a cantiga é uma arma
Fátima Felgueiras foi irremediavelmente absolvida do célebre “processo saco azul”, o mesmo que a ia levando à prisão, não se tivesse ela posto ao fresco para o Brasil. Em face do que conhecemos do nosso país, vale até a pena reflectir se a conclusão do processo teria sido a mesma se ela, em vez de ter desaparecido por uns tempos, por cá tivesse ficado para ser presa preventivamente, como era o propósito do Ministério Público. Para todos os efeitos, há uma evidência a realçar em tudo isto: a montante ou a jusante algo correu aqui profundamente ao contrário do que a justiça pode e deve ser num Estado de Direito. Pela sentença de hoje (que confirma a da primeira instância, note-se), pode depreender-se que Fátima Felgueiras não fugiu da justiça quando foi para o Brasil, tendo-se limitado a evitar uma arbitrariedade que o estado português tentou exercer sobre ela. Uma refugiada política, portanto. Entre criminosa e vítima, há que esclarecer com que estatuto passará, afinal, esta senhora à história do seu país. A pátria ficará grata.
BLASFÉMIAS 
Pelo que se lê na notícia, e que confirma o que se tinha passado em 1ª instância, a Srª não foi exactamente absolvida, Os Crimes já tinham prescrito. E, salvo melhor opinião, prescrição não é absolvição. E eventualmente, sem certeza porque não conheço os pormenores, a ida para o Brasil (em termos de tempo) ajudou à prescrição.
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Seguramente, uma criminosa – e com vários crimes às costas para ser punida, sem contar com as acusações que ficaram por deduzir.
Vítima? Em que circunstâncias?
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Abusiva, despropositada, a colocação desta foto. Mais apropriada para “ilustrar” o caso, seria umas poses do Tony Carreira ou do Quim Barreiros.
Rui A.,
o 25 de Abril, os músicos e cantores como o Zeca ou o JMário Branco, que têm a ver com a actual “justiça” ?
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Também foram exilados políticos, caro MJRB…
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Foi absolvida, em primeira e segunda instância, do crime de peculato, o essencial, ao que julgo saber, deste processo.
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Caro Rui A.,
A sua justificação colocada às 03:17 é, no mínimo imprópria. E por tal, continua abusiva a colocação da imagem.
Quer, Vc., comparar o que motivou a ida para o estrangeiro de alguns daqueles músicos, com a fuga de FFelgueiras ? Quer, também, comparar o percurso de vida e de criatividade daqueles músicos com o que Vc. condena no caso Felgueiras ? Homessa, carago !
Independentemente de se gostar, apoiar ou não, as opções políticas por exemplo dum Zeca, Fausto ou JMário Branco, Vc. não encontra nestes dois músicos e cantores uma vida irrepreensível ?
Por que não colocou fotos de tipos da finança ou da política foragidos antes e post 25 de Abril ?
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“Corruptos de todos os quadrantes, uni-vos”
Vladimir Ilitch Ulianov.
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Como é que o rui, tendo estudado Direito e, ao que consta, até com doutoramento, pode escrever uma barbaridade destas?.
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Ela limitou-se a pirar-se antes de ser emitido o mandato de captura. Porque foi informada por um juiz.
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Portanto, não há aqui qualquer fuga à justiça. Fez o que compete fazer a quem sabe que o vão buscar. Se ficasse à espera é que era parva. E só fugia à justiça se tivesse pirado após ordem de prisão preventiva.
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Juiz (que informou a D.ª Fátima), curiosamente, do mesmo Tribunal da Relação de Guimarães que a absolveu. Por falar nisso, Dr. Rui A., o que sabemos dos procedimentos disciplinares contra esse magistrado e contra o outro que disse ao Sr. Pinto da Costa para ir passar uns dias à Galiza? (outro “refugiado político”, pois também foi absolvido no foro criminal dos crimes pelos quais foi condenado e se conformou no foro desportivo).
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É preciso fugir ao conjunto de procedimentos provisórios e cautelares que o Ministério Público gere a bel-prazer com a complacência dos Juízes de Instrução que assinam de cruz. A estrutura do MºPº foi decalcada no modelo soviético do Omnipresente. Convém perceber isto.
Numa primeira época democrática, recolhiam informação sobre os poderosos e geriam as prescrições. Agora gerem as fugas de informação. Em lugar algum do mundo a “promotoria pública” logrou o estatuto de Magistrado que 0bteve em Portugal. E isso foi conseguido na intimidação tácita do poder político que cedia, não por ser pressionado expressamente, mas receoso de que o pudessse vir a ser. Em qualquer outro país o MºPº é o mero Advogado do Estado. Nada mais do que isso. O que no nosso caso nem seria muito abonatório, pois se o Estado não é uma Pessoa de Bem,não seria de esperar grande coisa do respectivo advogado.
Ultimamente, quando o Mº Pº sente que a prova de que dispõe é limitada, opta por julgamento com Tribunal de Jurí, para que sejam os jornais, as Fatimas Campos Ferreira e outros ignorantes nestas matérias a deformar psicologicamente a convicção dos jurados populares impressionáveis com o que as testemunhas digam, mesmo que sem um cabelo de comprovação objectiva e factual. É a ultrapassagem pela direita dos juízes, os verdadeiros e únicos Magistrados. Se os Juízes não condenam por falta de prova aqueles processos mediáticos de que o MºPº precisa para fingir que são imprescindíveis, então arranja-se quem condene.
Mais, estamos perigosamente no limiar da prova obtida por bufaria . Muitas vezes a prova faz-se apenas com o que os co-arguidos dizem uns dos outros. Uma vez vi um co-arguido mudar 5 vezes de versão sobre quem seria o “chefe da rede”. Perdeu o tipo que teve 3 nomeações. É a força do voto na Justiça, pensei eu a consolar o meu escrúpulo jurídico.
E aparecem homicídios sem cadáver e “extorsão de substancia não apurada” (esta é um mimo de lógica, conseguir-se extorquir algo que não se sabe o que seja ou que valor económico ou outro tenha ou deixe de ter). E mães condenadas por infanticídio só porque são feias, porcas e más, mas sem que o cadáver da criança alguma vez apareça.
O que está em causa não é as trafalhices na tesouraria municipal que os autarcas fazem para desviar dinheiro para o clube de futebol lá da terra – se fosse isso, estariam presos todos os autarcas, menos Rui Rio e Santana Lopes. Essa parte tem a ver com o circo de que o povo necessita, logo, é serviço público apesar de a Constituição só ter previsto o circo na vertente da subsidiação massiva do cinema que ninguém vê. O que está em causa é o modelo de investigação, acusação e julgamento criminais. A crise da Justiça não é a morosidade. É o modelo, a começar e a acabar no MºPº, passando pelo jornalismo que não percebe peva da matéria e desinforma sistematicamente a sociedade. E se juntarmos a isto um bastonário que ralha e barafusta com a malta em vez de explicar as coisas… venha uma Troika para a Justiça. Já!
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O José Eduardo Simões, presidente da Académica, que acaba de ganhar a Taça de Portugal, foi condenado a seis anos e meio de prisão, por se ter aproveitado da dupla qualidade de director de urbanismo da câmara municipal e de dirigente desportivo, para favorecer promotores imobiliários a troco de donativos para a Associação Académica, sem que tenha tirado proveito disso, o que parece vulgar noutros clubes.
Terá sido porque ganhou ao Sporting?
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Felgueiras e Isaltino em Oeiras,apenas duas faces de uma mesma moeda.Tem que ver com a cultura política.Por isso,o melhor mesmo é emigrar porque as culturas políticas mudam lentamente.
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(…) “o que parece vulgar noutros clubes”, escreve Piscoiso. Pois. Com processos e com cargos diferentes…
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Algum mundo do futebol tuga tem de ser intocável… Sob pena de.
“Pagam as favas” o BoavistaFC, o EAmadora, a AAcadémica, e não só.
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A estupidez insolente da “ilustração” impede qualquer consideração sobre o assunto do post!
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rui a. Posted 1 Junho, 2012 at 03:17 | Permalink
“Também foram exilados políticos, caro MJRB…”
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o lado provocatorio de rui a.
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