Saltar para o conteúdo

E se em 74?…

25 Abril, 2012
tags:
by

Não tem havido revolução ou esta tivesse sido dominada?

Sem 25 de Abril, o mundo não evoluiria de forma muito diferente. A guerra colonial teria de ter uma solução política, sob pena de o país acentuar a sua situação de pária à escala internacional. A então CEE e os gringos derrotados no Vietname, mas a não quererem perder a África Austral para a órbita soviética, constituiriam o isco e a pressão à negociação política. Uma evolução política à espanhola seria incontornável.

Evitaríamos Vasco Gonçalves e as suas ruinosas nacionalizações; as imbecilidades de Otelo e de toda a restante tropa fandanga; o socialismo na Constituição e o Estado Social criado por decreto; o endividamento galopante e, quiçá, os resgates pelo FMI.

A alternativa ao 25 de Abril seria essa, não a perpetuação do regime. E hoje estaríamos indiscutivelmente melhor, sem ter de aturar estes patéticos rituais beatíficos das comemorações. E afinal para comemorar o quê???

130 comentários leave one →
  1. Pinto permalink
    25 Abril, 2012 10:34

    Na mouche.
    .
    E quanto às liberdades teriam sido reforçadas gradualmente, como já o haviam sido a partir da II Guerra Mundial. A partir de 1989 – com o fim do comunismo soviético – já não havia qualquer necessidade para se controlar a imprensa ou exercer qualquer tipo de censura (se é que chegássemos a esse ano ainda com alguma).
    .
    Mas eu coloco outro “se”. E se Salazar fosse cedendo autonomia às regiões de África? Esta interrogação leva a outra, não menos pertinente: qual seria a melhor altura para o ter feito? Há quem diga que teria sido em 1961, quando Kennedy pressionou o nosso Governo no sentido de, gradualmente, ir dotando as regiões de autonomia. Pessoalmente acho que já teria sido tarde, pois nessa altura não aceitavam outra condição que não fosse a independência total – o rastilho já estava aceso. Teria de ter começado logo em 1948.

    Gostar

  2. justo permalink
    25 Abril, 2012 10:38

    é ao contrário: festeja-se o fim da ditadura (não podermos livemente reunir, expôr ideias, formar partidos, concorrer a eleições, eleger quem queremos), de ter de aceitar a pobreza, dos vergonhosos índices de saúde, do fim da guerra colonial. a liberdade e a democracia é que são festejadas.
    as vergonhas que falas é outra conversa, só alguns festejam o que foi então feito, o tempo e as sucessivas eleições foram corrigindo tudo isso.

    Gostar

  3. ESMERALDA permalink
    25 Abril, 2012 10:49

    Sem esquecer a indigente DESCOLONIZAÇÃO!!!!!!

    Gostar

  4. Euro2cent permalink
    25 Abril, 2012 10:59

    > Na mouche.
    Bis
    .
    > E se Salazar fosse cedendo autonomia
    .
    Em retrospectiva, faltou a arte de captar uma elite intelectual e económica, talvez com direitos de representação restritos.
    .
    Seria talvez tarefa impossível. Mestres que são de propaganda, os anglo-americanos não o conseguiram noutras paragens. O virus marxista foi demasiado potente, e mesmo a evidência da sua mortalidade para o hóspede levou décadas a penetrar. Nem hoje está extinto …

    Gostar

  5. João Sebastião permalink
    25 Abril, 2012 11:19

    Então o que fizeste para mudar as coisas?

    Gostar

  6. tric permalink
    25 Abril, 2012 11:24

    a morte do Regime Maçónico-Judaico e as suas variantes económicas…agora querem vender ao portugueses uma treta chamada Liberlismo Austriaco ! estes Maçons e Judeus juntos não valem um tostão furado!!!…

    Gostar

  7. zazie permalink
    25 Abril, 2012 11:27

    Mas que Salazar? Estes imbecis não sabem que Salazar já tinha deixado de governar 6 anos do 25 de Abril e que morreu em 1970?

    Gostar

  8. Guillaume Tell permalink
    25 Abril, 2012 11:27

    Hummm… pois mas nesse caso penso que a nossa História teria sido bastante parecido à espanhola. Em vez de termos a década dos governos minoritários, penso que rapidamente teriamos tido um Governo PS liderado por Mário Soares que teria durado pelo menos uma década (desta vez os comunas teriam entrado no Governo, para impedir o regresso do faccchismo), e a defeito de termos nacionalizações teriamos outro tipo de intervenções desparatadas (para simplificar: em vez de gastar o ouro para nacionalizar tudo e mais alguma coisa, teria sido usado para montar um Estado da treta social e as primeiras PPP delegadas ao jovem e novador ingenheiro Sousa de Pinto, responsável de construir as escolas modernas do Interior) que levariam o desemprego para níveis à volta dos 20% já na década de 80 (porque obviamente ainda teriam sido feitos menos esforços para controlar a despesa e os impostos). Mas ao menos a vantagem é que Sá Carneiro já seria Primeiro-Ministro em algures da década de 90 e agora seria Presidente da República, e actualemente, depois da terceira via guterrista, seriamos governados por Durão Barroso, que estaria a impor sanções a Angola por causa da expropriação da Galp-Sonangol.
    Ao fundo teria sido igual, as coisas teriam acontecido somente com mais atraso.

    Gostar

  9. zazie permalink
    25 Abril, 2012 11:28

    O Salazar ia ceder autonomia a quem? à URSS?
    .
    É que só se fosse, porque até os americanos andaram em gincanas com protestantes a provocarem a guerra em Angola.

    Gostar

  10. Fincapé permalink
    25 Abril, 2012 11:29

    Se a minha avó tivesse tomates, era o meu avô.
    Há muita gente que, apenas por ironia, diz que a culpa disto tudo é do D. Afonso Henriques. Por ironia, repito. Porque recuar quase 40 anos para tentar explicar o que teria acontecido se qualquer coisa “não tivesse acontecido” seria a mesma coisa que no final da segunda guerra mundial prever o que teria acontecido se Hitler não tivesse nascido. Um verdadeiro disparate… ou um exercício de masturbação mental!

    Gostar

  11. zazie permalink
    25 Abril, 2012 11:30

    O que nos faltou foi a monarquia. Se não fosse o carbúnculo maçónico e a puta da república jacobina o Marcelo Caetano tinha feito a transição e hoje estávamos melhor que a Espanha.

    Gostar

  12. zazie permalink
    25 Abril, 2012 11:32

    Mesmo que o 25 de Abril fosse inevitável, o que não era inevitável é esta choldra que se agarrou ao poder e nos desgoverna desde aí.
    .
    E só por facciosismo imbecil ainda se pode dizer que sem a choldra não havia democracia.

    Gostar

  13. zazie permalink
    25 Abril, 2012 11:35

    Na verdade, esta gente apoia a choldra com o mito do perigo da ditadura. Porque nunca se habituaram a uma democracia e ainda acham que se trata de uma ditadura de alterne.
    .
    E não pedem contas a quem desgoverna, nem a quem rouba, nem exigem um Estado de Direito com justiça autónoma, porque os imbecis nem sabem o que isso é. Pensam com esquemas de ditadura político-partidária-
    .
    Claro que quando os gatunos são de esquerda- têm legitimidade a dobrar para sacar e desgovernar- afinal é neles que ainda revêem a tal dita cuja “democracia”.

    Gostar

  14. piscoiso permalink
    25 Abril, 2012 11:35

    O POVO costuma dizer para estas profundas lucubrações:
    Se a minha avó nã morresse indagora era viva.

    Gostar

  15. Fincapé permalink
    25 Abril, 2012 11:35

    Nem mais, zazie!

    Gostar

  16. Fincapé permalink
    25 Abril, 2012 11:41

    Aliás, nem sei de que se queixa o nosso sonso hiperliberalismo. Ainda ontem se viu uma empresa que já pagava aos colaboradores em produtos capilares. A descabelada ideia vem ao encontro dos que gostariam de pagar em tigelas de arroz. Pergunto de novo: de que se queixam?

    Gostar

  17. piscoiso permalink
    25 Abril, 2012 11:42

    Se não fossem os jacobinos tínhamos D. Duarte de Bragança no trono, em vez de um Cavaco em Belém.
    Provavelmente estava outro Coelho em S. Bento, mas a merda era a mesma.
    …e D.Duarte sempre podia caçar elefantes.

    Gostar

  18. Rinka permalink
    25 Abril, 2012 11:44

    1ª lição que qualquer pessoa que fale de História deve saber:
    Na História não existem “se’s”

    Gostar

  19. 25 Abril, 2012 11:44

    E se o Afonso Henriques… Uma das características da direita estúpida é o medo patológico a tudo quanto é movimento de massas, espontaneidade, livre iniciativa, apesar de gostar de apresentar um embrulho liberal. Na verdade gosta da proteção, do privilégio, de grandes margens de conforto, do que chama “estabilidade” (a sua). Se o Pilatos não tivesse lavado as mãos, se o Afonso Henriques não tivesse problemas mal resolvidos com a mãe, se o Mestre de Avis tivesse ficado quietinho, se em 1640 tivessem ficado em casa, se o D. Carlos se tivesse atirado aos ingleses, se… Já viram quantas comemorações teríamos eliminado, quantos momentos de folgança não existiriam, desviando a populaça do trabalho. Sim, porque para esta direita, essa é a função dos homens. Dos outros.

    Gostar

  20. António Joaquim permalink
    25 Abril, 2012 12:25

    Se o LR não existisse por certo que haveria um outro LR a dizer as mesmas baboseiras. LR cuspa para o ar que decerteza mudará de lugar.

    Gostar

  21. Francisco Colaço permalink
    25 Abril, 2012 12:39

    LR,
    .
    Isso já eu digo e escrevo há anos. Mas repare que a dívida externa de Portugal continuou a aumentar muito para além do 25 de Novembro, até às duas intervenções do FMI e à sua estabilização nos governos Cavaco Silva.
    .
    Repare que a dívida nunca foi necessária. A necessidade da dívida («sem dívida não há desenvolvimento») é uma construção sem sentido qualquer dos que não entendem fontes de financiamento, ou que estão a soldo da banca, mesmo em a odiando visceralmente.
    .
    Resta-me a convicção de que este será o ano do primeiro superavite comercial (ou pelo menos da aproximação a este).

    Gostar

  22. aremandus permalink
    25 Abril, 2012 12:48

    não fora o 25 Abril ter existido e Cavaco não teria a oportunidade de falar sagazmente sobre os beneficios da Via Verde e dos cartões de telemóvel.
    que bardamerdas

    Gostar

  23. Francisco Colaço permalink
    25 Abril, 2012 12:48

    Trinta e três,
    .
    Saber o que aconteceria se não tivesse acontecido esta intentona de meter um regime ditatorial em portugal para substituir um regime que aos poucos se democratizava é essencial para saber como aquelas bestas foram perniciosas para a história do país. O surgimento do Expresso para mim marca o princípio do fim da ditadura, não qualquer 25 de Abril. Pode o Trinta e Três afirmar que houve mais justiça depois do 25/4 do que antes?
    .
    Tive um pai preso pela PIDE e depois detido pelos comunistas. A PIDE ao menos teve a decência de forjar um crime menor envolvendo a Marinha Portuguesa, mas o PCP apenas deu um mandato de captura em branco assinado pelo Otelo a umas aventesmas de «brigadas populares». Foi só preencher um nome. Não me diga que os meios justificam os fins contra pessoas que apenas expressam opinião, dirigem jornais, e são adeptos das democracias liberais.
    .
    Para mim, uns e outros, comunistas e corporativistas, são pura escória, assim como aqueles escroques descerebrados que hoje defendem tais ideologias. E a escória é nada mais que poluição visual e química, e deve ser como tal excisada.

    Gostar

  24. piscoiso permalink
    25 Abril, 2012 12:53

    Enfim, o pai do Colaço foi preso por ter cão e preso por não ter.
    É só desgraças.

    Gostar

  25. e-ko permalink
    25 Abril, 2012 13:04

    e se se fosse assim, teria sido assim:
    http://www.donosdeportugal.net/

    Gostar

  26. e-ko permalink
    25 Abril, 2012 13:07

    corrijo: se não fosse assim, teria sido assim:
    http://www.donosdeportugal.net/

    Gostar

  27. xico permalink
    25 Abril, 2012 13:37

    Os movimentos de libertação africanos caíram na alçada soviética por culpa dos responsáveis políticos em Portugal. Sou o que se pode dizer uma vítima de uma descolonização mal feita e apressada. Mas se a guerra era para acabar em negociações, dez anos foi demasiado tempo para tomar decisões.
    Só por isso já valeu a pena o 25 de Abril. As mortes reclamavam que não se esperasse mais tempo para as coisas se irem “compondo”.
    Se este (o 25 de Abril) foi feito sem evitar os desvarios gonçalvistas, a culpa foi mais das elites acomodadas, que protestavam pelos cafés, mas gostavam de um Chiado com portões para as quintas, e nunca quiseram saber do que se passava nas colónias, para além de que fazia muito calor.

    Gostar

  28. blitzkrieg permalink
    25 Abril, 2012 13:39

    Bom post – nunca me tinha ocorrido o que seria hoje Portugal sem o 25 de Abril. Infelizmente, acho que a triste conclusão é que muito provavelmente os idiotas que nos governaram nos últimos 30 anos (Soares, Guterres, Barroso, Santana, Sócrates, o Cavaco como presidente) seriam os mesmos. E ainda hesito juntar Passos Coelho à lista, mantendo-o em estado de graça.

    Gostar

  29. XisPto permalink
    25 Abril, 2012 13:43

    Os comentadores não repararam no tag “ficção”. Não faz sentido fazer comentário político a ficção, sim critica literária.

    Gostar

  30. 25 Abril, 2012 13:43

    ora , falando do presente : a inglaterra entrou em recessão , a dívida dos gajos é grande..maior que a dum pig na berlinda. sempre quero ver se os mercados tb a atacam..se não atacarem , há coisas que ficam bem claras.

    Gostar

  31. rosinha permalink
    25 Abril, 2012 14:04

    SE o meu pai não morresse hoje ainda estaria vivo!!! É o resumo que faço desta conv
    ersa proposta pelo LR!!! Armados em bruxos, é que não!! Adivinhar um passado que não existiu???!!! Já viram no ridículo que é?

    Gostar

  32. 25 Abril, 2012 14:26

    Francisco:
    “Mandatos de captura em branco”? Recordo-lhe que antes do 25 de Abril havia uma instituição que ía mais longe e dava-lhes cobertura legal: eram os tribunais plenários que o Francisco deve ter conhecido a partir do sucedido ao seu pai. Quanto ao resto que diz, recordo-lhe que o Francisco é que ficou melindrado quando eu disse (num comentário a outro post) que a nossa democracia já tinha pouco de democrática.
    .
    e-ko:
    Muito bom.

    Gostar

  33. tric permalink
    25 Abril, 2012 14:35

    no dia 25 de Abril, nada melhor que recordar um GRANDE PORTUGUÊS Cristão que este Regime Maçónico-Judaico desprezou…o que mostra a LIXEIRA que é este Regime!!! Mas um Regime que Branqueia a existencia do Genocidio Cristão em Portugal, não se pode esperar nadinha…
    .
    (…)Lúcio Tomé Feteira, industrial, 98 anos, natural de Vieira de Leiria
    Um homem do século
    .
    Fundador de um império financeiro, que aproximou línguas e culturas dis­tintas, condecorado por reis e pre­sidentes, amigo de ditadores e democratas, Lúcio Tomé Féteira simboliza o espírito criativo e universalista do português neste século.
    .
    A sua família é mesmo originária de Vieira de Leiria?
    O meu avô era natural de S. Tomé de Mi­ra, abaixo da Figueira da Foz. Veio pa­ra a Praia da Vieira numa carroça. Na­quele tempo o rio Lis era navegável. O meu pai, Joaquim Tomé Féteira, que nas­ceu na Vieira, criou uma indústria, em 1868. Os seus produtos tornaram-se conhe­cidos no mundo inteiro. Havia paí­ses que desconheciam a existência de Por­tugal, mas co­nheciam as limas portuguesas. Tive a ocasião de verificar isso em Sai­gão. Um dia houve um incêndio que de­vo­rou as ca­sas da Praia da Vieira. As casas eram barracas. Foi por isso que o meu pai veio para Vieira de Leiria. Era um homem com gran­de paixão pelas ciências. Possuía um poder de argumentação extraordinário. Tornou-se conhecido em to­do o País. As maio­res intelectualidades de Portugal iam visitá-lo. Havia mesmo um livro que dizia: – se um dia passares por Leiria não deixes de visitar o Tomé das limas.
    .
    Que tipo de educação recebeu do seu pai?
    O meu pai cuidava dos seus 12 filhos com uma certa rigidez. Como era dantes! Obri­gou-nos a andar descalços até aos quatro anos. Andar calçados só era permitido ao do­mingo. Dizia que andar em contacto com a terra fazia bem. Isto passou-se na Viei­ra, onde nasci. Começou a ensinar-me a ler aos 3 anos. Ainda era uma criança e já lia o jornal para o meu pai.
    Saía da escola primária e ia tomar banho para o rio Lis. Naquele tempo o Lis não era poluído. Aprendi a nadar muito cedo. Che­guei a nadar durante duas horas sem ir a terra. Esse exercício físico revelou-se im­por­­tante ao longo da minha vida. O meu pai foi sempre monárquico. Eu tinha um irmão, o Raul, que era republicano, apoiante do António José de Almeida. Discutiam política e outras coisas. Eu ouvia. Isso traduziu- -se, em mim, num certo saber. E tanto assim foi que quando entrei no liceu aquilo não foi nada para mim.
    .
    Que ideia tem sobre a República?
    A passagem da Monarquia para a Repú­blica foi uma desgraça. Os republicanos mataram padres, cometeram os crimes mais violentos, aquela coisa… a legião vermelha… matou três juízes e cinco jurados. Até o fundador da República, o Machado dos Santos, foi morto. Depois veio o Gomes da Costa, que fez o 28 de Maio… E a ordem determinante para que não se fizesse mal aos republicanos. O Bernar­dino Machado, que estava exilado em Madrid, contou-me isto a chorar. Con­videi-o a almoçar comigo. Comeu muito pouco. Chamei-lhe a atenção: – O senhor Presidente come tão pouco! – Vou dar-lhe um conselho -, respondeu. – A frugalidade conduz à longe­vidade. E contou-me quanto estava grato ao Gomes da Costa por ter protegido os republicanos. E que até tinha sido destacado um coronel para acompanhá-lo. Disse-me isto a chorar!
    .
    Cumpriu o serviço militar?
    Andava no 5.º ano quando apareceu um rapaz com uns galões de oficial. Aquilo era um fascínio para as moças. Fiquei com muita inveja. Perguntei-lhe como era possível conseguir aquilo. – Aliste-se para a guerra. Faça o curso de oficiais, em Mafra, e terá uns galões como estes -, foi a resposta que obtive. Até me ajudou a fazer um requerimento ao minis­tro da Guerra, general Norton de Matos, com quem trabalhei mais tarde. Mas para o requerimento ir avante, era necessário uma declaração assinada pelos meus pais, pois tinha 15 anos nessa altura. Andava esgotado. Estava no 5.º ano. E já tinha tido outro esgotamento. Naquele tempo estudava–se latim a partir do 3.º ano do liceu. Uma ocasião disse ao professor que no espaço de um mês meteria na cabeça toda a gramática do latim. E meti mesmo! Mas depois caí doente durante três meses.
    .
    Homem notável
    .
    Recorda-se de algum professor?
    Um dos meus professores era o pai do José Hermano Saraiva, aquele que faz programas de televisão sobre História de Por­tugal. O seu irmão, o António José Sa­rai­va, foi um homem notável, um grande escritor. Deixou de ser comunista depois de ter feito uma viagem à Rússia.
    Entretanto, disse à minha mãe que queria ser oficial do exército. Isto aconteceu, em 1917, quando Portugal entrou na Grande Guerra Mundial. Tinha 15 anos. A minha mãe ficou aflita. Mandou–me falar com o meu pai. Lembro-me perfeitamente de ter dito que não. Era o medo, o respeito… Andei três dias a ganhar coragem para falar com o meu pai.
    .
    E falou?
    Ao fim de três dias, depois de ganhar cora­gem, fui ter com o meu pai. – O que é que o senhor deseja? -, perguntou, tratando- -me por senhor. – Nada, respondi. – Nada? O senhor gasta uma imensidade de latim para não querer nada? – Bem… queria que o pai assinasse isto. – É só? – É só. – Vou buscar a pena. A pena era a caneta daquela época. Apareceu com umas cordas dobradas. Dizia que com aquilo os ossos não quebravam…
    .
    Pensou nalguma alternativa?
    Pensei em tirar o curso de piloto de na­vios. Houve até um familiar meu que fa­lou com o tenente da Marinha Francisco Cham­pa­limaud. Anos mais tarde até perguntei ao António |Champalimaud| se era parente daquele oficial da Armada. Res­pondeu–me que não. – Costuma-se dizer que as pessoas ricas não têm parentes, disse-lhe. – Não é nada disso, acrescentou.
    .
    Tem boas relações com António Cham­pa­limaud?
    Tratamo-nos por tu.
    .
    Foram sócios?
    Nunca fomos sócios. Um dia o Jucelino de Oliveira (presidente do Brasil) disse-me que tinha uma jazida maravilhosa de cimento para mim. Respondi-lhe que não queria mais nada. E indiquei-lhe o An­tónio Champalimaud. Então o Cham­pa­limaud contraiu um empréstimo – era isso que deve­ria ter dito no livro dele – de 12 mi­lhões de libras num banco da Ale­manha, dando como garantia o Banco Pin­to e Sot­to Mayor. Quando se venceu a le­tra foram pedir dinheiro ao Banco Pinto e Sotto Mayor. No banco disseram que era com o senhor Champalimaud. O Champa­limaud disse que não. Conclusão: o Estado teve que pagar esses 12 milhões de libras. Portanto, ele ganhou esses 12 milhões. É isso que deveria ter dito. Às vezes há falta de sinceridade… Isso foi quatro anos antes do 25 de Abril.
    .
    O que se passou após o seu familiar ter falado com o tenente Francisco Champalimaud?
    O tenente Champalimaud arranjou-me lugar, como aprendiz de pilotagem, num navio dos Transportes Marítimos do Es­tado. Informaram-me logo que ia traba­lhar como um simples marinheiro. E que ganharia 75 escudos por mês. O dólar valia então oito escudos. No dia seguinte apresentei-me no navio. O contra-mestre perguntou-me se sabia nadar. Disse-lhe que sim. – Então o seu serviço é numa escada de corda com uma lata de tinta e uma raspadeira. Vai pintar o navio. – Bom, disse eu -, pode ser que saia daqui um Malhoa [risos]. À noite, quando me deitei, não podia com os mosquitos. Eram milhões! No dia a seguir o Francisco Champali­maud disse–me que era mesmo assim. Então a mulher dele reagiu: – Não é bem assim. O praticante não faz esse serviço e dorme em segunda classe. Isto passou-se em Lisboa, em 1917, quando o navio do tenente Carvalho e Araújo foi afundado por um submarino alemão. Era amigo do irmão dele.
    Entretanto, fiz uma viagem à Madeira e à ilha do Corvo, nos Açores. Estive 17 dias no mar. Mas para entrar na Escola Náutica era preciso passar 365 dias no oceano.
    .
    Ficou em terra…
    Pensei que só num barco à vela era possí­vel ingressar na Escola Náutica. Até que encontrei, junto ao cais, uma galera de quatro mastros. O comandante era de Cabo Verde. Perguntei-lhe se precisava de um pra­ticante de pilotagem. Disse-me que sim. Ia ganhar 150 escudos por mês. A partida para Baltimore estava marcada para o dia seguinte. Fui logo à Capitania para registar o meu nome. Mas estava lá muita gente. E não consegui resolver a minha situação. O barco partiu sem mim. Três dias depois foi afundado por um torpedo de um submarino alemão. Os tripulantes morreram todos.
    Verifiquei logo que não tinha vocação para a Marinha. Regressei a casa e pedi à minha mãe que me desse três tostões para pagar a pensão em Leiria. Fui para lá estudar como aluno externo. Os livros eram emprestados. Assim fiz o 6.º e o 7.º anos. A minha mãe ficou toda contente. Mais tarde, em 1922, após tirar, no Porto, o curso |incompleto| do Instituto Superior de Comércio, fui para Luanda como funcionário superior de finanças.
    .
    Em Angola
    .
    O que aconteceu após a morte do seu pai?
    O meu pai, quando morreu, deixou à minha mãe, em testamento, uns títulos brasileiros, emitidos pela Casa Roschild, em Londres. E também deixou a empresa de limas, com a condição de passar para os filhos 25 anos depois. Por isso, quando me formei, concorri ao Ministério das Coló­nias. Fiquei em primeiro lugar e fui traba­lhar com Norton de Matos – um homem extraordinário -, como oficial superior de finanças, em 1922. Norton de Matos era alto-comissário em Angola. Já tinha sido governador, em 1912.
    .
    Como era a relação de Norton de Matos com o povo de Angola?
    O Norton de Matos criou um prestígio tão grande que depois foi vítima da inveja. A inveja, afirmavam os romanos, é a companheira inseparável da glória. Norton de Matos não consentia que houvesse um preto ocioso. Mas também não permitia que se tratasse mal um preto. Queria fazer uma confederação de estados portugueses. A sede dessa confederação, que seria no Huambo, passaria a chamar-se Nova Lisboa. Uma vez apareceu o Venâncio Guimarães, que negociava pretos. Norton de Matos avisou-o que não consentia aquele negócio. O Venâncio Guimarães pensava que tinha as costas quentes, pois era ami­go do engenheiro Cunha Leal, o maior tribuno que havia na República. E prosse­guiu com as suas actividades. Norton de Matos expulsou-o.
    .
    Conheceu Alves dos Reis, considerado o maior falsário português do século?
    Conheci-o muito bem. Fiz um inquérito ao Alves dos Reis. Ele era responsável pelos caminhos de ferro que iam de Luanda a Malanje. Até vou contar uma coisa que tem graça. Estava com Alves dos Reis e mais dois amigos quando passou uma senhora muito bonita. Eu disse: – Bonita senhora. – É bonita mas é minha, retorquiu ele. Respondi: – Oh Alves dos Reis, eu também não a quero. Fica lá com a mulher [risos].
    Alves dos Reis era visto como um génio financeiro…
    Era um tipo muito inteligente. Foi para Angola com o primeiro ano do curso de Engenharia e apresentou-se como enge­nheiro. Digo mais: deve-se a Alves do Reis o facto de Portugal não ter ido à falência. Graças àquelas notas falsas de 500 escu­dos.
    .
    O maior estadista
    .
    Quem é, na sua opinião, o português mais ilustre deste século?
    Salazar foi o maior estadista da História de Portugal.
    .
    Mas o senhor financiou uma tentativa de revolta contra o regime de Salazar. Por­quê?
    É verdade. Foi em 10 de Abril de 1947. João Soares, pai do Mário Soares, era um dos implicados, assim como o almirante Mendes Cabeçadas, entre outros. Vieram ter comigo. Eu andava danado com a burocracia. A questão não era com o Salazar. Queria construir fábricas. Tinha a mania de construir. Ainda hoje não posso com a burocracia portuguesa. Na América consegui o quis, no Brasil também. Na Amé­rica até criei uma fundação em 15 dias. Em Portugal também quis fazer uma fundação e não me deixaram. Entretanto, o pai do Mário Soares, com quem me dava muito bem, apareceu em minha casa…
    .
    Salazar gostava de si?
    Gostava! Pediram-me para financiar o golpe, pois não tinham dinheiro. E financiei. O que dava ao Governo o direito de me confiscar os bens. E Salazar não o fez. Salazar afirmou a um ministro que sentia grande apreço por mim. – Tenho tanta admiração por este homem e ele não gosta de mim -, terá desabafado a meu respeito. Mas não era bem assim. Eu não gostava era da burocracia. Salazar nunca me quis mal.
    .
    Salazar soube do seu envolvimento na tentativa de revolta?
    Soube de tudo. Fui o único que escapei. Os restantes, mais de três centenas, foram para a prisão, entre os quais o Manuel Cunha, meu cunhado.
    .
    João Soares também foi preso?
    Também foi. Um pide mandou–me embora. Quando foram presos estava eu a cami­nho do Rio de Janeiro. Fui o único dos im­plicados a escapar. Mais tarde, em 1950, du­rante o Ano Santo, o Papa Pio XII pediu uma amnistia para os presos políticos. Mas Sa­lazar não deu. O único que precisava da amnistia era eu. Os outros, afinal, já ti­nham­ cumprido a pena. Depois apareceu o pro­fessor Queiró, de Coimbra, a discursar: – Portugal não pode perdoar a esses trai­dores da Pátria… Mas traidor era só um [risos]. E estava no Rio de Janeiro [risos].
    .
    É verdade que acolheu opositores ao regime do Estado Novo na sua casa no Rio de Janeiro?
    Sim senhor! A todos prestei auxílio. E tanto foi assim que, uma ocasião, ao chegar a Lisboa, fui interpelado por um pide: – Nós sabemos que tem auxiliado certas pessoas… – Tenho, sim. Mas se amanhã o Salazar me aparecer desgarrado também não o abandono. – Está bem. Você é boa pessoa. Pode ir embora -, disse o pide.
    .
    Salazar nunca prejudicou os seus negócios?
    A mim, não.
    .
    Mas ao financiar a tentativa de revolta o senhor estava a rebelar-se contra Sala­zar…
    Pois era… Estava danado com a burocracia. Evidentemente que o Salazar também era responsável por aquilo que não praticava. Era o chefe do Governo. De qualquer modo, poderia ter confiscado os meus bens e não o fez. Depois veio o 25 de Abril e roubaram- -me tudo…
    .
    Qual é o seu património actual?
    É uma centésima parte do que tinha!
    .
    Mário Soares sabe que o senhor era amigo de João Soares?
    Está ao corrente disso tudo. Ajudei o Má­rio Soares quando ele estava no exílio. Mais tarde, quando era Presidente da Re­pública, Mário Soares pediu ao Azeredo Perdigão para eu aceitar fazer parte do Conselho das Ordens Honoríficas, o máximo que há. E recusei.
    .
    Milagre económico
    .
    Em que ano foi para o Brasil?
    Em 1941, a conselho de Washington Luís, presidente do Brasil. Getúlio Vargas era ministro das Finanças. Comecei a abrir fábricas no Rio de Janeiro, S. Paulo, Ar­gen­tina, Uruguai, Venezuela… Eram fábricas de vidro, de cimento, de várias coi­sas… Ainda hoje tenho uma fazenda no Brasil com 1300 cabeças de gado. Um dia conheci um antigo diplomata brasileiro que me falou numa propriedade com muitas areias para as minhas fábricas de cimentos. Ficava a 20 quilómetros de Ni­te­rói, no outro lado da baía do Rio de Ja­neiro. Situa­da à beira-mar, tinha seis la­goas e 70 quilómetros de extensão. Era a coisa mais bela do mundo. Comprei a propriedade por 130 mil dólares. Fiquei des­lumbrado. Cheguei a vender 25 toneladas de camarão por dia.
    .
    Chegou a fundar a cidade de Olímpia, no Brasil, em homenagem à sua irmã?
    Gastei milhões de dólares nesse projecto. Mas o senhor |Leonel| Brizola embargou tudo. Seria a cidade mais linda do mundo. Isto é confirmado pelo Lúcio Costa, o arquitecto de Brasília.
    .
    Quando regressou a Portugal?
    Em 1964 resolvi vender as minhas empresas. E depois pensei no melhor local para colocar o dinheiro. O dinheiro não tem pá­tria, vai para onde há melhores garantias. Qual era o país que me oferecia melhores garantias? Portugal, que tinha o orçamento equilibrado e a moeda mais forte do mundo. É por isso que hoje não me deixam falar. Portugal tinha a inflação a zero e 980 toneladas de ouro. O Financial Ti­mes escreveu: – Portugal, a continuar a sua ex­pansão económica, atingirá o terceiro milagre económico do mundo em 1980. O que ultrapassaria muitas vezes os outros dois milagres económicos: o japonês e o ale­mão.
    .
    Trouxe o dinheiro para Portugal?
    Sim, onde já tinha outras coisas…
    .
    E quanto dinheiro trouxe?
    Muitos milhões de dólares. Tinha cá a Co­vi­na e outras fábricas. Até fundei o Banco Comercial de Angola, em Luanda, em 1964. Em Angola encontrei o general Silvino Silvério Marques, de quem sou muito amigo. Comprei muitas coisas, incluindo acções de muitas companhias…
    .
    O 25 de Abril
    .
    Trouxe o dinheiro para Portugal. E depois?
    Deu-se o 25 de Abril…
    .
    E os seus bens foram nacionalizados…
    Nacionalizados? Roubados! Nacio­nalizar é um eufemismo que eles criaram. Há três países que roubaram o povo: Cu­ba, Rússia e Portugal. A Inglaterra, a de­ter­minada altura, estatizou. Mas pagou por isso o dobro do valor. Mitterrand, quan­do era presidente da França, fez o mesmo. Mas também pagou o dobro. As fábricas, nas mãos do Estado, nunca dão nada.
    .
    Que património tem na Vieira?
    Uma quintasita…
    .
    É verdade que tratou o almirante Rosa Coutinho como simples marinheiro?
    É verdade. Disse-lhe: senhor marinheiro: co­mo toda a gente sabe, depois do tenebro­so 25 de Abril, fez uma grande fortuna. Po­de explicar à gente como a fez? Só disse que não era rico. Isso aconteceu durante um programa televisivo. Foi no vigésimo ani­versário do 25 de Abril. Foi a primeira vez que me deixaram falar sobre os roubos.
    .
    É verdade que recebeu uma carta de Ezer Wei­z­man, ex-presidente de Israel, a agradecer a sua ajuda a refugiados judeus durante a Segunda Guerra Mundial?
    Escreveu-me uma carta a pedir que salvas­se um cunhado seu, cientista… Eu era cônsul honorário do Paraguai. Fui à França ocupada, com o senhor Magalhães, cônsul português em Marselha, e conseguimos salvar o homem. Weizman, quando fez escala em Lisboa, a caminho da Nova Ior­que, onde ia fazer um conferência, convidou-me para almoçar no Avis. Ofereceu-me um relógio de ouro. Weizman era professor em Inglaterra. Foi o inventor do radar. Mais tarde dei o relógio ao doutor Vas­concelos Marques, grande cirurgião, o mesmo que tratou Salazar.
    .
    Quem lhe ofereceu um Van Gogh?
    Outro judeu, chamado Van Bergh, veio ter comigo com um telegrama do Canadá diri­gido a mim. Quando me viu começou a cho­rar. Contou-me que tinha a mulher e as filhas debaixo da pata do Hitler. Van Ber­gh, que era banqueiro, tinha a maior colec­ção de quadros de Van Gogh. Era um ho­mem muito rico. Pediu-me que lhe arran­jas­se um visto para a África do Sul. E ar­ran­­­jei. Quis oferecer-me a obra-prima de Van Gogh. Não aceitei. Convidei-o, juntamente com o embaixador do Paraguai, a jantar comigo. Então ele pediu ao embai­xador que me convencesse a aceitar a sua relíquia mais valiosa: uma caixa de rapé, em ouro, com uma coroa. Ainda hoje guar­­do esse objecto em minha casa. Uma oca­sião, estava a almoçar num restaurante de Wall Street, em Nova Iorque, com direc­tores do City Bank, quando um deles me dis­se que Van Bergh perguntara por mim. Telefonei-lhe e o banqueiro disse-me que tinha uma obra para mim e que não a vendia por dinheiro ne­nhum. Era a His­­tória de Por­tugal do Século XVIII. Tam­­bém a tenho comigo. Mais tarde, nu­ma viagem de Londres para Paris, sou­be que a obra-prima de Van Gogh tinha sido vendida por 56 milhões de dó­lares. E também soube que o banqueiro morrera.
    .
    Também arranjou um advogado a Ca­louste Gulbenkian…
    Sim, apresentei-lhe o meu advogado, o Azeredo Perdigão…
    .
    Fez alguma coisa pelo próximo?
    Fiz muito. Só à Ordem de S. João de Deus dei dois milhões de contos para o trata­men­to dos doentes. Fui o único industrial a dar assistência social aos operários. Por exem­­­plo, morria um operário e a viúva con­­ti­nuava a receber o ordenado do marido. O meu maior prazer na vida era fazer bem. Também Deus foi meu amigo. Corri riscos enormes e Deus pôs-me sempre a mão.
    .
    Que conselhos daria à geração actual?
    Esta geração, coitada, anda toda envenenada. Contam-lhe a história mentirosa. Disse isso ao meu neto, quando se formou em Direito
    .

    Gostar

  34. adriano volframista permalink
    25 Abril, 2012 14:54

    LR
    Magnífico mas não é história alternativa.
    Se não fossem os capitães seriam os sargentos. A história, ao contrário do conto de fadas que propõe seriam bem pior; hoje estaríamos na companhia da Roménia, ou iguais à Albânia.
    Só em no caso do golpe ter sido falhado, poderíamos ter um regime diverso do actual.
    Cumprimentos
    Adriano

    Gostar

  35. piscoiso permalink
    25 Abril, 2012 14:58

    O meu avô era natural de S. Tomé de Mi­ra, abaixo da Figueira da Foz.” – tric
    É acima da Figueira da Foz no concelho de Mira.

    Gostar

  36. 25 Abril, 2012 15:13

    Tenho 8 colegas de trabalho com quem privo e trabalho com proximidade.
    Um engenheiro, na casa dos 30 da melhor faculdade do País. Uma jornalista (trabalhou no Público), uma mestrada em Ciências da Comunicação, outra jornalista e o restantes são tradutores e mais um engenheiro.
    A média de idade são os 30 e poucos anos, pessoas formadas e mestradas, algumas com cadeiras de História.
    Todas tiveram familiares Comunistas e todas acham que o 25 de Abril foi uma “Revolução”, que hoje podem usar um isqueiro e que tudo se resumiu à suprema vontade do Povo, oprimido pela censura.
    Estes 8 colegas têm familiares a trabalhar direta ou indiretamente para o Estado, uma delas o Pai ocupou uma empresa e militou na LUAR.
    A questão; o que os une?
    Portugal nunca vai mudar, a geração mais nova (esta), mais bem preparada, não ultrapassou o mofo dos pais e continua a apoiar o Estado Corporativo. Não se interessam pela liberdade de escolha nos serviços do Estado, na Segurança Social, nos transportes, na saúde e na educação.
    Portugal, não mudou. Portugal não vai mudar.
    Tenho dito.
    R.

    Gostar

  37. JDGF permalink
    25 Abril, 2012 15:19

    Na verdade, qualquer povo deve conhecer e respeitar a sua História.
    Quando se tenta entrar por atalhos especulativos, quiçá negacionistas, reescrever o processo histórico, não se estará a restringir o direito dos povos a dispôr do seu futuro?
    Ou, neste momento, quando a soberania está de rastos, hipotecada, tutelada, não seria pertinente reafirmar e assumir a nossa ‘caminhada histórica’ independentemente todas as alegrias, sucessos, sobressaltos, erros e desaires?
    Mais apropriado – num dia como o de hoje – será narrar e interpretar a História com verdade e objectividade e deixar de lado sub-reptícios processos de inculcação.

    Gostar

  38. aremandus permalink
    25 Abril, 2012 15:33

    o cómico foi o cavaco ter trocado os discursos: o de hoje era para ter sido no ano passado e vice-versa.

    Gostar

  39. 25 Abril, 2012 16:00

    por uma questão de higiene, tal como tirar o socrates da cadeira. Não implica que necessariamente que as coisas melhorem (pioraram em ambos os casos) mas garante pelo menos que nos consigamos olhar ao espelho.

    Gostar

  40. Joaquim Amado Lopes permalink
    25 Abril, 2012 16:00

    LR,
    Este artigo é um exercício completamente fútil. Não li todos os comentários mas, do que li, o do Piscoiso (argh) das 11:35 é o mais certeiro. (até fico mal disposto por escrever isto)
    “Se a minha avó nã morresse indagora era viva.”
    .
    “E se em 74 não tem havido revolução ou esta tivesse sido dominada?”
    Não houve. O que houve foi um golde militar, seguido de tentativa de instaurar uma ditadura comunista.
    .
    Se não tivesse acontecido o 25 de Abril, podia ter acontecido tudo e o seu contrário. Podiamos estar melhor, pior ou igual. Podiamos ser uma ditadura de índole fascista, um satélite da Rússia comunista, um protectorado americano, uma província de Espanha, uma verdadeira democracia, uma monarquia, uma república das bananas ou outra coisa qualquer. Podiamos ser ricos, pobres, remediados ou arruínados. Podiamos estar ou não na União Europeia e no Euro, num “espaço económico” apenas com a Espanha ou com o Brasil. Podiamos ser tudo e coisa nenhuma.
    .
    Não é possível contradizer o que está no artigo porque, da mesma forma que o que lá está não tem qualquer fundamento, o seu contrário também não. O 25 de Abril aconteceu. O PREC aconteceu. A adesão à CEE (depois UE) e ao Euro aconteceu. Nesse processo foram feitas muitas coisas boas e muitas coisas más. Aprenda-se com isso e passe-se à frente.

    Gostar

  41. piscoiso permalink
    25 Abril, 2012 16:23

    “…do Piscoiso (argh) das 11:35 é o mais certeiro. (até fico mal disposto por escrever isto).” – J.A.L.
    Caramba, vc. fica bem disposto quando não acerto?
    Já eu, estou-me nas tintas se vc. acerta ou não.
    Não sou aferidor de pontarias.

    Gostar

  42. Contumaz permalink
    25 Abril, 2012 17:10

    Apenas e só.
    Vai levar no cu.

    Gostar

  43. A. R permalink
    25 Abril, 2012 17:31

    Tinham-se poupado 1 500 000 vítimas, os mercenários cubanos não teriam ganho qualquer dinheiro nem saqueado Angola e as ex-colónias não seriam uma legião de pobres apascentados por regimes cleptocráticos, violentos e corruptos.

    Gostar

  44. A. R permalink
    25 Abril, 2012 17:33

    “hoje podem usar um isqueiro” Antes da Perestroika não se podia usar uma fotocopiadora nem ouvir radios estrangeiras.

    Gostar

  45. simil permalink
    25 Abril, 2012 17:48

    Esse LKR é mesmo larokas de imaginação.
    E quem lhe diz, homem, que a coisa não teria sido, eu sei lá, muito mais negra e inverosímil, como a mereciam quantos reaças, saudosos, iguais a si.
    Que os houve sempre e haverá aos molhos, como esse aí, servil, falho de senso, que, qual puta rasca, em primeiro se rendeu, “na mouche”, disse ele, acrítico, ingénuo e incapaz de ver além do muro da caserna, como usted .

    Gostar

  46. aremandus permalink
    25 Abril, 2012 17:57

    boa Simil!
    E se…..
    …. e se o Movimento Es.Col.A reocupasse a Escola da Fontinha???
    Ah Ah!

    Gostar

  47. aremandus permalink
    25 Abril, 2012 17:59

    o curioso foi ter sido um sotainas, o D.JanuárioTorgalFerreira, Bispo da FA, a ter cheirado a queda do regime!

    Gostar

  48. Nuno permalink
    25 Abril, 2012 18:04

    .
    LR.
    Cá longe e sem o fedor da abrilada e dos cravos murchos como murcha parecece estar também a rapaziada do 25, li o seu post.
    É razoável o que escreve.
    Porém, quando se atreve a escrever: «A guerra colonial teria de ter uma solução política, sob pena de o país acentuar a sua situação de pária à escala internacional…» você cai na velha pecha e escorrega na casca de banana ficando o artigo virado do avesso. Não diz a bota com a perdigota.
    Uma lástima…
    .

    Gostar

  49. Adérito permalink
    25 Abril, 2012 18:13

    sempre se teria prolongado a guerra colonial mais uns anos com vantagens óbvias para a procriação no Portugal rural com mais filhos de padres mais lápides em mármore e mais estropiados a economia teria crescido assinalavelmente

    Gostar

  50. Hawk permalink
    25 Abril, 2012 18:38

    Uma conclusão se pode tirar do 25A – e não é preciso ser adivinho para lá chegar – as moscas mudaram.

    Gostar

  51. vivendipt permalink
    25 Abril, 2012 19:06

    E se invés de falar do passado falarmos agora no futuro.
    Quais são as alternativas?

    As alternativas
    Os interesses instalados com o artista velho foram orientados para o crescimento económico e para uma indústria que o país chegou a ter. Após o 25 de abril os mesmos interesses instalados com os artistas novos levaram à ruína económica e à falência industrial.

    O regime Salazarista é sem dúvida caraterizado por ter sido umas das ditaduras mais brandas que existiu pelo mundo.

    Os dois caminhos que os portugueses podem escolher:

    A via autoritária:
    exs: Salazar, Pinto da Costa, Rui Rio, Alberto João jardim, o típico empresário industrial português

    Nos países do sul da Europa, por razões eminentemente culturais e religiosas, é só na autoridade que alguns mecanismos funcionam melhor, uma autoridade carregada de moral e mostrando o timbre que pretende à sua organização.

    Não esquecer que Portugal não é um estado de direito.

    A democracia participativa:
    exs: Suíça, países nórdicos, Alemanha

    Aqui temos a participação da população com uma elevada e esclarecida participação política, níveis altíssimos de formação e uma forte cultura de moralização.

    Não esquecer o chumbo recente dos Suíços para o aumento das férias e o aumento da idade das reformas na Europa do Norte com uma aceitação pacífica dos seus povos.

    Gostar

  52. 25 Abril, 2012 20:03

    Comemorar o quê???
    Nada!

    Gostar

  53. Eleutério Viegas permalink
    25 Abril, 2012 20:49

    Esta data passou a ser muito ranhosa…

    Gostar

  54. simil permalink
    25 Abril, 2012 21:01

    Esta data passou a ser muito ranhosa… diz Eleutério.
    E esta data, malgrado a distância que leva, ainda chateia sumamente o LR, com os cromos que, amém, amém, pensam com ele, isto é, não pensam e, quais vampiros, bem se servem .

    Gostar

  55. simil permalink
    25 Abril, 2012 21:22

    eh, como já de antes, bem se servem.
    Pois quanto à data, ó leutério, ela é ainda do melhor, mais moço, diferente e marcante da nossa era.
    Autêntico cravo vermelho e rosa e branco, papoila encarnada e verde, ela é tal a Primavera, sem o que este país não passava de um triste e sombrio inverno .

    Gostar

  56. Adérito permalink
    25 Abril, 2012 21:30

    Algum dos presentes bateu com os costados durante a guerra no Uije por volta de 1968-70? tinham-se divertido com certeza à grande.

    Gostar

  57. Portela 25ABRIL74 permalink
    25 Abril, 2012 22:09

    Um post patético e idiota que ajuda a perceber a vingança que vai pela cabeça dos ideólogos deste governo.
    .
    era bom lembrar a Francisco Colaço Posted 25 Abril, 2012 at 12:48 e a todos os saudosistas, que no dia 25 de Abril de 1974 houve quatro (4) mortes: na rua António Maria Cardoso e executados pela PIDE; repito, 4 pessoas assassinadas pela PIDE no dia 25Abril74.

    Gostar

  58. Monti permalink
    25 Abril, 2012 22:35

    «A guerra colonial teria de ter uma solução política»…?
    Com um pequeno Dien Bien Fhu na Guiné,
    uma segunda Índia portuguesa?

    Gostar

  59. Tolstoi permalink
    25 Abril, 2012 23:02

    È apenas um exercício intelectual, não se pode fazer história alternativa
    como está comprovado.
    Nota do dia é que na entrevista a Ramalho Eanes, que acabou de ser transmitida na televisão, este afirmou que depois de ler o livro de Rui Mateus não pode ter estima por Mário Soares.

    Gostar

  60. 26 Abril, 2012 00:45

    E se foram mesmo os extra-terrestres que construíram as pirâmides do Egipto?

    Gostar

  61. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 01:02

    O milagre económico tuga. E como eles já começam a ficar surpreendidos. cautelosos, mas surpreendidos.
    .
    .
    “BBVA estima abrandamento da recessão em Portugal no primeiro trimestre
    .
    PIB deverá cair 0,6% nos primeiros três meses do anos, menos de metade da quebra sentida no último trimestre de 2011, segundo as previsões dos economistas do banco espanhol.
    .
    “As perspectivas da economia portuguesa permanecem sombrias, como sugerem a maioria dos indicadores, mas no decurso do primeiro trimestre alguns sinais positivos saltaram à vista”, refere o BBVA Research no último relatório sobre a economia portuguesa, hoje divulgado.
    .
    A equipa de “research” do banco espanhol tem agora uma previsão menos pessimista para a evolução da economia portuguesa, que ainda assim deverá continuar “claramente em terreno negativo, uma vez que a quebra da procura doméstica vai mais do que anular o contributo positivo das exportações.”
    .
    in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=553117
    .
    .
    Continuam cautelosos, mas já começam a ficar admirados com o milagre económico português. lentamente, a coisa começa a mudar…

    Gostar

  62. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 01:05

    Ah! Em termos anuais, vejam a coisa:
    .
    .
    “Para o conjunto de 2012, o BBVA Research antecipa uma queda do PIB de 2,7%, menos pessimista que as perspectivas do Governo, Banco de Portugal e troika, que apontam para uma contracção acima de 3%.”
    .
    .
    Mesmo link acima.
    .
    .
    Andavam para aí uns murcões que brandiam uma merda de pseudo-estudo do Citygroup (estes burros acreditam em todo o lixo que sirvam para manipular os mercados, PQP de gente tão burra. Merecem mesmo ser depenados nos mercados. ehehhehheh ) que previam uma queda do PIB acima dos 5%. Eu, francamente, já vi muita coisa, mas nunca vi gente tão burra como hoje em dia, que acreditam em tudo que venha escrito em língua de cão.
    .
    .
    Os espanhois já admitem que o PIB vai cair menos de 3%. Pois eu digo, se deus quiser, o PIB vai cair menos de… 25! A ver vamos se não acerto desta vez. ehhehhehe

    Gostar

  63. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 01:06

    “Pois eu digo, se deus quiser, o PIB vai cair menos de… 2%! A ver vamos se não acerto desta vez. ehhehhehe
    .
    .
    Assim é que está correcto. Mil desculpas.

    Gostar

  64. JCA permalink
    26 Abril, 2012 06:34

    .
    Furacão na Europa ?
    .
    =Merkel se queda sola con sus recetas de austeridad y recortes para Europa
    .
    El Gobierno alemán necesita que los socialdemócratas aprueben el pacto fiscal
    .
    http://internacional.elpais.com/internacional/2012/04/24/actualidad/1335293755_257411.html
    .
    .
    =LA REBELION CONTRA LA AUSTERIDAD FISCAL DE MERKEL CRECE EN EUROPAL
    .
    Las voces contra el ajuste de Merkel se multiplican en Europa
    .
    El presidente del BCE afirma en la Eurocámara que la UE necesita un pacto para salir de la crisis.
    Desde los capitanes de abril de Portugal hasta Romano Prodi cada vez son más las críticas contra el ajuste ordenado por Merkel
    .
    http://internacional.elpais.com/internacional/2012/04/25/actualidad/1335380741_743221.html
    .
    E parece que irá haver 2 tipos de Bonds, os EuroBonds e os ProjectBonds. Os primeiros em ESPÉCIE (carcanhol), os segundos em CABEDAL (quiçá projeto obrigatório TGV, Aeroporto e tal por aí fora) para importarmos produção europeia empenhando mais o País e com juros ….. Talvez seja uma saída mas pagar é que não se vê bem como. Se fosse grátis a conversa já seria outra.
    .

    Gostar

  65. aremandus permalink
    26 Abril, 2012 08:24

    o estranho caso dos liberais à portuguesa:
    Portugal é o terceiro país da OCDE onde a carga fiscal mais subiu- Economia – Jornal de negócios online

    Gostar

  66. aremandus permalink
    26 Abril, 2012 08:27

    o estranho caso dos liberais à portuguesa:
    Os proprietários vão ter de pagar, em média, cinco vezes mais IMI a partir de 2013 por causa da reavaliação de imóveis
    a sociedade comunista cada vez mais próxima.

    Gostar

  67. XisPto permalink
    26 Abril, 2012 11:59

    Para os que enchem a boca com a traição ao espírito do 25A, recomenda-se a leitura de http://www.ionline.pt/portugal/garcia-dos-santos-ainda-convivemos-pesada-heranca-passado
    Não é uma novidade absoluta pois mesmo através da imprensa se sabe que o “correio” do PS foi colocado na “prateleira” da ex-JAE e mais tarde voltou a fazer das suas na Justiça e Metro onde foi colocado coma mesma função. Claro que pelo meio cobrava a sua comissão… que num caso caricato até teve que devolver quando a adjudicação não pode concretizar-se. Não é tão conhecido como o Rui Soares, o Jorge Coelho, o Vara, o Berardo o inesquecível eng Morais etc mas ficava certamente muito bem no governo sombra do PS para a ruptura democrática. Aqui fica um extracto:


    Mas o que é que aconteceu? O eng. João Cravinho chama-o para limpar a casa, o senhor limpa, e depois zangam-se. O que se passou?
    Fomos colegas no Instituto Superior Técnico. Houve um jantar de curso e nesse jantar o Cravinho a certa altura chama-me de parte e diz: “Tens algum tempo livre?”. E eu disse: “Tenho, mas porquê?”; “Eu precisava de ti para uma empresa”; “Que empresa?”; “Agora não interessa, a gente daqui a uns tempos fala”. Passado uns tempos chamou-me e disse-me: “Eu quero que vás para a Junta Autónoma das Estradas, mas não digas a ninguém que o gajo que lá está [Maranha das Neves] nem sonha”. O Cravinho deu-me os 10 mandamentos do que eu precisava de fazer na Junta, limpar a casa, obras que era preciso fazer, etc. Entretanto, comecei a conhecer a casa, dei a volta ao país todo e um dia disse-lhe: “Há aqui uma série de coisas que é preciso fazer e há 11 fulanos que é preciso pôr na rua”. Ele retorceu-se, chamou-me daí a dois dias, disse que era muito complicado. O problema é que era através de uma das pessoas que eu queria pôr na rua que passava o dinheiro para o PS.

    Gostar

  68. silva permalink
    26 Abril, 2012 12:49

    História da corrupção em Portugal.
    Comissário contra a Corrupção, Fong Man Chong devia investigar este caso :

    Vejamos o procedimento de gente corrupta.
    Márocas, como administrador da empresa, ao fim de uns anos e sabendo, que o seu lugar está chegando ao fim, começa a pensar o que vai ser de mim, embora com uma reforma choruda, deixo toda uma atividade que me mantinha vivo.
    Bom antes que isso aconteça vai preparar, já o caminho, aos seus amigos e familiares, que trabalhando na sombra, asseguram outro rendimento, que o deixa orgulhoso dele mesmo.
    Sendo assim, combinado com os seus amigos e familiares, constroem empresas de outsourcing, para quando envolver a empresa num despedimento coletivo, alegando a quebra de lucros, os amigos e familiares estejam, preparados para substituir ilegalmente os trabalhadores despedidos.
    Ora quem vai desconfiar de mim, administrador da empresa com cartas dadas a todos os níveis, jogando toda a influência que tem, com os médias, empresários, governos e até gabinetes de advogados, além de todo o corpo gerente da empresa.
    Estando tudo isto organizado, com o estado a meu favor mais a justiça, e a empresa a criar já o ambiente de preparação faço o ultimato o DESPEDIMENTO COLETIVO. Desgraço a vida de muita gente, mas tem que ser, pois tenho que levar uma vida de rei, dando tudo aos amigos e familiares, que se lixem os que querem trabalhar sem a minha bênção.
    O administrador tem a capacidade de enganar de tal modo que alguns, apercebendo – se mais tarde deste golpe e que no fundo ainda lhes resta um pouco de solidariedade e decência, querem mostrar – se, mas já estão de tal maneira comprometidos com o corrupto, que só lamentam o despedimento coletivo.
    NÃO HÁ NINGUÉM EM PORTUGAL QUE NÃO CONHEÇA CASOS DESTES, DESDE GOVERNOS Á POPULAÇÃO EM GERAL, MAS O MAIS GRAVE É ADTIRMOS QUE SE CONTINUE COM ESTE FLAGÊLO NACIONAL QUE ESTÁ A LEVAR O PAÍS PARA A MISÉRIA TOTAL.
    Por: luta até á morte

    Gostar

  69. e-ko permalink
    26 Abril, 2012 13:02

    em relação com a etiqueta do poste, fiction:
    .
    For truth is always strange, stranger than fiction. BYRON

    Gostar

  70. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 14:48

    Portela 25ABRIL74,
    .
    Dificilmente me chamará saudosista, pelo menos se se referir ao regime salazarista. Mas posso-lhe dizer que o Portela é um frustrado porque o diabo do Eanes deu cabo do seu sonho de Cuba da Europa.

    Gostar

  71. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 14:58

    Trinta e Três,
    .
    Nós estamos em democracia! Temos liberdade de expressão, e olhe que muitos usam para falar as mais diversas barbaridades sem que, e ainda bem, nada lhes aconteça. A Constituição não proíbe a burrice e muitos há aqui e alhures que aproveitam esse direito na sua plenitude.
    .
    O problema do 25/4 não foi o 25, mas o que tentaram fazer-nos no 26, e o que chegaram a fazer. O problema da ascensão dos financeiros ao poder económico não é um fenómeno português, nem sequer europeu. É mundial. Se há coisa que realmente é particularidade portuguesa é a quota de mercado das grandes superfícies. Tenho uma explicação tentativa para isto, e envolve as palavras «socialistas de direita», mas enfim!, guardo-a. O facto de a economia ter sido tomada, de os reguladores terem sido tomados, em tudo é igual em todo o Mundo, até em países comunistas, ou de governação comunista, como a China.
    .
    Voltando à vaca fria, se não fosse o Ramalho Eanes e os operacionais do 25 de Novembro, estaríamos bem pior. Muito pior. Lembro-lhe que o Muro de Berlim não foi feito para que os ocidentais não pudessem entrar no país, mas para que os que estavam no paraíso socialista não pudessem abdicar de tal privilégio e dar à sola.
    .
    Caro Trinta e Três, responda-me apenas isto: acha mesmo que as soluções dos partidos que defenderam os mais assassinos e algozes regimes políticos, e que pioraram a vida dos que lá viveram até ao inferno, terão alguma aplicação prática num país livre?

    Gostar

  72. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 15:06

    Tomem nota a este gráfico:
    .
    .
    http://www.bloomberg.com/quote/GSPT10YR:IND/chart

    Gostar

  73. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 15:07

    Piscoiso,
    .
    Creio que o Piscoiso, seja antes ou depois do 25 de Abril, no corporativismo ou no comunismo, nunca seria preso por razões políticas.
    .
    Dê graças por poder falar e dizer as barbaridades que diz, cheirando estas alternadamente a caviar de esturjão do Mar Negro ou a arenques do Reno.

    Gostar

  74. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 15:19

    Aremandus,
    .
    Por favor, LEIA OS ARTIGOS QUE CITA.
    .
    Vou citar por si:
    .
    «But looking at these two charts makes me feel like I have a well-founded opinion about the country because it comes (to a certain extent) from data. This is dangerous.»
    .
    «There are quite a few problems that stem from general ignorance + one strong opinion founded on facts provided from a single source.»
    .
    «if I really want to have an opinion, I should watch the documentary. It is just a reminder that charts are only as important as the stories behind them and there is no excuse not to do your research.»
    .
    Se tivesse o Aremandus dado ao trabalho de ler o artigo veria que a tese deste é que o gráfico vale pouco ou nada. Fez assim grave injustiça a um fantástico trabalho de visualização da oligarquia das influências rendistas (e lisboetas, como nota o Anti-Comuna) que foram forjadas pelo PS e que a coligação presente falha e falta em atacar. E aqui não encontrará muitos que as sustentem, e logo agradecemos todos a informação, que prova o nosso ideário. E deixa mal o Pinto de Sousa de Paris, fautor desta manigância. Não creio que era isto que o Aremandus queria fazer.
    .
    Aremandus, na sua sanha de atacar o Governo chega a cometer tantas burrices que se não o conhecesse melhor diria que não há esperança para si. 😉 Já é a segunda ou terceira em que ataca com espadas de madeira e escudos de papel. Faça melhor da próxima. Basta ler o que escreve. Bastava ter dito «não partilho das conclusões do artigo, mas olhem os gráficos». Ao apresentar o artigo, fez-nos a todos, que achamos que o PS delapidou Portugal, um rotundíssimo favor.

    Gostar

  75. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 15:24

    LR,
    .
    Vou-lhe sugerir que aproveite o gráfico provisto pelo Aremandus aqui para abrir um artigo sobre os sectores rendistas de Lisboa, conforme formatados pelo Partido Socialista desde Guterres.

    Gostar

  76. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 15:26

    Anti-Comuna,
    .
    O IV trimestre será com quase toda a certeza já de crescimento.

    Gostar

  77. piscoiso permalink
    26 Abril, 2012 16:07

    Senhor Co laço,
    Queira ler esta frase de Pessoa:
    “Por qualquer motivo temperamental que me não proponho analisar, nem importa que analise, construí dentro de mim várias personagens distintas entre si e de mim, personagens essas a que atribuí poemas vários que não são como eu, nos meus sentimentos e idéias, os escreveria.”
    Se ele hoje fosse vivo, certamente andaria pela net com vários nicks.
    Depois lá viria o Co laço, no seu jeito de trazer a vida privada para a net, dizer que o nick X do poeta, cheirava a caviar de esturjão do Mar Negro ou a arenques do Reno, quanto mais não seja para mostrar que conhece esses requintes gastronómicos.
    Et le paon chocolat nougatine, conhece?

    Gostar

  78. nuno dias permalink
    26 Abril, 2012 16:10

    Preocupar-se com o 25 de Abril e quem o provocou parece-me irrisório
    Preocupar-se com o «socialismo» da constituição , enfim, nem me pronuncio
    Já mudar a constituição é absolutamente indispensável, sob pena de ser uma palhaçada, coisa que não é admissivel numa constituição
    Aquela parte que diz que todo o homem tem direito à dignidade e ao trabalho, enfim, tenham paciência…

    Gostar

  79. aremandus permalink
    26 Abril, 2012 16:14

    Isto não é um «se»:
    Cavaco deve estar entusiasmado, por isso exorta os portugueses a venmder Portugal lá fora.
    a EDP ficou chinesa e a REN chinesa e omanita.
    A Cimpor deverá ficar ainda mais brasileira
    já o BPI já está sob assumidíssimo domínio espanhol.
    Quanto à TAP também não se vê como possa manter um controlo português após a privatização.
    o BES vendeu a sua posição no Bradesco a brasileiros.
    a Brisa entregou parte da CCR também a brasileiros.
    a PT alienou a Vivo aos espanhóis da Telefónica.
    o BCP cedeu a posição no seu banco turco a um congénere holandês.

    Gostar

  80. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 16:14

    “O IV trimestre será com quase toda a certeza já de crescimento.”
    .
    .
    Vamos ver. vamso ver. 😉

    Gostar

  81. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 16:45

    Piscoiso,
    .
    Não percebeu as referências culinárias. Por deferência a si e às suas insuficiências,e para que não se sinta mal ou confuso, declamo: os seus aproprérios sabem ou a socialismo teórico ou a nacional socialismo teórico.

    Gostar

  82. piscoiso permalink
    26 Abril, 2012 16:48

    Co laço,
    Estou-me absolutamente nas tintas para o que pensa do meu nick.
    Como nas tintas me estou para as carências afectivas que escorrem em muco do seu nick.

    Gostar

  83. P Amorim permalink
    26 Abril, 2012 17:19

    E se Vimara Peres não tem feito a presúria do Porto….
    E se Júlio César não tivesse sido assassinado…
    E se os Ingleses tivessem ocupado os Açores…
    E se a estupidez fosse musica… (Raul Solnado)

    Gostar

  84. 26 Abril, 2012 18:20

    Caros Anti-comuna e Francisco Colaço,
    .
    Estou com uma enorme curiosidade nos resultados do leilão de BTs da próxima semana. É que se a taxa baixar, isso indiciará que os mercados nos estão a diferenciar de Espanha e Itália. Embora a situação de Espanha me esteja a preocupar, pois terá fatalmente impacto nas nossas exportações. Aliás, temo que eu vá ganhar a aposta – e fui dos 3 o mais pessimista – porque se a coisa em Espanha dá para o torto, as nossas exportações podem crescer menos de 10%.

    Gostar

  85. 26 Abril, 2012 18:24

    Caro Francisco Colaço,
    .
    “Vou-lhe sugerir que aproveite o gráfico provisto pelo Aremandus aqui para abrir um artigo sobre os sectores rendistas de Lisboa, conforme formatados pelo Partido Socialista desde Guterres.”
    .
    Não sei se sabe, mas os gráficos e o filme que por aí anda a circular, foram baseados no último livro de frei Louçã sobre os “donos do país”, uma coisa panfletária até à nausea. O que é engraçado é que o pessoal do BE está 500% integrado na economia não transaccionável, liderada por muitos dos grupos económicos que denunciam.

    Gostar

  86. 26 Abril, 2012 18:28

    Segundo o novo acordo ortográfico, não se deve escrever Co laço, mas sim Cu lasso.

    Gostar

  87. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 18:52

    LR,
    .
    Sei, sim, dessa excrescência panfletária. Porém argumentos sólidos são argumentos sólidos, venham eles de onde vierem. As conclusões é que são enviesadas.
    .
    LR, há donos de Portugal, ou pessoas que se arrogam a ser donos.

    Gostar

  88. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 18:52

    “Estou com uma enorme curiosidade nos resultados do leilão de BTs da próxima semana. É que se a taxa baixar, isso indiciará que os mercados nos estão a diferenciar de Espanha e Itália. ”
    .
    .
    Exactamente. Nos últimos dias, tirando o “pull back” de inicio de trimestre, a procura pelas nossas obrigações subiu. Hoje parece que estão a confirmar que as teremos com yields a 10 anos, na casa dos 8%. Vamos ver. Mas tem havido procura pelas obrigações tugas, mesmo quando o mercado “estatelou-se”.
    .
    .
    “Embora a situação de Espanha me esteja a preocupar, pois terá fatalmente impacto nas nossas exportações. Aliás, temo que eu vá ganhar a aposta – e fui dos 3 o mais pessimista – porque se a coisa em Espanha dá para o torto, as nossas exportações podem crescer menos de 10%.”
    .
    .
    O caso espanhol é sério. E está a lixar as cotações das listadas na bolsa. Mas eu penso que as exportações tugas até se vão aguentar, mesmo que corra mal em Espanha. Vamos ver daqui a uns meses, mas tenho cá um feeling…
    .
    .
    Uma coisa é certa. Tudo indica, que já batemos no fundo e até o mercado obrigacionista parece ter interiorizado esta “surpresa”. No próximo leilão, vamos ver se até não nos vamos surpreender. 😉

    Gostar

  89. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 18:55

    Como participar no milagre económico português. Criar produtos inovadores com elevadas potencialidades exportadoras.
    .
    .
    “Dispositivo luso revoluciona prevenção cardiovascular
    .
    Uma equipa de investigadoras portuguesas desenvolveu um dispositivo que permite detetar com eficácia alterações do genoma humano ligadas a anomalias cardiovasculares. O microchip de ADN vai possibilitar, entre outras aplicações, a avaliação do risco de desenvolvimento de patologias associadas à morte súbita no desporto.”
    .
    .
    Leiam mais: http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Dispositivo-luso-revoluciona-preven%C3%A7%C3%A3o-cardiovascular_10859.html
    .
    .
    Mas eu gostava de realçar isto:
    .
    .
    “O microchip já foi testado com sucesso “no diagnóstico genético de 400 pacientes” em Portugal e está agora a “ser montada uma nova plataforma laboratorial” para que mais testes sejam efetuados. A sua comercialização deverá acontecer ainda este ano. ”
    .
    .
    A coisa vai. Grão a grão…

    Gostar

  90. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 18:56

    Piscoiso,
    .
    Não seja assim, porque ninguém o levará a sério. O Piscoiso importa-se com o que pensam de si. Até ad nauseam. E por isso, sem eu o ter invectivado, não me deixa a canela.
    .
    Acredite-me, o Piscoiso seria noutros tempos o perfeito membro das Hitlerjugend.

    Gostar

  91. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 19:01

    Como participar no milagre económico português. Exportar. Exportar muito.
    .
    .
    “Indústria: Portuguesa Vianas ‘engana’ a crise com novos negócios e aposta nos mercados externos
    .
    A portuguesa Vianas, especializada no fornecimento e assistência de equipamentos de prevenção e combate a incêndios e de protecção pessoal, prepara-se para fazer de Angola o seu principal mercado este ano e estuda entrada na Líbia, Brasil e Argélia.
    .
    Em entrevista à agência Lusa, o presidente executivo da empresa de Gondomar assumiu a aposta na exportação como solução para contornar a contração do mercado interno e apontou como meta até final do ano elevar dos atuais 13 para 25 por cento o peso das exportações na faturação.
    .
    “A nossa meta é atingir mais de 25 por cento de exportações no final de 2012, mas manter o volume de negócios nos 6,5 milhões de euros, porque esperamos uma quebra significativa no mercado interno, se calhar na ordem dos 35 a 40 por cento”, afirmou Manuel Viana.
    .
    Ler mais: http://visao.sapo.pt/industria-portuguesa-vianas-engana-a-crise-com-novos-negocios-e-aposta-nos-mercados-externos=f660745#ixzz1tAt0v7ep
    .
    .
    Quando o mercado interno fraqueja, toca a procurar mercados no exterior para crescer. É assim que se está a fazer o actual milagre económico português.

    Gostar

  92. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 19:02

    LR, Anti-Comuna,
    .
    Não pensemos em desistir já, por Endovélico! Temos o mercado de serviços de turismo posto a jeito pelo caos grego, pela privavera invernil do Norte de África e Médio Oriente e pela instabilidade no Golfo. Temos o crescimento acentuado no «fora da Europa». E temos um povo que tradicionalmente se revela quando é acossado.

    Gostar

  93. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 19:07

    Caro Colaço, eu estou optimista. Espero ver após Março, porque nestas coisas sou um bocado “religioso”. ehheehhehh

    Gostar

  94. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 19:17

    Anti-Comuna,
    .
    Não vou comentar o caso da Espanha, pois não o tenho acompanhado como deveria para poder abrir a boca. Porém no fim de 2010 dei formação em Chaves e durante as práticas juntou-se por breves momentos ao grupo um motorista de camião galego com quem conversei. É engraçado o que ele disse sobre Espanha. Dir-se-ia que estávamos em Portugal! Oligarquias, défices, municípios que se fartavam de gastar, construção civil exagerada, estradas que não iam a lado nenhum…
    .
    E hoje vê-se. Lá e cá.

    Gostar

  95. Tiro ao Alvo permalink
    26 Abril, 2012 19:53

    O Piscoiso, não sendo poeta, pensa que um dia pode ser sério, outro dia pode ser aldrabão. num dia pode ser PS, noutro PC, noutro CDS, em suma, o Piscoiso é um cata-vento, é alguém que anda por aqui e por outros lados a chatear, uma pessoa a quem, parece-me, não devemos dar ouvidos.

    Gostar

  96. piscoiso permalink
    26 Abril, 2012 20:00

    Ó Co laço, largue a braguilha do nick Piscoiso, mais os seus carimbos gamados.
    Já me viu carimbar o seu nick de paneleiro, só porque me parece que assedia os outros comentadores?

    Gostar

  97. 26 Abril, 2012 20:10

    Caro Francisco Colaço,
    .
    “Não pensemos em desistir já, por Endovélico! Temos o mercado de serviços de turismo posto a jeito pelo caos grego, pela privavera invernil do Norte de África e Médio Oriente e pela instabilidade no Golfo. Temos o crescimento acentuado no «fora da Europa». E temos um povo que tradicionalmente se revela quando é acossado.”
    .
    Não tenho dúvidas que iremos continuar a crescer fora da Europa, esperando que se mantenham as boas performances na China, Brasil, USA e que em breve “ataquemos” a Índia, mercados com uma profundidade infinita. Aliás, mantenho a minha “crença” de que este ano teremos um excedente comercial com a Alemanha e aproximar-nos-emos do equilíbrio com a China. Mas há 2 mercados sobre os quais estou algo céptico e que têm um peso relevante nas nossas exportações: a Espanha de que já falei e Angola. Este é ultra sensível às cotações do crude e se estas têm uma queda de 30 a 40 dólares como os fundamentais já o justificariam, os tipos deixam de pagar e ficaremos com uma série de empresas de “calças na mão”. E diversificar para outros mercados depois de apanhar uma “charutada” em 2 dos maiores, não se faz de um dia para o outro.
    Enfim, cruzemos os dedos. Se as coisas correrem bem, temos de marcar uma peregrinação a Fátima e beber lá a garrafita. E pelo caminho poderemos fazer uma “reflexão estratégica” sobre o turismo religioso, algo em que temos evidentes vantagens comparadas, mas que trabalhamos muito mal… 🙂

    Gostar

  98. piscoiso permalink
    26 Abril, 2012 20:17

    E depois vem um papalvo
    Chegado de camioneta,
    Dizendo que é Tiro ao Alvo
    E que eu não sou poeta.

    Gostar

  99. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 21:06

    LR,
    .
    A Espanha parece-me moribunda e para além de qualquer resgate. De Angola, jś lá não vou há uns anos, e de momento não tenho renovado os contactos por lá, pelo que não posso saber da condição imediata da sua solvabilidade nacional. Lembro apenas que Angola tem neste momento auto-suficiência alimentar nos géneros básicos, coisa que Portugal não tem, e uma classe média em ascenção.
    .
    Penso que o busílis da questão é este: terá Angola vida própria, para além de ser um país extractor de matérias primas? Gostaria de acreditar que sim, mas sinceramente não sei, e não acredito nas estatísticas que vêm de lá (não por desonestidade à grega, mas pela simples razão de que grande parte da actividade económica é paralela, e logo não conta). Grande parte do crescimento de países como Angola ou Moçambique é na verdade incorporação de economia paralela na economia tributada, mas há realmente um crescimento das condições de vida para esses países martirizados pelo atoleiro em que os Cubanos e os Russos os puseram.
    .
    Foi o Anti-Comuna que disse, creio eu, mas cito de memória e posso falhar, que bastavam 7% de aumento das exportações, mantendo-se as importações. O petróleo no primeiro trimestre é o que é, mas há notícias de ter começado a descer. Logo, talvez haja mesmo um decréscimo acentuado de importações energéticas, somada à de bens de consumo. Se isso acontecer, mesmo com 10% de aumento, se os números forem estes, teremos o tão desejado superavit.
    .
    Sinceramente, mesmo que não tenhamos 14% de aumento (e ainda não perdi a esperança no impacte positivo de um ano turístico recorde) ficarei feliz com 10% ou 12%. É bom é que se pense nisto: quem fez a porcaria foi o Estado, quem corrige é o empresário, muitas vezes o de vão de escada, tão vilipendiado por muitos que não foram parte da solução, mas do problema).

    Gostar

  100. Fredo permalink
    26 Abril, 2012 21:16

    Fico sempre impressionado com as pessoas atenciosas, obsequiosas, afáveis; urbanas, corteses que se põem a falar com um penico de merda, tomando os eflúvios exalados por respostas.

    Gostar

  101. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 21:18

    … ascensão, é claro. Estava a escrever formação e corrigi mal.
    .
    Desculpem lá a gralha.

    Gostar

  102. Francisco Colaço permalink
    26 Abril, 2012 21:22

    Anti-Comuna, LR.
    .
    A confirmarem-se as estimativas, Portugal exportou mais do dobro daquilo que importou em Fevereiro de 2012 se nos restringirmos aos serviços. A taxa de cobertura subiu muito expressivamente a foi de 208% (146% no mês anterior).

    Em termos globais, face ao mês homólogo, fevereiro revelou uma aumento das exportações de bens e serviços de 10% e uma retração das importações de 4,4%. A taxa de cobertura de bens e serviços aumentou em fevereiro para 98,6% (94,4% no acumulado do ano de 2012). aqui Negrito meu
    .
    Só falta mais um bocadinho…

    Gostar

  103. piscoiso permalink
    26 Abril, 2012 22:44

    Gostar

  104. Portela 25ABRIL74 permalink
    26 Abril, 2012 23:33

    Francisco Colaço, Posted 26 Abril, 2012 at 14:48
    .
    doeu-lhe a lembrança da PIDE ter morto 4 pessoas em 25Abril74 , ou , a frase “era bom lembrar a Francisco Colaço … e a todos os saudosistas” era complicada em termos de português?
    A parte da frase “… e a todos os saudosistas …” dá-lhe para se auto incluir?

    Gostar

  105. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 23:45

    “Foi o Anti-Comuna que disse, creio eu, mas cito de memória e posso falhar, que bastavam 7% de aumento das exportações, mantendo-se as importações. O petróleo no primeiro trimestre é o que é, mas há notícias de ter começado a descer. Logo, talvez haja mesmo um decréscimo acentuado de importações energéticas, somada à de bens de consumo. Se isso acontecer, mesmo com 10% de aumento, se os números forem estes, teremos o tão desejado superavit.”
    .
    .
    Vamos ver. Vamos ver. pelo seu último link, também surgiram boas notícias. Mas só a partir de Março ficarei mais descansado. 😉

    Gostar

  106. anti-comuna permalink
    26 Abril, 2012 23:47

    “para os optimistas e também para os impostores:”
    .
    .
    Depende dos pressupostos dos autores daquelas previsões usaram que taxas de juro? 12%? E se usarem 8%? Ou 5%?
    .
    .
    Tudo depende dos pressupostos de base e taxas de juro usadas. Só os burrinhos acreditam em tudo o que vemn escrito na imprensa sem meditarem no assunto.

    Gostar

  107. Portela 25ABRIL74 permalink
    26 Abril, 2012 23:47

    (…) Portugal tem de conseguir colocar a sua economia a crescer entre os 4 e 5 por cento ao ano para conseguir pagar a sua dívida, juros associados e eventualmente conseguir reduzir o nível da dívida, considera o presidente da SaeR (…)

    Gostar

  108. Portela 25ABRIL74 permalink
    26 Abril, 2012 23:50

    é f***** é sim senhor A-C.
    então quando os factos e/ou outras análises nos contrariam, é mesmo lixado!

    Gostar

  109. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 00:21

    “então quando os factos e/ou outras análises nos contrariam, é mesmo lixado!”
    .
    .
    Que análises? Eu não tenho acesso ao estudo. Que posso dizer mais?
    .
    .
    Já lhe disse que depende dos pressupostos que eles utilizaram. Que taxas de juro? 12% 8%? 3%
    .
    .
    Pouco me importa o que diz o gajo sem eu perceber como ele chegou a essa conclusão. Apenas isso. Só os burrinhos acreditam em tudo o que vem escarrapachado nos jornais.
    .
    .
    Se Vc. me der acesso ao estudo, aceito dar a minha opinião sobre ele. Não tendo acesso, olhe, fico-me pelo que eu penso que é preciso que aconteça. Apenas isso.
    .
    .
    PM Se quiser meditar no problema, dê uma vista de olhos ao caso israleita e vai perceber que isto de ter certezas…

    Gostar

  110. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 00:32

    Aliás, eu até acho piada ao que Vc. escreveu:
    .
    “então quando os factos e/ou outras análises nos contrariam, é mesmo lixado!”
    .
    .
    Lixado porquê? Só porque os gajos têm uma opinião diferente da minha? Vc. é que foi o burrinho que escreveu que aquilo servia para os “optimistas”. Eu achei piada, porque, no fundo, diz muito sobre o que Vc. na realidade deseja que aconteça. O falhanço de Portugal.
    .
    .
    Eu já uma vez deixei aqui a minha opinião sobre este assunto. E até deixei links para que cada um possa avaliar por si mesmo. Se Vc. quiser, procure por aí, que também encontra.
    .
    .
    O problema é acreditar em tudo o que vem escrito na imprensa. Olhe, havia uns cromos, tidos como inteligentes, que previam uma queda do PIB acima dos 5% em Portugal, este ano. E muitos burrinhos acreditaram. E até andavam aqui a pavonear a sua burrice, usando um estudo que nem sequer leram. Mas como era escrito em língua-de-cão e de um banco, acharam que era muito bem feito. Eu como o li, vei logo a merda de estudo que era. Mas os burrinhos andavam por aqui a garantir-me que a economia portuguesa ia cair mais de 5%. Porque o Citi o disse. Ora, deste tipo de paleio já eu estou farto e já o conheço há anos.
    .
    .
    Neste caso, eu digo apenas. Depende dos pressupostos. Não digo que não nem que sim. Só vendo o raio da análise. Mas como eu sei que tipo de variáveis entram nesse tipo de estudos, pouco me diz que é necessário isto, aquilo e aqueloutro. Depende das taxas de juro e muitas coisas mais, que até os gajos, nesta altura, não conseguem prever. E sem conhecer com alguma segurança as variáveis mais importantes, fazer estas análises a esta distancia é perder tempo. Ou querer ter protagonismo imerecido. Logo, é mijar para a parede à espera que faça chuva. eheheheheh

    Gostar

  111. Portela 25ABRIL74 permalink
    27 Abril, 2012 00:35

    diz A-C : “Só os burrinhos acreditam em tudo o que vem escarrapachado nos jornais”
    sendo assim – só propaganda dos jornais – não tem que se preocupar ; mas escusa de ofender quem não está de acordo consigo.
    esta coisa de utilizar o insulto quando as noticias/análises contrariam as nossas certezas é muito aborrecido.

    Gostar

  112. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 00:55

    “esta coisa de utilizar o insulto quando as noticias/análises contrariam as nossas certezas é muito aborrecido.”
    .
    .
    Vc. é que se quis armar em esperto para mandar a piadazinha. Eu como vi logo que Vc. não pesca nada do assunto, vi logo que Vc. se fosse esperto estava calado. Mas não Achou que só porque veio nos jornais, aquilo estava correcto. E quis armar em profetinha da desgraça com algo que não entende.
    .
    .
    Eu já lhe disse. Depende de coisas que hoje, as prever, é demasiado arriscado. Coemça nas taxas de juro, na inflação e até na dívida pública, daqui a uns meses. Nesta altura, tentar prever estas variáveis, e vir para os jornais dizer determinadas coisas, só mesmo para quem quer protagonismo imerecido. E burrinhos são aqueles que acham que dão lições aos optimistas vindo com notícias que nem sequer entendem. Mas que satisfazem o ego profundo de quem as lê e subscreve.
    .
    .
    É a vida!

    Gostar

  113. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 00:57

    Obrigado pelo link, mas não sou assinante da respectiva empresa.

    Gostar

  114. Portela 25ABRIL74 permalink
    27 Abril, 2012 01:20

    essa conversa vindo de um sujeito que materializa as suas previsões de crescimento da economia – nomeadamente nas exportações – em links e notícias de jornais/revistas é de cabo de esquadra.
    outra coisa interessante é que a sua humildade não lhe dá para aceitar opiniões diferentes e que contrariem o seu optimismo;
    eu não sei quem é mais burro, mas os que vivem eufóricos coma as exportações a decrescer não me dão lições de economia e finanças.
    a a economia real – a que diz respeito a PESSOAS – está aí para o demonstrar: 1.200.000 desempregados e uma economia em recessão.

    Gostar

  115. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 02:42

    “outra coisa interessante é que a sua humildade não lhe dá para aceitar opiniões diferentes e que contrariem o seu optimismo;”
    .
    .
    Não meu amigo. É eu saber que as variáveis que implicam saber a sustentabilidade de uma dívida e até o que se pode fazer com essas variáveis, que dizem a qualquer pessoa com bom senso, que nesta altura do campeonato é asneira estar para aqui com cenários desta natureza.
    .
    .
    Mas eu vou-lhe demonstrar como eu tenho razão.
    .
    .
    Simplisticamente, temos 4 ou 5 variáveis que são fulcrais. E duas delas, são mesmo as que mais pesam para projectar um cenário. A saber, taxas de juro e défice orçamental antes de pagamentos de juros. Sem estas duas variáveis previstas com alguma segurança, nesta altura do campeonato, é mesmo chover no molhado. No caso português, tendo em conta uma dívida pública na casa dos 110% do PIB, saber se pagaremos 5,64% de juros (em média, usando os valores italianos, com uma dívida pública semelhante) ou 11% (a coração actual de referência no mercado secundário) faz uma diferença do caraças. E para mais, com a volatilidade actual das taxas de juro portuguesas (há pouco mais de 6 semanas elas estavam nos 17% hoje nos 11%), fazer projecções agora é como tentar acertar na temperatura que fará aqui a 2 meses.
    .
    .
    Mas eu vou-lhe explicar mais a coisa. Se eu tiver uma inflação de 2%, se eu tiver taxas de juro à italiana (e Portugal voltar a fazer parte do Índice Obrigacionista Mundial) e tiver um défice orçamental de 3% (incluindo juros), Portugal até nem precisa de crescer para sustentar a dívida. De um ano T1 para o ano seguinte, t2, o stock da dívida pouco se altera.
    .
    Mas se eu tiver o mesmo cenário e as taxas de juro forem 3% (com a ajuda da Troika), aí o défice orçamental será quase zero e o stock da dívida em t1 baixa para cerca de 108%. Uma queda do stock da dívida mesmo com um crescimento económico de zero.
    .
    .
    Mas se eu tiver taxas de juro na casa dos 8%, aí o défice orçamental subiria para 5% e teríamos uma subida no stock da dívida de 114% em T2.
    .
    .
    Portanto, aqui podemos ver o quanto as taxas de juro contam para estimar cenários. Ninguém, mas absolutamente ninguém com juízo, nos dias de hoje, nos dirá que taxas de juro teremos em Setembro de 2013, caso acedamos ao mercado, se o conseguirmos a que taxas nos emprestarão e em que condições.
    .
    .
    Agora vamos ao crescimento económico.
    .
    .
    Que crescimento económico teremos a partir de 2014? Vamos supor que será de 2% deflacionado. Atentemos os possíveis resultados.
    .
    .
    Taxas de juro de 5,64%. Em t2 teremos um défice orçamental de 3% mas o stock da dívida cai para cerca de 108%. Ou seja, com um crescimento económico de apenas 2%, mesmo com um défice orçamental de 3% (incluindo juros), o stock da dívida baixa e é sustentável.
    .
    Ou seja, nem é preciso crescer acima dos 2% ao ano.
    .
    .
    E se a inflação for de 3% em vez de 2%? O stock da dívida ainda cai mais.
    .
    .
    E se as taxas de juro forem de 3% em vez das actuais italianas e tivermos um crescimento de 2% e inflação de 3%? Em t2, teremos um stock da dívida de cerca de 104%. também é sustentável.
    .
    .
    E se forem 8% as taxas de juro, inflação de 3% e crescimento de 2%? Aí teremos em T2 um stock da dívida igual ao de t1 e é sustentável.
    .
    .
    Ou seja, temos aqui vários cenários com variáveis com baixa probabilidade de as estimar com segurança. E depois podíamos saber se é possível ter excedente orçamental antes de juros. Se é possível, que valores? Pois passar de 1% para 2% e consoante as variáveis, taxas de juro, inflação, etc. temos resultados dispares.
    .
    .
    No entanto, basta Portugal crescer 2% ao ano e ter uma inflação de 2% ao ano e pagar taxas de juro de 8% e ter um excedente orçamental antes de juros de apenas 1% para a dívida pública ser sustentável.
    .
    .
    Agora medite nestes simples cenários que lhe dei. Está a ver? De que me vale agora estimar cenários se eu não sei os juros (uma das variáveis mais importantes), se eu não sei o défice/excedente orçamental antes de juros e tão pouco o stock da dívida? É mijar na parede à espera que chova…

    Gostar

  116. aremandus permalink
    27 Abril, 2012 08:37

    estamos numa trupe justa:
    enquanto os jovens recebem 6oo euros de salário, o ex banqueiro jardim gonçalves tem reforma de cento e setenta MIL euros.
    estamos no caminho certo.

    Gostar

  117. Francisco Colaço permalink
    27 Abril, 2012 08:48

    Anti-Comuna, LR,
    .
    A minha dúvida prende-se com os tiques socialistas do presente governo. Por contraponto temos à sua esquerda socialistas puros, do tipo que não nos dá qualquer dúvida e nos levou à dívida. Precisamos o quanto antes de um governo liberal em Portugal, que redimensione o Estado às suas funções iniciais, que assegure de pronto a qualidade de execução do ensino, da saúde e da engenharia sem ter necessariamente que prover esses serviços directamente.
    .
    No tempo em que se fala de mangas quando apenas um vislumbre de lapelas se vê, as coisas tornam-se perigosas.
    .
    Apesar de tudo, creio, caríssimos, que o tempo nos dará razão. Há uma reestruturação da economia portuguesa em curso, uma que se faz de baixo para cima, ao sabor da procura e do mercado e não por imperativo decreto e esbulhado subsídio. Quando um fabricante de bicicletas, vendo que a procura interna desce, passa a exportar 70% da sua produção (e como foi esse fabricante aviltado por alguns aqui!), encontra uma solução que não passa pelo Estado e pelos contribuintes, sempre chamados a pagar os desmandos de alguns e os privilégios de uns poucos.
    .
    Temos três ameaças a esta reestruturação:
    .
    1) A intervenção estatal, com dinheiro fácil, que conflatua alguns e os faz viver a soro, impedindo assim a emergência de concorrentes que se destacariam no mercado;
    2) As rendas excessivas que inflam os preços dos factores de produção, particularmente na energia, nas telecomunicações e na mobilidade (decorrente de 1));
    3) O clima de impunidade dos corruptos e da cunha (decorrente de 1) e de 2)), que lava a que pessoas que têm projectos válidos não os ponham em prática por não terem confiança no ambiente socio-político nem conhecimentos especiais no poder que os apoiem e financiem;
    .
    Se o Estado não valesse mais de 15% da economia, eis que a corrupção minorava: não valia por tostões a pena de correr o risco de corromper.

    Gostar

  118. Francisco Colaço permalink
    27 Abril, 2012 08:49

    Aremandus,
    .
    Quem paga essa reforma? O BCP?

    Gostar

  119. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 12:04

    Caro Colaço, o Estado terá que fixar os custos ocultos (PPP etc.) senão, duvido que Portugal volte aos mercados sem reestruturas a dívida ou fazer um default. Vamos ver.
    .
    .
    Entretanto…
    .
    .
    http://www.bloomberg.com/quote/GSPT10YR:IND/chart
    .
    .
    8% nas próximas semanas? 😉

    Gostar

  120. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 12:33

    Mais boas noticias.
    .
    .
    “EU € 2.7 Billion 10-Year Bond For Portugal Strongly Oversubscribed
    .
    The European Union (EU) today issued a € 2.7 billion benchmark bond with 10 years maturity, seeing strong and widespread investor demand with books almost three times oversubscribed. The proceeds will be on-lent to Portugal, as part of its financial assistance package and are adding to a € 1.8 billion 26y funding operation of last week. Both transactions together bring the average maturity of the EU loans to Portugal from 10.8 years to 12.2 years. The transaction was carried out by the European Commission on behalf of the EU under the European Financial Stabilisation Mechanism (EFSM).”
    .
    .
    “The € 2.7 billion bond matures on 4 April 2022, pays a coupon of 2.75% and yields 2.794%. Funding cost will be passed on to Portugal without any margin; the disbursement to Portugal is foreseen for 4 May 2012, the settlement date of the bond.”
    .
    in http://www.egovmonitor.com/node/49630
    .
    .
    Note-se a taxa de juro que Portugal irá pagar: “The € 2.7 billion bond matures on 4 April 2022, pays a coupon of 2.75% and yields 2.794%. Funding cost will be passed on to Portugal without any margin”
    .
    .
    Aqui podemos ver que, não surgindo mais complicações na Europa e face à ajuda do resto da Europa, poderá ser possível surgir uma solução em que a UE assume futuras emissões em nome de Portugal (mas assumindo o risco) e não nos cobra qualquer spread. Se Portugal cumprir com a Troika, mesmo que não vá aos mercados (ou não tenha acesso), os custos da dívida tuga podem descer muito mais do que se pensa. Repare-se nas taxas de juro pagas: 2,279%.
    .
    .
    Daqui até Setembro de 2013 ainda muita água vai correr debaixo das pontes e ainda existem tantas possibilidades abertas, que é difícil fazer previsões com boas margens de segurança, a esta distancia e estas condições actuais. Vamos ver.

    Gostar

  121. anti-comuna permalink
    27 Abril, 2012 12:44

    Mais vozes (que põem a massa onde têm a boca) a dizer o mesmo.
    .
    .
    “Deutsche Bank: “Portugal não é candidato a reestruturação”
    .
    O programa de ajustamento português está deixar os investidores mais confiantes de que Portugal não terá de reestruturar a dívida. Tendência dos juros descolou das restantes economias periféricas.
    .
    “Portugal não é um candidato à reestruturação da dívida pública”. A afirmação é do analista Mohit Kumar, do Deutsche Bank, que também disse achar que Portugal não vai conseguir regressar aos mercados no próximo ano, necessitando de um segundo programa de apoio financeiro.
    .
    “É isso que o mercado está a incorporar”, disse, explicando o motivo de as taxas de juro estarem a corrigir parte das subidas que registaram nos primeiros meses do ano.
    .
    “Os mercados continuam preocupados com Portugal, as taxas de juro implícitas na dívida portuguesa ainda estão altas”, muito embora a sua correlação com as taxas a 10 anos da Grécia seja diferente daquela que se verificava em 2011 e grande parte de 2010, ressalvou o analista do ING, Valentijn van Nieuwenhuijzen, à Bloomberg.”
    .
    in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=553617
    .
    .
    Se Portugal não puder ir ao mercado, se calhar em termos financeiros de curto prazo, até seria melhor. Poderia pagar, por exemplo, 2,794% em vez dos actuais 5,70% da Itália, assumindo-a como referência neste caso. No entanto, apesar de tudo, é sempre preferível ir ao mercado, pelos efeitos que teria no resto da economia, em especial as emissões corporativas e acesso da nossa banca às mercados de crédito internacionais.
    .
    .
    Em todo o caso, o governo deveria ter como prioridade alimentar o financiamento através da poupança e investimento interno, tendo para isso uma balança de pagamentos positiva. O Ulrich, do BPI, tem isso em mente. Não depender dos mercados externos para financiar as suas actividades. O país todo deveria ter esse objectivo, já que nos nos tornava efectivamente mais “soberanos” e não dependentes dos humores externos. E ataques especulativos contra os interesses portugueses. Claro, para isso, é mesmo importante continuar a aumentar as exportações e controlar as importações.

    Gostar

  122. JCA permalink
    27 Abril, 2012 14:26

    .
    Fosse o que seja (intencional esta geometria de verbos),
    .
    com Sarkozy ou Hollande, e bem, qualquer um deles ‘vai ao castigo’. Por ora fico nestas ‘entrelinhas’.
    .
    Vamos lá aos ‘ProjectBonds’. Há um erro que tem de ser corrigido. É claro que o TGV é modernizaçao e dá alegria à populaça (lembro outro ‘projectbond’, a Expo que houve pessoal que ‘gozou’ com 5,10,15,20 entradas repetidas, ai que gozo …) . O Aeroporto é outra que tal etc etc etc. Estamos no socio-emocional.
    .
    E vamos nele, O erro, a insustentabilidade da coisa para além do curtissimo prazo, é a diluição dos cutos do investimento. E não havendo questões militares que façam disso um must como as auto-estradas do Hitler ….
    .
    então façamos a coisa doutra maneira, mantendo o valor para a União Europeia do ‘nós temos é preciso que comprem para nós não termos crise/austeridade e os outros por ora ficarem no mesmo mas o ‘quem vier a seguir apague a luz’ não se verifique por que ficaremos na mesma ou pior do que quando partimos,
    .
    a palavra de ordem é DILUIR. Como ? Avançando para a ‘globalização’ dentro da Europa. Avançar para supra-companhias Europeias que serão financiadas em vez dos países (socios da União Europeia) que constroiem, exploram, e suportam lucros e prejuizos em vez dos Países (e aqui neste suporte está a implosão ou não da União),
    .
    isto é, É TODO UM PARADIGMA completamente diferente nisto (e em politica fiscal revolucionária, em financiamento da Segurança Social revolucionaria etc) que está a chave da Europa continuar a ser o farol civilizacional do mundo que são o sonho dos Cidadãos de quaisquer outros Países doutros Continentes,
    .
    para isso, o miolo tranquilo entre todos os medos, tem ser requisitado para a solução. Mas há travestis no caminho que já estão a morder a coisa que nem sabem o que é.
    .
    Bem hajam todos, be happy com o vosso ‘harakiri’. Há mais vida para além de tudo isso. É verdade e assumirá ao poder, a bem do grande do poder ainda muito ‘emotivizado’ também. É a vida a muitissimo curto prazo.
    .

    Gostar

  123. JCA permalink
    27 Abril, 2012 14:42

    .
    Mas isto é um bocado complicado quando a palavra de ordem das nossas governanças se resume ‘a imagem’ que surge como o desespero final afrontando o NOVO que os protegerá ….. Apenas está um passo (não Passos ou Coelhos) mais à frente …
    .
    E Portugal depois de 2008 já poderia estar tão bem … e andam estas azemolas a escoicinhar (13º meses e subsidios de férias são ‘riquezas’ dos párias do gueto de Varsovia, camaras de gás para os empresários portugueses só uns são precisos os outros gás zircon, campos de concentração para a cigana dos empregados uns são bons os outros fome e pobreza, confisquemos o dinheiro e a propriedade para a solução final),
    .
    mas que merda DE GOVERNAÇÕES SÃO estas ????
    .
    até me convenciriam se me conseguissem explicar o que GARANTIDO seria onde querem chegar. Mas não conseguem além dum ‘algures e nenhures’. Falharam, faliram, afastassem-se e deixem passar quem vos poderá safar daquela história dos outros ‘o mussolini pendurado com a amante na praça publica’, com apoio do que é um Povo= Cidadãos, Familias, Empregdaos e Empregadores, alé do conceito ‘classe media para baixo, classe média para cima’
    .
    e ainda há ‘uns segundos’ no Tempo.
    .
    Como diz o A-C, mas sem a acidez dele de azias, vou tomar um bagacinho mas de aguardente velha mas macia, superior a shots wiskies vodkas gins e outras que tais que não são motivo da vida apenas pequenos prazeres dentro do grande da VIDA e das vidas,
    .

    Gostar

  124. Tiro ao Alvo permalink
    27 Abril, 2012 19:00

    O Piscoiso citou Pessoa,
    P’ra se armar em gente fina.
    Depois, num verso à toa,
    Vá de chamar-me papalvo
    Que rimando com Tiro ao Alvo,
    Não rima co’a minha pessoa.

    Papalvo será Piscoiso,
    Que anda aqui a chatear.

    Poeta de pobre rima,
    Um conselho lhe vou dar,
    Apenas por uma vez
    E para ver se atina:
    Piscoiso,
    Meta a quadra que fez
    Pelo dito-cujo acima.

    Gostar

  125. simil permalink
    27 Abril, 2012 19:00

    Realmente,
    esse post é a coisa mais estúpida
    e despeitada, ai, que já se viu algum dia …

    Gostar

Trackbacks

  1. Anónimo

Indigne-se aqui.