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O PS não vai perder as eleições*

3 Junho, 2011

O PS não vai perder as eleições este sábado porque o PS não vai a eleições. A última vez que o PS foi a eleições foi em Fevereiro de 2005. Algum tempo depois dessas eleições o PS saiu de cena ficando em seu lugar e em seu nome algo que progressivamente fomos designando como máquina.
A máquina explicava tudo. A máquina justificava tudo. A máquina ultrapassava tudo. Aquilo que até podia deixar embaraçado um governo, como foram os casos da demissão do ministro das Finanças, Campos e Cunha, escassos cinco meses após o executivo ter tomado posse; a demissão da equipa do Plano Tecnológico antes sequer de este último ter sido apresentado ou o afastamento do então director da PJ, Santos Cabral, não causavam agora mossa alguma. A máquina de tudo dava conta. Foi assim no início do primeiro governo de Sócrates. E pouco a pouco o PS foi-se rendendo à máquina e à malta da máquina. Eles eram tão novos e tão eficazes!  
A cada contratempo a máquina não só se reforçava como parecia ganhar tentáculos. A máquina tanto podia incluir assessores, empresas públicas ou privadas, blogues mais ou menos anónimos, como ainda, segundo escreveu a “Visão” em 2006, um gabinete paralelo dos serviços de informação na dependência do primeiro-ministro.
Creio que ninguém sabe bem onde começa e muito menos onde acaba a máquina. Mas durante anos vivemos no culto da máquina. Vieram o Freeport, a Nova Setúbal, a Cova da Beira. Depois foi a vez do curso ao Domingo e com exames por fax, as casas da Guarda, a compra da TVI, o Tagus Park… e de cada um destes casos nada de concreto se apurou a não ser que a máquina soube lidar com eles.
Paulatinamente a governação do país transformou-se numa sucessão de eventos dos quais resultava invariavelmente que a máquina era muito eficaz. Não sabemos o resultado da esmagadora maioria desses anúncios – e que tanto podiam ir do Museu Hermitage na Ajuda a umas cabras que por 49 milhões de euros iam combater os fogos na raia.
Em 2009 já foi a máquina e não o PS a ganhar as eleições. Essas legislativas representam aliás o apogeu da máquina não só pela habilidade com que trucidou os que identificava como adversários mas sobretudo pela sua capacidade de levar as pessoas a integrarem-se na sua lógica: perante os factos, não há responsabilidade moral, apenas criminal. Logo se não se é constituído arguido não se fez nada de errado. Contrapor qualquer objecção ao retrato que a máquina então fazia do país passou a levar não a uma troca de argumentos, como seria normal, mas sim a uma caricaturização. Foram os tempos do bota-abaixismo, do tremendismo, do negativismo e do pessimismo.
Passámos meses e meses neste confronto entre a máquina e a realidade. Porque a máquina, ao contrário da política, abomina a realidade. A política actua sobre a realidade. A máquina antes pelo contrário foge da realidade porque sabe que esta é o seu verdadeiro adversário.
Aquilo a que estamos a assistir nesta campanha é precisamente à luta entre a máquina e a realidade. A máquina partiu para esta campanha com um guião que podia ser perfeito caso não excluísse a realidade: obrigar Passos Coelho a justificar-se todos os dias, de preferências duas vezes. De 24h em 24h alguém da máquina dizia-se chocado e indignado com Passos Coelho. Depois Sócrates acusava Passos Coelho de querer destruir, arrasar, recuar, retroceder, privatizar, vender o SNS ou a escola pública. Como estratégia não está nada mal concebida mas é manifestamente insuficiente para um país cujo governo fez um pedido de ajuda externa. Ao longo de toda esta campanha Sócrates disse muito claramente o que pensa de Passos Coelho mas não disse como pensa governar o país. Quando centrou todo o seu discurso em Passos Coelho, Sócrates deixou que a realidade se fosse atravessando na sua campanha.
De repente, havia dois textos do acordo com a troika (haveria ainda de aparecer uma terceira) e quase ao mesmo tempo o palco itinerante que acompanha o líder do PS deixou de ser uma maravilha e revelou-se um cenário que esconde as praças vazias.
A dado momento não se sabia com que se tinha comprometido Sócrates a propósito da redução da TSU mas sabia-se que para um comício no Alentejo a máquina levara dezenas de indianos. Nesse dia os autocarros cheios de gente para apoiar o líder deixaram de ser um sinal do estupendo funcionamento da máquina para se transformarem num sinal inequívoco de desorientação. Por fim a máquina tornou-se ela mesma o motivo da campanha: em Torres Vedras o centro das atenções já não foi Sócrates mas sim as decisões tomadas pela máquina da campanha perante quatro pessoas que pretendiam fazer um protesto. A campanha socialista acabou reduzida à máquina e prisioneira dela, com Sócrates literalmente encapsulado pela máquina, pelas bandeiras da máquina, pela vozearia da máquina… e o povo à distância.
Quanto ao PS, o grande ausente ideológico e político desta campanha, espera-se que depois de sábado perceba que a sua rendição à máquina o fez desperdiçar aquele que podia ter sido o momento certo para reformar o país: a maioria absoluta que Portugal lhe deu em 2005. Há erros que se pagam muito caro e este desgraçadamente é para ser pago por todos nós.

*PÚBLICO

30 comentários leave one →
  1. 3 Junho, 2011 10:14

    Prontes, tá feito.
    O PS não vai a eleições.
    O PSD vai ganhar ao CDS, ao BE e ao PC.
    É uma limpeza.
    Pessoas que votem PS não existem.

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  2. jose.gcmonteiro permalink
    3 Junho, 2011 10:15

    Bater no molhado é triste e reles.
    O humor não se faz, nasce com a pessoa.
    A autora é uma precária.
    J. Gil

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  3. Francisco Colaço permalink
    3 Junho, 2011 10:17

    O Sócrates é engenheiro civil. Como nós, os engenheiros mecânicos, bem sabemos, os engenheiros civis fascinam-se com máquinas sem saber pentelho delas. (chiste intencional)
    .

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  4. 3 Junho, 2011 10:25

    Óptimo, Helena Matos.
    (Podem contar-se facilmente os militantes do PS que publicamente se insurgiram contra as irresponsabilidades, canalhices e mentiras de Sócrates…).

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  5. 3 Junho, 2011 10:55

    a esforçada helena tem a ingente missão de reformar o país…
    as mulherzinhas julgam-se sempre com uma missão: reformar o seu homem; reformar o seu país…

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  6. Bloody Mary permalink
    3 Junho, 2011 11:06

    Grande post, Helena Matos! Certeira, como sempre. Deixe a nova estirpe coliforme abrantes aparecer por aqui a tentar infectar a caixa de comentários. Eles precisam de espairecer antes de recolher ao intestino. No domingo vão já ter a sua dose de antibiótico!

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  7. anti-comuna permalink
    3 Junho, 2011 11:19

    Tecnologia portuguesa ajuda a melhorar o sistema de prestação de saúde do Brasil:
    .
    http://g1.globo.com/videos/globo-news/cidades-e-solucoes/v/novo-sistema-de-atendimento-em-hospitais-otimiza-o-servico-de-emergencia/1519013/
    .
    .
    Uma empresa de Gaia dá cartas: http://www.alert.pt/pt

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  8. 3 Junho, 2011 11:40

    “…Ao longo de toda esta campanha Sócrates disse muito claramente o que pensa de Passos Coelho mas não disse como pensa governar o país. …”
    HM- Se me permite: “… mas não disse porque é que quer continuar a desgovernar o País…”

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  9. tina permalink
    3 Junho, 2011 11:42

    Que bem apanhado Helena, cada vez escreve melhor, mais incisiva.
    .
    Quanto à máquina, essa tem rosto e é constituída nomeadamente pelos membros do governo que apoiaram Sócrates e nunca quiseram dar ouvidos à oposição, pelo contrário, sempre a combateram ferozmente. Ou seja Assis, Lacão, Teixeira Santos, etc. Depois há a máquina socialista na televisão, ou seja, o programa Pros e Contras, o telejornal da RTP1, etc. E a máquina socialista na imprensa, ou seja o DN, o Jornal de Notícias (lembram-se como quase todos os jornais disseram que o debate tinha sido um empate!!!) E a máquina socialista dos académicos, aqueles professores universitários e outros que assinaram o documento a favor das grandes obras públicas. E a máquina socialista dos blogues, os abrantes e os jugulares… E a máquina socialista das empresas de sondagens… Foi contra esta máquina toda, que conseguiu enganar a população este tempo todo, que o PSD teve de lutar para ganhar as eleições.

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  10. Portela Menos 1 permalink
    3 Junho, 2011 11:58

    Divirtam-se enquanto a troika cds/psd/ps não começa a aplicar o Programa Eleitoral Comum. Parte destes comentadores, meses antes, sugeriam que tirassem o dinheiro dos bancos. Agora nem uma palavra sobre os Mil Milhões entregues no BdP, como parte dos 12MM. É fartar vilanagem!

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  11. 3 Junho, 2011 12:04

    Excelente texto que retrata aquilo a que o PS deixou que Sócrates fizesse ao partido socialista…

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  12. pmg permalink
    3 Junho, 2011 12:06

    Um boa análise Helena.
    Mas por via das dúvidas, que continuemos todos atentos depois de dia 5 – mesmo sabendo que o PSD não vai ter o espaço de manobra que esta máquina teve para desgovernar o país como o fez.

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  13. JCardoso permalink
    3 Junho, 2011 12:20

    Alguém me consegue explicar para que foi o Expresso dirigido pelo Ricardo Costa antecipar a saída para hoje sexta-feira? Dizem que é para poderem publicar sondagens que ao sábado, chamado dia de reflexão, já não o podiam fazer. Olha-se para a primeira página de hoje do Expresso e não vejo lá sondagem nenhuma. Porque será? O Ricardo Costa antecipa em um dia a saída do Expresso e depois esconde a sondagem da primeira página. Este Ricardo Costa, o tal que garantia que o FMI já não vinha, vai ser também um dos grandes derrotados de Domingo.

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  14. a.marques permalink
    3 Junho, 2011 12:24

    SENTENÇA FINAL
    O Snr . Sócrates é um alarmante pirómano ainda á solta. Sabendo que vai ser rotundamente rejeitado, tudo tem feito para armadilhar todo o País e prejudicar o desempenho de quem vier a seguir e que terá que arcar com tão visível e descarada sabotagem. A cena da ocultação das fulminantes medidas introduzidas no acordo 2, são reveladoras da mais infame, inaceitável e asquerosa má fé. Sabe-se agora de um acordo 3 que põe totalmente a nu a verdadeira dimensão de uma fraude de contornos mafiosos . Depois da pouca vergonha dos pec´s 1, 2, 3 e 4, temos agora os limites da vigarice intolerável com as troikas 1, 2 e 3 no esconderijo da sabujice. Isto obriga a constituir um caso de polícia que deve ser também exemplarmente responsabilizado criminalmente por abuso de confiança grave intensificado com reincidências premeditadas. Se esta corja se safar fica caminho aberto para qualquer vulgar cidadão se dedicar ao gamanço sem temer quaisquer tipo de consequências.

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  15. Fincapé permalink
    3 Junho, 2011 12:30

    Nem discordo propriamente deste texto. Aliás, até considero que deve ser bem guardado e duplicado em discos duros, pens e outros suportes.
    Textos como este, foram, são e serão sempre úteis. Antes, agora e para o futuro. Para todos os partidos, para todos os governos! Digamos que são textos generalistas.

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  16. ana cristina neto permalink
    3 Junho, 2011 13:12

    excelente análise. aí estão muitas das razões pelas quais me afastei progressivamente do PS, apesar de continuar a ser socialista. custa-me no entanto a entender a razões para tamanha paralisia no partido. merecia uma análise histórica. na verdade, depois de 5 de junho, depressa se saberá se é superável ou endógena. se for endógena, já há por aí gente suficiente para fazer outro partido socialista e deixa-se a máfia a engendrar esquemas sozinha.

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  17. Centrista permalink
    3 Junho, 2011 13:23

    Este PS merece desaparecer. Para que haja espaço para outro partido de centro-esquerda, mas decente, aparecer no mapa eleitoral. Algo me diz que o MEP…

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  18. Fredo permalink
    3 Junho, 2011 14:12

    Grande post.
    E a máquina, mesmo ferrugenta, ainda mexe. As roldanas dos acessórios comentadeiros ainda rangem. Mais uns dias.

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  19. Fernando Neves permalink
    3 Junho, 2011 14:41

    Helena, infelizmente não houve só a Máquina:
    Houve dezenas de figuras do PS/Maçonaria que se tornaram bilionarios à nossa custa.
    Houve dezenas de empresários que assaltaram o Estado e o Povo.
    Houve centenas de jornalistas que viveram à nossa custa impingindo as mentiras de sócrates
    Houve milhares de “xuxalistas” que se orientaram.
    E ainda não foi ninguém preso.

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  20. PLus permalink
    3 Junho, 2011 15:45

    Excelente post.

    Mas uma coisa que me deixa curioso sobre esse ” máquina” é que simplesmente não tem nomes. Não há referencias. Não se conhecem os estrategas. Isso não é normal. Apenas mil e um soldados com percursos igualmente muito pouco recomendáveis.

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  21. 3 Junho, 2011 15:50

    afinal…espirito-sant-de-orelha: este post foi sugerido à escrevinhadora pelo próprio belmiro de azevedo!

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  22. licas permalink
    3 Junho, 2011 15:54

    . . . quem tiver bom ouvido apercebe-se bem do *ranger*:

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  23. Fincapé permalink
    3 Junho, 2011 16:09

    Ainda sobre a máquina que substituiu o PS: como procuro ser imparcial, não me limito a ver um discurso tendencioso sobre a máquina que circula na faixa supostamente esquerda, esquecendo a máquina que circula na faixa da direita.
    E lembro-me da máquina, muito oleada, que circulou durante dez anos há mais de uma década e meia. Essa sim, uma máquina cujas peças avariadas começaram a ser detectadas por alturas duma sigla chamada BPN (além de outras). Lembro-me de amigos meus do partido que dependia dessa máquina estranharem algumas fortunas já nessa altura transportadas nalguns “compartimentos” desse comboio. Nada até à sigla “supradita”, quase nada até hoje e, certamente, pouco mais para o futuro. Dessas máquinas, já não há. Agora vão todas à “inspecção” demasiado cedo, embora os “inspectores” vão fechando os olhos. Concluindo: hoje as avarias detectam-se muito mais cedo, só que, da mesma forma, nunca se “reparam”.
    Uma ligeira correcção a este comentário: havia um jornal “independente” que de vez em quando denunciava grandes avarias nessa máquina. Mas foi há tanto tempo e as memórias hoje são de primeira escolha. Alguns comentadores ainda têm boa memória.

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  24. 3 Junho, 2011 16:17

    «havia um jornal “independente” que de vez em quando denunciava grandes avarias nessa máquina.»
    pois, foi aí que se formou e especializou o impoluto portas, para depois se empregar nos sobreiros e submarinos e tirar pós-graduações em tirar fotocópias em ambiente húmido: forte da barra,oeiras.

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  25. esmeralda permalink
    3 Junho, 2011 16:34

    Estamos, e vamos estar, condenados a arcar (desgraçadamente!) com as consequências de uma década perdida. Os culpados ficarão na História pelos piores motivos. Não espero um D. Sebastião. Mas espero verdade, honestidade, ética e moralidade na classe política. Não desejo mais quem tem um problema estrutural e compulsivo com a verdade, uma forma degradante e insensível de fazer política e quem não sabe lidar com adversários, com trabalho ou com a confrontação. Basta de irresponsabilidade, incompetência, servilismo e clientelismo. E provou-se que se pode fazer campanha eleitoral sem outdoors! Os de 2009 ficaram caríssimos. Sei do que falo!

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  26. BST permalink
    3 Junho, 2011 17:13

    Quem vai perder as eleições é o PS, o mesmíssimo partido que apoiou Sócrates.
    Conhece alguma deliberação de algum orgão do PS que remotamente tivesse sugerido um ínfimo distanciamento do que dizia e faziam Sócrates e o Governo? Eu não conheço.
    O PS apoiou e deixou Socrates fazer o que quisesse. Pretender o contrário é um perigo e uma mentira que impede que se reflicta (PS e o país) em como foi possível que alguém como o «engenheiro» e amigos tivessem chegado onde chegaram e fizessem o que fizeram – com os resultados que estão à vista.

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  27. Centrista permalink
    3 Junho, 2011 18:00

    BST tem toda a razão. Não existe um Sócrates mau e um PS bom. Existe um PS que foi 100% conivente com Sócrates e que o apoiou sempre, mesmo agora que se poderia ter livrado dele. Vozes dissonantes? Alguém alguma vez ouviu? Eu não. Nunca.

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  28. permalink
    3 Junho, 2011 19:32

    E aos comandos da máquina estava o grande feiticeiro de Oz.
    Quando vimos o interior da máquina descobrimos que afinal não era grande coisa.

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  29. Euro2cent permalink
    3 Junho, 2011 22:26

    > o PS saiu de cena
    .
    Ah foi? Então os congressos com 95% de votos, e o Mário Soares a “não deixar cair” o psicopata são o quê, alucinações?
    .
    Não é defeito, é feitio. É uma associação de malfeitores, e só escolhem o “capo” que melhor planeia os assaltos.

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  30. 100anos permalink
    4 Junho, 2011 02:17

    Cara Helena,
    Basicamente tem razão e ela está bem explicada no seu texto.
    Mas há um aspecto que poderia aclarar bastante a sua análise, que é o seguinte: logo que alcançou o poder, o grupo de Sócrates baniu a ideologia, concentrando-se na manipulação das alavancas do Estado.
    A par disso, fizeram aquilo que no seu texto está muito bem esclarecido – criaram os mais variados níveis de “spin doctors” cuja única função é influenciarem a opinião pública através de métodos desonestos, muitos deles roçando e mesmo ultrapassando a fronteira da criminalidade.
    Mas voltando à ideologia:
    Eu creio que eles nem sabem o que é ideologia, provavelmente pensarão que é um conjunto de ideias servindo um conjunto de fins, sem saberem que isso é apenas uma cartilha; a sua tremenda falta de cultura faz com que não compreendam que ideologia é um conjunto acabado de representações que jogando harmoniosa e logicamente entre si fornecem uma explicação inteligível da realidade e do universo humano, da sua História, do seu passado, presente e futuro.
    Não leram Marx, claro, aliás não leram coisa nenhuma, viram uns vídeos mal amanhados e partiram daí para formularem uma intervenção no poder político.
    O que surpreende é que o Partido Socialista, que já foi um partido e já foi socialista e hoje não é uma coisa nem outra, tenha permitido que a sua espinha dorsal (justamente, a sua ideologia) fosse quebrada desta forma brutal por esse psicopata e o seu grupo de delinquentes.
    Tem o que merece – no Domingo sofrerá o castigo que já devia ter sofrido há muito.
    Espero que seja a partir daí que o velho partido socialista renasça, com dignidade – e ideologia.

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