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É bom recordar…

4 Maio, 2011
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…como se faz hoje no Editorial do Jornal de Negócios:

Quando Pedro Passos Coelho pediu a Bruxelas, há meses, que Portugal tivesse mais um ano para reduzir o défice, foi chamado de imaturo, irresponsável, desestabilizador.

28 comentários leave one →
  1. Portela Menos 1 permalink
    4 Maio, 2011 12:11

    Pronto, a crise vai ser resolvioda à conta dos reformados com 3 salarios minimos. Nem tinha dado conta que havia tantos Ricos em portugal!

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  2. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 12:14

    O artigo do articulista está bom. Porque é isto mesmo que o FMI vem cá fazer:
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    “Tudo isto é para quê? Para virar para cima o país que está ao contrário. A troika não se comportou como um cobrador de fraque, que viesse executar as dívidas. Trouxe, como hoje veremos, um plano estratégico para tornar a economia mais competitiva e justa. Os portugueses, conservadores, vão odiar. Mas os liberais estão agora no poder. Não são portugueses nem foram eleitos por portugueses, mas estão no poder.

    A banca vai levar uma valente chicotada mas vai ter protecção no acesso à liquidez. Essa liquidez será depois injectada na economia, com condições. As leis de trabalho serão flexibilizadas, a mobilidade social aumentará, os aumentos salariais dependerão da produtividade em vez da inflação, aprenderemos a ter uma vida baseada na economia nominal, sem alavancas. As empresas em sectores protegidos perderão privilégios, haverá mais concorrência. A Justiça, espera-se, será desarmadilhada. ”
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    In http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=482423
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    As medidas do FMI são na generalidade boas. O PSD não pode cantar tanto a vitória porque politicamente o PPC é inábil. Se ele sabia que havia esqueletos no armário, que quisesse saber os números totais dos buracos financeiros, ainda se compreendia que não tivesse apresentado publicamente as suas medidas. Mas se não sabia, e se tivesse dito aos portugueses o que desejava que fosse feito em Portugal, hoje poderia dizer que o FMI adoptou o seu… Programa eleitoral.
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    É que as medidas do FMI vão de encontro ás ideias, aqui e ali, que os gajos ligados ao PSD iam deixando cair. Mas como o PPC nunca quis apresentar um programa eleitoral, agora tem uma margem de manobra menor para dizer que o FMI consagrou no acordo o seu… Programa eleitoral. Mas a verdade é esta. O FMI está a consagrar quase tudo o que o PSD pensava. Mais. O FMI dá a entender através do acordo, que está aberto às propostas do PSD, case ganhe eleições.
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    O PPC poderia usar este acordo como uma da melhores bandeiras eleitorais e sair como vencedor antecipado. Mas não. A sua azelhice fez com que até nisto, o Sócrates transformasse uma derrota política numa vitória. Impressionante. O Sócrates pode ser mentiroso e um crápula, mas só aproveita os deslizes do PPC, que de derrota em derrota vai a caminho do desastre eleitoral.

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  3. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 12:19

    Já agora, repiso uma coisa uma coisa que o articulista disse:
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    “Mas os liberais estão agora no poder. Não são portugueses nem foram eleitos por portugueses, mas estão no poder.”
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    Et voilá. Este acordo do FMI é apenas a vitória dos liberais. Fosse o PPC ladino e hoje diria que o FMI deu-lhe toda a razão. Assim, é a vitória dos liberais mas não os do PSD. lololololololol

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  4. Lionheart permalink
    4 Maio, 2011 12:29

    O Passos Coelho pode não ser bom a fazer campanha mas poderá ser um bom governante. O outro já sabemos que como governante é miserável, como político é um nojo que só serviu os interesses do partido e de quem o financiou. Quem quer mudar só tem dois votos possíveis: PSD ou CDS. A extrema-esquerda é uma muleta do PS.

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  5. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 12:30

    Só esta noticia diz muito:
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    “Filipe Soares Franco, presidente da Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), disse hoje não compreender o “ congelamento de nenhuma Parceria Publico-Privada [PPP] em curso. Será um machadada final no sector”.”
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    In http://economico.sapo.pt/noticias/soares-franco-nao-compreende-possivel-suspensao-de-ppp-ja-em-curso_117284.html
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    Não deverá ser uma machadada final mas que é uma grande noticia para Portugal, lá isso é.
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    Eu já desconfiava que eles iam ficar a arder. lolololololol
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    Meus amigos, o FMI impôr a Portugal uma agenda económica e orçamental liberal. Hurrah! Hurrah! Hurrah!
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    Mas é preciso ir mais longe, é preciso ir mais longe. O PSD que ande da perna e pode ainda ganhar as eleições com uma perna às costas.
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    Nunca pensei dizer isto mas… Ainda bem que o FMI veio para Portugal. lololololololol

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  6. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 12:32

    “O Passos Coelho pode não ser bom a fazer campanha mas poderá ser um bom governante.”
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    Talvez. Mas só o facto do FMI estar a impôr uma agenda liberal em Portugal já me dou por satisfeito. Mesmo que o crápula ganhe as eleições, vai governar com uma agenda liberal. lolololololololol
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    Bendito FMI! ahahahahahahahh

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  7. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 12:45

    Hje estou feliz. Está para breve o fim das minhas homilias no Blasfémias. O FMI vai fazer aquilo que nós, aqueles que se não se consideram liberais, nunca conseguimos trazer a Portugal: uma agenda liberal á governação em Portugal.
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    Até eu engulo sapos, como os do FMI e a intervenção externa, mas pelo menos sei agora que Portugal tem uma oportunidade de ser um país melhor para viver, trabalhar, investir e até morrer. Não deve chegar, mas pelo menos é meio-caminho andado.
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    Sinto que Portugal vai começar a mudar pela intervenção externa. E, mais ainda, se calhar vou ver o crápula do Sócrates e o PS a governar com uma agenda neoliberal, como eles tanto gostam de vociferar. lololololololol
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    Portugal pode surpreender tudo e todos. Vamos ver se o FMI consegue mudar mesmo as mentalidades em Portugal.
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    OBRIGADO FMI!!!!!!! ehehheeheheh

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  8. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 12:55

    Este documento é para mim histórico. É a completa mudança nas políticas económicas portugueses e meio caminho-andado para resolver os problemas orçamentais portugueses.
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    Click to access memorando.pdf

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    os liberais que guardem este documento porque ela marca o fim de uma era em Portugal. Vamos ver se as mentalidades não vão mudar em Portugal. Tenho esperança que os resultados conseguidos vão ser de tal forma surpreendentes que a agenda liberal pode ganhar uma importante batalha pelo futuro de Portugal.
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    Este documento é histórico. E mais histórico é, porque foi assinado pelo crápula José Sócrates, líder do partido socialista, o tal que anda sempre com o combate à agenda neoliberal na boca. ahahahahahahah
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    Se o Soares meteu o socialismo na gaveta, o Sócrates meteu a defesa do Estado Social na gaveta. É o principio do fim desta corja que nos suga até ao tútano! lololololololol

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  9. insider permalink
    4 Maio, 2011 12:56

    sei agora que Portugal tem uma oportunidade de ser um país melhor para viver, trabalhar, investir

    acabaste de ganhar a medalha da imbecilidade!
    a choldrá estará daqui a um ano exactamente como está agora…

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  10. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 13:05

    “acabaste de ganhar a medalha da imbecilidade!2
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    Em primeiro lugar, Vc. não me conhece de lado nenhum para esse tipo de intimidades. Portanto, aprenda a tratar os desconhecidos com o devido respeito que o merecem, se é que deseja ser respeitado também.
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    Em segundo lugar, daqui a um ano, os gajos do FMI ainda cá andarão a ensinar aos tugas como se deve governar um país.
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    Em terceiro lugar, eu até desejo que eles continuem por cá até 2030/40. Assim era quase garantido que seriamos melhor governados.
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    Para finalizar. Aproveite para aprender a ser bem educado no tratamento com os demais, quando não os conhece. Isto pode parecer o meu recreio, mas não o é seguramente para dar confiança a estranhos, que julgam que isto já chegou à madeira. tenha o resto de um bom dia.

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  11. Lionheart permalink
    4 Maio, 2011 13:06

    Alguém sabe dizer se o memorando do FMI com a Grécia era tão exaustivo quanto o com Portugal? Porque, na prática, este memorando abrange quase todas as áreas de governação. É como se viessem dizer-nos como temos de governar-nos. Nem o nosso governo central faz isso com as regiões autónomas. Não contesto as medidas, porque nem tive tempo de ler todas, apenas constato o que é este processo. Portugal portou-se como um Estado falhado a quem vêm dizer o que deve fazer para que a sua crise não afecte outros.

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  12. J. Madeira permalink
    4 Maio, 2011 13:11

    O Passos Coelho tem dito tanta coisa que, nalguma pode acertar, isto não define o perfil de um
    estadista! Ele começou por dizer que o PSD chumbava o PEC IV por questões formais, a saber
    não ter sido comunicado ao P.R. e que, na véspera tinha recebido um telefonema a informar!
    Foi a Bruxelas e justificou-se por o PEC ser insuficiênte e ser necessário ir mais fundo nas medidas,
    consta que levou um puxão de orelhas, dias depois disse na TVI numa entrevista à Judite de Sousa
    que, na realidade além do telefonema tinha estado quatro horas a falar pessoalmente sobre o PEC!
    É verdade Passoa Coelho diz muitas coisas, ainda não disse qual o programa de governo que propõe aos eleitores! Ainda não fez as contas ao prejuízo (subida de juros) que nos tem causado,
    com as suas politiquices e a pressa de chegar ao pote, nem o seu tutor Catroga gritou pela ASAE
    para levantamento de um auto por especulação danosa para o País!!!

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  13. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 13:18

    “Alguém sabe dizer se o memorando do FMI com a Grécia era tão exaustivo quanto o com Portugal?”
    .
    .
    Foi mais ou menos. Mas não com esta agenda liberal tão marcada. Eles debruçaram-se mais sobre as finanças públicas. Aqui neste pacotão, o FMI parte para a infraestrutura económica, que depois tem refkexos na própria macroeconomia.
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    .
    Este pacotão do FMI é do melhor que vi fazer em toda a minha vida. É um pacotão para um país com uma moeda forte e sem a armadilha da desvalorização da moeda.
    .
    .
    Obrigado FMI! E o dinamarquês que lidera a troika bem merece uma estátua no terreiro do paço. ehheheehheeh Porque o gajo está a impôr o liberalismo nórdico em Portugal. ahahahahahahah

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  14. PLus permalink
    4 Maio, 2011 13:42

    “os liberais que guardem este documento porque ela marca o fim de uma era em Portugal. Vamos ver se as mentalidades não vão mudar em Portugal. Tenho esperança que os resultados conseguidos vão ser de tal forma surpreendentes que a agenda liberal pode ganhar uma importante batalha pelo futuro de Portugal.”

    A questão é que eu julgo q Portugal necessita de um líder para concretizar essa agenda.Seria PPC.
    Ou temos uma solução milagrosa depois de 5junho ( o psd ganha mas como ?) ou então teremos que esperar mais uns meses para a redefinição política do país.

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  15. PLus permalink
    4 Maio, 2011 13:49

    Sobre o pacote fmi pouco sem dizer.
    Olho praquilo e vejo medidas normais a serem aplicadas num país em crise ou sem crise. (tirando o corte nas pensoes -mas q é inteiramente justo e tlvz uma ou outra medida)

    chamou-me atenção o valor dos 78. É um valor que fica na razia do mínimo que precisamos pros 3anos. ( Bruxelas? Ou terá sido o Sócrates a tentar encorralar o proximo pm?
    O que é certo é que não nos dá margem nenhuma. Mas porventura será a pressão necessário para fazermos qq coisa de jeito.

    cump.

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  16. Miguel Lx permalink
    4 Maio, 2011 13:55

    Anti,

    Não diga que vai acabar com as suas homilias, são a marca do Blasfemias!

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  17. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 14:09

    “Olho praquilo e vejo medidas normais a serem aplicadas num país em crise ou sem crise. (tirando o corte nas pensoes -mas q é inteiramente justo e tlvz uma ou outra medida)
    chamou-me atenção o valor dos 78. É um valor que fica na razia do mínimo que precisamos pros 3anos.”
    .
    .
    Concordo consigo. Estas medidas que nos parecem radicais, são medidas normais em qualquer paíse europeu digno desse nome. Em Portugal isto é radical devido ao seu contexto. É por isso que eu fico triste. Os portugueses deviam ter um governo que tomasse estas medidas sem ser necessário vir o FMI. Mas em Portugal a mentalidade política é tão rasca que até doi ver este tipo de medidas serem apresentadas por estrangeiros. Pffff!
    .
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    A questão dos parcos recursos ao nosso dispôr é uma boa noticia por isto. O problema de Portugal é financeiro, é certo, mas não é o maior. É a organização económica da sociedade e o funcionamento do Estado e suas funções. É por isso que o FMI está a ser muito profundo no tipo de medidas que está a exigir. Porque é a infraestrutura económica portuguesa que está má, promovida pelo Estado e seus parasitas. tem como exemplo paradigmático a mudança na lei das rendas. Há quantos anos andam os portugueses a tentar mudar as leis do arrendamento sem nunca as mudar mesmo a sério? Mas estas leis depois têm um profundo impacto a nível macroeconómico a nível do endividamento global. E é isso que o FMI está a promovar. Mais que dinheiro, os portugueses precisam é de uma boa governação. E é isso que este dinheiro, parecendo pouco, na prática nos diz. O problema de Portugal não é apenas falta de liquidez é mesmo termos incapazes à frente do país.
    .
    .
    “Não diga que vai acabar com as suas homilias, são a marca do Blasfemias!”
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    Tem que ser. Isto cansa um bocado e não parece. Tenho coisas para fazer e também gosto de ter tempo para mim. Além disso já dei o que tinha a dar. O FMI consagra muito daquilo que tenho vindo a defender ao longo dos anos. Logo, sabendo que os gajos andarão por Portugal, nos próximos anos, já me da garantias que alguma mudança será operada em Portugal. ;))

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  18. PLus permalink
    4 Maio, 2011 14:31

    “Não diga que vai acabar com as suas homilias, são a marca do Blasfemias!”

    Sem dúvida. Há q fazer um abaixo-assinado. o Serviço publico escasseia em Portugal. ehehhe

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  19. mesquita alves permalink
    4 Maio, 2011 14:33

    Que o Sócrates fez asneira, não é novidade nenhuma.
    Já viste o espetáculo degradante que era, os accionistas do Público pedirem-te contas, daquilo que tu fizeste ao Jornal, com a mesma força com que tu pedes contas ao Sócrates?!
    Boa tarde, comprimentos ao tio jorge buche.

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  20. certo permalink
    4 Maio, 2011 15:01

    Glória à China.
    É glória à China, a coisa que ninguém diz, salvo há pouco o José Gomes Ferreira, a troika não tem dinheiro dela para nos emprestar, pois tem de ir pedi-lo emprestado à China, a um, dois por cento. Por isso que, para ganhar o seu, assegurar margem de risco, não no lo pode emprestar a juro mais juro baixo.

    Mas é glória à China, que qual deus lá está em cima, a assegurar tudo, até a esse gastador inveterado, o vaidoso sókras, qual borracho, a assegurá-lo por baixo.
    Ou vocês o que pensavam… É boa! Se calha, que era o Obama, a mesma frau Merkel ou esse de Burroso, se não o mesmo inútil Constâncio!…

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  21. Arlindo da Costa permalink
    4 Maio, 2011 15:51

    Passos Coelho vai ser substituido já no próximo Congresso Extraordinário.
    O Marco António já está a tratar do assunto.

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  22. 4 Maio, 2011 16:00

    parece que miguel relvas está em boa posição para suceder a Passos coelho; ou quiça o professor doutor catedrático nogueira leite o gordo!!!

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  23. certo permalink
    4 Maio, 2011 16:35

    Venham todos,
    já estou como o outro,
    que todos e cada um deles há-de ser
    por força mais honesto que o nósso kerido líder,
    fulano mais cínico, sem-vergonha e mentiroso.

    Não lhes parece, ó Campos, ó caro Arlindo?

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  24. Portela Menos 1 permalink
    4 Maio, 2011 17:10

    ainda não apanhei bem este optimismo de A-C.
    podíamos marcar já um debate para daqui a 3 anos, para então agradecer ao FMI – com sócrates ou passos coelho – o facto de o país estar mais pobre, mais endividado, mais na margem da UE.

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  25. 4 Maio, 2011 18:27

    Isso e muito mais.

    Já se sabe que a “Máfia com Experiência na Maçonaria” tem um poder superior ao do Estado.

    Convém relembrar que Sócrates garantiu que não governava com o FMI…
    http://mentesdespertas.blogspot.com/2011/05/as-medidas-de-socorro-portugal-da.html
    Então, porque é candidato a PM?
    Esperemos que a oposição lhe atire com isso e muito mais à cara.

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  26. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 18:48

    “podíamos marcar já um debate para daqui a 3 anos, para então agradecer ao FMI – com sócrates ou passos coelho – o facto de o país estar mais pobre, mais endividado, mais na margem da UE.”
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    Mais endividado, sim. Mais pobre? Mas ele já está pobre. O facto do PIB cair por causa da queda do consumo é mais uma consequência de não nos endividarmos mais que estarmos per si a empobrecer.
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    Pelo contrário, este acordo com o FMI vai permitir haver melhores condições para um maior crescimento económico. Olhe, para não me acusarem sempre de excesso de optimismo, eu vou apenas dizer que em 2012, salvo uma mudança brusca na procura externa, o crescimento económico português vai ser já positivo. Este ano já não nos devemos safar de uma queda do PIB, mas para o ano estou absolutamente convicto que Portugal vai ter um aumento do PIB.
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    Eu explico porquê. Em primeiro lugar, pese embora o endividamento global português continue a subir (basta atentar ás necessidades liquidas de financiamento), a política fiscal vai ser neutra em termos de maior carga fiscal. Dito de outra forma, as medidas que o FMI preconiza acabam por terem efeitos neutros, mas vão penalizar o consumo (a nível privado sobretudo) e beneficiar o trabalho. (E O investimento.)
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    Em segundo lugar, as necessidades liquidas de financiamento de Portugal vão cair por duas principais razões: menor consumo privado, menos endividamento das familias, menos crédito ao consumo, logo procura interna deprimida pela via da queda do consumo privado. No consumo público, as quedas deste vão ser maiores mas mesmo o maior endividamento público será financiado pelas receitas das privatizações. Aliás, pelos números que eu vi, o Estado em termos liquidos, em principio, só deverão subir cerca de 5 a 6 mil milhões de euros.
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    A queda nos custos de trabalho irão promover, tanto as exportações portuguesas como a produção que vende em Portugal. O que irá provocar mais uma queda na balança comercial. O investimento não deverá subir, no entanto, estou em crer que o investimento ás actividades produtivas irão subir, em especial as que se destina ao exterior. Aos mercados externos.
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    As quedas no PIB deste ano são apenas correcções estruturais, porque se devem mais á queda do endividamento que nas actividades produtivas. Quero dizer, pese embora o consumo privado deprimido, a produção industrial portuguesa deverá subir, sobretudo impulsionada pelas exportações. Que por sua vez irá dinamizar o investimento e a criação de empregos em sectores de actividade de bens transaccionáveis. E isto, meus amigos, é crescimento económico saudável. Quero dizer, em termos globais, este ano o PIB poderá cair, mas a actividade industrial e produtiva deverá subir.
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    Em 2012 poderemos ter os primeiros efeitos benéficos de um menor endividamento estatal, quero dizer, o Estado terá menores necessidades de financiamento, que poderá permitir ao tecido produtivo aceder a crédito para expandir as suas actividades. Como as familias deverão manter a sua capacidade poupança a niveis iguais aos do último trimestre de 2010, deverá a banca conseguir acesso a capitais dentro de Portugal. O que será um grande avanço em termos de funcionamento do nosso sistema bancário, ainda hoje bastante dependente do exterior. (Sem falar que se as medidas de apoio á banca deste acordo funcionarem, a banca portuguesa poderá apoiar ainda mais o tecido produtivo e as empresas.)
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    Portanto, ao contrário do que pode pensar, esta queda do PIB este ano não me mete medo. Não me mete medo porque é o nosso modelo de crescimento económico que está a mudar e é uma actividade económica saudável: procura externa induz aumento da procura interna, com o Estado a perder peso na economia e a não ser ele a secar a fonte de financiamento das PMEs.
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    Este ano o PIB deverá cair, é certo. Mas mesmo assim não penso que caia tanto como é previsto por aí. A menos que a procura externa colapse. O que não é previsivel, por enquanto. Mas em 2012, já Portugal deverá crescer a menos que a procura externa arrefeça bastante. Poderá crescer pouco? Não o sei, mas dependendo do novo governo e das medidas que complemente este acordo com o FMI, penso que Portugal poderá fazer um brilharete, muito devido ás exportações e ao investimento empresarial.
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    A ver vamos se não tenho razão. Porque a desalavancagem está a ser rápida, que se traduz numa queda do PIB este ano, e para o ano já os efeitos negativos desta desalavancagem deverão dar lugar aos seus efeitos positivos.

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  27. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 19:07

    Só para se ter uma ideia da fé que tenho em Portugal e que não se baseia apenas em lirismo, vou apresentar uma noticia de hoje:
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    “Pela primeira vez nas últimas décadas, a balança comercial do sector do azeite teve um saldo positivo de mais de um milhão de euros, e as exportações nacionais de azeite embalado cresceram 17 por cento, atingindo os 159,258 milhões de euros em 2010”
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    “Com o olival a ocupar cada vez mais hectares de terreno em Portugal, sobretudo no Alentejo, as vendas nos mercados internacionais dispararam 37 por cento o ano passado, em volume, para perto de 47 mil toneladas (azeite embalado e azeite a granel). Um aumento “impressionante” para a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal – que considera estes números “notáveis”.

    “É a primeira vez desde há 30 anos que o saldo da balança comercial é positivo, muito devido à grande dinâmica e investimento que tem sido feito, com a plantação de olival e modernização, e também porque o Brasil reforçou o seu lugar como principal consumidor de azeite português”, diz Mariana Matos, secretária-geral da associação.

    De acordo com o relatório e contas da Casa do Azeite, a que o PÚBLICO teve acesso, as exportações totais de azeite cresceram em média 20 por cento ao ano desde 2006. E o volume exportado duplicou de quase 28 mil toneladas para perto de 47 mil toneladas. Apesar da descida dos preços do azeite, que tem vindo a pressionar os produtores, a evolução das exportações em valor “é um sinal inequívoco de que se estão a valorizar melhor os azeites portugueses”.

    Em 2010, as importações ultrapassaram os 158 milhões de euros, mais 4,9 por cento comparando com o ano anterior. Contudo, há cinco anos o saldo da balança comercial era de 121,249 milhões negativos. Portugal não é auto-suficiente em azeite desde as décadas de 50 e 60, mas, segundo Mariana Matos, falta pouco para o país alcançar de novo a meta dos 100 por cento. “Actualmente, produzimos 70 por cento do azeite de que precisamos”, afirma.”
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    In http://economia.publico.pt/Noticia/portugal-ja-exporta-mais-azeite-do-que-importa_1492580
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    Esta noticia é absolutamente fantástica, embora não totalmente transparente. Porque a noticia deveria dizer que exportamos mais azeite do que importamos em termos de azeite junto do consumidor. Isto é, ainda importamos muito azeite a granel mas em termos comerciais já temos um saldo equilibrado, muito devido às marcas portuguesas.
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    Ora, se há este tipo de exemplos fantásticos, num país em que as políticas económicas e orçamentais são tão adversas e erradas, imagine-se se tivermos uma correcção, que minima que seja, a estas más políticas. Se com maus governos e más políticas temos estas coisas boas a acontecer a Portugal, eu imagino se tivessemos um bom governo com as medidas certas.
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    Como este acordo é um corte radical com o que vinha sendo feito (aumentos da carga fiscal para colmatar os aumentos da despesa pública e ampla distorção do mercado e até do financimeanto da economia portuguesa) e como vai ajudar as empresas portuguesas, estou absolutamente convencido que só vamos surpreender pela positiva. Porque, tecido empresarial há, alguma capacidade de gestão também, só falta mesmo libertar esta gente do espartilho do Estado.
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    Portanto, há coisas boas a acontecer em Portugal. O que Portugal precisa é de governos e políticas económicas amigas do tecido produtivo. Porque ele corresponde, mesmo quando é estorvado. Por isso, eu acredito firmemente que Portugal vai conseguir brilhar nos próximos anos.

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  28. anti-comuna permalink
    4 Maio, 2011 19:42

    Penso que todos nós devemos ser críticos do que achamos mal feito em Portugal e valorizar aquilo que é bom. Sem nos desviarmos dos factos nem do essencial. Porque, o que fazem os países competitivos não são os governos nem as suas políticas. O que fazem os países serem competitivos são os seus agentes económicos, em especial as empresas.
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    Os governos e o Estado apenas estorvam e criam problemas. Há governos que até conseguem ajudar o tecido produtivo a ser competitivo mas o que realmente faz um país competitivo é o conjunto de agentes económicos e instituições, que sendo eficientes, todos juntos formam um país competitivo. E em Portugal há empresas boas, há trabalhadores excelentes. O que não há são lideranças capazes, sindicatos em condições, políticos sérios, imprensa isenta e factual e, claro, políticas públicas que pelo menos não prejudiquem. Porque, já era bom não haver um Estado parasita. E que estrovasse a actividade económica.
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    Em Portugal há empresas boas e há coisas que se estão a fazer absolutamente fantásticas. O caso dos azeites é a prova provada que a agricultura portuguesa pode ser competitiva. E que o azeite português pode tornar-se no melhor do mundo. E mais que ganhar prémios (ver isto aqui: http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Paginas/NewDetail.aspx?newId={EFB6AA47-68EE-4021-BF70-0922EDA46FE8} ) o zeite português está a conquistar quotas de mercado, por tudo o quanto é canto. Se o vinho tem sido premiado mas ainda não consegue vender bem aquilo que produz, já nos azeites, em meia dúzia de anos e graças à gestão portuguesa, Portugal está a tornar-se no mais forte competidor do mundo no azeite.
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    E isto que o azeite tuga está a conseguir não é esforço de governos, de políticos, de sindicatos ou até mesmo jornalistas. São empresas, com os seus trabalhadores e gestores, e toda a rede de agentes económicos e instituições ligadas a estas empresas que estão a fazer um milagre económico na agricultura portuguesa. E se Portugal consegue em meia dúzia de anos se tornar num dos mais fortes competidores do mundo, quer dizer que há gente capaz de fazer Excelência em Portugal. E não se pode estar sempre a dizer mal do país quando há coisas destas a acontecerem em Portugal. Porque, ou somos sérios e honestos e assumimos tanto o de bom como o de mau se faz em Portugal. E se formos honestos, criticamos aquilo que está a ser mal feito e devemos elogiar e olhar com um sinal de esperança, aquilo que está a ser bem feito.
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    Este caso dos azeites, ou do calçado, por exemplo, são exemplos que há em Portugal quem faça coisas do que de melhor no mundo há. E se é possível fazer sapatos do melhor que há no mundo; se há quem faça azeite do que melhor há no mundo; também podemos fazer mais noutros sectores. É preciso é acreditar naquilo que é bem feito em Portugal, com casos de sucesso comprovado e criticar aquilo que também comprovadamente fazemos mal e porcamente. Mas temos que analisar isto de um modo mais frio e menos dado a emoções conjunturais.
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    Se um país é tanto ou mais competitivo quanto mais em termos agregados forem competitivas as suas empresas, há em Portugal um potencial fantástico. É preciso é louvar o que se faz bem em Portugal, até do melhor que se faz no mundo e cortar com as práticas que nos condenam quase sempre ao fracasso. É preciso acarinhar estas empresas que juntas, irão tirar Portugal da fossa. Porque o nosso futuro delas depende e não de governos a, b ou c. Só temos é que exigir que os políticos não estorvem mais e não nos queiram impingir a suas fantasias. Porque não é um governo que diz que empresas e sectores portugueses devem concorrer a nível do que de melhor se faz no mundo. São os mercados. São os consumidores. São os clientes que ao escolherem produtos portugueses, estão a dizer aos portugueses: isto é o que Vcs devem apostar.
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    Portugal tem um potencial fantástico. Tem uma mão-de-obra excelente. Tem é umas élites de nojo que só destroiem em vez de ajudarem a construir. Eliminemos estas poderosas élites parasitas e sanguessugas e temos meio caminho andado para fazer de Portugal um país muito melhor para viver. Tiremos o Estado e os políticos do caminho e deixem as empresas más morrerem que depois as boas, mais a excelente mão-de-obra portuguesa faz o resto.
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    Haja vontade de mudar Portugal e isso acontecerá. Porque, na guerra económica em que Portugal está metido (todos nós), o nosso exército são as empresas e os nossos produtos e serviços as nossas armas. E são as empresas, os seus lideres e trabalhadores que tirarão Portugal da crise. Não os políticos, pois por normal eles destroem, não constroem. E, meus amigos, estão a acontecer coisas maravilhosas em Portugal. E são as nossas empresas e os nossos trabalhadores os herois desta longa guerra económica. Não os políticos, os opinadores, os liricos das academias, os jornalistas ou politólogos. Isso é gente que estorvam mais do que ajudam.
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    Vamos ver se Portugal não estará pronto para fazer um milagre económico. E vamos ver se com esta ajuda do FMI não vamos ter um forte impulso. Estou tão convencido disso que era capaz de apostar nisso mesmo. ehehhehhh

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