redução dos impostos e taxas sobre o trabalho nas regiões mais pobres.

    Gostar

  11. Alfredo permalink
    22 Dezembro, 2010 12:32

    Percebe-se que o autor do post e o comentador CN não devem fazer mesmo a mínima ideia do que é viver com o salário ….mínimo. Pelo que leio, para o Sr.Miranda e para o CN, o salário mínimo (tal como as reformas abaixo dos 250€, certamente )é uma mera abstracção. Algo lá longe, com os outros.
    Não é com eles.
    Impressionante. Passaram mais de 200 anos mas o raciocínio parece continuar a ser “que comam brioche”.
    Não foi este modelo que VENCEU o desastre comunista.
    Não. O que VENCEU o comunismo foi uma alternativa que oscilava essencialmente entre a Democracia-Cristã e a Social-Democracia.

    É preciso recordar que mesmo os USA têm…………………….salário mínimo (que anda perto dos 900 USD o que é um óbvio e descarado luxo pois não deveria passar de um prato de arroz)….e “food-stamps” (como se atrevem?) e “social security” (como ousam??)……
    Compreendo a “orfandade” liberal. lol

    Já agora, deve-se proibir, de imediato, que haja escolas a abrir cantinas para dar comida a crianças com carências alimentares e demais ajudas do Estado, das IPSS’s e todos os demais apoios sociais.
    Porquê?!??!?
    Porque essas pessoas estão nessa situação porque o Mercado (vénia e genuflexão) assim o ditou e quem somos nós para contrariar o Mercado. Quem ajuda um desempregado ou um pobre está a opor-se às Leis do Mercado (genuflexão e incenso) logo deve ser tradado, liminarmente, como um perigoso “estatista-marxista-fascista-e-sei-lá-que-mais-e-uma-mula-aos-coices-e-um-burro-aos-pinotes”.

    Seria interessante ver Vossas Senhorias a viverem com o salário mínimo. loool

    Gostar

  12. 22 Dezembro, 2010 12:43

    “Percebe-se que o autor do post e o comentador CN não devem fazer mesmo a mínima ideia do que é viver com o salário ….mínimo.”

    o autor deste comentário não deve fazer a mínima ideia do que é viver sem salário, sem micro empresas na sua região, com desertificação crescente.

    Gostar

  13. Alfredo permalink
    22 Dezembro, 2010 13:08

    “o autor deste comentário não deve fazer a mínima ideia do que é viver sem salário, sem micro empresas na sua região, com desertificação crescente.”

    Ah, pois….a culpa é do salário mínimo, pois….
    Interessante.

    Será bom lembrarmos agora todos os desgraçados que vivem nos países em que existe salário mínimo, essas sociedades e economias horrendas. Coitadinhos.

    Gostar

  14. lucklucky permalink
    22 Dezembro, 2010 13:18

    “Os trabalhadores que ficam no desemprego é que são afectados.”
    .
    Ora ai é que está.
    .
    “Que o JM é um adepto do modelo chinês, já percebemos há muito.”
    .
    Exemplo Chinês: a região de Xangai já é mais rica que Lisboa.
    Exemplo Chinês: o investimento Alemão na China já é próximo do Investimento Alemão na Europa dos 15.
    Exemplo Chinês: cada ano ficam menos pobres.
    .
    Educados pelos jornais Portugueses ficam incapacitados de pensar fora da galáxia do sociallismo.
    Para eles nada muda.

    Gostar

  15. Guillaume Tell permalink
    22 Dezembro, 2010 13:25

    Caro CN,
    tenho o sentimento que para sí o salário mínimo é a causa de todos os males do país, bastando o suprimir para que os amanhãs começem a cantar.
    Muito bem, é verdade que dos três dos quatros países do “mundo desenvolvido” que “não têm salário mínimo” que eu conheço (Suiça, Noruega, Austria, EUA) são verdadeiros exemplos de “bom e grandioso desenvolvimento”. Só que lha está; os sindicatos deles são moderados e poderosos, a paz social é uma ideia bem enraizada por todas as partes, os empresários são maioritariamente bons empresários (inovadores, competitivos, têm uma verdadeira visão de futuro), a maioria dos trabalhadores tem qualificações bastante altas e são bastante móveis, a protecção social funciona bem…
    Você acha sinceramente que ao suprimir o salário mínimo teremos tudo isso? Quer começar pelo telhado antes dos alíceres? Finalemente, acha que o interior está bem servido a continuar a apostar em sectores que dependem de salários baixos para sobreviver?

    Gostar

  16. 22 Dezembro, 2010 13:35

    “Você acha sinceramente que ao suprimir o salário mínimo teremos tudo isso?”

    Em última análise o que é que interessa a minha ou a sua opinião sobre isso? Porque é que uma opinião pode justificar proibir uma pessoa de aceitar um emprego (e outra de oferecer esse emprego)?

    “Será bom lembrarmos agora todos os desgraçados que vivem nos países em que existe salário mínimo, essas sociedades e economias horrendas. Coitadinhos.”

    Todos os países onde existe salário mínimo têm pessoas sem emprego formal e regiões mais pobres afectadas por ele, e isto na medida em o salário mínimo é maior do que menor.

    Ora essas pessoas e regiões são aquelas sem voz nem com a inteligência das pessoas que defendem que essas pessoas devem ser proibidas de aceitar um emprego, agora que existem existem.

    Gostar

  17. Guillaume Tell permalink
    22 Dezembro, 2010 13:53

    “…o quê que interessa a minha ou a sua opinião sobre isso?” Mas o quê que você quer finalemente? Não queremos os dois o que há de melhor para o país? E que raio de auto-censura é essa que você quer aplicar?
    “Porque é que uma opinião pode justificar proibir uma pessoa de aceitar um emprego (e outra de oferecer esse emprego)?” Hein?! Você acha realemente que ao não haver salário mínimo vamos criar um mundo maravilhoso onde há emprego e biscates à borla? Isso sim,é optimismo…

    Gostar

  18. João Paulo Magalhães permalink
    22 Dezembro, 2010 16:17

    JoaoMiranda, CN: Bravo. Infelizmente, esta é uma discussão perdida à partida. Se eles entrassem na discussão, deixariam de mostrar que são amigos dos pobres e assim não poderiam evidenciar a sua superioridade moral. Esta discussão não é racional – é emocional. É acerca das emoções deles. São uma espécie de beatos modernos.

    Gostar

  19. 22 Dezembro, 2010 16:22

    Encontrei este texto onde é dada uma resposta ao João Miranda sobre este assunto.
    Se quiserem espreitar está aqui:
    http://ventosueste.blogspot.com/2010/12/os-gestores-e-o-salario-minimo.html

    Gostar

  20. 22 Dezembro, 2010 16:27

    Encontrei este texto onde é dada uma resposta ao João Miranda sobre este assunto dos salários mínimos.
    Se quiserem espreitar está aqui:
    http://ventosueste.blogspot.com/2010/12/os-gestores-e-o-salario-minimo.html

    Gostar

  21. 22 Dezembro, 2010 16:28

    “Não queremos os dois o que há de melhor para o país? E que raio de auto-censura é essa que você quer aplicar?”

    Não, a sua opinião sobre o que é melhor para o país é que proíbe terceiros de livremente aceitarem um emprego que provavelmente necessitam muito e os micro-empresários de regiões desfavorecidas de iniciarem uma actividade contratando essas pessoas.

    Gostar

  22. Guillaume Tell permalink
    22 Dezembro, 2010 17:33

    Caro CN,
    vai ter de me demostrar muito precisamente como chega à tal conclusão que “inexistência de salário mínimo é igual a trabalho para todos”. Porque, desculpa-me que lhe diga assim, mas você ao dizer (de uma outra maneira claro) “se as empresas podiam fixar totalmente livramente os salários dos trabalhadores, já não haveria desemprego e as assimetrias regionais estariam muito mais baixas”, parece-me ser alguém de fechado numa ideologia que historicamente em Portugal serviu os interesses de uma classe avessa à inovação e a concorrência, cujas consequencias ainda se notam hoje.
    Mas pronto, como eu não acredito que o senhor é intelectualemente cego eu acho que é preciso retificar algumas coisas, logo em relação com a conversa que temos tido:
    Para já eu não sou uma pessoa que acredita que o salário mínimo é necessariamente o melhor para um país. Vivo num país muito mais rico e desenvolvido que Portugal, cujo não existe “salário mínimo tradicional”, portanto sei muito bem que não é por este não existir que estamos todos condamnados à miséria (inversamente, não acho também que pôr haver salário mínimo um país é logo condamnado ao fracasso). Você parece pensar que o mercado se equilibrária sozinho e da melhor maneira se não havia salário mínimo, ora isto é totalemente falso na medida em que para que isso seja verdade é necessário que os agentes do mercado sejam por sis próprios eficientes; quer isto que se amanhã quisermos abolir o salário mínimo, teremos de ter a certeza que sindicato e patronato sejam capazes de se entender. Ora em Portugal esta cultura da paz social não existe, ou é pouco desenvolvida.
    Ora o que aconteceria se nos acabariamos do dia para noite com o salário mínimo? Greves salvagens, lock-outs, dumping salarial. Os empresários portugueses estariam ainda menos motivados a serem inovadores e serem competidores por outras vias que por os salários. Os trabalhadores menos qualificados seriam ainda mais desvalorizados, portanto mais motivados a serem poucos productivos, quiça a roubar mais ainda a empresa. Nunca haverá novos ramos de actividade mais productivos, eficientes e competitivos, porque daremos mais um incentivo para manter o nosso tecido productivo ineficiente.
    Quer salvar o interior? Então milite por impostos e consumos intermédios mais baixos para as empresas, aposte na qualificação dos trablhadores, encontre nichos de mercado onde seja possível de utilizar plenamente os recursos da região (ex: turismo rural, artesanto de qualidade…) , atraía empresas inovadoras e que sejam capaz de competitir com a mais vália, e não com os custos.
    Só assim se avança; os melhores são aqueles que são desejados só por serem o que são.

    Gostar

  23. Guillaume Tell permalink
    22 Dezembro, 2010 17:43

    Caro João Paulo Magalhães,
    não sei se refere a mim quando fala de “beatos modernos”, mas no caso que sim deixe-me só lhe dizer uma coisa:
    Não é por se ser de uma ideologia que é vista como minoritária que necessariamente temos razão. Isto vale muito bem para o pessoal de direita como de esquerda, porque de toda a maneira todas as ideologias são minoritarias, sobretudo para os seus membros que não são capazes de ver mais longe do que a ponta dos narizes deles.

    Cumprimentos.

    Gostar

  24. PMP permalink
    22 Dezembro, 2010 18:03

    CN,
    Já foi demonstrado há muitos anos que a nivel de um país a existência de salário minimo é favorável ao desenvolvimento económico e social.
    A razão principal prende-se com o facto de sem salário minimo e com um nivel alto de desemprego a concorrência entre as empresas obriga-as a baixar permanentemente os seus salários até a um nivel inaceitável moralmente.
    .
    É por essa razão que na maioria dos paises desenvolvidos existe salário minimo.
    .
    Nas zonas rurais, onde o sistema capitalista normal não funciona nas mesmas condições que nas zonas urbanas, devem existir incentivos especiais, como redução nos impostos sobre o trabalho e sobre as empresas, e ainda subsidios directos do estado, dado que a preservação do ambiente rural deve ser considerado uma questão de estado.

    Gostar

  25. 22 Dezembro, 2010 18:39

    Ó LL: Quase apetece usar o velho chavão. Se gosta tanto do modelo chinês, proponha ao seu patrão que lhe faça um contrato de trabalho com essas características. Claro que não vale a pena dizer-lhe que o interesse da riqueza está na sua distribuição. Claro que não vale a pena dizer-lhe que não basta haver riqueza para que ela seja distribuída de forma socialmente justa. Claro que você acredita que foram os “ministros”, os partidos e quejandos, quem orientou os investimentos para fora dos sectores produtivos. Para si, o mundo cabe inteirinho dentro de uma máquina de calcular.

    Gostar

  26. JCA permalink
    22 Dezembro, 2010 19:58

    .
    Caro Ricciardi,
    “Meu caro JM, o que os gestores portugueses discutem, nomeadamente as empresas que vão ganhando dimensão e capacidade de se internacionalizarem, não é se os 0,75% ano lhes retiram competitividade externa, mas sim de uma forma mais contundente, iniciar a deslocalização para marrocos contratando força de trabalho que trabalhe por 150€ por mês.”
    .
    Adito,
    só há uma forma de combater quer a deslocalização quer a falta de aliciante para novas Empresas se instalarem em Portugal reacendendo a criação de riqueza e o emprego, unicas formas sustentada para o mercados financeiros acreditarem e voltarem a aceitar normalmente Portugal:
    .
    fazer de Portugal um TECIDO ECONOMICO LUCRATIVO. Uma espécie de àrea economica especial. Isto só se consegue com uma FORTE BAIXA DE IMPOSTOS
    .
    ou com uma reforma radical do modelo fiscal assente exclusivamente num imposto nacional unico sobre o Consumo e num imposto social unico que elimine a formula actual do descontos para a Segurança Social / ADSE / Fundo de Pensõe etc.
    ,
    Soluções através de baixas salariais, aumentos de impostos, austeridades e essa trapalhada toda que por aí vai é pura demagogia, chover no molhado.
    Desesperos conservacionistas emotivos de micro-lobbies pessoais, elitistas e corporativos para mais empobrecimento geral, mais divida externa, mais falências e encerramentos de Empresas. Menos Empresas, mais Deemprego, menos poder de compra dos lucros e rendiomentos individuais sob a forma de Salário ou Capital. Definhamento continuo nacional. Uma fantasia, sonhos de Verão, deitar petróleo para apagar o incêndio.
    .
    Apenas.
    Até ao momento surge que ninguém está de facto interessado em RESOLVER Portugal.
    .
    .

    Gostar

  27. 22 Dezembro, 2010 22:48

    Podem por favor explicar porque existem sequer salários acima do salário mínimo se a isso não estão obrigados?

    Seja comi for é irrelevante, as teorias especulativas de quem acha que. tem o direito e o dever de proibir pessoas sem voz, pobres sem salário nem a dignidade de um emprego, de o aceitar por causa das tais teorias fantasiosas que contrariam o mais simples raciocínio lógico.

    Gostar

  28. PMP permalink
    22 Dezembro, 2010 23:04

    CN,
    A questão que se põe é a necessidade de travar a descida de salários progressiva que é prejudicial a toda a economia de um país. Não estamos a fazer de casos particulares.
    Salários mais altos não são um problema.
    .
    Os pobres só são pobres porque não têm acesso a um salário minimo. Devia caber à sociedade, através do estado diminuir a pobreza para níveis minimos.
    Como é que se explica tanta pobreza com tanta tecnologia ?

    Gostar

  29. Nuno permalink
    23 Dezembro, 2010 01:50

    Para as despesas pessoais que têm, ao Cavao e a Maria – e qualquer outro presidente da república – bastar-lhes-ia o ordenado mínimo. Toda a gente sabe que tês as despesas todas pagas, mesmo as prendas que queiram dar. Mais, recebem ofertas de tudo e mais alguma coisa.

    Gostar

  30. 23 Dezembro, 2010 11:06

    PMP

    O SMN deve ser o maior responsável pela desertificação em qualquer país com SMN uniforme. Nem as micro e pequenas empresas conseguem lá estabelecer-se, nem a população mais carente consegue emprego, indo então para regiões/cidades com mais pib/capita.

    Repito o mesmo: não cabe a nenhuma teoria (ainda por cima errada e cheia de falácias lógicas) decidir proibir pessoas de aceitar um emprego, não vejo como as pessoas responsáveis por esta proibição conseguem viver tranquilas com esta imposição sobre pessoas que não têm qualquer voz.

    Gostar

  31. 23 Dezembro, 2010 11:08

    ” pela desertificação ” (por comodismo, mas queria dizer, perda de população, completa ausência de actividade económica, etc).

    Gostar

Trackbacks

  1. WikiLémias – Quem me dera que a verdade dos jornais fosse a verdade do João Miranda | cinco dias

Indigne-se aqui.