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E se trocássemos umas ideias sobre a Grécia?

5 Novembro, 2011
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Quando aqui escrevi, há apenas uma semana, que a forma como a União Europeia estava a funcionar podia por em causa as nossas democracias (algumas delas não tão antigas como isso), estava longe de esperar que os acontecimentos me dessem razão tão depressa. O completo desnorte que, face à a ameaça de um referendo na Grécia, grassou um pouco por todo o lado, de Bruxelas ao nosso comentariato instalado, provou até que ponto o povo e a expressão da sua vontade se tornaram num embaraço que muitos gostariam de descartar.

A convocação de um referendo na Grécia era uma irresponsabilidade? Não sei. Porque não sei se era pior correr o risco de tudo correr mal por o povo resolver dizer não, ou tudo correr mal por o actual governo grego se desmoronar por entre divisões internas (aqui há uns meses a situação já era tão má que o primeiro-ministro teve de entregar a pasta das Finanças ao seu principal rival no seio do PASOK), uma luta política fratricida e violência nas ruas. Espanto-me contudo com os que, apesar de sempre terem sido contra qualquer referendo sobre temas europeus, sentenciam agora que Papandreou devia era ter convocado o referendo nas “muitas oportunidades que não lhe faltaram”. Espanto-me com os que há uma semana gritavam contra o dictak da senhora Merkel e hoje gritam contra os que, na Grécia, queriam levar a votos esse dictak. Espanto-me face aos que proclamam que o referendo não seria um exercício de democracia mas apenas um exercício de chantagem sobre o eleitorado grego, como se a escolha entre o mau (o plano europeu) e o péssimo (a bancarrota e a saída do euro) tivesse de ser apenas uma escolha dos políticos e dos burocratas e não dos cidadãos.

Mas talvez não me devesse espantar nada. Desde Platão (um grego, como não podia deixar de ser, porque tudo começou na Grécia) que há quem pense que o governo dos povos é um assunto demasiado importante para ser deixado aos próprios povos, devendo antes ser entregue a uma elite iluminada. “Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder”, escreveu o filósofo da Antiguidade, pai espiritual de muitos autoritarismos. Hoje não faltará quem proclame que os males não cessarão para os europeus enquanto os mais puros e dedicados europeístas não tomarem conta disto criando os “Estados Unidos da Europa”, custe o que custar, como ainda esta semana defendeu o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Joschka Fischer.

 

Há quase 140 anos, em 1872, Eça de Queirós escreveu que estávamos “num estado comparável somente ao da Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito”. Vinte anos passados a história parecia ter-lhe dado razão: Portugal entrou em bancarrota em 1890, a Grécia declarou falência em 1893. Só que o que se passou a seguir foi muito diferente. Enquanto nós mantivemos a nossa esforçada independência (e o nosso império), a Grécia ficou, em 1987, sob a tutela dos credores. Uma Comissão Financeira Internacional instalou-se em Atenas e passou a controlar directamente o orçamento de Estado. Dez por cento da população emigrou mas a Grécia, que tinha recuperado a sua independência apenas em 1822 após quatro séculos de ocupação turca, passou a ter um Estado minimamente decente. A tutela estrangeira só lhes fez bem. Nessa altura.

As diferenças entre Portugal e a Grécia não derivaram apenas da forma diferente como geriram a bancarrota no final do século XIX: no século XX dificilmente os destinos dos dois países podiam ser mais distintos, tal como há profundas diferenças nas tradições políticas construídas nas últimas décadas. O único ponto comum é o percurso democrático de Portugal e da Grécia se ter iniciado no mesmo ano, 1974. Mas já lá vamos.

 

A Grécia foi um dos territórios europeus onde a guerra mais esteve presente na primeira metade do século passado. Ainda antes da I Guerra Mundial, a Grécia envolveu-se nas guerras dos Balcãs, que lhe permitiram triplicar o tamanho do seu território e duplicar de população. Quando terminou o grande conflito europeu, Atenas pensou explorar a fraqueza turca para anexar os territórios da Trácia e da Anatólia onde a cultura grega estava presente há milhares de anos. O resultado foi uma catástrofe militar e o êxodo forçado de 1,2 milhões de gregos obrigados a abandonar as suas casas e deportados para a actual Grécia. A Segunda Guerra não poupou o território grego, onde se travaram batalhas (como a de Creta) de uma violência só comparável às que tiveram por palco a frente Leste. Porém, quando os alemães partiram a paz não regressou, uma vez que se seguiu uma guerra civil (1946-1949) entre forças pró-ocidentais e guerrilheiros comunistas. Pelo meio, em 1932, a Grécia conheceu uma nova bancarrota. Mais recentemente esteve em conflito com a Turquia, por causa de Chipre.

No espaço entre guerras e, desde 1950, nas alternâncias entre democracia e ditadura, nunca a Grécia conseguiu consolidar o Estado moderno que o período de tutela externa tinha, apesar de tudo, instalado. Como nota o historiador grego Nicolas Bloudanis, “na Grécia o Estado só funciona de forma intermitente”. Mais: “de cada vez que o Estadado funcionou menos mal, tratava-se de um Estado autoritário onde as liberdade políticas e civis estavam limitadas. (…) Na memória colectiva grega o Estado é um Estado autoritário de que convém desconfiar”. Não surpreende que fugir aos impostos seja o desporto nacional.

A cultura política, muito marcada pelo peso das comunidades levantinas vindas da actual Turquia, é clientelar e nepotista a um ponto que, mesmo em Portugal, temos dificuldade em entender. Basta dizer que o actual primeiro-ministro, Georges Papandreou, foi colega do líder da oposição na mesma universidade de elite nos Estados Unidos e é filho de outro primeiro ministro e figura tutelar do PASOK, Andreas Papandreou. O anterior primeiro-ministro, Costas Caramanlis, era sobrinho do líder carismático do pós-guerra, Constantin Caramanlis. E se os partidos se estruturam em torno de grandes famílias, no país “não se vota por ideologia”, vota-se em função dos benefícios materiais (e dos empregos) que podem ser distribuídos, como nota Bloudanis.

Tudo isto não é, no fundo, alheio a duas tradições culturais que ajudaram os gregos a manterem a sua identidade durante os séculos de ocupação turca: a rouspheti, ou dispensa recíproca de favores e de protecções, e a mesa, ou rede de contactos e conhecimentos.

 

É comum ouvirmos dizer que se Portugal prosseguir a actual política de austeridade acabará como a Grécia. É sempre possível um desastre económico. Mas há uma diferença apesar de tudo importante entre Portugal e a Grécia: nós ainda temos uma economia de mercado, se bem que muito dependente, enquanto a Grécia tem uma economia directamente dependente de centenas de empresas nacionalizadas na década de 1980 (quando no resto da Europa se começava a privatizar), o que faz com que o Estado empregue directamente 45 por cento da população activa. O sistema clientelar e de distribuição de sinecuras em que se baseia o poder dos políticos gregos (e também o poder dos sindicatos) criou uma rede benefícios ao lado dos quais os nossos “direitos adquiridos” empalidecem: nas empresas do Estado chegavam a pagar-se 18, 20 ou mesmo 22 ordenados por ano.

Com uma direita tão ou mais estatista do que a esquerda, a Grécia vivia numa espécie de “socialismo a crédito” que só era viável graças a taxas de juro historicamente baixas e à cumplicidade das lideranças europeias (incluindo a liderança alemã no tempo em que o hoje visionário Fischer era o responsável pela política externa e a Grécia foi fraudulentamente admitida no euro). Um dia a festa tinha de acabar, como acabou.

Um país nestas condições e que recebia cada nova recomendação da troika com um resignado “não é possível, não vai funcionar” só podia mergulhar no abismo – um abismo apesar de tudo alegre, festivo e mais consumista do que supúnhamos, como revelam as reportagens de Paulo Moura neste jornal. Se em Portugal é muito difícil perceber que ter aderido ao euro deveria ter implicado aderir à disciplina fiscal do marco, na Grécia isso é virtualmente impossível. A história e cultura pesam na vida dos povos e não de mudam apenas através do “método comunitário” ou qualquer outra invenção do jargão bruxeleense.

Para um país no fio da navalha como Portugal era aterrador o espectáculo de uma Grécia a jogar à roleta russa do referendo mas, como escreveu Gideon Rachman no Financial Times, esse mesmo referendo era também “uma machadada dirigida ao ponto mais sensível da construção europeia, a sua falta de apoio popular e de legitimidade”.

Exacto. Algum dia terá de acontecer. Só esperamos que seja em circunstâncias menos dramáticas do que as actuais.

Público, 4 Novembro 2011

35 comentários leave one →
  1. 5 Novembro, 2011 14:08

    Essa enigmática corruptela do “dictak” deve corresponder a um “diktat” decretado por um relojoeiro (dic-tak, dic-tak, dic-tak, dic-tak).

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  2. umi permalink
    5 Novembro, 2011 14:12

    a Grécia vai inevitavelmente sair do euro porque a Grécia nunca se endireitará, a não ser que reduza os salários dos gestores públicos, dos políticos, dos empregados das empresas públicas, dos maquinistas dos combóios que ganham 5000 euros mensais, a 1/10 (um décimo) do seu valor actual. Como eles jamais aceitarão à Grécia resta sair a bem do Euro. Senão terá de ser ajudada… E será ajudada concerteza. A Espanha e a Itália irão pelo mesmo caminho.

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  3. 5 Novembro, 2011 15:38

    A convocação de um referendo na Grécia era uma irresponsabilidade? Não sei
    Não sabe mas devia saber.
    Já foi explicado um milhão de vezes que Papandreou assinou um documento em nome do povo grego sem nenhuma pistola apontada à cabeça e chegado à Grécia rasgou-o com a maior das calmas.
    A isto chama-se pulhice política e não democracia.

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  4. 5 Novembro, 2011 15:42

    Bloguista arguto, cabecinha pensadora, calculem que já há semanas que descobriu “que a forma como a União Europeia estava a funcionar podia por em causa as nossas democracias”.
    Podia, ou pôde, e nós deixámos, faz tempo, muito tempo?

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  5. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 16:08

    Desde Platão?
    .
    Este tipo é retardado mental?

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  6. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 16:11

    Já estou como o hajapachorra com a outra dos “Àtridas”; é que nem li mais. Está tudo dito. Um analfabruto que diz que o Platão foi o primeiro a defender ditaduras.
    .
    É pena não ir à tv dizer estas bacoradas. Ainda tínhamos circo natalício antecipado.

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  7. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 16:21

    Mas é preciso descaramento.
    .
    Que historiador Bloudanis. Donde é que este idiota conhece qualquer historiador e logo grego?
    .
    O trafulha pirateou um artigo do Liberation!
    .
    http://www.wobook.com/WBBu3Qz9Ft9b/BSC-NEWS-MAGAZINE/Interview-Nicolas-Bloudanis-Liberation.html

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  8. Pi-Erre permalink
    5 Novembro, 2011 16:22

    “Um dia a festa tinha de acabar, como acabou.”
    .
    Acabou?!
    Ou será que metastizou, contagiou, alastrou?

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  9. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 16:22

    C’um caraças. E isto nem é embirração minha. Este cretino é um vigarista.

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  10. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 16:24

    O analfabeto tem o desplante de copiar um artigo do Liberation e nem o diz. Faz passar como se fosse conhecimento dele que conversa com historiadores gregos ao pequeno almoço.
    .
    E colocou entre aspas o que traduziu do jornal francês para quê?
    .
    Para engrominar quem?

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  11. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 16:27

    E depois é o Gideon Rachman do Financial Times. Que inteligência rara.
    .
    Assim também eu era jornalista. Basta fazer cópias e misturar tudo muito bem misturado que passa por pensamento original”.
    .
    Mas porque é que esta alminha não se ficou por estudar a neura das moscas, ou assim…

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  12. afédoshomens permalink
    5 Novembro, 2011 16:28

    mas quem podia achar que este monhê adicto de judeus fizesse algo que não plagiado??

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  13. esmeralda permalink
    5 Novembro, 2011 17:01

    Naturalmente! E não esqueçamos o que aconteceu não há muito tempo: quando os referendos não têm a resposta que interessa, são invalidados e voltam a fazer-se! Com que país foi? Lembram-se? O referendo a que me refiro foi para consultar o povo sobre a entrada na moeda única!!!!!!

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  14. lucklucky permalink
    5 Novembro, 2011 17:08

    Bom artigo mas muito optimista sobre Portugal, quando temos um Governo apostado em aumentar impostos.

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  15. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 17:10

    Mau plágio. Diz antes assim.
    .
    Mas, como o josé diz, isto é “jornalismo para quem é bacalhau basta”.

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  16. jlhf1917 permalink
    5 Novembro, 2011 18:17

    Citar entrevistas e artigos é “plágio”? Não percebi.

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  17. JCA permalink
    5 Novembro, 2011 19:06

    .
    .
    Sobre a troca de iideias sobre a Grecia pouco há a dizer. Só ingenuos ou ‘bons alunos’ acreditam que os
    Gregos sairam do G20 de mãos a abanar. Abdicaram sem receber nada ou ajoelharam porque foram ameaçados como os putos da escola ‘se não comerem a sopinha toda levam tau tau. É obvio que ganharam na secretaria. Em lastro é obvio que há soluções, boas e quiçá melhores que a Sona Euro, para sair do Euro e da União Europeia. Mas não é o momento para a s chamar à colação.
    .
    A APOSTA AGRORA É MUDAR A EUROPA ATÉ AO FIM DE 2011. Se não mudar declara o seu FIM OFICIAL, embora ainda ande mais uns tempos a arrastar-se moribunda, até cair mortal provocando ainda mais danos e prejuizos aos Povos Europeus antes de estarem desunidos.
    .
    Mas sob o tema o importante foi a revelação da Senhora Merkel (não confundir com os alemães) que a crise só estará resolvida daqui a 10 anos. A ingenuidade dela foi a confissão real e de facto que as politicas que impõe falharam. A confissão da derrota em termos planetários. Perdeu.
    .
    E a coisa é simples.
    O Mundo em nenhum idade histórica foi confrontado por uma Europa como um todo. Houve epocas de Alexandres Grandes, Gregos, Romanos, Espanhóis, Imperios Austro-Hungaros, Bonapartes, Germanicos e Hitleres tambem com eixos franco.alemães. Em nenhum deles a Europa surgiu como um bloco homogeneo, como um poder mundial.
    .
    A atual politica do eixo franco-alemão está muito aquém disso também. Sobrepõe um conjunto de complexos históricos que sempre derrotaram a Europa como um bloco, um País, a confrontar-se de igual para igual com os outros grandes blocos humanos, incluindo os BRIC’s.
    .
    Ora o que a Europa está a fazer hoje é mais do mesmo do antigamente.

    Por exemplo um dos problemas, não copiar a China que não está a bricar nem a feijões:
    .
    Aposta absoluta na Economia, um tecido economico altamente lucrativo. Aposta absoluta noutro tipo de Banca comamndada por Bacos Estatais. Uma aposta num Banco Central dominada em absoluto pelo Estado, pela Politica. Aposta numa politica cambial em qué o Banco da China que faz o cambio mundial da sua moeda e não os mercados.
    .
    Portanto a Europa está num jogo em que as suas cartas estão viciadas. Por isso o eixo franco-alemão segundo o exposto por um dos seus lideres, confessou que PERDEU.
    .
    E há modelos que tiram isto do entulho num ano. Não estão é os politicos certos a fazer PODER. Os capazes estão até fora dos Partidos porque sabem, estão consciente da realidade e têm a visão para saberem bem o que está a falhar e nunca funcionará. Geram esta Crise e afundam tudo nela. E claro que também não são uns apoliticos e sem partido que andam por aí com sermões que afinal são o maior apoio ao mesmo do mesmo com que tão bem vivem e lucram sem trabalharem. Os chamados encostados que polulam pelos Jornais, TV’s etc a confundirem tudo e sem saberem como resolver. Treta para aumentar o lucro ao fim do mês vendendo parolli.
    .
    Para provocarmos que Estadistas sejam chamados ao Poder, os tão poucos com a chave e a luz para desenvencilhar isto, não se pode falar dooutra maneira senão esta. E quem fala assim está bem a dominar a realidade dos factos e as soluções de Estado.
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    Obvio que isto não é nenhum apelo contra a Democracia. O resto se verá dentro de pouco tempo porque as populações estão a ser provocadas pelo em Poder atuais para reagirem à violência, E é aqui é que reside o perigo de novos caudilhos a curto prazo.

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  18. José Pedro Veiga permalink
    5 Novembro, 2011 19:09

    Eu mantenho a minha convicção – apesar de o meu comentário ter sido censurado – de que um “dictak” é um “diktat” decretado por um relojoeiro.

    E também me parece uma extrapolação um bocado exagerada apodar-se o Platão de “pai espiritual de muitos autoritarismos”. Certo, há muito boa gente a sustentar essa tese; mas considerar-se que a defesa de um regime aristocrático (o tal “governo dos sábios”, etc.) equivale a apadrinhar autoritarismos parece-me excessivo.

    Desde logo porque, no seguimento dessa frase que o JMF cita, Platão aduz outra alternativa: que as massas, sobretudo aquelas massas que não incorporam a classe do esparguete, se transformem em filósofos e sábios e tal; depois, o próprio Platão vacila: o regime que ele propugna n’ A República e o d’As Leis não se equivalem; além disso, tanto critica as derivas democráticas como a ditadura dos Trinta; e, enfim, por outras razões que podia invocar se agora não tivesse de ir atender o telefone.

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  19. honni soit qui mal y pense permalink
    5 Novembro, 2011 19:30

    qdo vejo qq coisa sobre a grecia mudo de canal .
    não há pachorra para um aldrabão como o papaandreu , o ” socrates dos gregos”
    andam a enganar toda a gente a fazer um teatro do caraças , a ver se sacam a ajuda sem fazer sacrificios , e agora era ver a BBC , a CNN , as nossas TV S 24 horas e noticias com correspondentes na praça sintagma a dar atenção a um conjunto de vigaristas que representam uma malta que queria era viver do turismo e sacar 15 meses de salário … os que se fartaram á anos que bazaram para a australia , eua e canada refazer as suas vidas
    a grecia não tem futuro , o que ficou por lá não sabe fazer outra coisa mais do que discutir , beber ouzo e comer pistachios …
    a natureza não tem culpa pois a grecia até que é um País bonito lá prás ilhas , mas o povo não tem juizo e as elites simplesmente se empenharam para lá do admissivel para comprar a paz social e votos
    não vejo gde futuro na coisa , e se calhar nós vamos no mesmo caminho embora menos culpados
    o socialismo de comprar votos dos países do sul , a ilusão de sermos ricos a viver de credito , e a ganancia dos banqueiros , acabou com os países do sul …
    talvez a china e a isabel dos santos queira isto para resort e palyground dos ricos , mas pra isso temos de pôr mais casinos , e call-girls …

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  20. afédoshomens permalink
    5 Novembro, 2011 19:44

    «O Presidente de Israel, Shimon Peres, disse que a “opção militar” para impedir que o Irão obtenha armas nucleares está “próxima”.»
    só garganta…borraram-se com a alemanha, e borram-se todos hoje com o irão…

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  21. AAA permalink
    5 Novembro, 2011 19:55

    Eu gostei do artigo. Fiquei a saber umas coisas que não sabia.
    Mas isso sou eu que sou analfabeto.

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  22. AAA permalink
    5 Novembro, 2011 20:17

    Contudo, convém não atribuir toda a responsabilidade à Grécia do caos dos mercados nesta semana.
    Convém lembrar que já na sexta feira da semana passada, 28/Outubro, após o anúncio das conclusões da cimeira a Itália pagou juros record na emissão que fez. E na segunda feira, 31, registou-se um sell-off brutal nos mercados de acções, com quedas a pique nos bancos, 10% no BPI logo pela manhã, por exemplo. E Papandreou só anunciou a intenção do referendo à tarde…
    Significa isto que os mercados já não acreditavam nas soluções da cimeira. O anúncio do referendo grego só veio agudizar a situação.
    Aliás, a fragilidade das conclusões da cimeira estão à vista: quem vai entrar com o dinheiro para aumentar o Fundo de Estabilização Financeira para mil milhões? A China e Brasil já disseram que não, obrigado. O BCE tem dinheiro? Só se puser as máquinas a imprimi-lo e isso a Alemanha não aceita.
    Por isso, sem referendo grego e com governo de salvação nacional o sell-off na acções e o ataque especulativo às dívidas soberanas vai continuar na próxima semana. Vai uma aposta?

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  23. Arlindo da Costa permalink
    5 Novembro, 2011 21:18

    Os gregos fariam bem sair do euro.
    Era a melhor forma de rebentar com «esta» Europa e todos estes governos incompetentes e criminosos que governam a Europa.
    A Alemanha e a França estão a pedi-las!

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  24. Zebedeu Flautista permalink
    5 Novembro, 2011 22:13

    “Eu gostei do artigo. Fiquei a saber umas coisas que não sabia.
    Mas isso sou eu que sou analfabeto.”
    .
    Já somos dois. Nem francês sei para fazer uma auditoria as torpes alegações de plágio. Em contrapartida sei plantar hortaliças, criar galinhas e sou bom pescador. Sou o Mourinho da apanha de minhoca modéstia aparte. Ainda pode vir a ser útil caso as previsões do Profeta Arlindo se concretizem.
    .
    Quanto às opiniões andam como os mercados. Com uma volatilidade gigantesca de tendência negativa. Já ouvi dizer que são boas condições para os mais aptos se aproveitarem do resto da manada. Acho que vou mas é apanhar minhoca que já esta baixa-mar.

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  25. zazie permalink
    5 Novembro, 2011 23:06

    Olha, pede a uma tradutora que tens aí o link do Libération e explica lá se ensinas aos teus alunos a fazerem citações sem deixarem a fonte.
    .
    Este gajo escreveu passagens entre aspas, em português, dum texto que diz que é de um historiador grego e não explica onde o leu.
    .
    Isto dá direito a chumbo a qualquer caloiro. Isto nem no secundário se admite, a um aluno, quanto mais a um jornalista.
    .
    De onde vem a citação em português? ele diz? não diz. Mas vais ao Libération e encontras o texto pirateado, em francês.
    .
    Andou a ler os jornais para fazer esta salada russa.

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  26. Buiça permalink
    6 Novembro, 2011 02:02

    ” como se a escolha entre o mau (o plano europeu) e o péssimo (a bancarrota e a saída do euro) tivesse de ser apenas uma escolha dos políticos e dos burocratas e não dos cidadãos”

    O que tem de exactamente de “mau” o plano europeu? Recordo que o plano pressupõe perdoarem metade da dívida e alargarem o prazo de ajustamento até 2020. Qual é o plano “bom” alternativo? Continuarem a nem sequer cobrar imposto? E sobretudo, imaginando que a Grecia sai do Euro, quais iriam ser as medidas tão diferentes destas que iriam resolver o problema?
    Lamento que repita clichés sem fundamento quando logo a seguir conta que um plano semelhante foi aplicado com sucesso em 1897.
    Sobre o referendo, ele é sempre possível. Sempre que a maioria dos eleitos o decidirem fazer e não por desespero de um líder fraquíssimo a todos os níveis que já não sabe como mais adiar as medidas inadiáveis já desde o primeiro pacote de ajuda.
    O disparate de menos de 2% da Economia Europeia deitar a Europa abaixo por querer saír do euro nem vale a pena comentar.

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  27. JCA permalink
    6 Novembro, 2011 03:14


    Neste jogo, em que 3 paizecos (Portugal, Irlanda e Grecia) que são uns misérrimos 6% do PIB europeu (apenas porque somam uma população micro comparda com o total europeu) e cuja divida são ‘cagalhésimos” do total da divida oculta e publicada da Europa,
    .
    e ver por aqui politicos e comentadores a defenderem essa que ‘Portugal e a Grécia, a Rlanda lá vai escapando” são os GRANDES CULPADOS, os GRANDES ESBANJADORES, a MALANDRAGEM etc e tal só mesmo de MASOQUISTAS ou IGNORANTES ou GENTE DE MÁ FÉ ou pessoal ‘cacimbado’ ou que anda a viajar na ‘branquinha’ ou que como agora é moda ‘advogados de negócios’. Coitaditos dos Portugueses comparativamente ao resto duma rapaziada que é maioritário na Europa.
    .
    Este tipo de criticas, arrasas e sacricios só mesmo de elites de quiosque de jornal, academicos provincianos que no estrangeiro conhecem bem é Badajoz, ou professorais liricos a ouvor operas no S Carlos.
    .
    Os tão citados Descobrimentos, o top Português, não foi feito com gente desta. Também está nos ‘books’ tiveram ‘artes, manhas e rezas’ para sacareme se encostarem a chular o que os Oficios (os empreendedores do Tempo) iniciaram. Fala disso a grande diaspora portuguesa que nessa altura se espalhou pelas Américas, Caraibas, Holanda, Inglaterra, Catalunha etc etc e daí asfixiaram os tradicionais, as linas de sangue, que por artes e manhas e espadas sacaram a teta para mamarem sozinhos e estoirarem com a saga Portuguesa, a energia portuguesa foi silenciada e esmagada. Como agora os sucessores estão a fazer, depois de o fazerm no que diziam Ultramar.
    .
    No xadrez os Gregos já se safaram quer escolham manter-se na Europa quer optem por sair dela. Já ganharam em todos os tabuleiros. Por acaso não são Portugal nem os Portugueses como no sec XIX.
    .

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  28. Kafka permalink
    6 Novembro, 2011 14:19

    Zazie,
    Já percebi. O Gajo recusa-se a ir consigo p´rá cama!

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  29. zazie permalink
    6 Novembro, 2011 14:51

    Fica cool que a tua vez pode chegar. Já deste um bom contributo nessa tentativa de panasca analfabruto.-

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  30. zazie permalink
    6 Novembro, 2011 14:52

    Entretanto ele que se dê por muito feliz que eu podia ter desmascarado esta vergonha num comentário do próprio Público, onde a vendeu.

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  31. zazie permalink
    6 Novembro, 2011 14:54

    E só não o fiz porque já chega de Bárbaras jacobinas e isto é secundário. Mas pisem-me os calos e a ver se conseguem responder onde é que foi publicado aquele texto que ele citou- em português, do tal historiador grego.
    .
    É que só coloca entre aspas uma citação e tem de se dizer de onde veio. E ele não diz e é tão tosco que nem percebe que em segundos se encontra a passagem no Libération, de onde a pirateou.

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  32. JCA permalink
    6 Novembro, 2011 15:49

    .
    E o eixo franco-alemão diz que quere um Governo de Coligação na Europa, e um novo eixo euro-asiatico que reavive o feito com o Japão na II, agora com a Xina.
    .
    Reside aqui a FALENCIA DO PROJECTO EUROPEU, e eventualmente uma III dentro da Europa porque no lavar dos cestos os outrso sacodem a àgua do capote. Vão fazê-la na casa dos outros …….
    .
    O sucesso teria sido uma União Europeia sossegadinha, assim como os xinas. Tratarem da casa deles. Caladinha, quietinha.
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    Ora nem o eixo dos francos-germanos e apendicas espalhados pelos restantes membros da UE, já não há União Europeia, alguma vez conseguiu saber como se deveria arranjar com os Latinos e com os Saxonicos como os seus sonhos dum alicate atlatico-pacifico, euro-asiatico, para destruir as américas, sõ vai dar mais m*rd*, em cima da outra que já evacuou.
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    Isto já vem de muito longe, do tempo dos romanos, o império dos Latinos, que a susbstituição foi o que sabe de miséria, austeridade, recuo civilizacional. Em suma produziu uma longa idade negra medivel, feudal, de abusos inqualificaveis que durou séculos.
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    Já no sec XX nem vale a pena falar, o eixo franco-germano encarregou-se de destruir por duas vezes a Europa, reduzindo-a a zero. Ora se é com esta perpsetiva que aborda o sec XXI o melhor é desamparar a Europa.
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    Eu óu por uma Europa, se possivel, que seja um bloco humano homogeneo com CATEGORIA, QUALIDADE e ESTADISTAS que a façam ombrear de igual para igual com os outros grandes blocos humanos do planeta. A saber EUA, China, India, Mexico etc etc etc.
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    Mas isto está tão longe na União Europeia que parece não passar dum sonho de sonhadores. Tudo sugere que o FIM ainda pode ocorrer neste 2011, sem guerra. Porque se esticar a corda cai destruida por uma nova guerra.
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    É jogo muito pesado. E nós ? Sou mais com ‘a puta batida’ que na 2ª era ‘neutro’ ativo a sacar riqueza dos dois lado. Mas para isso não é fazer Democracia com putos e encostados no Poder.
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  33. JCA permalink
    6 Novembro, 2011 15:53

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    “E o eixo franco-alemão diz que quere um Governo de Coligação na Europa” que saiu, obvio deve ler-se “E o eixo franco-alemão diz que quere um Governo de Coligação na Grecia’.
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  34. jorge silva permalink
    7 Novembro, 2011 12:28

    cada vez que vejo algumtexto de jmf fico em plugas e não me canso de dizer: a este desavergonhado nem no borda d’agua o deviamdeixar escrever. há que ter memória e chamar os aldabões pelo nome

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  35. Nuno permalink
    10 Novembro, 2011 03:55

    O Otelo, as forças militares, militarizadas ou de segurança ao serviço de Portugal são todos de gargalhada!… E também uma miséria a todos os tolos…

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