Uma decisão gravíssima
Que o PCP via Associação Nacional de Sargentos faça o seu trabalho de degradação das instituições é uma coisa sabida embora frequentemente esquecida. Mas que o Constitucional tome uma decisão que coloca em causa a própria existência da instituiçãoo militar é outra. Desconheço o que levou recentemente o PR a chamar a Belém as chefias militares mas sendo Cavaco Silva Comandante Supremo das Forças Armadas espera-se que se pronuncie sobre o assunto quanto mais não seja como sucedeu no Estatuto dos Açores para dar conta da sua indignação. Caso esta decisão seja escamoteada ele mesmo e certamente o próximo PR acabarão comandantes supremos duma milícia que nos dias pares recorre aos tribunais civis para boicotar a instituição e nos dias ímpares para a manutenção das suas regalias exige respeito institucional pela mesma instituição.
Obs. Espero apenas que uma qualquer associação do futebol recorra ao Constitucional e que este naturalmente decida em igual sentido. Teremos um tempo santo: não há jogos, não há declarações dos dirigentes…
Um regulamento de disciplina, seja lá do que for, não pode estar acima da lei suprema que consagra os direitos fundamentais dos cidadãos.
Quando no aconchego do lar, o marido dá uma sova na esposa com disciplina caseira, certamente que helenafmatos bradava aos céus, aqui-del-rei que há crime de violência doméstica.
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Mas então a corporação não pode pedir para si própria um estatuto que sempre lhe foi reconhecido. Deixa de ser o “garante” último, deixa de ter a “servidão” e passa a ser uma corporação igual às outras. Uma tragédia para os militares pela mão do PCP.
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Grave é não se sujeitar a Helena ao regime da Lei Marcial…
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Piscoiso
O que não pode é existirem direitos especiais para militares porque a sua condição é diferente (e eu reconheço que é!) e depois quando lhe dá jeito já querem direitos iguais.
Então não é o estatuto especial que com toda a função publica congelada lhes permitiu serem promovidos na mesma?
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Em todo o caso se isto persistir não vejo qual a necessidade de existir um tribunal militar.
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É perguntar-lhe se quando esteve lá no poleiro tambem foi remunerado por esse critério.
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Já não há tribunais militares,
com os militares definitivamente ‘civilizados’.
Também já não há militares,
no sentido clássico da palavra.
133 AC – «Cent trente trois ans avant l´ère chrétienne, Tiberius Gracchus, fils de Sempronius et de Cornelie, était élevé à la dignité de tribun. C´ était un fils des classes supérieures…En face de l´orage (burburinho) montant de la foule des esclaves, les premières paroles de Tiberius du haut des rostres (estrados) furent pour flatter (lisongear) l´insurrection – «Nos généraux vous incitent à lutter pour les temples et les tombes de vos aieux. C´est un appel inutile et mensonger. Vous n´avez pas d´autels (altares) de vos pères, vous n´avez pas de tombes ancestrales, vous n´avez rien. Vous ne combattez et vous ne mourez que pour procurer le luxe et la richesse des autres»
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Declaração de interesses. Não fui, não sou nem nunca serei simpatizante do PCP. Fui militar antes e depois do 25 A e fiz a guerra colonial.
Tenho a dizer à D. Helena que e está a falar por falar pois não sabe o que é a disciplina militar. Se aparecer um louco (e na tropa ás vezes aparecia) que resolvesse punir a seu bel prazer, o militar deveria cumprir integralmente e sem reclamar e só depois poderia recorrer sem qualquer efeito pois já tinha sido cumprido a pena. (como se diz na minha terra: “porca capada não se descapa”
Portanto , minha senhora, não se meta na cozinha se não sabe descascar batatas muito menos cozinhar.
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… e quanto às manifestações, não diz nada cara Helena?
Ou já se está a tratar?
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A Dona Helena agora também é especialista na tropa? Ou é simplesmente especialista em zonas cinzentas do Estado de direito? A lei é para todos, militares e civis. E um militar é civil antes de mais. O Tribunal Constitucional, uma vez mais, limitou-se a ler o que está na Constituição – a parte da igualdade de todos os cidadãos perante a lei, e tal. Que a Dona Helena e a direita em geral não gostem da lei fundamental da nação é uma coisa, mas ela existe para ser cumprida e os juízes do TC existem para a defender e não para legitimar opções políticas contrárias ao seu espírito.
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O acordo Bosman aplicado( mutatis mutandis ) à tropa ??
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David Soeiro
Se calhar está a falar de situações em palco de guerra.
Ou em tempo de paz e nos quartéis, navios, etc., as sanções estão na mão de apenas uma pessoa?
E há assim tantos loucos no ativo? Se há esse é outro problema, ainda mais grave!
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(…) Que o PCP via Associação Nacional de Sargentos faça o seu trabalho de degradação das instituições (…) Helena dixit
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é caso para perguntar quais as causas de tanta “degradação” :
http://www.publico.pt/Economia/sindicato-das-policia-municipais-apoia-manifestacao-de-sabado-1564961
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Avance recurso do Luisão para o Tribunal Constitucional!..JÁ!!!!!!!!…..
Os ilustres, vetustos, salazarentos senhores conselheiros irão certamente dar-lhe razão.
Chegados onde chegamos, o melhor seria entregar JÁ…todo o poder de governar aos ditos mui dignos conselheiros.
Eles que formem então um governo de salvação nacional, e estaríamos todos salvos… Para não serem só conselheiros, o Ministério do Interior poderia ser atribuido a um dirigente do Partido Comunista. Por exemplo, a Dona Rita Rato…
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…porquê , os Santos se atirarem ao Tribunal Constitucional que como qualquer outro Tribunal não tem culpa nenhuma da M… que os Políticos sempre andaram a fazer ? E por analfabetismo politico esquecem sempre a danosa Constituição ?
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já a ministra da justiça não contribui para nenhuma degradação:
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/rui-rio-critica-julgamento-na-praca-publica-de-exgovernantes-do-ps-1564973
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Nunca antes se viu o TC tão activo…
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Paulo, não fale do que não sabe. Quanto à Helena Matos não está nada preocupada com a disciplina ou a instituição militar, o seu propósito é puramente ideológico. Isso de dizer que o recurso das penas disciplinares militares degrada ou pretende boicotar a instituição militar é para rir. Pensaria de forma diferente se cumprisse o serviço militar. O mesmo para o Monti, que fala dos militares como se estivesse a jogar um jogo de video de guerra e acha que impressiona muito afazer citações clássicas. Enfim é a experiência da vida militar que têm os que aqui vêm reclamar contra a decisão do TC E ainda bem, pronto
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Concordo consigo Helena Matos.O TC por este andar vai levar-nos para alto mar.
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Pedro,
“Pensaria de forma diferente se cumprisse o serviço militar.”
Não sei se seria assim mas, pelos comentários, é óbvio que a Helena Matos entende melhor o que é e deve ser a instituição militar do que o Pedro.
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E a sanha dos imbecis de serviço contra tudo o que a Helena Matos escreve é interessante. Incomoda-os assim tanto que, sendo “de direita”, a Helena seja mais certeira e escreva melhor do que a maioria dos bloguistas?
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… a “lena” não é analfabeta mas é preguiçosa ? Nunca leu a Constituição ?
Esta trágica mania de só olharem para o desgraçado TC !!!…
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A tropa – Forças Armadas — Desde de que deixou cair o serviço obrigatório e passou a ser um “emprego,” muito bem pago ( veja-se quanto ganho um militar voluntário na Bosnia) perdeu todo o apoio popular para as suas causas! A dignidade que invocam, insistemente ,não passa duma reivindicação salarial…
Que gritem:
Nem mais um soldado para a ONU / Boicote à compra de mais armamento / Não às monbras / Nem mais uma bala gasta / Barcos de guerra parados no Tejo / Levantamentos de rancho / Carros estacionados na parada…
Força Camarada
O dinheiro que poupariamos … dava para tanto, tanto… que nem calculo!
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Joaquim, não sei se está lembrado, mas uma discussão semelhante deu-se quando se acabou o serviço militar obrigatório, quando muitos vieram dizer que passávamos a ter uma tropa de mercenários, sem amor à pátria e outras coisas do género. Se quer colocar as coisas assim, foi mesmo a direita que veio dizer aqui del rei que querem degradar a instituição militar. Suponho que isso, aqui e em todos os paises do mundo com tropas profissionais, também foi culpa dos comunistas e bloquistas. Nunca tivemos uma instituição militar tão bem preparada e quem se recorda ou sabe de como era a tropa nos tempos da mobilização obrigatória para as guerras coloniais sabe disso (isto para não falar da tropa fandanga da flandres). Eu não estive, mas o meu pai esteve lá e sabe bem o que era a instituição militar nessa altura, incluindo as indignidades ao nível da disciplina militar, sem qualquer justificação no esforço de guerra. O poder corrompe até os melhores e na instituição militar isso é mais flagrante e perigoso. Sem um controlo apertado da disciplina militar, com garantias reforçadas, sai prejudicada a própria moral dos militares, com prejuizo para a instituição. Não inventemos problemas onde eles não existem. A Helena Matos está em guerra é com o PCP e o Bloco de Esquerda. A sua guerra é outra e não tem nada a ver com a instituição militar.
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Pedro
Sobre falar do que não se sabe parece-me que está a ver o filme no espelho.
Eu fiz o serviço militar, encontrei muitos cromos mas normalmente quando se chegava aos oficiais superiores a coisa melhorava bastante.
Se está a falar dos castigos de ficar mais 2 horas no quartel por ter a barba mal feita, isso é com o superior direto, se é para dar um dia de detenção por ter faltado às obrigações já não, então se estamos a falar de prisão muito menos.
O que está aqui em causa é a sensibilidade para julgar assuntos militares.
Se um indivíduo está a comandar um pelotão e os soldados resolvem começar a interpretar os direitos, o mais provável é correr mal, e por isso há cadeia de comando bem definida, e a ordem e disciplina tem um valor diferente do civil no dia a dia.
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Como diz por aqui alguém, se calhar tinha sido melhor o Portas (que alias chegou a ministro da Defesa sem nunca ter posto os pés na tropa!) não ter acabado com o serviço militar obrigatório. Deveria era ter alargado também às mulheres, se o problema era de equidade.
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Colono
Ah pois é, o problema são sempre os sifrões.
Já o 25 de Abril e os capitães foi precisamente isso, quando os da academia queriam ganhar mais que os milicianos (veja lá no grupinho do Otelo, Salgueiro Maia, Melo Antunes, Vasco Lourenço, Fabiao, Jaime Neves, e os outros até chegar ao Eanes, quantos é que eram milicianos?)
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Paulo
Posted 28 Setembro, 2012 at 11:16 | Permalink
David Soeiro
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Paulo eu escrevi isto:
“Se aparecer um louco (e na tropa ás vezes aparecia) …
Se – condicional. Não disse que havia loucos. No entanto eu apanhei alguns paranóicos e a palavra deles não voltou atrás. Puniram e ponto final. A verdade é que isso foi há mais de trinta anos. Mas de facto ac0nteceu.
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David Soeiro
Mas hoje até têm sindicato.
Ao mínimo deslize e está lá o delegado sindical para colocar o general em sentido.
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E a decisão do TC é relativa a decisões do tribunal militar, e não da aplicação direta e simples do RDM para faltas menores.
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Paulo
E a decisão do TC é relativa a decisões do tribunal militar
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Mas qual Tribunal Militar santo Deus? Isso acaso existe?
Vá ver a Lei 100/2003
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Lamento informar mas os tribunais militares foram extintos
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Pinto
Já fui ver, não existe, peço desculpa pelo equivoco.
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«A Helena Matos está em guerra é com o PCP e o Bloco de Esquerda. A sua guerra é outra e não tem nada a ver com a instituição militar.» Vamos ter juízo está bem? Em matéria militar e e muitas outras coisas o PCP nada tem a ver com o BE. Aliás na incompreensão da instituição militar o BE está mais próximos da ala esquerda do PS e de algumas cabecinhas ocas do PSD e do CDS do que do PCP. Esta iniciativa do PCP é puramente táctica e nada tem a ver com os folclores do anti-militarismo.
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Aquela disciplina das forças norte coreanas é que deviam servir de inspiração…
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Tanta gente a opinar sobre o que não conhece.
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“Tem gente a opinar sobre o que não conhece”
Tem gente egoista, sabe e não compartilha o saber com os “ignorantes”…
Teixeira… “insplica” ao magala, por favor!
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Por acaso tenho alguns anos de experiência na tropa. Nas forças especiais. E o que vos posso dizer é que a decisão do TC nada tema ver com a vida real.
Na maioria das unidades a aplicação do RDM é um processo burocrático, utilizado poucas vezes, e que culmina normalmente numa punição à ordem. Uns dias de detenção, basicamente.
ANTES disso, existem outros meios mais eficazes e informais par quem prevarica: umas flexões de braços, umas nomeações para a escalas de serviço, umas corridas a mais, umas chamadas de atenção, uns prémios a menos, etc.
E, em campanha ou exercícios, a pura e simples coerção.
Silva, vai ali com o Oliveira, para observar daquele lado do monte.
Ah, e tal, não vou porque estou cansado e os meus direitos, etc, etc.
Ó rapaz, ou te mexes JÀ ou vais a pontapé, porra! E entretanto, já que falaste, vais mais 2 km à frente, estabelecer ligação com o 2ª companhia, apresentas-te assim que chegares e vais montar guarda ao sector sul. Andor!
E ele vai. Sem RDM, sem TC, e com renovada convicção de que, para a próxima, vai e não bufa.
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