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nado-morto

18 Março, 2013
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O principal responsável pela situação em que Portugal se encontra, ao dia 18 de Março de 2013, chama-se Pedro Passos Coelho. Não que ele tenha sido o culpado da falência do estado português, mais do que falido quando ele assumiu as funções de primeiro-ministro, mas por não se ter preparado para a exigentíssima responsabilidade de tirar um país da bancarrota. Em vez de ter elaborado, com o CDS e Paulo Portas, seus inevitáveis parceiros de coligação, um programa detalhado de reformas do estado para ser aplicado no único prazo possível para estas coisas se fazerem, os primeiros seis meses de governo, Passos preferiu entrar em picardias eleitorais dignas dos congressos da jotas, confiante, por absoluta falta de experiência e de preparação, de que teria tempo para, mais tarde, compor o país. Não tinha tempo a perder, como já na altura em que tomou posse era mais do que evidente, e já há muito que deixou de o ter. Mas, se o não tivesse perdido nos primeiros seis meses em que governou o país, teria contado com uma maior compreensão dos portugueses para as violentas reformas de que o país precisava, assim como, provavelmente, não teria provocado maiores estragos do que os que resultaram e resultarão da sua absoluta falta de iniciativa.

.

Neste momento, o governo a que preside é um nado-morto. Para desespero da troika, que também é responsável pelo sucedido, desde logo por ter facilitado no orçamento de estado de 2012, o governo de Pedro Passos Coelho demonstra-se incapaz de promover uma única reforma do estado digna desse nome. Continuará em exercício de funções até desaparecer de cena, por inanição, e ser removido para, infelizmente, dar lugar a um novo governo do Partido Socialista. Também por esse facto o PSD e o CDS serão responsáveis, como o foram, há anos, pela subida de José Sócrates ao poder.

37 comentários leave one →
  1. joao permalink
    18 Março, 2013 15:00

    é por estas e por estas que a esquerda está sempre no poder e a direita ao fim de 1 ano já não tem legitimidade democratica, porque sim senhor. Quem anda à chuva molha-se. Este governo deve levar o mandato até final. Já chega de golpes palacianos ( Sampaio versus maioria de direita). Os socialistas levaram o pais à bancarrota e já querem voltar ao poder ? que aguentem mais 3 an0s tal como os portuguese aguentam. E os comentadores que se deixem de tretas, sem a troika e estas minireformas ficamos na penúria. Julgavam que um resgate externo se ultrapassava em 1 ano ? ou em 2 ? não enganem as pessoas….nem em 10 anos quanto mais nos primeiros 6 meses. Ó rui deixa-te disso….

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  2. Castrol permalink
    18 Março, 2013 15:02

    O que o senhor Rui A. quer no fundo dizer, é que temos de saltar da panela para o fogo…
    Abdicar deste Governo, por mais defeitos que tenha, elegendo um Governo Socialista, com o Tozé Inseguro à frente, é suicídio coletivo! É deitar pela borda fora os últimos dois anos de sacrifícios.
    Enfim! de asneirada em asneirada, até à catástrofe final…

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  3. M. Miranda permalink
    18 Março, 2013 15:03

    Rui A. teria total razão no que aqui deixa escrito se acrescentasse a P.P.C o nome de Paulo Portas. Porque se é verdade que o primeiro mostrou total inexperiência e impreparação para governar o País, nesta ou em qualquer outra situação, o segundo não pode invocar essa falta de preparação e por isso mesmo deveria ter imposto aquando da assinatura do acordo da coligação as condições necessárias para que o governo tivesse êxito.
    Por outro lado, é dramático que um partido com a dimensão e o peso do PSD na política portuguesa seja incapaz de dar ao País políticos que não demonstrem a impreparação e incapacidade dos atuais. E se penarmos que os restantes partidos do arco governamental têm as mesmas incapacidades só podemos esperar o pior.

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  4. rui a. permalink*
    18 Março, 2013 15:10

    “Rui A. teria total razão no que aqui deixa escrito se acrescentasse a P.P.C o nome de Paulo Portas.”
    É capaz de ter razão e pensei em fazê-lo. Contudo, a responsabilidade por preparar um programa de governo, a sério, seria sempre do partido que se previa ganhasse as eleições. Passos devia ter preparado um acordo pré-eleitoral com o CDS e com Portas, que, de resto, se bem me lembro, até nem se puseram de fora disso.

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  5. vivendipt permalink
    18 Março, 2013 15:15

    Bastaria explicar aos portugueses que o país gasta x e precisa de gastar y.
    O estado vive grosso modo acima das suas possibilidades +- 20% . (10% de contabilidade real + 10% de pib viciado)
    E para dar o melhor exemplo era obrigatório cortar nos de cima (deputados, despesas da presidência, regiões, municípios, gestores públicos, etc).
    Mas muitos ainda estão convencidos que os alemães que vão tapar os buracos quando a coisa começar a descambar….
    As elites portuguesas ainda não caíram na real.

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  6. ghj permalink
    18 Março, 2013 15:30

    A presente situação, por mais herdada que tenha sido (e foi) , demonstra a absoluta inépcia de Coelho – uma inépcia que não dispensa o grotesco de um Relvas.
    Passado seis meses, já se percebia que, de facto, a oportunidade tinha passado.
    Há uma parte a reter: mo início os portugueses estavam e teriam aceite muito mais, mas Coelho (e Portas) teve medo, usando expedientes infantis para dissimular medidas necessárias a um povo adulto de nove séculos – mas com uma crónica falta de leaders (não de ditadores, mas de leaders – os primeiros aparecem, aliás, por falta dos segundos).
    Quanto a Portas convém que se perceba, de uma vez para sempre, que é um conjunto de tiques à procura de um cenário e nada mais.
    Uma tristeza!

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  7. pedro permalink
    18 Março, 2013 15:30

    Rui A. : O governo a constituir deve ser de emergência e apoiado por todos os partidos .O 1º ministro deve ser uma pessoa conceituada e com provas dadas e que conheça profundamente o nosso país.Penso que o P.R. deve convocar o conselho de estado e confrontar os portugueses com a incompetência deste governo .De seguida, chamar o 1º Ministro e convidá-lo a apresentar a demissão. Isto não vai lá com “jotas” impreparados e se o governo continuar teremos uma “primavera” portuguesa. Penso que o P.R. ,desta vez ,não se safa de pôr” as mãos na massa”. Depois de Chipre nada ficará como dantes.

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  8. 7anaz permalink
    18 Março, 2013 15:31

    O João César das Neves vem dizer isso mesmo, até agora, quem levou foi só o mexilhão, que os outros, pela sua capacidade de influência, bem têm fugido com o cu à seringa. Senão, vejamos se os velhos do restelo (vulgo tribunal constitucional), que nunca mais decidem merda nenhuma, não vão decidir em benefício próprio.

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  9. castanheira antigo permalink
    18 Março, 2013 15:35

    Como se enganam os portugueses com frases feitas que são mentiras mantendo-os iludidos :
    “O país está mal porque 30% do pib foge ao fisco”
    ” Se todos pagassem todos pagaríamos menos”
    ” Os alemães são os culpados porque nos deram credito e nos venderam os seus automóveis e nós somos criancinhas inimputáveis”
    Com estas mentiras tem-se sempre evitado o que será inevitável que é a reforma do estado para menos de metade da dimensão actual . A realidade está á porta , com Portas , Coelhos, Seguros ou outras aves.

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  10. piscoiso permalink
    18 Março, 2013 15:50

    O Rui parece sentir-se incomodado com a alternância no poder.
    O que acontece nos países onde as eleições elegem sempre os mesmos…
    chamam-lhe ditadura!

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  11. rui a. permalink*
    18 Março, 2013 15:54

    “O Rui parece sentir-se incomodado com a alternância no poder.”
    Nada, nada. Só espero é que a coisa não chegue aos 51 governos dos quinze anos da 1ª República, que deram, depois, os 40 de um governo só, hipótese que não o parece estar a preocupar a si.

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  12. Guillaume Tell permalink
    18 Março, 2013 15:57

    (Mesmo comentário que no Insurgente)

    Ninguém pode mandar ao Gaspar de aumentar os impostos, fora de Passos Coelho. Ora sabendo que Vítor Gaspar é mais inclinado para as teorias neoclássicas e monetaristas que dão uma importância, ao meu ver, excessiva quanto à importância da moeda e da massa financeira sobre o crescimento económico, e se (insisto bem no “se”) tomarmos por verdade e credível o que disse o precedente presidente da JSD, “para Passos Coelho, um liberal, é um desgosto enorme aumentar os impostos, ele próprio me o disse”, parece-me que quem teve mais incidência sobre a via a seguir foi mais Gaspar, ajudado depois pelos políticos do PSD e CDS, que Passos.

    Passos Coelho demostrou que não estava preparado quando chegou e ainda hoje ele não deve ter perfeito noção de qual caminho seguir, o que implica esse caminho e o que podemos esperar dele no final. Ele deixou-se levar pela urgência, passa demasiado tempo a reagir que a anticipar, e, ponto importante, ele deve serviços a certas pessoas que são incompatíveis com a necessária ruptura que o nosso país necessita.

    Agora podemos contrapor que, em princípio, o último ponto não é incompatível com os outros; Passos Coelho ao cortar na despesa e a liberalizar a economia pode sempre se arranjar para beneficiar os seus amigos; sei lá, pode cortar na despesa mas o que fica concessiona-a às empresas dos seus amigos, quando liberaliza pode puxar os cordelinhos para os seus amigos serem avisados antes dos outros. Enfim falcatruas nojentas é certo, mas cujos efeitos podem ser minorizados e evitar de o sujar. Mas quando se é uma pessoa que já em sí não sabe onde vai precisamos de excelentes conselheiros, e Gaspar, como Santos Pereira e Paulo Macedo, devia ter sido mais incisivo.

    Não tenhamos dúvida, ninguém chega ao poder virgem, não se acredite que reformar não implica riscos enormes e que as pessoas mais competentes é que chegam ao poder (nunca o são). O que é preciso é reformar sem alertar em demasia os interesses que nos podem pôr fora, e para isso é preciso ter uma capacidade inata para enfrentar toda a adversidade e ser capaz de dissipar todas as dúvidas, que só é possível com uma equipa de génios capazes de nos afastar da tentação do abismo. Basta ver o exemplo da Thatcher, que não reformou o SNS britânico por causa dos medricas que lhes serviam de ministros. Estar sempre a enfrentar a crítica, conseguir responder aos problemas que surgem é cansativo.

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  13. Tiro ao Alvo permalink
    18 Março, 2013 16:01

    Rui não o pensava capaz de vir para aqui defender um governo do PS para resolver a dramática situação em que o País se encontra.
    Aceito, isso sim, que se pressione o 1º ministro para remodelar o governo, sobretudo para afastar o Relvas, e também para fazer os cortes na despesa pública, necessários e anunciados por ele, como é o caso da despesa com RTP, que todos os dias úteis queima um milhão de euros, que sai, directa ou indirectamente, dos nossos bolsos.
    Mas defender a entrega do ouro ao bandido, não era coisa que esperava de si.

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  14. rui a. permalink*
    18 Março, 2013 16:09

    “Rui não o pensava capaz de vir para aqui defender um governo do PS para resolver a dramática situação em que o País se encontra.”

    Eu sei que é, por vezes, difícil distinguir o ser do dever ser, mas sugiro-lhe que faça um esforço de memória sobre o que aconteceu no dia 20 de Fevereiro de 2005.
    Cumps.,

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  15. piscoiso permalink
    18 Março, 2013 16:40

    rui a. (15:54)
    Na verdade não estou preocupado com o emergir de uma ditadura em Portugal, enquanto membro da União Europeia.
    Por mais papões de outras repúblicas que acene.

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  16. Tiro ao Alvo permalink
    18 Março, 2013 16:42

    Rui, desculpe, mas as situações não são comparáveis: em 2005 não havia crise, tal como a que hoje vivemos, o défice no ano anterior tinha sido de 4% (em 2009 passou dos 10%) e a Divida Pública, pouco passava dos 50% do PIB (hoje passa dos 120%). Depois disso, é que o PS cometeu a maioria das asneiras, em parte por dispor, na AR, de maioria absoluta, em parte pelas erradas políticas que seguiu e que nos deixaram no fundo do poço. E esta não é só a minha opinião…
    Essa gente precisa de penar muitos anos, e penar muito, a condizer com os sacrifícios que os portugueses estão fazer e vão fazer, por muito tempo.
    Os políticos do PS que ajudaram a criar o buraco deveriam ter um pingo de vergonha e afastarem-se devagarinho, para não chamarem a atenção, mas afastarem-se.
    De ali, do PS, tal como ele está o Partido, não podemos esperar grande coisa.

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  17. 18 Março, 2013 17:20

    Nem mais! Agora sim, o “retrato” está fiel… A “janela de oportunidade” esgotou-se. É como uma doença. Ou se trata no tempo útil, ou é tarde de mais…

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  18. Tiro ao Alvo permalink
    18 Março, 2013 17:30

    Luís A,
    O que quer dizer com o “é tarde de mais”? Que a “doença” agora não tem cura? Que a doença agora é crónica?

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  19. Sérgio permalink
    18 Março, 2013 17:49

    Conclusão: Quanto mais magro está um cão, mais as pulgas lhe saltam em cima. Gosto destas evidentes prosas. São fáceis de escrever. Peçam-mas, posso aviar umas cinco ou seis por dia. Haja saúde Rui A.!

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  20. 18 Março, 2013 18:00

    Espantoso como os potenciais apoiantes do Governo, legítimo e que fez acreditar que imporia as reformas inadiáveis, conseguem opor-se, justamente, ao Governo pela razão contrária aos que pretendem afastá-lo para se manter o fardo socialista que, esse sim, empobreceu e condenou o País, 39 anos depois da chamada Revolução definitivamente pífia.
    O socialismo “moderno” que só tratou de substituir grupos privilegiados por outros, os seus, está para lavar e durar. Criou o mal e a caramunha de tal modo que ninguém se aproveita – é a súmula do post.

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  21. JP Ribeiro permalink
    18 Março, 2013 18:22

    Parece-me que o rui a. se está a esquecer que os ultimos governos socialista foram governos liderados por um incompetente, um vigarista nato, corrupto até à medula, aliado dos grandes negócios e interesses escondidos, tudo o contrário do ue os socialistas dizem ser. Depois, ao que tudo indica, os socialistas ainda não fizeram a necessária catarse para exorcisar esse malandro e todos os demais que o sustentaram e que são dezenas de milhares, não esqueçamos isso que é muito importante. A começar pelo novo líder que me parece viver noutro planeta. Assim só nos resta sofrer esta união PSD/CDS até ao fim da legislatura. Aqueles que pedem eleições antecipadas não tem o direito de elogiar a democracia como sistema de governo.
    Dito isto, parece-me que o Presidente da Republica tem uma palavra a dizer no sentido de por na rua os três estarolas incompetentes que nem sequer são capazes (ou têm coragem) para executar as políticas ditadas pela troica, e substitui-los por alguém saído da maioria da AR actual. Há seguramente maneiras de o fazer, e dentro dos 500 assessores 500 que o actual PR emprega deve certamente haver alguém com sentido de missão e com eles no sítio para o saber aconselhar. O país está falido porra, qual é a parte da palavra falido que as pessoas não entendem?

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  22. Fincapé permalink
    18 Março, 2013 18:24

    Infelizmente, rui a. tem razão. Passos Coelho manifestou “absoluta falta de experiência e de preparação”. E não adquiriu,mesmo com o tempo de governação, qualquer das condições necessárias para governar o país.
    Acreditava na salvadora troika e na senhora Merkel. Desconhecia os objetivos deles. Pensava que eles eram o padre Américo, sem se aperceber que eles se estão borrifando para Portugal e para os portugueses.
    E, sendo que em democracia há sempre solução, como se diz acima, essa solução é a de arranjar governo. Não é a solução dos problemas do país. E mesmo a de arranjar governo, estamos a ver pelos outros que já nem essa é tão fácil como pareceria. Por cá, veremos, mas desconfio que estamos entregues aos bichos.

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  23. 18 Março, 2013 18:32

    @ Tiro ao Alvo — Posted 18 Março, 2013 at 17:30
    … quer dizer que foi desperdiçado o tempo inicial de governação com opções erradas que conduziram a uma situação que já não permite por em prática as medidas necessárias (por exemplo atacar de forma conveniente e drástica o “monstro” Estado…). No espírito, exactamente, do que afirmou o Rui A.
    Hoje pode concluir-se que a quantidade de bom-senso do PPC (e ele, como “general”, é quem estará sempre na berlinda…), não tem capacidade para “mexer todos os cordéis” necessários a uma governação prudente e “ajuizada”. Apenas coragem e prepotência não bastam… A “frau” Merkel quando cá esteve disse que a economia é em grande medida condicionada por questões psicológicas… Como sabemos o PPC é mestre na desmotivação… Achei “graça” à forma como ele desconsidera as “previsões”… Não é com base nelas que se se definem as opções estratégicas, medidas governativas, etc. Ao menosprezar as previsões o homem acreditará em quê? Magia?!…

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  24. Portela Menos 1 permalink
    18 Março, 2013 18:32

    “Aqueles que pedem eleições antecipadas não tem o direito de elogiar a democracia como sistema de governo”…
    pois, não se desse o caso de estar previsto na Constituição a possibilidade de eleições antecipadas se as “instituições” deixarem de funcionar.

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  25. Duarte permalink
    18 Março, 2013 18:40

    Então mas o PSD nao aprovou os orçamentos do Sócrates? Nao aprovou os PECS 1,2 e 3?
    Nao chumbou o 4 porque dizia que era pedir sacrifícios de mais ao povo? e a Múmia de Belém nao fez o mesmo?

    Estão todos , mas mesmo todos metidos nesta desgraça. Nao tirem o cavalinho da chuva. Até parece mal.

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  26. Tiro ao Alvo permalink
    18 Março, 2013 18:52

    Luís FA,
    Concordo que o actual governo perdeu a “boa” janela de oportunidade, que representou o primeiro semestre da sua governação, para começar a destruir o “monstro” e não apenas a enfraquecê-lo, como aconteceu. Mas o mundo ainda não acabou e estes Partidos que estão a governar têm a obrigação de arranjarem outras janelas e descobrirem o melhor caminho para nos safarmos. Pensar que o actual PS poderá liderar esse processo é que não me parece razoável nem possível. É a minha opinião.

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  27. Manuel Lopes permalink
    18 Março, 2013 19:12

    Fantástico, até já os apoiantes de sempre dessa coisa chamada governo se levantam… deve estar quase.

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  28. A C da Silveira permalink
    18 Março, 2013 19:18

    Passos Coelho é o que há! no PSD ou no PS a escola é a mesma. Infelizmente é este o panorama da politica nacional. É verdade que o Passos Coelho é um pixote, e nem teve habilidade para arranjar no governo ou no partido, quem lhe defenda o flanco, quando escolheu o Relvas para ministro da pasta mais politica do governo, e escolheu para dirigir o PSD uma colecção de zombies. Concordo consigo quando diz que ele devia ter feito o mais dificil nos primeiros meses do governo, mas defende-se com o facto de estar amarrado ao calendário do cumprimento do memorando.
    Mas a maior pixotice que ele cometeu foi não ter imposto ao Presidente da Républica a inclusão do PS no governo, afinal o grande responsavel pela bancarrota e pela vinda da troika. Em vez disso deixou-os à solta, todos os dias é marcado à zona pelas tontices do Seguro, e nem se dá ao trabalho de lhe responder, pensando provavelmente que um estadista não responde a arruaceiros.
    Mas atenção às sondagens: toda a gente está insatisfeita, uns mais do que outros, mas até agora os indecisos são sempre acima dos 40-45%. Os portugueses não são tão burros como os socialistas pensam, e lembram-se muito bem de quem os meteu nesta alhada.

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  29. 18 Março, 2013 20:00

    @ Tiro ao Alvo — Posted 18 Março, 2013 at 18:52
    Exactamente!… O PPC gorou as expectativas de quem acreditou que seria possível “mudar”.
    Ainda que em sinal contrário ao predecessor, o PPC transformou-se mais numa projecção alucinante do “problema” do que em solução… No fundo, debaixo daquela máscara carismática de voz firme e convicta, não me parece que exista sopro de inspiração, bom senso ou maneiras… Quer isto dizer aquilo que todos (ou muitos) sentimos. O tipo não presta; os outros ainda são piores… Começa a ter graça a sugestão do velho “comunista” Freitas (risos!). O PR que mande o PPC & Cia. para outras paragens e que nomeie outra gente dos mesmos partidos… Será que tinha gente?!…

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  30. Tiro ao Alvo permalink
    18 Março, 2013 20:57

    Luís FA,
    Acabei de ouvir, na SIC, o Sousa Tavares a defender uma coisa do género, mas com o envolvimento do PS. Pela minha parte até concordaria, não estivesse o PS como está, dirigido por um jotinha que, quando devia falar, esteve caladinho, e que agora está a apoiar numa série de deputados mais que comprometidos com o Sócrates e com as suas desastrosas políticas, deputados que, na primeira oportunidade, lhe metem uma casca de banana à frente.

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  31. Francisco permalink
    18 Março, 2013 23:36

    É tão fácil criticar desta maneira o PPC, à posteriori. A posteriori todos acertam.. Este governo entrou em funções em finais de Junho de 2011. Recebeu um país em estado de coma, em que as primeiras e mais urgentes intervenções tinham que ser para estancar as múltiplas hemorragias de dinheiro que estavam a ocorrer. Essas intervenções implicaram negociações difíceis, com múltiplos interesses em causa, com 3 grandes frentes: a do Estado e Admin. Pública, os bancos, as reformas estruturais. Estas frentes consumiram toda a energia dos governantes. O país doente só passou para a sala dos cuidados intensivos já no inicio de 2013, com a operação de acesso aos mercados financeiros. E aí que ainda estamos. Concordo com o Rui A. que havia muitas reformas pequenas que poderiam ter sido feitas; muitos institutos públicos que já poderiam ter desaparecido. Tambem estive impaciente com a lentidão das mudanças. Mas isso é o peso do Estado irreformável que temos. Mas também é injusto não reconhecer que se cortaram cerca de 11 mil milhões em dois anos, que o TC e outros factores de bloqueio impediram que se fosse mais longe.

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  32. licas permalink
    18 Março, 2013 23:57

    Realmente era outro ESPECTÁCULO!
    Todos os Ministros, Assessores, malta fixe,a ocupar o os lugares abaixo da tribuna
    na AR. No centro *el Comandante*, sempre gestuoso, esbracejador, imponente, cáustico.
    Eram outros os tempos: das Renováveis, das PPP, dos Observatórios, das Visitas de Estado
    com centenas de componentes . . . O povo estava próspero e os Governantes ainda muito mais
    Pelo que ainda não havia INDIGNADOS. Belos tempos . . .

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  33. 19 Março, 2013 00:59

    O PS no poder era uma tragédia igual ao presente.
    Mas o 1º-ministro é inepto. É preciso substitui-lo. Dentro da mesma maioria.

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  34. 19 Março, 2013 02:35

    @ Francisco — Posted 18 Março, 2013 at 23:36
    “É tão fácil criticar desta maneira o PPC, à posteriori.” — Nem todos, nem todos! Há quem já lhe tenha tirado o “retrato” há muito tempo… Trata-se dum individuo obsessivo, muito determinado, mas inconsistente, e sobretudo revelando total ausência de bom senso. Começou a “governação” pelos lugares comuns de conversa de café… (a fase do “viver acima das possibilidades”, “eliminar empresas” menos competitivas – cliché e mais cliché – e etc. etc…). Agora que está na fase do “saldo” final, com a economia em ruínas, vem prazenteiro (e atrasado) “reformar o Estado”. Sinceramente acho que ele nem sabe o que isso significa… Se é despedir contínuos para os substituir por “Securitas” não me parece que eu, enquanto contribuinte, vá ter a “factura” mais leve…
    Foi por isso que, há muito tempo atrás – quando toda a gente ainda se “babava” com o barítono garboso -, afirmei aqui e em outros lados que estava a ser negligenciada a “reengenharia” do Estado nos vectores que importam. Nomeadamente, funções e objectivos (de natureza política mas com expressão em recursos), estrutura e processos, desburocratização, simplificação, extinção de serviços “surrealistas” (que existem às centenas dentro do próprio Estado). E ao mesmo tempo abandonar a resignação de que o “Estado gere mal” e fazê-lo gerir bem… Seria no âmbito deste processo que a acção teria de dar frutos. Esses, obviamente, teriam de ser menos custo global, menos gente (infelizmente inevitável), mas mais agilidade e racionalidade na resposta do Estado aos cidadãos, diminuindo as profundas iniquidades que existem e foram até denunciadas pelo FMI.

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  35. Joaquim Amado Lopes permalink
    19 Março, 2013 03:45

    O Rui A. assume, como base para o seu artigo, que implementar as reformas necessárias depende apenas (da vontade?) do Governo.
    .
    Pedro Passos Coelho devia realmente ter criado um programa de Governo ambicioso e que impusesse as reformas necessárias. Podia e devia ter apresentado aos portugueses um diagnóstico realista do estado do país e enumerado o que tinha que ser feito para, independentemente do acordo que o Governo de José Sócrates negociou com a troika, chegar ao deficit 0 (zero) no mais curto espaço de tempo.
    Devia ter começado por propôr medidas que, mesmo que algumas meramente simbólicas, mostrassem a todos o caminho: venda da RTP e concessão do serviço público a televisões privadas ou redução da RTP a um canal de televisão e uma rádio, fim imediato dos apoios a Fundações e Institutos privados, imposição de um tecto em todas as reformas pagas pelo Estado (novas e existentes), fim imediato de todos os benefícios financeiros específicos para detentores de cargos públicos, fim imediato de todos os apoios a sindicatos, licenças sem vencimento para funcionários públicos com funções sindicais, extinção da ADSE (ou, se afinal fôr vantajoso para o Estado, estendê-la a todos os portugueses), extinção de todos os benefícios extraordinários para trabalhadores de empresas públicas, redução dos benefícios sociais, fim do aborto a pedido gratuito, aumento das propinas, entre muitas outras.
    .
    Pedro Passos Coelho não fez nada disto e, por isso, falhou em toda a linha e já não pode voltar atrás. Mas ninguém tenha ilusões de que, mesmo que Pedro Passos Coelho tivesse proposto o que listei acima, alguma dessas propostas seria realmente concretizada.
    É que, ao contrário do que o Rui A. pretende, quase nenhuma dessas medidas depende exclusivamente do Governo. Mesmo que o próprio PSD deixásse alguma passar na Assembleia da República (o que é muito duvidoso), o Tribunal Constitucional ou mesmo o Presidente da República não permitiriam a sua concretização.
    .
    Assim, bata à vontade em Pedro Passos Coelho que ele merece. Critique-o por não ter tentado mas não o critique por não ter feito aquilo que o Rui A. sabe perfeitamente que ele nunca conseguiria fazer.
    É por isso que o que podia até ser um bom artigo falha completamente “o alvo” logo na primeira frase.

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  36. Wall Streeter permalink
    19 Março, 2013 11:27

    Este governo de anedota suicidou-se com a pirueta falhada da TSU.

    Desde então espera em câmara ardente pela necessária remoção. Porém o coveiro tem pavor dos cemitérios…

    Como foi possível este governo (em «cooperação estratégica» com o PR) piorar ainda mais o estado de falência e dificuldade de Portugal?!…

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  1. A responsabilidade de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas | O Insurgente

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